Muitas vezes confrontamos a divisão entre a cidade e o campo: outras gostam de viver numa cidade e outros preferem ter o seu próprio espaço longe do movimento e dos vizinhos. Desde a industrialização concentraram-se mais nas cidades, que foram crescendo. O campo encontra-se mais e mais abandonado pelo facto que é mais fácil ganhar a sua vida na cidade. Será o campo um recurso em extinção?
Vivi sempre mais na cidade do que no campo. O meu município onde cresci não era chamado de cidade, mas ficava perto de uma cidade relativamente grande. Gostei bastante deste ambiente: a vida era calma, tinha muitos amigos com quem brincar tranquilamente na rua, mas também não ficámos afastados da vida mais movimentada. Era triste quando mudamos a cidade quando tinha 14 anos e comecei a frequentar a escola secundária.
Lá conheci uma rapariga que morava no campo. Tinham mudado para lá alguns anos atrás e gostavam bastante. Tinham cachorros e um quintal grande. Naquela altura eu tinha muita inveja a ela, se bem que todos os dias ela teve de apanhar dois autocarros para chegar a cidade e a viagem não era curta.
Hoje em dia já me habituei com a cidade. Mudei muitas vezes e por isso fiquei a conhecer vários lugares nos subúrbios. Gosto da calmeza, mas julgo que no campo ficaria demasiada longe das vantagens da cidade. Prefiro andar de bicicleta para todo o lugar, quer ao centro da cidade quer à floresta. O campo é lindo, e como um poeta famosa, eu também o valorizo.