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Resumo

O presente estudo enquadra-se no conjunto dos vários já realizados ocupando-se em apontar os problemas de um ensino de língua portuguesa focado no trabalho com a gramatica normativa. (Possenti, 1996 ; Faraco, 2006; Antunes, 20007; Bagno, 2007; só para citar alguns). O mesmo visa verificar qual é a perceção dos alunos em relação às aulas de português e ver o que os professores pensam sobre o ensino de em geral e sobre as suas aulas em particular, de modo a respondermos as seguintes questões: A aula de português apôs quase três décadas de pesquisas em linguística ainda é sinônimo de ensino de gramatica? E os resultados da pesquisa linguística são percebidos pelos alunos? Participaram do estudo quatro turmas de língua portuguesa de diferentes escolas públicas de porto alegre totalizando 73 alunos da 7ª e 8ª classes e foram ouvidos quatro professores dessas turmas. Os dados foram recolhidos através da aplicação de questionários contendo dez perguntas. Os resultados mostram que apôs quatro décadas de estudos linguísticos, a ideia de aula de língua portuguesa já não é sinonimo de ensino exclusivo da gramática. Os professores afirmam que a gramática deve ser ensinada apartir de textos, que conceitos e regras devem ser descobertos pelos alunos. Por sua vez os alunos não observam a possível aplicabilidade do que aprendem na escola à sua vida. Os resultados demostram ainda que a aula de português já não é sinonimo de aula de gramática, mas também, infelizmente, ainda não é espaço de aprendizagem da língua nem de reflexão sobre ela.