A comunicação é um tema que fica muito mais além do que a maioria dos individuos que habitam a planeta julga.
De certo modo, e erradamente, a comunicação é associada ao simples e pacato ato de falar. Não que a teoria esteja 100% errada, mas no entanto também não se trata de uma definição propriamente fiável. Já que assim iriamos invalidar o facto de que os animais também comunicam entre si ou que os bebés também os fazem. Não usando obviamente métodos iguais aos nossos, mas da sua própria forma, estes também transmitem sinais entre si, seja através do acasalamento, de danças ou outros movimentos. O mesmo se sucede com os bebés que, com pequenos gestos sabem por exemplo pedir comida. E é aí que entramos no mundo da comunicação e nos deparamos com duas teorias que, apesar de se sustentarem [...] e, de uma pertencer [...] de certa forma à outra, têm os seus prós e contras.
Em 1949, Shannon e Weiver das Engenharias das Telecomunicações criaram o modelo linear que vê a comunicação como um processo monolítico e matemático em que há um emissor e um recetor, uma mensagem que é emitida e é decifrada pelo [...] recetor tal e qual como foi emitida sendo que o único fator que eventualmente quebraria o feedback da mensagem seria o ruído. É um modelo que dita que quanto mais repetida for a mensagem mais confusa ela [...] se torna. O problema deste modelo na minha perspetiva é não focar os pontos chaves da comunicação e não se preocupar com fatores como a impresibilidade e o contexto cultural da cada pessoa visto que cada mensagem pode enquadrar em si diversos significados o que invalida a forma como eu vejo a comunicação.
O modelo semiótico é um modelo completo que foca e não esquece nenhum ponto crucial da comunicação, tendo em si todos os tipos de comunicação: verbal, não verbal e paraverbal. “Aqui” comunicar é ter em conta, não só o falar propriamente dito, bem como ter em conta todos os movimentos/gestos voluntários ou não realizados por cada individuo no ato da comunicação. A mensagem deixa de ser um produto para passar a ser uma produção onde tanto o emissor como o recetor são elementos ativos. A mensagem passa a ser inserida num contexto e cada individuo a analisa e entende de maneira própria consoante os seus costumes e maneira de pensar.
Para mim este é o modelo base do meu entender da comunicação, tendo em conta que possuo maneiras de pensar diferentes de A ou e C e que o meu contexto na sociedade é distinto aos que me rodeiam e que ainda uso o meu corpo de forma a auxiliar as palavras que emito. Se comunicar fosse falar nada era percetível.
