Relacionamento interpessoal no nível médio de enfermagem
PESQUISA
Relacionamento interpessoal no nível médio de enfermagem
Interpersonal relationship in technical nursing
Relacionamiento interpersonal en el nivel medio de enfermería
Maria Inês Lemos Coelho RibeiroI; Luiz Jorge PedrãoII
IEnfermeira. Doutoranda do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências
Humanas da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP. Docente do Centro de
Formação Profissional de Nível Médio CEFAN.Trabalho desenvolvido com auxílio da
CAPES
IIProfessor Doutor. Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas
da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP
1. INTRODUÇÃO
A enfermagem é uma profissão humanista, em seus princípios básicos, seu
discurso é humanista, embora muitas vezes, o profissional encontre-se agindo
contra seus princípios profissionais mais elevados(1).
O objetivo da enfermagem é suprir a ajuda que o paciente requer para satisfazer
suas necessidades. Tendo alcançado o seu objetivo, o enfermeiro contribui
simultaneamente para a saúde física e mental do paciente(2).
Como destacam alguns autores(3), "cuidar é a razão de ser da enfermagem e
consequentemente ética da enfermagem, mas a ética do respeito transcende os
limites da enfermagem, para ter aplicações a todos os níveis da sociedade".
Seja qual for a área de trabalho, temos constatado que pedidos formulados pelos
doentes situam-se na esfera relacional.
Faz parte da profissão de enfermagem competência em desenvolver o
relacionamento interpessoal como uma prática diária, embutida em todo cuidado,
clínica ou especialidade. Atender o paciente de maneira mais humana deveria ser
prioridade para todos os profissionais de saúde.
O relacionamento enfermeiro-paciente é uma relação entre duas ou mais pessoas,
o profissional e a pessoa que requer ajuda, que se dá através do processo
terapêutico (início, desenvolvimento e final) objetivando a resolução do
problema apresentado(1).
A idolatria pela técnica tornou a enfermagem bastante eficiente, porém, menos
humana, ou seja, o cuidado técnico passou a prevalecer. Assim, atividades
relativas ao tratamento e à cura deixaram o cuidado humano menos visível,
menosprezando a pessoa com suas necessidades de amor e respeito. Além disso, as
atividades burocráticas que deveriam ser atividades-meios para se oferecer uma
assistência de enfermagem humanizada, tornaram-se atividades fins, distanciando
a enfermeira do paciente.
As ações de cuidar propiciam que cuidadores e pacientes interajam entre si.
Hoje, esta interação parece tornar-se cada vez mais impessoal, breve e formal.
Muitas vezes, os procedimentos realizados ocorrem de forma mecanizada e
rotinizada. Não é incomum que muitos profissionais não saibam como iniciar uma
conversação e como mantê-la de forma terapêutica(4).
O enfermeiro desempenha papel importante em relação à planificação do cuidado
executado pelos técnicos e auxiliares de enfermagem. Ele é o elo integrador que
garante o cuidado prestado. Este cuidado deve ser encarado como um valor ético,
respeitando a dignidade dos pacientes, protegendo e preservando sua segurança.
O conhecimento científico e as habilidades manuais só serão considerados
efetivos se, junto à eficiência, houver sensibilidade e humanização.
A educação é essencial para melhorar a qualidade da assistência de enfermagem.
À partir da teoria e da prática podemos desenvolver habilidades que afetarão
diretamente os cuidados prestados ao cliente. Entendemos que vários fatores
políticos, sociais e econômicos interferem na obtenção deste objetivo, não
dependendo somente da educação, mas o quanto esta é fundamental.
Ressaltamos a importância de instrumentalizar o profissional de nível médio,
sob a orientação e supervisão do enfermeiro, para melhorar as relações
interpessoais e aperfeiçoar-se tecnicamente, buscando assim a eficiência da
assistência de enfermagem ao paciente e sua competência profissional.
Para desenvolvimento deste trabalho, tornou-se necessária uma revisão de
literatura sobre os temas: relacionamento interpessoal, qualidade da
assistência de enfermagem e o ensino enfermagem no Brasil com enfoque na
formação de nível médio.
Com relação ao Relacionamento interpessoal, na teoria de Rogers a ênfase está
nas relações interpessoais e no crescimento que delas resulta e que estas
facilitam a aprendizagem, permitindo que as pessoas assumam o encargo de seguir
novas direções de acordo com seus interesses, desencadeando o senso de
pesquisa, indagação e análise, reconhecendo que tudo se acha em processo de
mudança.
Destacando o papel do enfermeiro no processo de cuidar, considera-se que ele
pode ser o agente responsável em promover o relacionamento entre os componentes
da equipe de trabalho, para que os mesmos possam respeitar o paciente como ser
humano único. O privilégio de uma relação de pessoa a pessoa é de todos:
paciente, enfermeira, técnicos e auxiliares de enfermagem e os demais membros
da equipe(5).
A enfermagem é um processo interpessoal terapêutico, onde o processo de cuidar
do paciente encerra um aspecto profissional, a relação enfermeira-paciente. A
autora destaca que falar com o paciente é fácil quando não há preocupações com
os efeitos de nossas palavras e ações sobre o comportamento deste. Portanto a
interação só se torna efetiva e terapêutica quando o enfermeiro está consciente
de sua comunicação e assume responsabilidade sobre esta(6).
O relacionamento enfermeiro-paciente é uma relação entre o profissional e a
pessoa que requer ajuda, sendo que esta relação se dá através de um processo
terapêutico, com início, meio e final, objetivando a resolução do problema. O
sujeito não é tratado como objeto nem do conhecimento nem da ação, mas como
alguém que enfrenta dificuldades. Considera que toda pessoa possui uma
tendência positiva no sentido de se reorganizar, de se dirigir, de se
preservar, o que o leva à busca do equilíbrio, do crescimento e do
amadurecimento saudável(7).
O que qualifica a enfermagem é o seu caráter relacional, conforme atestam
algumas teorias clássicas da enfermagem. Apesar desse enfoque, na relação
afetiva com o paciente, a prática mostra-se contraditória, sendo estes muitas
vezes tratados com indiferença pela equipe de enfermagem(8).
Com relação à qualidade da assistência de enfermagem, entende-se que qualidade
é um termo bastante abrangente, por isso torna-se necessária sua definição.
Qualidade é a melhoria contínua dos processos implantados, engloba aspirações
de aperfeiçoamento, realização humana no trabalho, é um processo contínuo de
melhoria para um atendimento maior e melhor aos clientes(9).
Na saúde, a qualidade vem sofrendo várias alterações ao longo dos anos; antes
era medida pelos índices de mortalidade e morbidade, e tempo de permanência no
hospital. Hoje, são adotadas outras medidas de resultados relativos ao estado
do paciente, como, condições funcionais de saúde, indicadores psicológicos, por
exemplo, o bem estar e a auto estima, domínio do comportamento, aplicação de
conhecimento, motivação e até a satisfação do paciente.
A qualidade em saúde é ressaltada no cuidado, é o que maximiza o bem estar do
paciente. Portanto, a satisfação total poderia ser avaliada como uma soma dos
aspectos de tratamento técnico, das características da atenção interpessoal e
as conseqüências fisiológicas, psicológicas e sociais.
O paciente destaca que o foco principal de sua avaliação não costuma ser a
parte técnica e sim a humana, estando relacionado à simpatia, paciência,
respeito e atenção. Atualmente, a enfermagem está preocupada em equilibrar a
prática profissional entre as exigências institucionais, a competência técnico-
científica e as necessidades da clientela.
Sobre o ensino de enfermagem no Brasil com enfoque na formação de nível médio
pode-se dizer que o fenômeno educativo não se dá de forma única e precisa em
seus múltiplos aspectos, não se apresenta como realidade acabada. Ao contrário,
nele estão presentes tanto a dimensão humana quanto a técnica, a empatia, a
emocional, a sócio-política e a cultural. Sendo assim, a educação na enfermagem
deveria estar fundamentada nos pressupostos da educação transformadora,
formando uma consciência crítica, reflexão sobre sua prática e compromisso com
a sociedade(10).
A separação entre as atividades intelectuais e manuais também se processa no
trabalho em saúde, e especificamente na organização do trabalho de enfermagem.
Cabe ao enfermeiro o fazer intelectual, desenvolvendo atividades de cunho
administrativo, na maioria das vezes, e as demais categorias, compete a
execução das atividades relativas ao cuidado propriamente dito(11). Aos
profissionais de nível médio de enfermagem cabe o fazer manual e esta divisão
de funções tem repercussões no ensino médio, pois este é baseado em um modelo
tecnicista e de reprodução a crítica das práticas já existentes.
Alguns autores(12) colocam que a divisão de trabalho na enfermagem é marcante,
e que o enfermeiro se distancia cada vez mais do paciente/cliente, ocupando
cargo de chefia, gerenciando as ações de enfermagem. Aos enfermeiros tem cabido
a esfera do saber e, ao pessoal do nível médio, o fazer...
A educação profissionalizante no Brasil está relacionada ao processo de
desenvolvimento industrial, êxodo rural e urbanização. Com a evolução das
tecnologias aumentaram as exigências para a assistência de enfermagem, surgindo
assim os primeiros cursos de auxiliares de enfermagem(13).
Em 1966, teve início o curso de técnico de enfermagem, baseado na lei 4024/61
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(14).
O pessoal de nível médio é numericamente expressivo e representativo na
qualidade da assistência prestada à população, portanto sua atualização e
aperfeiçoamento deveria ser preocupação permanente do enfermeiro(13).
Constata-se o despreparo técnico e pedagógico de muitos enfermeiros, originado
pelo não desenvolvimento da habilidade de docência na graduação e a
inexistência da educação continuada, o que desmotiva sua participação na
formação do pessoal de nível médio(15).
Muitos educadores de enfermagem têm concluído que abordagens tradicionais não
são mais aceitas para a realidade atual que exige de seus profissionais, além
da competência técnica, a capacidade criativa, de reflexão, de análise crítica
e um aprofundamento constante de seus profissionais soluções criativas e
personalizadas. São indispensáveis aos profissionais atuais o desenvolvimento
de sua capacidade emancipatória, adquirida através do desenvolvimento de
habilidades cognitivas e afetivas(16).
Dentre as várias metodologias e conteúdos enumerados nas Diretrizes e
Referenciais Curriculares para o desenvolvimento de competências estão à
percepção e incorporação, consciente e crítica, da ética das relações humanas
desenvolvidas em situações profissionais(17).
Para este estudo foram determinados os seguintes objetivos: Conhecer como é
abordado o conteúdo de Relacionamento Interpessoal entre professores dos cursos
de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem nos programas de suas disciplinas;
investigar entre os alunos dos cursos de Auxiliares e Técnicos de Enfermagem a
importância que é dada ao Relacionamento Interpessoal nas disciplinas de seus
cursos e suas expectativas no exercício profissional futuro; e investigar entre
Auxiliares e Técnicos de Enfermagem se está sendo aplicado o conteúdo de
Relacionamento Interpessoal aprendido durante o seu curso de formação.
2. METODOLOGIA
2.1 Sujeitos e Local
Foram participantes do estudo 14 docentes do nível médio de enfermagem do
Centro de Formação Profissional de Nível Médio (CEFAN), 33 alunos de nível
médio da referida escola, e 21 auxiliares ou técnicos de enfermagem,
funcionários da Santa Casa de Misericórdia , ambos da cidade de Passos, estado
de Minas Gerais, que possui 98570 habitantes, com 3 hospitais (Hospital São
José, Hospital Otto Krakauer e Santa Casa de Misericórdia), um Pronto Socorro
Municipal, 7 Unidades Básicas de Saúde e 5 equipes do Programa de Saúde da
Família.
A coleta dos dados centralizou-se em duas instituições: Santa Casa de
Misericórdia de Passos (SCMP) e Centro de Formação Profissional de Nível Médio
(CEFAN).
2.2 Procedimento
Para a realização deste estudo foram construídos três diferentes formulários,
apresentados nos quadros abaixo, contendo dados pessoais e um questionário com
três questões abertas e aplicados, respecti-vamente, em cada um dos três grupos
de sujeitos.
O projeto foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Escola
de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP.
Estes formulários (ver anexo) foram previamente testados com categorias de
sujeitos semelhantes, porém os participantes e os sujeitos inclusos foram
convidados de forma verbal a respondê-los. Nesta oportunidade, foi esclarecido
a eles os motivos e objetivos da pesquisa, a importância de sua contribuição, e
feito uma justificativa de sua inclusão. Foi garantido também o seu anonimato e
o sigilo de suas respostas.
Os alunos que aceitaram participar do estudo, responderam o referido
questionário em sala de aula, os professores responderam em local e hora
combinados previamente, sendo que a pesquisadora esteve presente durante as
respostas aos questionários para esclarecimentos a possíveis dúvidas.
Para aplicação dos questionários aos auxiliares e técnicos, foi preparada uma
enfermeira do próprio hospital, devido à facilidade de acesso aos diversos
setores e turnos (matutino, vespertino e noturno), da escala de serviço, além
do melhor entrosamento desta enfermeira com o grupo.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Trata-se de uma pesquisa social pois reflete posições frente à realidade,
preocupações e interesses da enfermagem. É um estudo descritivo-exploratório,
com uma proposta de trabalho teórico-metodológica para abordagem qualitativa.
A evidência de que o sexo feminino é predominante na enfermagem é observada nas
três categorias entrevistadas, sendo, desta forma, semelhante ao que ocorre
nesta profissão, de maneira geral.
Os sujeitos participantes do estudo estão dentro de uma faixa etária que pode
ser considerada como de grande produtividade com grandes chances de busca de
aperfeiçoamento profissional nas suas categorias.
Sobre a primeira pergunta feita aos sujeitos, constatamos que 11 professores
abordam o relacionamento interpessoal em suas disciplinas, 29 alunos consideram
este conteúdo indispensável, fundamental, ou prioritário, e, dos 21 auxiliares
ou técnicos de enfermagem, 20 responderam que incluem este tema nos
procedimentos técnicos. Estes dados mostram que os professores abordam o tema
em suas disciplinas, os alunos relatam a sua importância e os auxiliares e
técnicos relatam a utilização desta habilidade em seus procedimentos técnicos.
Com relação à segunda pergunta, 3 professores consideram bom o preparo dos
alunos para interagirem com o paciente, 3 acreditam que este preparo está em
evolução, 2 responderam que este preparo é inadequado e 6 interpretaram a
pergunta de forma incoerente com o estudo. Dos alunos sujeitos, 20 citaram a
psicologia como a disciplina que mais aprofundou o tema, mas citaram mais 13
outras disciplinas que abordaram o tema em seu curso. Dentre os funcionários
entrevistados, 13 acreditam que o conteúdo aprendido sobre o tema foi ótimo,
muito bom, ou bom; 5 responderam que este foi regular, vago, básico e rápido; e
3 responderam que não evidenciaram este conteúdo nos seus cursos. Isto confirma
o comentário feito anteriormente sobre a fragmentação do conteúdo abordado nas
diversas disciplinas, levando a dificuldades para identificar o real conteúdo
ministrado, aprendido e aplicado.
Na terceira pergunta, que pede sugestões para uma assistência mais humanizada,
observamos que as 3 categorias de sujeitos deram respostas mais claras e
extensas. São coincidentes nas respostas destes, as sugestões de acompanhamento
psicológico para a equipe de enfermagem, estudos, reciclagens e educação
continuada.
Essas sugestões pertencem, no nosso modo de entender, ao conteúdo geral de
relacionamento interpessoal e deveriam estar sendo aplicadas rotineiramente na
prática profissional. No entanto, as formas fragmentadas do ensino deste tema
em pouco contribuem para que exista uma prática sistematizada e efetiva deste
procedimento, que é tido como base para as ações de enfermagem, embora não haja
indicação precisa de como ele efetivamente ocorre.
Os alunos consideram de fundamental importância o relacionamento interpessoal
no exercício de suas funções e ocorreu uma predominância na resposta de que
"todas" as disciplinas abordaram o tema demonstrando que apesar de ser uma
preocupação entre os professores, este conteúdo talvez não seja significativo
ou pouco esclarecido, sendo justificado também o fato da segunda parte da
questão de como o conteúdo é abordado ter sido respondida apenas por 3 alunos.
Entendemos que a comunicação é um instrumento básico para a enfermagem, em um
estudo(17) com alunos de graduação em enfermagem, foi citado que dentre as
dificuldades encontradas estava a falta de domínio do processo de comunicação e
de relacionamento.
Sobre a percepção e atuação dos auxiliares e técnicos de enfermagem observamos
que não há referência nas respostas de que se aplica o relacionamento
interpessoal em momento específico, separado de procedimentos técnicos.
Questionamos pois se o R.I. estivesse sendo aplicado nas ações de enfermagem já
teríamos mostra, mesmo que pequena, da humanizaçào da assistência, pois o
cuidado humano não pode ser prescrito e não segue receitas. Ele é vivido,
sentido e exercitado. Outro questionamento que achamos necessário é sobre o
fato de que o ensino sobre a habilidade de RI é tido pela maioria dos
profissionais como "bom", assim porque não conseguimos transformar a realidade
da assistência de enfermagem mecanizada, predominante nos serviços de saúde,
por uma humanizada?
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho serviu para aprofundar um pouco mais os conheci-mentos sobre o
nível médio de enfermagem, tão escasso na literatura, mas ainda deixou muitas
interrogações que poderão despertar novas pesquisas.
Apesar das respostas dos três grupos de sujeitos entrevistados demonstrarem a
importância do relacionamento interpessoal, observamos uma tendência em
associar o tema com algum procedimento ou técnica executada pela enfermagem.
Vimos que os professores buscam abordar o tema, a maioria dos alunos confirmam
que aprenderam o conteúdo, e, também a maioria dos profissionais afirmam que o
tema visto em seus cursos foram bons. As falas dos sujeitos em suas respostas
nos levam a acreditar que o discurso é diferente da prática, ou que o cuidado
ideal é diferente da realidade vivida. Será que este conteúdo não foi abordado
e assimilado superficialmente tornando-se pouco significante para os sujeitos?
Ou será que o tema é apenas falado, mas não vivido pelos profissionais de saúde
e pelos educadores? A formação instrumental ainda está sobressaindo sobre a
formação expressiva? São questionamentos que não podemos responder com certeza.
A atuação de profissionais que participam do processo de formação de outros
trabalhadores da área da saúde é baseada em atitudes e valores. Valores e
atitudes precisam de tempo para constituir-se e consolidar-se, ou seja, entre a
semente e os frutos há um tempo de maturação.
A enfermagem precisa assistir os clientes com ética e dignidade, utilizando
conhecimentos científicos e técnicos, sendo criativa, procurando humanizar este
atendimento, com menores riscos. O cuidado exige observação contínua,
atendimento com calor humano, permitindo que todos os aspectos relacionados ao
cliente façam parte do cuidado, para manter uma adequada e capacitada relação
profissional, o que consiste num grande desafio da enfermagem.