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frances.b1.150.52.2l

frances.b1.150.52.2l

Código do textoFRANCÊS.ER.B1.150
Estímulo52.2L
Nº de informantes0
Fase de recolhaFase 1
Nº médio de palavras288
QECRLB1
Aprendente
Data de nascimento1987.03.07
Ano de início de estudo do português2007
Fala português fora do contexto escolar?Não.
GéneroF
Língua de escolarizaçãoFrancês
Língua maternaFrancês
País em que nasceuFrança
NacionalidadeFrancesa
Países em que já viveu"Irlanda/ 5 meses; Portugal/ agora (1 ano)"
Proficiência em português
Produção escritaB2
Compreensão escritaC1
Produção oralB1
Interação oralB1
Compreensão oralB1
Outra(s) língua(s) estrangeiras(s)
Outras línguas não maternas?Inglês/ Alemão
Língua estrangeira em que tem maior proficiênciaInglês
Produção escritaB2
Compreensão escritaC1
Produção oralC1
Interação oralC1
Compreensão oralC1

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tive a oportunidade de contactar com uma pessoa japonesa. Ela chamava-se XXXXX e era muito calma. Também sou uma pessoa calma, portanto, à primeira vista, o contacto não foi difícil. Tivemos uma discussão cordial a propósito das nossas famílias e dos nossos estudos. Todavia, a interacção não era tanto simples. Nunca tinha pensado que a linguagem pudesse ser tanto complexa. Na realidade, XXXXX exprimava-se sobretudo com expressões corporais: posição do corpo, dos olhos, e também com o tom da sua voz. Quando estava a falar de coisas muito pessoais ou intimas, ela não reagia com palavras. Depois de falarmos a primeira vez, não sabia realmente o que pensar dessa interracção. Mas, antes que eu a encontrasse de novo, falei da minha incompreenção com um amigo que estudava scienças da linguagem e da comunicação. Ele sensibilizou-me com outros meios de comunicação. É neste momento que realizei que uma língua não pode aprender-se sem estar sensibilizado à cultura. Depois desta abertura de espirito”, os dialogos com XXXXX foram mais ricos. Comprendi que não valia a pena explicar toda a minha ideia para que ela percebesse. Dum outro lado, tive mais facilidade a percebir a sua linguagem corporal. Com este tipo de interlocutor, é mais fácil de ometer uma informação, quando a falar, que mentir. Ela respeitava o meu silêncio, mas não gostava que eu menta porque era tanto visível que podia ser percebido como um palavrão.

Gosto muito das subtilidades das linguas línguas e culturas, e é por isso que decidi vir a Portugal. Na minha opinião, não se pode dizer conhecer uma língua se não se conhece a sua cultura. Agora, posso dizer que conheço uma boa parte da língua portuguesa de Coimbra (e não do mundo lusófono!).


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