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EuPTCVHe0874-02832011000300016

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National varietyEu
Year2011
SourceScielo

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Fatores implicados no fenómeno de bullying em contexto escolar: revisão integrada da literatura

Introdução As diversas organizações implicadas na educação e saúde das crianças e jovens, designadamente a UNESCO, UNICEF e OMS, têm vindo a mostrar crescente preocupação com a violência ocorrida em contexto escolar, considerando-a um importante problema de saúde pública, a nível mundial, pelas graves implicações na saúde atual e futura das pessoas/famílias e comunidades (Molcho et al., 2009).

Em Portugal, antevê-se um impacto crescente destes problemas, nomeadamente da delinquência juvenil e dos comportamentos violentos (Portugal. Ministério da Saúde. Alto Comissariado da Saúde. Coordenação Nacional para a Saúde Mental, 2008). O Plano Nacional de Saúde Escolar, reconhecendo a influência decisiva do ambiente escolar nos comportamentos das crianças e dos jovens, estabelece a prevenção da violência em meio escolar, incluindo o bullying e comportamentos autodestrutivos como uma das áreas prioritárias da intervenção (Portugal.

Ministério da Saúde. Direcção-Geral da Saúde. Divisão de Saúde Escolar, 2006).

Os estudos neste domínio indicam que o bullying é um fenómeno cada vez mais frequente no contexto escolar (Olweus, 1994; Smith et al., 1999; Pereira, 2002; Pereira et al., 2004; Barros, Carvalho e Pereira, 2009). O bullying entre pares é considerado uma subcategoria do comportamento agressivo, definido por Smith et al. (1999) como um comportamento particularmente perverso, uma vez que é dirigido de forma repetitiva no tempo, caracterizando-se pela desigualdade de poder entre os intervenientes (agressor e vítima). Assim, é consensual considerar-se bullying como qualquer comportamento agressivo de intimidação com caráter regular e frequente, que resulta em práticas violentas exercidas por um indivíduo ou grupo de indivíduos a outro/os (Olweus, 1994; Smith et al., 1999; Pereira, 2002; Pereira et al., 2004; Barros, Carvalho e Pereira, 2009). O processo de bullying traduz-se num comportamento intencional no qual o agressor assume uma posição de poder relativamente a outros que não têm capacidade para se defender, através da indução no outro de um sentimento de inferioridade (Formosinho e Simões, 2001).

Este tipo de violência pode ser física, verbal, psicológica e/ou sexual, podendo ocorrer de forma direta ou indireta, sendo ambas prejudiciais à saúde mental do indivíduo (Barros, Carvalho e Pereira, 2009). Relativamente à forma direta, esta inclui agressões físicas e verbais, enquanto a indireta acontece através da disseminação de rumores desagradáveis que visam a discriminação e a exclusão da vítima do seu grupo social (Barros, Carvalho e Pereira, 2009). De acordo com o ciclo da agressão, especificamente no contexto escolar, proposto por Neto (apud Barros, Carvalho e Pereira, 2009), existem diferentes papéis desempenhados pelos intervenientes no processo de bullying, a saber: o agressor - que coloca em prática a agressão; a vítima - que é o alvo da agressão; o seguidor - que apoia o agressor; o defensor - que apoia a vítima; e por último, o espetador ou voyeur, que presencia a agressão sem tomar partido de qualquer parte envolvida no processo. As vítimas podem ainda ser classificadas como passivas ou provocadoras, sendo as primeiras habitualmente caracterizadas como indivíduos solitários, ansiosos e sensíveis, e as segundas como indivíduos com défices nas competências sociais e impulsivos (Barros, Carvalho e Pereira, 2009).

O bullying é determinante no desenvolvimento dos jovens, com consequências a diversos níveis, designadamente: ajustamento psicológico desade quado, problemas psicossomáticos, fraco rendimento escolar, absentismo, e, em casos mais graves, a morte prematura (Molcho et al., 2009). Os agressores podem adotar um estilo de vida de pré-delinquência, com envolvimento problemático de substâncias e criminalidade (Olweus e Marques et al. apud Barros, Carvalho e Pereira, 2009).

A maioria dos casos de bullying em contexto escolar passam despercebidos e/ou são mantidos em segredo por um longo período de tempo (Barros, Carvalho e Pereira, 2009), dificultando por isso a intervenção precoce.

Estudos efetuados em vários países apontam para que pelo menos 15% de adolescentes e jovens em contexto escolar se envolvam em comportamentos de bullying (Sudermann et al. apud Carvalhosa, Lima e Matos, 2001).

A nível nacional, têm sido realizados estudos com o objetivo de identificar e compreender a dimensão do problema e analisar os níveis de bullying no contexto escolar, designadamente no âmbito do Health Behaviour in School-aged Children (HBSC). Os resultados do estudo numa amostra de 6903 jovens do , e 10º, anos portugueses, mostraram que 25,7% (1751) dos jovens referem ter estado envolvidos em comportamentos de violência na escola, ou como vítimas (alvos da provocação), ou como provocadores (agentes da provocação) ou duplamente envolvidos (simultaneamente vítimas e provocadores), mais do que duas vezes no período letivo (Matos e Carvalhosa, 2001).

No estudo de Lourenço et al. (2009), realizado em nove concelhos da Sub-Região de Saúde de Bragança, envolvendo 13 agrupamentos escolas (do ao ciclos), com uma amostra de 3891 estudantes dos 5 aos 16 anos de idade, os resultados indicam que 36,4% dos estudantes referem ter sido vítimas de agressão, uma, duas ou mais vezes. Os autores salientam, ainda, que a maior parte dos comportamentos agressivos ocorre no recreio.

Considerando a relevância deste fenómeno e as suas implicações na saúde atual e futura dos adolescentes e jovens, é essencial a promoção da saúde neste domínio. Para a construção e planeamento de programas de educação para a saúde eficazes é fundamental a melhor compreensão do fenómeno. Neste quadro, considerou-se essencial identificar quais os fatores implicados no fenómeno do bullying em contexto escolar.

Questão Quais os fatores implicados no fenómeno de bullying em contexto escolar?

Metodologia O objetivo principal desta revisão da literatura é identificar os fatores implicados no fenómeno de bullying em contexto escolar. Para o efeito realizou- se uma pesquisa de uma forma sistematizada dos estudos publicados a partir do ano 2005 inclusive, tendo em conta os seguintes critérios de inclusão: participantes - estudantes do e ciclo (idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos de idade); variáveis - referentes ao fenómeno do bullying no contexto escolar; desenho do estudo - sem restrições.

Estratégia da pesquisa para identificação dos estudos A pesquisa foi realizada nos meses de abril e maio de 2010 na Biblioteca do Conhecimento Online (b-on), com as seguintes palavras-chave: bullying/bullying school context, incluindo as seguintes bases de dados: Annual Reviews; Elsevier-Science Direct (Freedom collection); SpringerLink (Springer/Kluwer); Wiley Online Library (Wiley); Academic Search Complete (EBSCO); PubMed; Web of Science (ISI); Current Contents (ISI); ISI Proceedings (ISI); RCAAP; Sage (Political e Sociology); Business Source Complete (EBSCO); ERIC (EBSCO).

Estudos identificados Num primeiro refinamento da pesquisa, tendo em consideração o ano de publicação previamente estabelecido (= 2005), foram identificados 351 artigos; não foi possível aceder ao texto integral de 132 artigos. Os restantes 219 estudos foram analisados de acordo com os critérios de inclusão. Destes, foram eliminados 203 estudos por diversas razões, designadamente por serem estudos repetidos (89), por se referirem à análise do bullying noutro contexto (18), por se referirem a uma população alvo diferente da definida nos critérios de inclusão (7), por serem estudos comparativos e incluídos em programas de saúde (15), e por não estarem relacionados com a questão de investigação (74).

Resultados Decorrente dos critérios previamente definidos, foram identificados 16 artigos, sobre os quais incide esta revisão da literatura. Os estudos analisados foram elaborados em diversos países, designadamente na Holanda, Portugal, Grécia, Espanha, Chipre, Suécia, Colômbia, Estados Unidos da América, País de Gales e Tailândia. Relativamente às amostras utilizadas, estas variam de 56 (estudo de Thornberg, 2010) a 53316 (estudo de Chaux, Molano e Podlesky, 2009). No quadro 1, apresentam-se os estudos e os seus principais resultados.

QUADRO 1 ' Quadro síntese dos estudos que integram a revisão da literatura

Discussão Dos 351 artigos identificados não foi possível aceder a texto integral a 132 artigos. Os restantes 219 artigos foram sujeitos a análise. Decorrentes dos critérios de inclusão apresentados foram identificados 16 artigos. Estes foram submetidos a uma análise comparativa com o intuito de responder à seguinte questão de investigação: Quais os fatores implicados no fenómeno do bullying em contexto escolar?.

Logo à partida, o estudo apresenta esta limitação resultante de não ter sido possível aceder ao texto integral de um grande número de artigos; outra importante limitação diz respeito à não inclusão, nesta revisão da literatura, de uma pesquisa nas principais bibliotecas nacionais com acesso limitado à literatura neste domínio, porque não se encontra publicada.

Da análise dos estudos que integram esta revisão da literatura, emergem vários fatores implicados nos processos de bullying (bullying e vitimização). No quadro síntese que se apresenta (Quadro 2), procurou-se apresentar os principais fatores implicados nos processos de bullying, considerando dois grandes eixos: os fatores que apresentam uma associação positiva com o processo de bullying, apresentadas na coluna dos fatores de risco e, ainda, os fatores que apresentam uma associação negativa, na coluna dos fatores protetores. Como se pode verificar, emergem quatro tipologias de fatores: os fatores relacionados com as variáveis sociodemográficas, os fatores relacionados com as variáveis pessoais, os relativos à dimensão familiar e ainda os relacionados com as variáveis escolares.

QUADRO 2 ' Quadro síntese dos fatores implicados nos processos de bullying

No que concerne aos fatores relacionados com as variáveis sociodemográficas, como se pode verificar, vários estudos sugerem o maior envolvimento dos rapazes nos fenómenos de bullying, designadamente Ttofi e Farrigton (2008); Bradshaw, Sawyer e O'Brennan (2009); Zegarra et al. (2009) e Chaux, Molano e Podlesky (2009). Estes resultados indicam o género masculino como um fator de risco para o envolvimento neste tipo de comportamentos. Também, as minorias étnicas sobressaiam enquanto fator de risco para o envolvimento em comportamentos de bullying no estudo de Lambert et al. (2008) e de Bradshaw, Sawyer e O' Brennan (2009). Ainda neste domínio, emerge - pertencer ao estatuto social médio como fator protetor no envolvimento de fenómenos desta natureza no estudo de Aslund et al. (2009), e as desigualdades socioeconómicas no estudo de Chaux, Molano e Podlesky (2009), como fator de risco.

O envolvimento em comportamentos de bullying durante a adolescência parece ter particular incidência entre os rapazes e entre as minorias étnicas. As diferenças em relação ao género poderão estar associadas a influências culturais, especificamente à socialização. Nos rapazes uma tendência para padrões educacionais que estimulam a autonomia e a realização pessoal enquanto nas raparigas uma tendência para a valorização das relações interpessoais, a dependência, a conformidade e a submissão (Vieira, 2006). No que concerne às minorias étnicas, em algumas ocasiões, o envolvimento em comportamentos de bullying poderá estar relacionado com a necessidade de reconhecimento social, uma forma de demonstrar poder ou determinado estatuto.

Relativamente aos fatores relacionados com as variáveis pessoais, destaca-se como consensual nos dois únicos estudos que analisam a associação do uso de substâncias com os comportamentos de bullying (estudo de Simões, Matos e Batista-Foguet, 2005 e o de Lambert et al., 2008) que o consumo de substâncias psicoativas constitui um fator de risco para o envolvimento neste tipo de comportamentos como agressor. Estes resultados estão de acordo com estudos prévios que sublinham a associação entre o consumo de álcool e outras substâncias e o envolvimento em comportamentos problema, nomeadamente a violência (Barroso, Barbosa e Mendes, 2006).

Também, os baixos níveis de empatia (Chaux, Molano e Podlesky, 2009; Cassidy, 2009), sintomas depressivos (Hoof et al., 2008; Estévez, Murgui e Musitu, 2009), stress psicológico, baixa autoestima, baixos níveis de comportamentos saudáveis, capacidade de resolução de problemas mais baixa e perceção de identidade social mais baixa (Cassidy, 2009) foram identificados como importantes fatores de risco para o envolvimento em comportamentos de bullying.

Estes são importantes preditores de dificuldades de superar com sucesso os processos adaptativos que decorrem na adolescência, tornando o adolescente mais vulnerável ao envolvimento em comportamentos que envolvem risco para a sua saúde.

Uma outra variável estudada diz respeito às representações sociais e crenças que apoiam a violência como importantes preditores (Chaux, Molano e Podlesky, 2009, Thornberg, 2010), designadamente ter uma aparência diferente, as diferenças comportamentais e as incapacidades, reação a algo diferente, e considerar o bullying como um marco na posição social. Estes resultados concorrem para os resultados de Georgiou (2009) que referem que crianças diferentes (na aparência ou no comportamento) apresentam maior envolvimento em comportamentos de bullying, e ainda com o estudo de Estell et al. (2009, cujos resultados sugerem a associação do Estilo de vida categorizado como rebelde ao ser agressor no processo de bullying. Ainda nesta dimensão, salientamos os resultados relativos aos fatores protetores que indicam que bons níveis de gestão da vergonha (vergonha integrativa) podem ser protetores do envolvimento neste tipo de comportamentos (Ttofi e Farrigton, 2008).

No que diz respeito aos fatores familiares, salientam-se os seguintes fatores de risco: pertencer a famílias disfuncionais e/ou violentas, falta de suporte familiar e supervisão parental (Georgiou, 2008; 2009; Lambert et al., 2008; Estell et al. 2009; Cassidy, 2009; Chaux, Molano e Podlesky, 2009). Por outro lado, parecem constituir fatores protetores viver com ambos os pais, ter irmãos (Lambert et al., 2008), coesão e afetividade familiar (Hoof et al., 2008) assim como pertencer a famílias democráticas e passivas (Chaux, Molano e Podlesky, 2009).

Por fim, e no que concerne aos fatores escolares, os resultados indicam uma maior incidência deste fenómeno nos anos escolares iniciais (Lambert et al., 2008; Bradshaw, Sawyer e O' Brennan, 2009; Chaux, Molano e Podlesky, 2009) podendo-se considerar ' frequentar escolaridade mais baixa como um importante fator de risco para o envolvimento em comportamentos de bullying. Ainda como fatores de risco, os resultados apontam frequentar uma escola sub-urbana (Bradshaw, Sawyer e O' Brennan, 2009); o fraco suporte dos professores assim como o maior rácio estudante-professor (Bradshaw, Sawyer e O' Brennan, 2009).

Ainda neste domínio, encontrou-se o Isolamento social e a rejeição pelos pares como fatores de risco para o envolvimento em comportamentos de bullying enquanto vítima (Wei e Chen, 2009) e ainda a popularidade entre os colegas (agressor) e menor popularidade (vítima) (Estell et al., 2009), estas são variáveis que se poderiam integrar nas variáveis pessoais. Estes resultados vão de encontro aos estudos neste domínio, designadamente Pereira et al. (2004), que salientam a necessidade de repensar a escola e a sua oferta educativa e recreativa, em particular os recreios das escolas, os equipamentos neles existentes e a supervisão desses espaços.

Neste domínio, salientamos ainda os fatores protetores, designadamente ter um papel ativo na escola e o bom desempenho escolar identificados no estudo de Lambert et al. (2008). Estes indicadores podem ser interpretados como parâmetros avaliativos de um nível de integração escolar satisfatório ou elevado, constituído importantes preditores de sucesso.

Conclusão O bullying é um fenómeno grave ao qual está inerente um grande número de consequências determinantes no desenvolvimento do adolescente. Da análise dos estudos que integram esta revisão da literatura, emergem quatro tipologias de fatores implicados nos processos de bullying: os fatores relacionados com as variáveis sociodemográficas, os fatores relacionados com as variáveis pessoais, os relativos à dimensão familiar e ainda os relacionados com as variáveis escolares. A sua análise assentou na classificação em dois grandes eixos: fator risco, isto é, fatores que apresentam uma associação positiva com o fenómeno de bullying; e fatores protetores, isto é, fatores que apresentam uma associação negativa com o fenómeno.

Em síntese, salienta-se que a evidência cientifica indica uma maior incidência deste fenómeno nos anos escolares iniciais, e que o tipo de envolvimento varia com a idade e com o género. Os mais novos e os que frequentam anos de escolaridade mais baixos estão significativamente mais envolvidos em comportamentos de vitimação e em comportamentos de duplo envolvimento (como vítimas e como provocadores). Relativamente ao género, são os rapazes que apresentam maior envolvimento como agressores (agressões físicas e verbais), enquanto as raparigas adotam com maior frequência as agressões indiretas, caracterizadas por ofensas, humilhação e disseminação de rumores geradores de exclusão social.

Destacam-se, ainda, os fatores pessoais associados ao bullying e passíveis de serem alterados, designadamente consumo de substâncias psicoativas, baixos níveis de autoestima e empatia, não-aceitação da diferença. Pelo que considera- se essencial a integração do desenvolvimento de competências pessoais e sociais nos programas de intervenção neste domínio.

Para além daqueles fatores, a família e a escola emergem como fatores determinantes no processo em análise.

Relativamente à família, destaca-se os estilos comunicacionais e educacionais das famílias, dos resultados apresentados, infere-se a necessidade de intervenções familiares no sentido de promover a afetividade, suporte e a comunicação funcional na família.

Por fim, no que concerne aos fatores escolares, sublinhamos a escola como um espaço de sociabilização privilegiado, pela diversidade de interações interpessoais que são vivenciadas, designadamente entre pares, educadores, e outros agentes educativos, mas também, pela intensidade temporal em que aquelas decorrem, quer ao nível mais formal, em sala de aula, quer ao nível mais informal nos recreios. Este contexto contribui decisivamente para o desenvolvimento psicossocial do adolescente. Dos resultados encontrados, destaca-se a necessidade de intervir ao nível das estruturas e organizações escolares, designadamente aumentar o rácio professor-estudante; promover o envolvimento dos agentes educativos enquanto fontes de suporte; dinamizar atividades escolares de forma a envolver os estudantes em atividades extra curriculares, entre outras.

Tendo em consideração os fatores implicados no fenómeno de bullying aqui analisados, considera-se ter contribuído com elementos essenciais para o planeamento de intervenções de educação para a saúde dirigidas aos adolescentes em contexto escolar.


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