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Resumo – A presente pesquisa aborda a problemática do desempenho inesperado dos alunos nas avaliações oficiais, a crítica ao ensino tradicional da gramática e da crítica ao modo como os professores ensinam os alunos. Ela surge com o objectivo de responder a seguinte questão: “A aula de Português após quase três décadas de pesquisa em linguística, ainda é sinónimo de ensino da gramática?” Onde temos a seguinte questão que complenta a primeira: Os resultados da pesquisa linguística são percebidos pelos alunos? Como caminho para desmitificar a problemática da presente pesquisa Faraco (2006) dá o seu contributo afirmando que o papel de professores de língua portuguesa é, antes de qualquer coisa, disseminar a crítica radical ao normativismo e à gramática, para que se possa proporcionar aos alunos o contacto com as práticas da linguagem realmente necessárias para a sua inserção na sociedade, pois como bem relata o nosso artigo a responsabilidade do conhecimento da gramática é atribuído aos professores, onde os alunos por sua vez, não têm apresentado o desempenho esperado. A metodologia utilizada neste artigo envolveu a aplicação de questionários, contendo 10 perguntas para serem respondidas por escrito pelos participantes. Participaram na pesquisa quatro turmas da língua portuguesa de diferentes escolas públicas de Porto Alegre, totalizando 73 alunos da 7ª e 8ª classes, onde após a pesquisa detectou-se a problemática do uso da gramática, tanto da parte dos próprios professores assim como dos seus alunos. Conclui-se que a responsabilidade disto tudo não é somente atribuída aos professores, por estes não colocarem em prática muito do que dizem, e de reproduzirem o que historicamente sempre foi feito nas aulas não podem se limitar a exercício envolvendo as regras da gramática normativa. Resta agora criar meios para que esse reconhecimento seja refletido na sala de aulas do professor.

Palavras-chave: Desempenho inesperado dos alunos, ensino da gramática normativa, crítica feita aos professores