Viver no campo ou na cidade não é apenas questão de gosto ou escolha. Depois do êxodo campo-cidade, a segunda volta-se núcleo da vida das pessoas, ficando quase esquecidas outras formas mais tradicionais de produção ou consumo.
A cidade facilita o crescente individualismo das sociedades modernas e quebra os antigos vínculos de vizinhança das aldeias. É um buraco cheio de barulho e polução onde as ruas estão desenhadas para o percurso dos carros e o consumo.
Se pudesse escolher, sem dúvida, viveria no campo, apostando por um desenvolvemento local e sustentável. Acho que uma das poucas soluções à crise actual é voltar para formas de vida rurais ou tradicionais, sem cometer o erro de transformar o campo em cidade, claro!
Nasci e cresce cresci numa grande cidade: Barcelona. Fiquei cansada do seu frenético ritmo e por isso fui para uma cidade mais pequeninha: Granada. As duas, embora, têm rincões espectaculares onde sonhar a história que lá aconteceu e muitas possibilidades a nível de formação e aprendizagem.
Ainda que parece que estou zangada quando falo da cidade estou apenas zangada com a impossibilidade ou, melhor dito, a dificuldade que supõe voltar ào campo.
Gostaria de que as mesmas possibilidades (a menor escala) foram factibles nas aldeias para assim levar um modo de vida mais coerente conmigo pròpria.