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Nos últimos anos, professores de Português têm se ocupado bastante com a crítica ao ensino tradicional do português marcado pelo artificialismo, pela gramatiquice (Perini, 2000, Bagno 2007; Faraco 2006 entre outros). Contudo, este artigo tem como objectivo verificar qual é a percepção dos alunos em relação as aulas de português, assim como ver o que os seus professores pensam sobre o ensino de português. Como ponto de partida tivemos a seguinte questão: a aula de português, após quase três décadas de pesquisas em linguística, ainda é sinônimo de ensino de gramática? Nesta pesquisa participaram quatro turmas de língua portuguesa de diferentes escolas públicais de Porto Alegre, totalizando 73 alunos da 7ª e 8ª classes, também foram ouvidos os professores destas turmas. A metodologia usado envolveu a aplicação de questionários contendo 10 perguntas para serem respondidas por escrito pelos participantes em espaço de aula. Como resultado apareceram mais conteúdos gramaticais em suas respostas do que a produção textual, logo pudemos concluir que as aulas de português são mais centradas nas atividades normativas do português e menos focadas na produção textual e sua compreensão.

Palavras-chave: Percepção, aula de português, ensino da gramática.