17PTGIVGLEP65

Abstract

Este artigo surge no âmbito do desenvolvimento nas aulas de português no que tange ao ensino e a gramatica por parte dos alunos e professores, dada a sua relevância no panorama de se ensinar e não ensinar gramatica. Esta pesquisa tem como objectivo verificar qual é a perceção dos alunos em relação às aulas de português, bem como ver o que os seus professores pensam sobre o ensino do português em geral e sobre suas aulas em particular de forma a responder-se à pergunta que norteia o trabalho: Aula de português após quase três décadas de pesquisas em linguísticas, ainda é sinônima de ensino da gramática? Que é complementada por outra: Os resultados da pesquisa linguística são percebidos pelos alunos? A metodologia utilizada envolveu a aplicação de questionários contendo 10 perguntas para serem respondidas por escrito pelos participantes. Participaram da pesquisa quatro turmas de língua portuguesa de diferentes escolas públicas do porto alegre, totalizando 73 alunos de 7ª e 8ª classes e também foram ouvidos os professores destas quatro turmas. Os resultados mostram que perante os desafios colocados a disciplina de português pelas discussões que se opõem a um ensino centrado na explicação de tópicos gramaticais, os professores tendem a tomar duas actitudes: ou ignoram qualquer reflexão, qualquer crítica aos métodos tradicionais de ensino de língua materna e mantem as conhecidas aulas centradas na explicação das regras da gramatica como se fossem verdades absolutas. Observa-se que o discurso de alunos e professores em relação a leitura não coincide, enquanto estes dizem ser de suma importância ler para aprender português, os alunos dos grupos afirmam que os livros que leram não são da indicação da escola.