A respeito da sugestão mencionada no excerto, de que comunicar tem a ver com o envio intencional de uma mensagem a um recetor, uma das muitas opiniões, defende que este modelo citado, o Modelo Processual de Shannon e Weaver é inaplicável para se analisar a comunicação humana como um todo, como ela realmente é. Ele enxerga a comunicação de maneira exageradamente simplista., sendo o recetor um agente passivo no processo comunicativo e o feedback [...], a reação e interação é excluída.
O modelo processual também não considera as interpretações que se têm de uma mensagem e muito menos o seu contexto. Por exemplo, a frase dita de um amigo a outro “vamos comprar um broche” é interpretada de maniras completamente diferentes no Brasil e em Portugal, onde fala-se a mesma língua, não indo muito longe na ilustração deste argumento, apenas que há um ruído comunicativo.
Como Marshall Mcluham definiu mesmo que por acidente em sua obra, “o meio é a mensagem”, no sentido que como também mencionado no excerto, o contexto (e esse inclui uma série de características que vão desde os lugares, os métodos utilizados para comunicar, se é por telemóvel por exemplo, até os valores, sejam eles pessoais, culturais, éticos, religiosos, etc.) é parte integrante, é também o meio do processo comunicativo.
Defendo esse posicionamento acerca da comunicação “natural” e não sobre as transmissões de conteúdos via tecnologia, que não é o assunto a ser tratado em questão.