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Dada a crise por que passa o ensino da língua portuguesa, o presente artigo visa verificar a percepção dos alunos em relação as aulas de português, bem como ver o que os seus professores pensam sobre o ensino da mesma em geral, e sobre as aulas em particular. Por isso, o estudo parte das seguintes questões: “A aula de português, após quase três dácadas de pesquisa em linguística, ainda é sinónimo de ensino de gramática”, e os resultados da pesquisa linguística são percebidos pelos alunos” . Quanto à organização do artigo, ele divide-se em duas partes: a primeira parte consiste na visita a alguns textos que tratam da crítica ao ensino tradicional: a segunda parte consiste na descrição do método usado para os fins desta investigação: a aplicação de questionários, contendo 10 perguntas, às quatro turmas da língua portuguesa de diferentes escolas públicas de Porto Alegre, totalizando 73 alunos da 7ª e 8ª classes; também foram ouvidos professores dessas turmas. Embora a ideia de ensino da língua portuguesa não seja mais sinónimo de ensino exclusivo da gramática, ainda não se pode dizer que ela seja sinónimo de prática da linguagem, porque ainda há alguma inclinação, por parte dos professores, ao ensino tradicional da gramática. Portanto, é necessário que haja uma colaboração entre a academia e escola, propondo, assim, actividades discussão de planos e tarefas para sala de aula, análise de livros didáticos e de descrição de boas práticas de sala de aulas.

Palavras-chave: aula de Português, ensino tradicional de gramática, crise de ensino da língua portuguesa.