Comunicar é trocar informações, ideias, experiências e conhecimentos com outros indivíduos. A comunicação está associada a um processo de socialização e à construção de comunicados e identidades comuns. Somos seres capazes de comunicar através de uma música, de uma imagem, de um olhar ou de um gesto, em determinados contextos e sobre diferentes temas, ao contrário dos animais, que comunicam através do instinto. Podemos fazê-lo através da comunicação verbal, não verbal e paraverbal. A comunicação verbal dá-se quando trocamos informação com o outro utilizando a linguagem [...] escrita, por exemplo o caso da universidade que [...] comunica [...] connosco através do email, e falada, quando estamos num grupo de amigos a falar sobre o que temos que estudar.
Para além disso, a comunicação verbal pode variar consoante o número de participantes e pode ser comunicação interpessoal, troca de informação entre duas pessoas com maior cumplicidade (um casal ou dois amigos de longa data (Santos, 2011)), [...] comunicação em grupo, normalmente de 3 a 10 pessoas, pode acontecer quando estamos no grupo de praxe a falar sobre o curso ou quando os mais velhos contam-nos experiências, comunicação pública, por exemplo quando eu estou a apresentar o meu trabalho para os meus 40 colegas de turma, comunicação de massas que se dá quando alguém utiliza um meio tecnológico para comunicar alguma coisa, e penso que o recente caso de Pedro Dias para servir como exemplo [...] visto que ele serviu-se de um [...] meio de comunicação, [...] nomeadamente a televisão, por um lado, para garantir a sua segurança, mas também para comunicar à população que estava inocente, e, por fim, a comunicação organizacional, que são as normas que cada empresa põe em prática para tornar a comunicação da mesma mais eficiente e com maior qualidade, por exemplo quando eu ligo para uma determinada empresa antes de falar com o diretor falo sempre com a secretária. De seguida, através da comunicação não verbal também conseguimos comunicar. Somos interpretados pela forma como estamos e pelo que fazemos. É algo que nós não conseguimos controlar. E também utilizamos a comunicação paraverbal para comunicar com os outros indivíduos, por exemplo quando [...] gesticulamos de forma a que esses gestos acompanhem o nosso discurso ou quando eu mudo a entoação para pedir alguma coisa ou fazer uma questão.
Consoante os diferentes contextos em que nos apresentamos nós vamos encarnando diferentes papéis sociais que se relacionam com a forma que nós queremos ser vistos, [...] para que sejamos mais facilmente aceites e integrados em determinado grupo ou comunidade, e isso, muitas vezes, leva-nos a mudar hábitos, comportamentos e estilos. No fundo, os papéis sociais não são mentiras, são a forma que nós encontramos para nos adaptar ao contexto em que comunicamos (Santos, 2011). Em 1949, Shanon e Weaver (engenheiros de telecomunicações), criaram o modelo linear. Era um modelo matemático que tinha por objetivo quantificar a quantidade de mensagens que chegava ao recetor e [...] e a quantidade de ruído que influenciava a boa compreensão da mensagem. Segundo este modelo, não poderiam haver falhas, tudo tinha de ser perfeito, a mensagem que o emissor transmitisse tinha de chegar ao recetor de forma perfeita, porque se fosse preciso repetir era sinal que o sistema não estava a funcionar bem e a repetição era sinónimo de algo desinteressante e pouco positivo. Este modelo não admitia a possibilidade de haverem interpretações diferentes da mesma [...] mensagem. O que A transmitiu deveria ser igual ao que B interpretasse. Neste sentido, a mensagem era uma produção que A tinha tinha pensado e que B tinha de descodificar. No entanto, este modelo apresentava alguns limites, nomeadamente a imprevisibilidade dos seres humanos. A multiplicidade de meios que utilizamos para transmitir uma mensagem e as diferentes interpretações que cada indivíduo faz da mesma mensagem, porque, na verdade, as interpretações variam muito consoante o contexto sociocultural e a história pessoal de cada um. Logo, o recetor é ponte integrante na construção de sentido de uma mensagem e é isso que o modelo semiótico de Pierce e Saussure, diz. Estes autores propuseram-se a pensar a comunicação como uma coisa mais complexa. A mensagem não era só o que o emissor tinha transmitido ao recetor. Para a elaboração de uma mensagem eram necessários 3 intervenientes: o texto, [...] o emissor que o pensou e elaborou e o recetor que o vai interpretar [...]. Logo, a mensagem é uma produção negociada entre eles e está constantemente a sofrer alterações consoante as interpretações que vão surgindo. [...] E, como disse anteriormente, a comunicação está associada ao conceito de socialização, porque nós comunicamos com outros sobre diversos temas e em determinados contextos, construindo várias mensagens a partir de um número infinito de sons, o que prova que a linguagem humana [...] apresenta uma grande riqueza lexical. [...] Uma mensagem é um conjunto de signos que o emissor transmitiu ao recetor, [...] que [...] vai interpretar consoante o contexto em que vive, num determinado meio.
Para Mcluhan o meio é mais importante que a mensagem ([...] “The Medium is The Message”) visto que é ela que controla a forma [...] como a notícia ou a mensagem é vista ou entendida. Por exemplo, [...] há uma manifestação [...], quem estiver a acompanhar pela televisão terá uma ideia diferente do que se passa do que quem está a assistir pela rádio. Para ele, o mundo está a tornar-se numa aldeia global, que se caracteriza pelo encurtamento das distâncias e pela interligação do mesmo. Exemplo disso [...] é o resultado das eleições dos Estados Unidos da América que acabou por gerar opiniões em todo o mundo. Com isto, é possível ver que [...] eu, em Portugal, posso comunicar com uma pessoa que esteja do outro lado do mundo através da comunicação verbal (escrita, através de um email ou mensagem do facebook, ou falada, através de uma [...] câmara).