É, de facto, impossível para um falante de uma determinada língua saber o conceito de algo se não existir uma palavra para o definir, pois todas as palavras têm um significado atribuído a um conceito.
O melhor caso para explicar a teoria de Whorf é quando [...] se pretende traduzir algo que existe numa determinada língua mas que não existe na outra. Isto acontece porque numa determinada cultura linguística pode existir um determinado conceito que não existe noutra, como por exemplo o facto de na língua islandesa existirem vários nomes para cada tipo de neve, devido ao facto [...] de neste país nevar imenso, ao contrário de Portugal. Isto acontece porque cada cultura tem as suas características que mais nenhuma possui (por exemplo, a palavra “fado” não tem tradução, porque é algo característico de Portugal). Existe, portanto, um determinismo linguístico, onde algumas palavras [...] pertencem a só [...] uma cultura, [...] quando nas outras esses conceitos não existem.
É por isso que se associam algumas [...] características a um determinado povo, ou seja, cada povo pensa de acordo com a língua [...] que lhe é ensinada e de acordo com os conceitos que nela existem. Por exemplo, e em relação à população portuguesa, esta é por vezes associada a uma comunidade que deixa tudo para a última hora, devido ao facto de possuirmos a palavra “desenrascanço”, que dá a ideia que não preparamos nada previamente, e só o fazemos quase na hora. Esta palavra não existe na cultura inglesa [...] pois esta não é uma característica do povo inglês, e a sua tradução nunca vais ser exatamente aquilo que a palavra portuguesa pretende transmitir.