Primeiramente a partir da leitura do do excerto apresentando podemos perceber que estamos a tratar de dois modelos de comunicação muito distintos, o modelo processual, na primeira noção e o modelo semiótico na segunda noção.
Segundo o modelo de comunicação processual difundido por Shannon e Weaver em 1949, a comunicação é vista como um processo matemático. Em que a principal intenção é a transmissão de uma mensagem de um emissor para um recetor através de um código. Neste processo [...] baseia-se pelo princípio da proporcionalidade inversa da redundância vs. Pertinência, ou seja quanto mais repetida for uma mensagem, mais redundante se torna e menos pretinência tem para o recetor. [...] Segundo este modelo é dada [...] uma excessiva importância à transmissão da mensagem e do recetor em detrimento da própria mensagem e do recetor, de facto o recetor é visto como um elemento passivo [...] na transmissão da mensagem, [...] cabe ainda uma importancia extrema à intenção do emissor de transmitir a mensagem sem se esperar uma resposta do recetor como no caso de uma carta como exemplifica o excerto e à ao processo mesuravel de aferir o ruído- ([...] tudo aqui que [...] dificulta a transmissão da mensagem). [...] Significa isto que a mensagem é vista como um produto acabado transmitido do emissor para o recetor no qual este tem um papel passivo não existindo feedback. Porém não é pela simples razão de ter existido uma boa comunicação que a compreensão vai ser boa ou por ter existido uma boa comunicação que existiu uma boa comunicação. *5
Se por outro lado incluirmos o feedback como parte integrante da mensagem trata-se então do modelo semiotico estudado por Charles Peirce e Saussure. [...] Segundo este modelo o recetor é parte [...] integrante [...] na comunicação da mensagem na medida em que “comunicar tem mais a ver com uma sincronia interativa em que os participantes cooperam para criar sentidos e para chegarem a um entendimento mútuo” *6
[...] Com efeito é dada maior importância ao significado da mensagem e ao seu entendimento do que propriamente à transmissão da própria, o objetivo do emissor é [...] dar o maior número possível de informações ao recetor para compreender o melhor possível a [...] sua mensagem, porém existem alguns elementos que podem também condisionar a compreensão da [...] mensagem, nomeadamente a cultura e o contexto, como o [...] excerto confirma “A comunicação é um processo complexo enquadrado num determinado contexto e os significados são parte integrante do contexto. Segundo Santos, 2011 “o contexto é o fator mais importante para os falantes liderarem o desafio da comunicação além da sua competência linguística, assenta no [...] conhecimento do seu contexto desde logo o imediato, palavras próximas (contexto) [...] [sabemos que “cola, [...] vernizes e pinturas não [...] interessa ao mesmo setor de mercado que colas, sumos e refrigerantes] e depois a aceção mais lata situações comunicativas globais abrangendo desde a situação fisica como avanços e conhecimentos dos outros sobre o mundo” Por conseguinte
[...] Em suma estes modelos [...] são completamente distintos [...] principalmente na medida em que um (o modelo semiotico) é o modelo utilizado nas relações interpessoais e o modelo processual é completamente inadequado para entender as relações interpessoais por ser demasiado simplista e matemático e não [...] abranger uma série de fatores importantes como a imprevisibilidade e a [...] multiplicidade de meios.
*5 este modelo [...] têm algumas falhas porque não prevê a imprevisibilidade ou a multiplicidade dos meios
*6 Assim a mensagem não é vista como um processo acabado mas como uma produção mútua e um insucesso por parte do emissor para transmitir a mensagem não o é verdadeiramente porque o entendimento do recetor também foi alvo de uma [...] comunicação
