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coraudis_07

Instituição Tribunal da Comarca de Coimbra
Ano 201?
Tipo de crime ?
Data ?

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Edição





ID enunciado

Parte 1
DA1
00.00
Estivemos 0a ver há pouco.
DA2
00.00
0Sim. É, é!
J
00.02
Ok! aberta a audiência, então, (.) do processo NÚMERO {ruídos} , em que são arguidos NOME APELIDO1, NOME APELIDO2, NOME APELIDO3, NOME APELIDO4, NOME APELIDO5 e NOME APELIDO6, (.) tando todos acusados (...) 0.7 {folhear de páginas} , por autoria material e em concurso efetivo, dos crimes de furto simples e burla informática e nas comunicações, previstos e punidos pelos artigos duzentos e três e duzentos e vinte e um, respetivamente, do Código Penal. Quanto às exposições introdutórias, Ministério Público
MP
00.50
Prescindo.
J
00.51
A defesa. Começamos aqui pelo sotor 0 (( ))
DA1
00.54
0 (( ))
J
00.55
{subentende-se que DA1 prescinde} 0Doutor
DA2
00.55
0Nada.
J
00.56
Doutor {subentende-se que DA3 prescinde} Doutora
DA4
00.57
Prescindo.
J
00.58
Doutor {subentende-se que DA5 prescinde} Então, (.) começamos pela primeira testemunha arrolada na acusação, que se chama?
T1
01.06
NOM //

Parte 2
T1
00.00
(( )) =
J
00.00
= E é agente da PSP
T1
00.01
Sim. Da esquadra {alguém tosse} de investigação.
J
00.04
Diga?
T1
00.05
Da esquadra de investigação de CONCELHO.
J
00.06
Sim, senhor! eh:: > eh:: Não conhece os arguidos ou conhece?
T1
00.11
Só no âmbito das minhas funções.
J
00.13
Sim, senhor! E:: não tem qualquer interesse nesta causa e jura, por sua honra, dizer toda a verdade e só a verdade
T1
00.18
Sim.
J
00.19
Faz favor de se sentar! (.) E vai responder às perguntas da sotora procuradora adjunta! {folhear de páginas}
MP
00.25
Co’ a devida vénia! Então, o senhor agente N > eh:: NOME APELIDO7! Consta aqui do processo um aditamento que foi por si eh:: subscrito de que:: eh:: , portanto, o senhor é o responsável, referente à factualidade de quem está aqui a ser sic julgadasic sic , num é? O senhor teve {alguém tosse} contacto com:: > com os arguidos?
T1
00.48
Sim, estive a falar com eles, junto ao híper > ao > do HIPERMERCADO1.
MP
00.53
Esteve a falar com eles 0j > eh:: junto ao híper / 0
T1
00.54
00 | Sim | 0
MP
00.55
eh:: 0do HIPERMERCADO1.
T1
00.56
0Do HIPERMERCADO1.
MP
00.57
E:: > E:: na sequência de quê? O qu' é que tinha acontecido pra que 0o senhor:: Foi chamado ao HIPERMERCADO1
T1
01.01
0 eh:: (( )) (.) Fui chamado ao HIPERMERCADO1 por os vigilantes, a dizer que tavam lá uns indivíduos, de etnia cigana, que tinham:: utilizado um:: plafom dum cartão furtado (.) no HIPERMERCADO2.
MP
01.14
0 | Sim | 0
T1
01.15
0Em LOCALIDADE1.
MP
01.17
0Olhe! E uma questão! O senhor não sei se tem presente o teor eh:: > enfim, aquilo que relatou aqui no aditamento que formulou
T1
01.26
0 | Sim | 0
MP
01.28
Tem presente?
T1
01.28
Mais ou menos. Não sei 0precisar o dia (( )) mesmo / 0
MP
01.30
0É natural que não se (.) {alguém tosse} recorde.
T1
01.34
0 \ num me recordo.
MP
01.35
eh:: O > Eu pedia-lhe pro senhor vi > visualizar, então, o teor sic desic sic folhas três / 0
J
01.40
Pode chegar aqui, então, por favor2!
MP
01.41
00 \ três e quatro!

{T1 levanta-se e dirige-se até ao Juiz}
J
01.45
Deixe tar aí! Deixe tar! {folhear páginas} (( )) (..) Faz favor!
X
01.54
(...) 0.42 {T1 visualiza folhas três e quatro} {ruídos}
MP
02.36
O senhor tem > eh:: recorda-se agora desta:: situação que deu origem a este seu relato aqui (..) Olhe, ó senhor agente! Portanto, questionando-o, aqui diz-se que havia eh:: > que:: > que lhe f > o responsável da segurança do hipermercado HIPERMERCADO1, que está aqui identificado / 0
T1
02.58
NOME APELIDO8.
MP
02.59
0 \ NOME APELIDO8, num é? Como testemunha da ocorrência, lhe eh:: > lhe mencionou que seis indivíduos de etnia cigana, adultos, duas crianças de colo e uma menor, efetuaram os três pagamentos nas caixas, com um cartão que fora furtado horas antes. Pronto! eh:: Relativamente a:: > a sic estasic sic eh:: eventual furto que teria ocorrido horas antes, o senhor faz este aditamento no dia vinte d’ agosto de dois mil e quinze. Foi no dia em que ocorreram os factos?
T1
03.31
Os factos, exatamente. =
MP
03.32
= Portanto, teria sido no dia dezanove, não é?
T1
03.05
Entre o dia dezanove e o dia vinte. {alguém tosse}
MP
03.37
0E o dia vinte. O senhor faz isto às duas da manhã, suponho que seria, 0então / 0
T1
03.41
0No dia dezanove, ainda3.
MP
03.42
00 \ no dia dezanove. eh:: O senhor diz aqui que (.) havia uma «denúncia». Havia uma denúncia de quem? Tem conhecimento 0disso?
T1
03.50
0Por parte da ofendida, em como tinham-lhe furtado a carteira, no HIPERMERCADO2, de LOCALIDADE1. 0Inclusive esse:: / 0
MP
03.55
0No HIPERMERCADO2 de LOCALIDADE1. 0Portanto / 0
T1
03.56
00 \ Inclusive esse cartão (.) HIPERMERCADO1.
MP
03.59
Sim! E, no interior da carteira, estaria, então, o 0cartão HIPERMERCADO1 / 0
T1
04.02
0Esse cartão, sim.
MP
04.06
Olhe! eh:: > eh:: Esta situação, plo qu’ é aqui mencionado, eh:: foi sic despoletadasic sic porque estava pra ser feito um determinado pagamento, que presumo, face à redação que aqui está feita, seria o quarto pagamento, e não foi autorizado porque se tinha atingido o 0limite da / 0
T1
04.24
0Do plafom, 0sim.
MP
04.25
00 \ Do plafom daquele 0cartão, num é?
T1
04.26
0Exato.
MP
04.28
E, então, teria sido na sequência disso que foi chamado aqui este senhor NOME APELIDO8. (.) O senhor, n’ altura, eh:: fez alguma identificação dessas pessoas, desses indivíduos, dos eh:: > nomeadamente, dos maiores de dezasseis anos, fez alguma identificação?
T1
04.44
eh::
MP
04.45
0Eu pergunto porque:: / 0
T1
04.45
0Só as identificações que estão aí!
MP
04.47
As identificações que estão aqui! Es > Identifica-se aqui NOM > NOME APELIDO1, 0NOME APELIDO2 / 0
T1
04.54
0NOME APELIDO2, sim.
MP
04.56
0 \ NOME APELIDO3, {alguém tosse} NOME APELIDO4, NOME APELIDO5 e NOME APELIDO6. O senhor identificou-os mediante:: documentos identificativos qu’ eles possuíssem?
T1
05.08
eh:: Só dois é que tinham. N’ altura:: a NOME APELIDO2 e o:: senhor APELIDO1. (.) Agora não me lembro do nome dele, do primeiro / 0
MP
05.15
0E com’ é que procedeu à identificação dos outros?
T1
05.19
Através de:: > desses «dois» indivíduos.
MP
05.23
Os outros 0é que identificaram?
T1
05.24
0Que me facultaram a:: > Sim.
MP
05.26
E eles eh:: , previamente, também se:: identificaram dessa forma? Não houve desconformidade ou não houve
T1
05.34
Penso qu’ houve lá um:: > um nome que não estava bem correto e depois tivemos qu’ ir:: à esquadra confirmar o:: > melhor a identificação.
MP
05.43
Ah! Pronto! Mas, portanto, 0o que está aqui / 0
T1
05.46
0Contactámos com:: > c’ os colegas de LOCALIDADE2 > co’ a PSP de LOCALIDADE2 pra:: > 0Eles disseram que tinha sido lá / 0
MP
05.50
0Estes senhores, portanto, são todos residentes em LOCALIDADE2, não é?
T1
05.53
Sim.
MP
05.56
Depois, os senhores tiveram que eh:: obter:: eh:: {alguém tosse} > fazer > fazer > portanto, pa proceder a essa identificação, colheram também outras informações que:: > 0conjugaram outras / 0
T1
06.06
0S / 0
MP
06.07
0 \ informações, 0não é? / 0
T1
06.08
0Sim.
MP
06.08
0 \ Que tinham. C’ os colegas de LOCALIDADE2. Olhe, o senhor! Diz-se aqui que uma das pessoas terá falado consigo O senhor há pouco até disse o nome duma das senhoras
T1
06.17
NOME APELIDO2.
MP
06.18
A NOME APELIDO2. =
T1
06.18
= Sim, 0foi a / 0
MP
06.19
0Recorda-se do qu’ ela lhe disse? Assim sem precisar d’ olhar pr’ aqui, recorda-se? Ficou na:: > na sua memória?
T1
06.26
Que tinham:: encontrado na via pública, o cartão, (.) e que:: tinha feito os pagamentos > por uma das crianças que tinha encontrado o cartão. =
MP
06.35
= Pois! E > M > M > Mas agora eu pergunto 0 eh:: / 0
T1
06.37
0E era ela que tava na posse do cartão. 0 (.) (( )) / 0
MP
06.39
0Pronto! Essa dona > Essa senhora NO > eh:: > eh:: > eh:: dona NOME > NOME APELIDO2, num é?
T1
06.44
Sim. =
MP
06.44
= Ela fez a entrega desse cartão ao senhor? Foi ao senhor qu’ ela 0fez a entrega?
T1
06.47
0Sim. Exatamente6!
MP
06.48
0Esse cartão coincidia ou não com o cartão que a outra senhora, a ofendida, mencionava ter desaparecido no HIPERMERCADO2?
T1
06.55
N’ altura não tinha:: > não tinha dados pra poder sic confontrarsic sic > 0«confrontar» / 0
MP
06.59
0O senhor, n’ altura, não tinha ainda o > o:: / 0
T1
07.01
A denúncia!
MP
07.02
0 \ a denúncia5.
T1
07.03
0Sim. (.) Só na esquadra é que foi possível apurar.
MP
07.06
Olhe, outra coisa! Relativamente à carteira dessa senhora, ond’ é que estava a carteira? (.) É que 0a carteira foi / 0
T1
07.12
0A carteira / 0
MP
07.13
0 \ entregue. Acabou por ser devolvida à 0senhora.
T1
07.16
00 \ foi devolvida. Porque estava na viatura da senhora NOME2.
MP
07.18
Também estava, eh:: 0portanto / 0
T1
07.19
0Do marido > Do marido da senhora NOME2. =
MP
07.21
= Pronto! Então, portanto, a criança não encontrou só o cartão, encontrou, também, na versão da senhora, 0não é, (.) a carteira?
T1
07.26
0Da se > Mas a versão da senhora era :: > era só o cartão! =
MP
07.30
= 0Ah!
T1
07.30
0Tinha achado o cartão na via pública.
MP
07.32
Pronto! =
T1
07.32
= Mas, depois, lá disseram que:: tinham a carteira com eles.
MP
07.37
Pois! Acabaram por dizer qu’ a carteira estava com eles. E, aí, não disse que tinha sido a criança a encontrar a carteira?
T1
07.43
Não.
MP
07.44
Aí já não. Pronto! eh:: Outra coisa! eh:: Entretanto, o senhor diz aqui que a carteira {alguém tosse} e o cartão foram entregues à queixosa e aqui ofendida / 0
T1
07.54
00 | Sim | 0
MP
07.54
00 \ conforme sic tre::rmosic sic de entrega. Foi o senhor que fez essa entrega?
T1
07.58
eh:: Penso que foi outro colega, mas:: / 0
MP
07.59
Pronto! Mas está aqui 0no > no:: > está aqui na > no termo de entrega.
T1
08.01
00 \ mas eu tinha presente que trocámos > que trocámos funções qu’ era pra ser mai rápido (.) (( )) / 0
MP
08.07
Outra coisa! O senhor «viu» quais eram os artigos de vestuário que tinham sido > que est > que menciona aqui, que tinham sido adquiridos por estas > por estas pessoas?
T1
08.17
Vi alguns, só!
MP
08.19
Viu alguns. Mas foram:: > «foram» > diz-se aqui qu’ o valor foi, novamente, creditado no cartão. Com’ é que foi isto?
T1
08.27
Porque:: f > os > eles devolveram os:: 0os artigos / 0
MP
08.31
0Eles acabaram por devolver 0os / 0
T1
08.33
00 | Sim | 0
MP
08.33
0 \ os bens, não é? =
T1
08.33
= Exatamente!
MP
08.34
E, então, a entidade comercial, o HIPERMERCADO1, creditou novamente no cartão da 0senhora
T1
08.38
0Sim. Exatamente! O responsável tava lá junto connosco 0e:: / 0
MP
08.42
0Muito bem!
T1
08.43
0 \ decidiu (.) aplicar novamente o plafom. Atribuir1 / 0
MP
08.47
00 | Sim | 0
T1
08.47
0 \ à ofendida.
MP
08.48
Pois! Olhe! Outra coisa! Plo qu’ o senhor aqui diz::, havia três grupos de pessoas. Porqu’ o senhor sic farasic sic > sic farasic sic aqui da NOME APELIDO5 e dum NOME APELIDO3, que se faziam acompanhar duma filha menor {alguém tosse} de dois anos. Depois, fala na NOME2 e no NOME1 (.) , acompanhados duma menina, que será a NOME APELIDO9, de catorze anos, (.) e da NOME APELIDO6 e do NOME APELIDO4, acompanhados do NOME10 e do NOME11, menores d’ idade. Haveria três grupos, digamos assim Plo que::
T1
09.24
Sim, tavam todos juntos:: / 0
MP
09.26
0Pois / 0
T1
09.26
00 \ (( )) / 0
MP
09.26
00 \ a certa altura estariam todos juntos. Mas o senhor:: (.) > o «senhor», eh:: quando descreve aqui eh:: > menciona as pessoas, eh:: > não sei s’ isto foi deliberado > com’ é que o senhor ded > eh:: > deduziu qu’ eles fizessem parte d’ agregados diferentes, não é?
T1
09.43
eh:: Não! Pertenciam todos à mesma família, 0só que / 0
MP
09.45
00 | Sim | 0
T1
09.47
0 \ e > eles estavam em:: carrinhas separadas > em ca > em viaturas separadas. 0Por isso, é que:: / 0
MP
09.51
0Então e sic quantossic sic viaturas eram?
T1
09.54
N’ altura, eram duas.
MP
09.55
Eram «duas»!
T1
09.58
Uma carrinha e, depois, um carro.
X
10.00
(..)
MP
10.04
Olhe! Entretanto, o senhor diz aqui que a > o NOME4 > havia alguns qu’ eram menores d’ idade, mas já penalmente imputáveis, já maiores de dezasseis anos, não é? =
T1
10.13
= Exatamente!
MP
10.13
Seria o NOME4 e a NOME6. (.) A NOME APELIDO6 é a NOME6? (..) Deve ser! NOME6 eh:: > Pronto! (.) E os senhores eh:: chamaram, n’ altura, os defensores oficiosos, não é?
T1
10.33
Exatamente!
MP
10.35
Isto, em bom rigor, os senhores {alguém tosse} até podiam ter decidido apresentar a:: > prim > eh:: enfim, pra processo sumário. Não os detiveram logo? Estas pessoas? =
T1
10.44
= «Não»!
MP
10.46
Porque não tinham ainda o auto da outra:: > da queixa, 0não é?
T1
10.49
0Da queixa. Exatamente!
MP
10.50
0Pois!
T1
10.50
0A senhora apresentou a queixa :: posteriormente.
MP
10.53
Pronto! (..) Olhe! E, entretanto, o senhor:: sabe s > eh:: o senhor falou com > com alguém que tivesse observado os movimentos destas pessoas, sic quantrassic sic vezes é qu’ eles passaram ou quantas vezes é qu’ eles paga > procederam a pagamentos Porque, plo qu’ é aqui dito > é dito que num t > numa quarta vez que estava a ser utilizado esse cartão é que:: 0foi, digamos assim / 0
T1
11.20
0O senhor > O senhor NOME APELIDO8 é que:: / 0
MP
11.25
0É que conhece essa situação?
T1
11.25
00 \ terá:: > (( )) situação, sim.
MP
11.27
0Portanto / 0
T1
11.27
0Mas ele transmitiu-me que foi quatro > à quarta vez, atingiram o plafom e não conseguiram 0efetuar / 0
MP
11.32
00 | Sim | 0
T1
11.32
0 \ o pagamento.
MP
11.35
E as pessoas disseram-lhe mais alguma coisa? Além dessa dona NOME2, disseram-lhe mais alguma coisa?
T1
11.41
Não. {alguém tosse}
MP
11.42
Não falaram mais o > o > as > essas eh:: pessoas, não?
T1
11.46
«Não»! =
MP
11.46
= Não lhe deram qualquer explicação?
T1
11.48
Nada. 0Só disseram que / 0
MP
11.49
0E o senhor viu-os, também, todos juntos?
T1
11.53
Sim, quando eu cheguei lá, já estavam todos juntos. =
MP
11.55
= Estavam todos juntos. (..) Olhe! O > O tipo de compras que foram feitas, o senhor consegue recordar-se?
T1
12.09
Lembro-me dumas sapatilhas e:: de pares de calças. Não > Não sei precisar a:: > a quantidade.
MP
12.15
Mas havia roupa pa criança e pr’ adulto?
T1
12.19
Sim. (.) {pigarreio}
MP
12.22
Olhe, ó senhor:: eh:: 0APELI > APE / 0
T1
12.24
0Penso que foram anexos > N’ altura, foram anexos3 os talões de:: / 0
MP
12.26
0Sim. (.) Os talões do HIPERMERCADO1, num é? O senhor:: NOME APELIDO7 tamém tem aqui, no auto de apreensão > portanto, tem a carteira, o cartão de crédito e débito da HIPERMERCADO1 e tem um cartão de cidadão que seria, então, dessa senhora qu’ é ofendida, num é?
T1
12.43
Sim.
MP
12.44
O senhor:: eh:: aqui «tem», como sendo possuidor destes objetos, o NOME APELIDO3, nest’ auto de 0apreensão.
T1
12.52
0Que é o marido:: 0da senhora NOME2.
MP
12.53
0Da dona NOME2. Muito bem! (..) E, entretanto, a senhora:: > a > a p > a proprietária desses objetos estava lá no (.) > no 0HIPERMERCADO1?
T1
13.06
0No HIPERMERCADO1.
MP
13.06
0Não se recorda?
T1
13.07
Não. =
MP
13.08
= Não foi o senhor que fez a entrega?
T1
13.10
Não. (...) 0.9 {ruídos} Mas sei que foi contactada via telefone.
MP
13.21
0Sim. O senhor, portanto / 0
T1
13.21
0 (( )) / 0
MP
13.23
0 \ além de:: > de confirmar > presumo que confirma, não sei se quer esclarecer algum ponto que não tenha:: > que agora se recorde que possa ter utilidade pra > pra saber o qu’ é que realmente se passou. eh:: Esclare > eh:: Confirma isto que está aqui neste aditamento ou não? 0Com’ é que:: / 0
T1
13.39
0Sim.
MP
13.41
0Sim?
T1
13.41
0Não tenho > Penso que não tenho mais nada a acrescentar. =
MP
13.44
= Acha que:: o qu’ eu lhe perguntei (.) eh:: é o bastante pra esclarecer isto ou > ou, melhor dizendo, lembra-se d’ alguma coisa que possa ser importante pra::
T1
13.53
Mais pormenores (( )) {alguém tosse}
MP
13.55
Não se recorda de nada. (.) Portanto, o senhor estava a dizer que havia uns talões, num é?
T1
14.02
Exato.
MP
14.03
0Havia uns talões de pagamento
T1
14.04
0Havia.
MP
14.04
0Não se recorda quantos?
T1
14.06
Não. (..) 0.6 {ruídos}
MP
14.12
Não pretendo mais nada. {dirige-se ao juiz}
J
14.14
Ó > Ó senhor NOME7, confirme só uma coisa que eu não sei se entendi bem! O sor disse {alguém tosse} que só duas pessoas é que tinham identificação. Os outros foram identificados através de / 0
T1
14.26
Verbalmente, sim. Verbalmente9.
J
14.28
0Ptanto, verbalmente e através do auxílio da PSP de LOCALIDADE2
T1
14.31
Sim.
J
14.32
Ptanto, mas foram todos identificados com todos os elementos e, eles identificados, depois confirmaram através da PSP de LOCALIDADE2?
T1
14.37
0Sim.
J
14.37
0 (( )) / 0
T1
14.38
0E através do nosso sistema informático. =
J
14.40
= E quais eram > quais eram os que tinham o:: > o > os > os documentos? Era a NOME2 e?
T1
14.45
E o senhor APELIDO3.
J
14.47
O > O:: > O NOME APELIDO3?
T1
14.48
O NOME APELIDO3, sim.
J
14.49
eh:: {pigarreio} (.) E através do sistema informático?
T1
14.55
Sim. Temos o nosso sistema (( )) . {ruídos}
DA1
14.58
Co’ a devida 0vénia, sotor!
J
14.59
0Doutor!
DA1
15.00
Sor agente, só uma:: > um esclarecimento! Sabe, em concreto, quem é que fez as aquisições dentro do HIPERMERCADO1? (.) Estas pessoas todas?
T1
15.08
Não.
DA1
15.09
Não sabe?
T1
15.10
Não.
DA1
15.11
Olhe! eh:: São pessoas de etnia cigana?
T1
15.14
Sim.
DA1
15.15
eh:: Geralmente, estas situações, quand’ um é detido, (.) a família junta-se toda, não é? (.) É costume?
T1
15.25
Quando têm conhecimento.
DA1
15.26
Quando têm conhecimento. (.) Nada mais, sotor!
DA2
15.30
Ó sotor, co’ a devida vénia! {pigarreio} Só um pequeno esclarecimento! É qu’ eu num > eh:: > eh:: fiquei eh:: aqui um bocadinho confuso eh:: , quando tava a prestar declarações à digníssima magistrada do ministério público, que é o seguinte: o senhor quando fez este aditamento > quando fez este aditamento, foi no fim (.) de ter conversado com os > com > com > com > com > digamos, com os arguidos, certo?
T1
15.51
De já sic estersic sic estado com os arguidos2.
DA2
15.53
0Ptanto, no fim de já sic estersic sic estado com eles? PRONTO! É que ou eu percebi mal ou o senhor acabou di > disse há > > há pouco QUE eh:: , inicialmente, foi um cartão (.) e depois foi a carteira! Foram palavras suas (.) que disse aqui. (.) eh:: E, PELO que está no aditamento, qu’ é claro, eh:: a carteira estava no carro do senhor NOME APELIDO3 {alguém tosse} e quem estava na posse do cartão era a dona NOME2. Pronto! Por isso, num foi / 0
T1
16.19
Foi os factos qu’ eu disse. =
DA2
16.21
= Pronto! Mas > mas > (( )) > mas > o > o senhor disse: Ah! Inicialmente, eu (( )) o cartão! E depois não s > não falam da carteira! Dá a entender que > que estávamos aqui a > a > a > a «defraudar» alguma coisa. Não! A > A posse do cartão, que > que fique bem claro, era a dona NOME2, a carteira estava no veículo do senhor NOM > supostamente NOME APELIDO3.
T1
16.39
0Sim, (( )) da senhora NOME2.
DA2
16.39
0Pronto! Que na versão da > da > d’ arguida, da dona NOME2, apesar de não ser eu o defensor, eh:: estaria > tinha sido «encontrada» pela tal criança. Foi isso que lhe disseram! {ruídos}
T1
16.49
O cartão! O cartão tinha sido encontrado, na via pública, por uma criança.
DA2
16.52
Por uma criança! Pronto! E a carteira, o senhor também atestou, que estava na > 0no carro > na viatura do > do senhor NOME APELIDO3.
T1
17.57
0 (( )) do senhor NOME APELIDO3. Sim. =
DA2
17.00
= Pronto! E que > E > E:: a > E > E > E, quand’ o senhor os aborda, era a dona NOME2 que tinh’ a posse do cartão. Certo?
T1
17.06
Sim. =
DA2
17.07
= Pronto! Nada mais, sotor! {dirige-se ao juiz}
DA3
17.11
Não desejo nada, sotor. =
J
17.11
= Doutora
DA4
17.13
Na sequência do interrogatório e (( )) dos esclarecimentos pedidos pelo sotor aqui NOME APELIDO12 eh:: e, ainda, em relação à questão eh:: que tentou já esclarecer, que a posse do cartão estava com a dona NOME2, (( )) que lhe terá dito que (( )) uma criança (( )) encontrado o cartão na via pública.
T1
17.31
00 | Sim | 0
DA4
17.31
0QUANDO eh:: foi encontrada a:: > a carteira > Em que circunstâncias é que encontrou a carteira?
T1
17.37
A carteira? Na viatura.
DA4
17.38
Mas porque rebuscou a viatura? (.) 0 (( )) / 0
T1
17.41
0Não. Porqu’ eles foram, de livre e espontânea vontade, buscar a:: > a carteira. (.) 0 (( )) / 0
DA4
17.45
0Eles, portanto, eh:: foram buscar a carteira e entregaram-lhe a carteira. E que explicação é que deram para a:: > a carteira?
T1
17.54
Isso foi c’ os meus colegas da esquadra, porque tivemos que dividir tarefas / 0
DA4
17.58
00 | Sim | 0
T1
17.58
00 \ e eles foram com o senhor NOME APELIDO3 buscar a carteira.
DA4
18.03
Já na esquadra, então?
T1
18.04
Não! Ainda lá no HIPERMERCADO1, o senhor NOME APELIDO3 saiu e foi c’ os meus colegas, fardados, à carrinha 0buscar a carteira.
DA4
18.11
0E o senhor não assistiu, então, à explicação que foi dada para 0
T1
18.14
0Para a posse da carteira. Não. =
DA4
18.16
= Não sabe. Muito bem! Mais nada, sotor! {dirige-se ao juiz}
DA5
18.18
Co’ a devida vénia! Olhe, (( )) uma pergunta, porque acho que já respondeu, mas de qualquer maneira! eh:: Ptanto, a identificação foi feita através do:: > do sistema informático e por via eh:: verbal e, tamém, co’ a colaboração da:: 0 (( )) .
T1?
18.30
0 (( )) sim.
DA5
18.31
Olhe! E > E > E:: / 0
J
18.32
E pelos próprios, sotor! Verbalmente plos próprios.
DA5
18.34
Ah! Claro, claro, claro! E, eh:: > eh:: voltando à história da carteira, portanto, a carteira (( )) {alguém tosse} no carro dessa senhora dona NOME2, não era?
T1
18.42
Senhor NOME3 0 (( )) são:: > são um casal / 0
DA5
18.43
0Sim, sim! São família, não é? =
T1
18.44
= Sim.
DA5
18.45
eh:: E > E:: quem é que pôs lá a carteira, não sabe?
T1
18.49
Não faço a mínima 0 (( )) / 0
J
18.50
0Não viu, sotor! {riso}
DA5
18.51
Não! Podia ser que > que:: > que pronto! 0Podia / 0
J
18.53
0Eu percebo, sotor! Eu percebo! {riso}
DA5
18.55
Podia ter visto, não é? Mas não viu. Pronto! (( )) não desejo mai nada! {dirige-se ao juiz}
J
18.58
Tão, quem > quem tem na sua posse um objeto e não p > e não prova eh:: a > a ori > a prov > a proveniência lícita > da > 0da sua > da sua:: / 0
DA5
19.07
0Claro, claro!
J
19.08
0 \ detenção, presume-se, obviam > obviamente / 0
DA5
19.11
(( )) {ruídos} podia ter sido algum 0amigo / 0
J
19.12
00 \ que foi > que foi a 0própria / 0
DA5
19.13
00 \ que tivesse posto lá a carteira presa, em determinada eh:: posição. {alguém tosse}
J
19.17
Ah! Ah! Sim, sim, sotor! {alguém tosse} É que:: ce > certamente já sabia que o:: > o cartão tinha sido achado por menores.
DA5
19.23
Ah! Pronto! eh:: {riso prolongado do juiz} (.) Eu perguntei isso porque, como são seis / 0
J
19.28
Sim, 0sotor! {riso}
DA5
19.29
00 \ podia ter sido algum / 0
J
19.30
Sim, é evidente! {riso}
DA5
19.31
Puxa tudo da mesma família, não é? 0 (( )) / 0
J
19.32
0Ó sotor! Estava > Estava tudo junto. Todos eles tinham interesse naquilo.
T1?
19.35
0Como é evidente!
J
19.35
0Ó sotor! Certamente, não foram os seis {alguém tosse} a pegar no cartão para o 0introduzir na ranhura, sotor!
DA5
19.39
0Sim, sim. Não foram mais!
J
19.41
Agora > Certamente não foram! Agora, a lei diz quem por si ou juntamente com!
DA5
19.47
Claro, claro, claro, claro! (.) Estou esclarecido9!
J
19.48
0Pode pedir isso mesmo! eh:: {dirige-se a T1} Muito obrigado! Pode sentar lá atrás! {ruídos}

Parte 3

{folhear de páginas}
J
00.06
eh:: Com > Com pê ou sem 0pê?
T2
00.08
0Sem pê!
X
00.09
(..)
J
00.12
Ora, também (.) é agente da PSP2
T2
00.16
0Agente da PSP, sim.
X
00.17
(.)
J
00.19
Não tem qualquer interesse nesta {alguém tosse} 0causa
T2
00.21
0Não. =
J
00.21
= E jura por sua honra dizer 0toda a verdade / 0
T2
00.22
0Juro!
J
00.23
0 \ e só a verdade (.) Jura?
T2
00.25
Juro, Juro!
J
00.26
Faz favor de se sentar. {riso} Vai responder às perguntas da sotora procuradora adjunta!
MP
00.31
Senhor agente APELIDO13, o senhor agente está identificado aqui no processo, por referência sic àsic sic folhas cento e sete. E de folhas cento e sete consta um relatório de visionamento d’ imagens / 0
T2
00.41
0 | Sim | 0
MP
00.42
0 \ Eu pergunto-lhe, o senhor:: > foram juntos os fotogramas de:: > retirados desse visionamento com relevo 0para:: / 0
T2
00.49
0F::oi. 0Para juntar ao processo.
MP
00.51
00 \ eh:: conjugados com outros elementos poderem servir para apurar os factos, não 0é?
T2
00.54
0Sim!
MP
00.56
E o senhor::, eh:: «neste» visionamento que faz, {pigarreio} (.) eh:: > portanto, eh:: pediram > a > a qu’ entidades é que pediram as:: > as v > as:: > eh:: os elementos, eh:: donde retirassem as câmaras de > de vigilância instaladas? Quais foram?
T2
01.15
eh:: Por aquilo que me recordo, foram imagens:: eh:: > sic mandadasic sic apreender imagens no HIPERMERCADO2 (.) e na:: > no ex CENTRO COMERCIAL 0 (( )) / 0
MP
01.24
00 | Sim | 0
T2
01.25
0 \ eh:: do HIPERMERCADO2 não:: foram visionadas, que não havia:: eh:: > tavam corrompidas ou outra coisa qualquer assim do género. eh:: Do CENTRO COMERCIAL foram visionadas, foi eu qu’ as visionei, e:: (.) > visionei:: > não identifiquei ninguém. Claro! Vi só única e simplesmente o movimento dos indivíduos, que estavam lá naquele dia e hora em que consta do auto de denúncia, a entrar e a sair com compras. Fizeram > Saíram > Entraram duas ou três vezes do local, vá! / 0
MP
01.56
0 | Sim | 0
T2
01.56
0 \ Das caixas. eh:: Não 0 (( )) / 0
MP
01.58
0Portanto / 0
T2
01.59
0 | Sim | 0
MP
02.00
0 \ eu pergunto: nesse dia > nest’ altura eh:: chamou-lhe à atenção o quê? Nestes visionamentos? O senhor já disse entraram duas ou três vezes
T2
02.09
Eu (( )) > Eu > Eu fui mediante a:: > o auto de denúncia que estava ::, onde «dizia» que:: um grupo de:: indivíduos de etnia cigana:: > homens, mulheres, crianças > que sic estavamsic sic :: > sic fetuaramsic sic compras e is > passaram nas caixas de pagamento por duas ou três vezes, não posso precisar agora, com compras fetuadas no interior da loja / 0
MP
02.29
0 | Sim | 0
T2
02.30
0 \ Baseado nessa:: > na:: > nesses f > dados, é que eu fui fazer o visionamento das imagens. 0E:: > E tirei fotogramas.
MP
02.35
0Olhe! Portanto, o valor total das compras, o senhor não sabe / 0
T2
02.38
Não faço ideia1!
MP
02.40
00 \ qual é? E quantos talões havia? Também não 0sabe quantos havia / 0
T2
02.42
0Também não. Não, não. {alguém tosse}
MP
02.44
0 \ de aquisições?
T2
02.45
Não faço ideia! =
MP
02.46
= Mas eram as mesmas pessoas 0que passaram nas caixas / 0
T2
02.47
0Foram as mesmas pessoas.
MP
02.48
0 \ mais do que 0uma vez?
T2
02.49
0Mais do que uma vez, sim!
MP
02.50
E o senhor diz que se recorda duas, três vezes, num 0é?
T2
02.53
0Sim. Não posso precisar se foram duas, se foram três vezes, não sei! 0Não (( )) / 0
MP
02.55
0Sim, não consegue precisar! (..) Isso, o que foi obtido, foi junto ao processo, não é? 0F > Tamém foi / 0
T2
03.02
0Sim, sim!
MP
03.03
0 \ remetido ao processo (.) Pronto! O senhor conseguiu identificar algumas 0das / 0
T3
03.08
0Não!
MP
03.08
0 \ pessoas? 0Não?
T2
03.09
0Não, não! Não identifiquei ninguém.
MP
03.11
Veem-se aqui eh:: realmente pessoas jovens, outras menos jovens e algumas crianças, não é?
T2
03.16
Sim.
MP
03.17
E > E outra coisa! Estas pessoas eh:: > eh:: quantas eram Se se comunicavam entre si
T2
03.24
eh:: eles já vinham em grupo. Vinham sempre em grupo, particamente. (.) Dois adultos e sic duassic sic :: femininos > dois adultos masculinos, duas ou três crianças. Não posso eh:: pre > precisar de momento, ó doutora 0 (( )) / 0
MP
03.35
0Mas era um grupo eh:: > eh:: de mais do que três, quatro pessoas5 Não era
T2
03.39
0Era, mais ou m > Era um > Era um grupo de três ou quatro pessoas, mais ou menos.
X
03.42
(..) {ruídos}
MP
03.45
O senhor, não se quer ver as fotografias {conversas paralelas} para se poder recordar Se essas pessoas andavam, mais ou menos, todas eh:: , enfim > que se > se entre elas comunicavam6
T2
03.55
0Não, eu recordo-me. Eu recordo-me, doutora! Que:: eles 0viam > Quando / 0
MP
03.57
0Recorda-se?
T2
03.58
0 \ viam (( )) dirigiam à caixa para efetuar o pagamento 0 (( )) / 0
MP
04.00
0Mas e > eles não iam todos à caixa ou 0iam?
T2
04.02
0Não, não! Ficavam duas pessoas > dois adultos, por exemplo, e:: (( )) eu recordo-me que uma da:: > uma das s > senhoras c’ um bebé ao colo, salvo erro / 0
MP
04.10
0 | Sim | 0
T2
04.11
0 \ eh:: Num, mas num > num posso precisar se:: > se vinham quatro, cinco pessoas. Num > Num:: sei!
MP
04.16
Mas / 0
T2
04.17
Vinha > que vinha 0em grupo / 0
MP
04.18
00 \ alguns não v > não iam à caixa
T2
04.20
Não, não, não! > 0Não iam > Não iam todos!
MP
04.21
0Isso chamaria > Hã?
T2
04.22
Não iam todos. =
MP
04.23
= Não 0iam todos / 0
T2
04.23
0 (( )) não.
MP
04.23
00 \ à caixa?
T2
04.24
Não, não, não! =
MP
04.25
= Então o grupo, a certa altura, cindi > cindia-se quand’ era da > da fase dos pagamentos ou não? Pergunto!
T2
04.31
vei > Eu só via:: > Só vi as imagens da:: > das 0caixas, não vi no / 0
MP
04.34
0Da caixa.
T2
04.35
0 \ interior. No > No interior da loja não vi! =
MP
04.36
= Mas «aqueles» que via nas caixas, eram sempre os mesmos 0ou eram diferentes?
T2
04.41
0Não, alternavam! Alternavam tamém.
MP
04.42
0Alternavam
T2
04.43
0Alternavam! Alternavam5!
MP
04.43
0Pronto! {folhear de páginas} Muito bem! (.) E aí, sic quantassic sic pessoas eram diferentes, o senhor:: eh:: v > Vendo o que está ali nos fotogramas 0consegue / 0
T2
04.54
0Vendo, porqu’ há sempre uma delas que:: coincide co’ a que esteve lá anteriormen0te:: / 0
MP
04.58
0Ah! bem! bem! (.) Há sempre algum que 0se sente que faz / 0
T2
05.03
0Sim, sim, sim, sim!
MP
05.04
0 \ parte do rancho3, digamos
T2
05.04
0É!
MP
05.07
Muito bem! (..) Olhe! Outra coisa! Nesse dia, sic veusic sic mais que:: > que houvesse pessoas, nessas alturas, nessas horas, que fossem mais do que > q > que passassem mais do qu’ uma vez na caixa pra fazer aquisições? (.) Ha > Haverá sempe casos de pessoas que se r > que se esquecem de qualquer coisa e que voltam atrás
T2
05.30
Pois! =
MP
05.30
= Agora, o qu’ eu pergunto é: s’ esta situação {alguém tosse} de ir duas, três vezes fazer compras se verificou
T2
05.36
0Sim, (ainda) é:: / 0
MP
05.36
0Noutras pessoas
T2
05.37
eh:: > Ela > Elas > Parece > Pessoas passaram na caixa, pa::ra:: fazer pagamentos por duas ou três vezes! 0 eh::
MP
05.44
0Mas eu não digo estas, eu digo outras pessoas eh:: , (.) enfim, que não estas {alguém tosse} que o senhor visionou.
T2
05.50
Ah! Não, não! Não se ::. Não, não! Nem estou com essa preocupação de ver:: se há outras pessoas a passarem 0nos:: / 0
MP
05.56
0Isto > Isto, no fundo, o qu’ eu queria saber era, se neste > nesta data do visionamento, s’ isto era usual por parte d’ outras pessoas5
T2
06.03
0AH! NÃO! Não, não. Não.
MP
06.05
E eu estava aqui a pôr a hipótese de que uma pessoa pode, eventualmente, esquecer-se duma 0compra / 0
T2
06.10
00 | Sim | 0
MP
06.11
0 \ pagar e voltar 0atrás / 0
T2
06.12
0Pode acontecer esporadicamente:: 0um caso desses acontecer / 0
MP
06.14
00 | Sim | 0
T2
06.15
0 \ ma não > não > não > não > não é sistemático isso! {alguém tosse}
MP
06.17
Não é sistemático5?
T2
06.17
0Não!
MP
06.18
Então, resumindo, plo qu’ o senhor diz, isto foi mais sistemá > foi 0sistemático?
T2
06.21
0Foi! Isso foi! Isso foi! Isso foi! Isso foi! Foi! Nota-se qu’ as pessoas > que fizeram isso para um aproveitamento do > 0do > do / 0
MP
06.29
00 | Sim | 0
T2
06.29
0 \ do cartão (( )) {riso} De certeza! {ruídos}
MP
06.32
Olhe! E o dia em qu’ isto foi f > em qu’ isto eh:: > eh:: > Reportava-se a que data?
T2
06.37
Catorze. 0Não faço a mínima > Não me lembro!
MP
06.38
0Mas o senhor registou aqui, 0não é?
T2
06.39
0Sim, sim, sim! :: 0 (( )) / 0
MP
06.42
0E a data das câmaras de:: > de videovigilância 0coincidi::a Estava tudo
T2
06.45
0Normalmente > Normalmente, coincidem sempre. Normalmente 0 (( )) / 0
MP
06.49
0Estava acertado?
T2
06.50
0 \ coincidem com a hora e d > hora e data. Coincidem. Há uns por outros > mais > mais nas bombas de combustível é que num:: > por vezes, têm desfasamento.
MP
06.56
Sim, mas aqui estava 0atualizado?
T2
06.58
0Aí estava! Aí estava!
MP
07.00
Não pretendo mais nada. {dirige-se ao juiz}
DA1
07.02
Co’ a devida vénia! Senhor agente APELIDO13, mas o senhor consegue identificar na > nas imagens quem são as pessoas {alguém tosse} em concreto?
T2
07.09
As pessoas sei > eh:: do > Por as diversas vezes que passam, 0sei.
DA1
07.12
0Não, não, não! 0Doutor juiz!
J
07.13
0Não, não, sotor!
DA1
07.14
eh:: Ele já disse que não! Mas eu só queria:: / 0
J
07.17
Não, não!
T2
07.18
Não, 0num:: > num conseguia (( )) ma num consigo!
J
07.19
0 (( )) quer dizer / 0
T2
07.20
Sei dizer que passou e > esta pessoa. Que passa a primeira vez, vem 0dar a volta e passa a segunda. Qu’ é a mema pessoa!
DA1
07.25
0Sim, mas (( )) > mas consegue dizer qu’ aquelas pessoas são estas? =
T2
07.26
= Não, não, não, não! =
DA1
07.27
= Não sabe! =
T2
07.28
= Não sa > Não sei! =
DA1
07.28
= Podem se > Po > ATÉ PODIA SER EU!
T2
07.31
Sim! Não > (( )) Não > Eu não identifiquei ninguém! Não:: > No meu relatório, não há identificação de nenhuma pessoa.
DA1
07.35
Não consegue?
T2
07.36
0Não!
DA1
07.36
0Ok. Obrigado!
T2
07.37
Eu, normalmente, identifico a pessoa quando tenho a certeza > plena certeza > que é uma pessoa.
DA1
07.44
Nada mais, sotor! {dirige-se ao juiz}
DA2
07.45
(( )) co’ a devida vénia! Ó sor agente APELIDO13! Eu, por acaso, vi as imagens todas! Quer as do HIPERMERCADO1 quer as do HIPERMERCADO2! E não estavam corrompidas!
T2
07.53
Eu não consigo ver 0as imagens / 0
DA2
07.54
0Po::is! 0 (( )) / 0
T2
07.54
0As do HIPERMERCADO2, não consegui!
DA2
07.55
0 \ POIS! Eu sei porqu’ é que não conseguiu, mas eu consegui! Consegui e sic vi-lassic sic todas! E sic vi-lassic sic todas! E que me:: > E que me espanta algumas declarações qu’ o senhor aqui fez! TAIS COMO, a dizer que:: eh:: mudavam, mudavam, mudavam. Não mudavam muito! A única pessoa que mudava sempre era a criança ao colo! Supostamente, «presumo» eu, não sei se seria nem se não, a > a > a > a al > a algum dos arguidos que:: > que nós tamos aqui a > a «retratar». E estamos a faar no HIPERMERCADO1! Só o HIPERMERCADO1. É verdade que se vê nas imagens pessoas de etnia cigana a > a > a > a:: > a fazerem compras. «Não» eh:: com essa::, digamos > co’ essa:: eh:: (.) > co’ a > coa > digamos, co’ essa CADÊNCIA, (.) como o senhor disse, mas > passam, depois, passado mais um bocadinho, voltam a passar:: (( )) pronto! Não há uma cadência muito eh:: > eh:: > digamos, é um bocadinho mais larga E a que muda, normalmente, (( )) pel’ aquilo qu’ eu «vi», foi a:: > a > a pessoa que está co’ a criança ao colo. Umas vezes está, outras vezes não está! E até, s’ o senhor reparar, nas > pelo menos a que está aqui junto aos autos > não sei se são só estas ou não Por acaso, até nas duas ela está! Mas eh:: há muitos que não está e que não se consegue ter a certeza «nenhuma» > porque não se consegue ter a certeza > que «realmente» são as mesmas pessoas ou se são outras pessoas. Até porque eh:: «muita» gente, realmente, a fazer compras ali! ANTES e depois! eh:: Na do > No do HIPERMERCADO2, nas imagens se vê claramente eh:: que:: (.) num existe, p’ aquilo qu’ eu vi, e são muitas, > acho que são dezanove se não me falha a memória > a entrada (.) de NENHUM indivíduo de etnia cigana > a entrar, p’ aquilo que cá estamos e que já se discutiu aqui, pa efeitos de carteira, cartão, e não sei quê!
J
09.35
Mas já agora, 0sotor!
DA2
09.36
0Pronto! a ver!
J
09.37
O sotor sabe (algo) que queira dizer?
DA2
09.38
Diga? {dirige-se ao juiz} Nas imagens > é > é que s’ o > s’ o > s’ o agente APELIDO13 diz que nesta se vê bem, e que nos (( )) > nas do HIPERMERCADO2 ainda se vê melhor!
J
09.45
Ó sotor! Mas 0eu julgo muita gen / 0
T2
09.46
0Mas eu não consegui, 0ó (( )) / 0
J
09.47
00 \ julgo muita gente aqui que:: > que:: > qu’ é d’ etnia cigana, doutor, e ninguém nota neles d’ etnia cigana! Não têm nada escrito2! {ruídos}
DA2
09.53
0NÃO, sotor! Nesta > Nestas imagens {bater de mesa} vê-se bem que são de etnia cigana2, sotor.
J
09.55
0Ó doutor! Se forem com > com os trajes > com > com os trajes tradicionais, sim, doutor! {ruídos} 0Agora se for / 0
DA2
09.59
0Sim! (( )) / 0
J
10.00
0 \ se for vestido como outro > como um outro cidadão qualquer, sotor se distingue!
DA2
10.03
«Tá bem», ó sotor! Mas não é aquilo > Mas é assim, eu > eu > eu ne > na > eh:: o HIPERMERCADO2 ainda faz uma coisa melhor! Nas quatro câmaras qu’ o HIPERMERCADO2 põe, controla «claramente» toda a entrada (.) e não se vê, c > como elas são feitas no dia, não têm, com’ o senhor agente APELIDO13 disse bem, > não há aqui um desfasamento temporal.
J
10.18
Do HIPERMERCADO2, ele > ele não se pronunciou, 0sotor. Ele não (( )) / 0
DA2
10.20
0Hã? Pronto, não! Mas > Pronunciou-se, pronunciou-se! Disse que > Disse que > qu’ as imagens do HIPERMERCADO2 estavam corrompidas6.
J
10.23
0Sim! Não! 0Dizer que o HIPERMERCADO2 / 0
T2
10.24
0Eu (( )) não consegui (( )) 0Eu não consegui! Eu num / 0
DA2
10.26
0Eu sei qu’ o senhor > Eu > Eu s > 0Ó senhor agente APELIDO13!
T2
10.27
00 \ não tenho equipamento pra isso! =
DA2
10.28
= Exatamente! 0S / 0
J
10.29
0As imagens do HIPERMERCADO2, ELE NÃO SE PRONUNCIOU!
DA2
10.31
NÃO! Ó sotor! Ele não se pronunciou, não! Ele disse que estavam corrompidas6!
J
10.33
0Ó sotor, eu estou a falar do conteúdo da 0imagem!
DA2
10.34
0AH! Certo! Pronto! E eu só me tou a pronunciar na do HIPERMERCADO2, porque tou-lh’ a dizer que não estavam corrompidas, sotor! É só isso! 0As imagens / 0
T2
10.41
0Eu, plo menos, não consegui 0com:: > nenhum ~software~ / 0
DA2
10.42
0Po::is, acredito!
T2
10.42
0 \ não conseguiu eh:: ler as imagens do:: > 0do (( )) / 0
X
10.45
0Pronto! Não conseguiu! E eu sei > E eu sei porqu’ é que não conseguiu do HIPERMERCADO2! Eu s > Eu do:: eh:: > do HIPERMERCADO2 sei porqu’ é que não conseguiu. E, mesmo estas, também não foi fácil! =
T2
10.51
= Mas tamém gostava saber, sotor. Porquê? =
DA2
10.53
= Po > Por uma simples razão: porqu’ é preciso um ~upgrade~ enorme dum sistema informático capaz de conseguir abrir aqueles ficheiros. =
T2
10.58
= Pois! 0 eh::
DA2
10.59
0Pois! 0E eu > E > E > E / 0
T2
11.02
0Eu não > não > não > Eu > Eu > Eu di > sou sincero, eu tenho:: > já estou a fazer este serviço há vários anos. eh:: Vejo:: (( )) > visiono os (( )) em mais de > de toda a cidade de CONCELHO, ond > ond’ :: f::actos ilícitos, {alguém tosse} e:: eu consigo:: ler, do HIPERMERCADO2, de vários (( )) . Ali, naqueles, não conseguimos! =
DA2
11.16
= Pois! Eu > 0Eu > Eu, inicialmente / 0
T2
11.17
0 (( )) / 0
DA2
11.18
0 \ tamém não conseguia, mas depois eh:: > eh:: , digamos, eh:: INVESTI, se me permite a expressão, um bocadinho MAIS sobre esse tema e, de alguma forma, consegui lá chegar. Porqu’ eu acho qu’ é importante aqui po caso, eh:: > eh:: qu’ é aquele que tamos aqui a tratar. Pronto! {ruídos} Eu só lhe falei nas do HIPERMERCADO2, porque me disse que tavam corrompidas. {ruídos} Elas não estavam corrompidas. Estavam a difícil acesso! Isso estavam4!
T2
11.35
0Pois! 0 (( )) / 0
DA2
11.36
0Pronto! Mas conseguiu-se > Mas conseguiu-se eh:: > eh:: > eh:: ter esse, digamos > esse trabalho suplementar e > e se visu > e > e se eh:: > além s > d’ elas se conseguirem {alguém tosse} ser visionadas CLARAS, eh:: inda se consegue ver melhor do que as 0do:: > do HIPERMERCADO1!
T2
11.47
0Tem uma boa > Tem uma boa imagem?
DA2
11.48
0Tem, sim senhora!
T2
11.48
0Tem uma boa imagem? (( )) / 0
DA2
11.48
0Tem uma boa resolução6! Pronto!
T2
11.50
0Naquele caso num:: > não posso 0 (( )) / 0
DA2
11.51
0Por isso, é qu’ o sotor > o sotor juiz estava a dizer Ah! Com’ é que sabe (( )) ?. Aqui vê-se, nestas, apesar de se verem mal, mas vê-se! São d’ etnia cigana, indiscutivelmente que sim. Nas outras, eh:: sic atãosic sic , é > é > é quase eu estar eh:: > eh:: ! A ver! Por isso, eh:: não > não > não > não > no > eu > a mim não me restam sic qualqueressic sic dúvidas! E eu só falei sic nessasic sic poque (( )) estavam corrompidas {ruídos} . Mai nada! TUDO O RESTO, acho que, daquilo que disse, eh:: há uma > há uma > há uma cadência maior entre > entre > entre as compras que > que eles fazem E, normalmente, é a > a div > a divergência, digamos, aquilo que > que > que diverge, eh:: se me permite o pleonasmo, É a m > a senhora com a criança ao colo {bater de mesa} . Pronto! Porque:: são sempre três indivíduos, o MÁXIMO QUATRO, em que «realmente»sempe a > a > a > digamos, a:: > a estatura das pessoas tamém é diferente, mas aquela que > que d’ alguma vez > que se mantém constante e aquela que altera n > é sempre (( )) a senhora ao colo > não está > a senhora ao colo, por isso é que:: eh:: eu, há bocado, fiz uma pergunta e que era pertinente. Pronto! Era só isso!
T2?
12.50
Certíssimo!
DA3
12.52
Não desejo nada, sotor!
DA4
12.53
Sotor, co’ a devida vénia! Senhor agente APELIDO13, eu perguntava-lhe: o senhor só fez o visionamento das imagens? =
T2
12.59
= Só! =
DA4
12.59
= Não esteve presente 0 (( )) / 0
T2
13.00
0Não, não, não! 0Só fiz memo o visionamento.
DA4
13.01
0Não quero mais nada! {dirige-se ao juiz}
DA5
13.04
Não (desejo) mai nada, sotor juiz! =
J
13.04
= Muito obrigado! Pode sentar lá atrás!
T2
13.06
Com licença!

Parte 4

{A Oficial de Justiça dirige-se à porta da sala de audiência, abre-a e faz chamada da testemunha seguinte}
OJ
00.05
NOME APELIDO14.
X
00.07
(...) 0.17 {ruídos} {vozes} {passos}
T3
00.24
Bom dia!
J
00.27
Sim. Bom dia! O nome completo, por favor O seu nome completo
T3
00.30
NOME APELIDO14.
J
00.33
A senhora NOME APELIDO14 é a pessoa a quem:: desapareceu a carteira?
T3
00.36
Sim!
J
00.37
{folhear páginas} Ptanto, é aqui:: a lesada. E:: (..) não fez pedido de indemnização, poi não?
T3
00.44
Não!
J
00.45
Jura por sua honra dizer toda a verdade e só a verdade?
T3
00.47
Sim!
J
00.47
Já sabe que, se faltar à verdade, comete um crime de falso depoimento. Faz favor de se sentar! E vai responder às perguntas da sotora procuradora adjunta!
MP
00.54
Olhe! eh:: Portanto, a senhora eh:: dona NOME APELIDO14 é aqui ofendida neste processo ou foi ofendia em determinada altura. A senhora eh:: > eh:: desde logo, quant’ ao desaparecimento da carteira, foi:: {alguém tosse} > foi-lhe:: devolvido tudo, não foi Recuperou tudo? =
T3
01.11
= Houve uma pouca diferença de um ou dois euros. Mas, eh:: de resto, fui > t > fu > a parte maior foi > foi devolvida! Pela:: / 0
MP
01.21
Portanto, quand’ a senhora refere a parte maior, refere-se a quê? Ao pa > Ao plafom do cartão ou refere-se ao que t > 0ao conteúdo da carteira?
T3
01.27
0Ao que foi gasto. Ao conteúdo do:: > do que foi gasto!
MP
01.31
0 | Sim | 0
T3
01.32
Houve uma diferença de um euro e pouco, 0dois euros.
MP
01.34
0Sim. Então e > e a senhora > Eu 0 sic queria-lhesic sic que / 0
T3
01.37
0Porque, depois, 0 (( )) / 0
MP
01.37
00 \ contasse o qu’ é que se passou. Com > Em que circunstâncias é qu’ a senhora perdeu a carteira? O qu’ é que se passou?
T3
01.43
Eu andava às compras no HIPERMERCADO2 e trazia a carteira sic nasic sic :: suporte dos > dos carrinhos de bebé Pronto! Eu trabalho lá no HIPERMERCADO2. Fui na minha hora d’ almoço.
MP
01.53
Olhe! eh:: > eh:: peço-lhe desculpa! Portanto, quand’ a senhora refere a carteira, é a carteira dos documentos ou a carteira em si? 0 eh::
T3
02.00
0Os > Carteira dos documentos. =
MP
02.01
= Dos documentos. A senhora tirou > tavaco’ a carteiri0nha:: / 0
T3
02.04
00 | Sim | 0
MP
02.04
0 \ onde se costumam ter os documentos7 e o / 0
T3
02.06
00 | Sim | 0
MP
02.06
0 \ dinheiro, é 0isso?
T3
02.06
0Sim. Sim.
MP
02.07
E tinha {alguém tosse} , então, naquela zona onde se põem > onde se > que > que há pra sentar as crianças, 0num é?
T3
02.12
0Sim.
MP
02.13
E, então, diga! A senhora trabalha lá e andava a fazer compras 0na sua hora d’ almoço
T3
02.17
0Fui fazer na minha hora d’ almoço. Pronto! Depois, tava uma colaboradora e pediu-me:: um:: > ajuda de:: > fez-me uma questão. E depois, entretanto, eu virei-me e respondi-lhe e foi nesse instante qu’ a carteira desapareceu.
MP
02.31
Olhe! A senhora diga-me! An > Momentos antes, o qu’ é qu’ a senhora viu? Se viu alguém que 0estivesse / 0
T3
02.37
00 | Sim | 0
MP
02.37
0 \ perto da sua 0car > da sua:: / 0
T3
02.38
0É assim, perto, perto > Eu vi que tava no mesmo corredor. Não estava assim muito perto! E::, n’ altura, depois fui ter com o segurança e o segurança disse que realmente andavam lá pessoas de etnia cigana, mas isso podia ser qualquer um! (.) 0N’ altura / 0
MP
02.51
00 | Sim | 0
T3
02.51
0 \ em que se:: > eu, realmente, depois inda os vi::! Ainda saí cá fora e vi 0o carro / 0
MP
02.56
0Agora, pergunto: tamém podiam, eventualmente, nesse > nesse aspeto, não ter sido pessoas de etnia cigana2
T3
03.02
0Exatamente! Aí eu 0disse (( )) / 0
MP
03.04
0Mas eu pergunto é o seguinte: nesse corredor, em qu’ a senhora diz 0que viu / 0
T3
03.06
0 (( )) / 0
MP
03.07
0 \ no corredor onde está o carrinho das suas compras «com» a carteira à vista, a senhora viu ou não pessoas de etnia cigana2?
T3
03.13
0Sim! Vi uma senhora com crianças. E depois, mais ao lado, tinha um outro senhor.
MP
03.19
E quantas pessoas eram adultas? (.) Mais ou menos! Qu’ a senhora 0tivesse visto / 0
T3
03.24
0Qu’ eu visse, 0pelo menos / 0
MP
03.25
00 \ que achasse que pertenciam ao mesmo grupo?
T3
03.27
Uns três ou quatro. Eu apontava pa três. E mais duas ou três crianças. Eu já não me lembro muito bem! Também já foi tanto tempo!
MP
03.35
Mas a senhora aponta para três, quatro {alguém tosse} pessoas adultas4
T3
03.38
0Sim.
MP
03.38
E::, mais ou menos, três crianças5
T3
03.40
0Sim.
MP
03.41
E outra coisa! Entretanto, a senhora eh:: > eh:: > portanto, estava a dizer que foi eh:: prestar auxílio a uma colega e, quando olhou, já não tinha a carteira
T3
03.50
Exatamente.
MP
03.51
E depois? O qu’ é que:: > o qu’ é qu’ aconteceu mais? Assim qu’ a senhora se recorde que possa::
T3
03.57
Eu fui ter c’ o segurança, 0a dizer que / 0
MP
03.58
0Foi logo ter c’ o 0segurança?
T3
03.59
0Sim! E depois foi quando ele me disse qu’ andavam > que:: > que realmente > qu’ andavam e que tinha visto qu’ eles andavam tamém ali naquele:: > naquele corredor ond’ eu andava > ond’ eu estava. Só {alguém tosse} qu’ o (( )) foi po pé de mim porque sabia que eu estava lá e que:: (.) se > s’ houvesse algum outro tipo de furto na loja, qu’ ele não precisava de:: / 0
MP
04.17
De estar tão atento.
T3
04.18
0 \ tão atento. Pronto! eh:: Teve um bocadinho mais atrás, qu’ era onde estava esse:: > essa senhora e essas crianças (.) e, depois, disse-me: Olhe, mas eles ainda aí estão! Ainda aí estão!. Tava um senhor:: na linha de caixa e a senhora co’ as crianças já estava em eh:: > dentro do carro, {alguém tosse} à porta da loja.
MP
04.38
Já estava dentro do carro, à porta da loja
T3
04.40
Sim. =
MP
04.40
= E essa senhora que estava dento do c > eh:: que estava dentro do carro > no automóvel
T3
04.46
Sim.
MP
04.47
Perto da:: > da saída de > 0portanto / 0
T3
04.49
0Mesmo logo à saída. O carro 0tava lá estacionado.
MP
04.50
0Logo. Sa > Saída. Esse «carro» tinha quantas pessoas lá dentro? Reparou, não reparou
T3
04.55
Tinha a senhora mais as crianças.
MP
04.58
E havia outro carro > «outro» carro perto com, tamém, pessoas que mostrassem ser também da mesma família, 0não havia
T3
05.03
0Não vi. Isso 0não vi.
MP
05.05
0Não reparou? =
T3
05.05
= Não! Só vi esse carro.
MP
05.07
E mais quê?
T3
05.09
Pronto. E > E depois, entretanto, eu ia entrar:: e sempe tive a esperança. A carteira, como não tinha dinheiro, pensei: logo, quando derem um jeito à loja, a carteira há de tar por :: (.) largada! 0Pensei eu / 0
MP
05.22
00 | Sim, sim | 0
T3
05.23
0 \ Pronto! Fui trabalhar e::, depois foi, entretanto, quando me ligaram da superfície do HIPERMERCADO1, (.) a dizer que tavam a usar o meu cartão.
MP
05.32
E sic atãosic sic e ligaram-lhe nesse mesmo dia em 0que desapareceu / 0
T3
05.34
00 | Sim | 0
MP
05.35
0 \ a carteira?
T3
05.36
Sim.
MP
05.36
A que horas desapareceu a carteira?
T3
05.38
A carteira6 foi (( )) em (( )) / 0
MP
05.39
0A senhora diz que es > horas d’ almoço4.
T3
05.41
0Sim. Três e as quatro da tarde.
MP
05.44
Entre as três e as quatro! 0Portanto, num é bem horas d’ almoço / 0
T3
05.45
0 (( )) / 0
MP
05.46
0 \ A senhora disse que foi o intervalo do almoço, 0mas / 0
T3
05.48
0 (( )) Sim! Pra mim é a hora d’ almoço4!
MP
05.51
0É a sua hora do almoço. Muito bem! Entre as três e as quatro. E, depois, quand’ é que lhe ligaram do HIPERMERCADO1?
T3
05.57
Devia ser pr’ aí perto de sete da tarde. (.) Mais 0ou menos.
MP
06.01
0E o qu’ é que lhe disseram?
T3
06.03
eh:: Perguntaram s’ eu tava a usar o meu cartão (.) e eu disse que não e até disse que queria ligar porqu’ a minha carteira tinha desaparecido. (.) E, entretanto, A senhora, então, espere um momento que:: já lhe vão voltar a ligar!. E depois, entretanto, ligou-m’ o:: chefe de segurança, qualquer coisa assim > 0responsável / 0
MP
06.19
0Olhe! Uma pergunta! A senhora faz algum > fez algum seguro, quando:: > quando:: contratou este cartão::, não fez::
T3
06.26
Eu acho que > Num tenho a certeza s’ ele tem seguro.
MP
06.28
Deve ter um seguro associado. Não tem Não sabe
T3
06.31
0Num:: / 0
MP
06.31
0Mas o qu’ é que lhe disseram pra estarem:: > pra terem:: > eh:: eu presumo que não vão ligar a toda a gente que está a fazer compras no > c’ o cartão > co’ este cartão
T3
06.39
Exatamente. Depois ligou-me o chefe de segurança 0e disse / 0
MP
06.42
0Porqu’ é que lhe ligaram? O qu’ é que estavam a detetar?
T3
06.45
O che > Segundo o chefe de segurança, disse que tavam umas pessoas d’ etnia cigana a usar um:: > um > a usar o cartão com o meu nome e que s > acharam muito estranho, porqu’ eles foram comprar uns telemóveis e, quando viram que tinham que registar o IMEI aos telemóveis, eles eh:: desistiram da compra. Porque o:: IMEI do telemóvel ficava associado ao:: > ao número do cartão:: do HIPERMERCADO1.
MP
07.08
Do seu 0cartão?
T3
07.09
0Isto foi o que me disseram n’ 0altura.
MP
07.10
0Olhe! Uma pergunta! A senhora, quando eh:: > eh:: > sic portinhasic sic o seu cartão > é um cartão de débito Crédito 0Como é que é?
T3
07.16
0É débito e crédito, sim.
MP
07.17
Débito, crédito. A senhora como é que > A palavra-passe estava, porventura, inadvertidamente junto do cartão?
T3
07.24
Tava.
MP
07.26
Estava?
T3
07.27
Estava.
MP
07.28
Pois é! 0Isso é uma co / 0
T3
07.29
0Porqu’ eu queria mudar o código e, depois, entretanto, meti lá aquilo e esqueci-me.
MP
07.33
E qual > Era a palavra que lhe tinham enviado da entida0de:: / 0
T3
07.36
00 | Sim | 0
MP
07.37
0 \ bancária, digamos assim?
T3
07.38
Sim.
MP
07.39
Então era um > é um papelinho onde estavam os quatro dígitos! {pigarreio}
T3
07.43
0Sim.
MP
07.43
0E a senhora ia mudar 0Esse número
T3
07.44
0Sim.
MP
07.45
Mas inda não tinha mudado
T3
07.47
Não.
MP
07.48
Pois! (.) Olhe! E o seu plafom, qual era? Deste:: cartão.
T3
07.54
Mil e duzentos euros
MP
07.58
Então, mas, quando lhe ligaram, já tinha atingido? Ou porqu’ é que lhe ligaram? O qu’ é que lhe reportaram? {alguém tosse} 0Acharam estranho o quê?
T3
08.02
0And > andavam a fazer várias compras. (.) Porque foram à:: > à SECÇÃO DE TECNOLOGIA do HIPERMERCADO1, depois começaram a comprar casacos e:: roupa e:: > fizeram várias tentativas, sempre com > com o mesmo cartão.
MP
08.15
Pois. E, sic atãosic sic > E as tentativas que foram feitas, a senhora viu os > eh:: viu as > as faturas ou as notas de:: > de:: > de > os recibos? Eram sempre mais elevadas ou com’ é que era? Começaram por 0um:: > por um valor mais baixo
T3
08.28
0Um > Um valor mais baixo, sim.
MP
08.30
Mas eu estou-lh’ a perguntar, não estou a afir0mar::!
T3
08.32
0Sim, começaram por um valor mais 0baixo.
MP
08.34
0E depois iam, paulatinamente9, subindo?
T3
08.35
0Sim. Sim.
MP
08.37
Era isso? =
T3
08.38
= Sim.
MP
08.41
Então e depois? (.) O qu’ é que lhe disseram mais, lá no:: HIPERMERCADO1? 0Ligou-lhe o / 0
T3
08.47
0Pronto. Depois, eu disse que:: > então que:: > qu’ ia lá e identifiquei-me perante:: > os agen > os senhores agentes e:: / 0
MP
08.54
Foi, então, ao HIPERMERCADO1?
T3
08.56
Fui lá, mas, depois, entretanto, fui pa esquadra.
MP
08.59
Então e, quando estava no HIPERMERCADO1, a senhora viu alguém que estivesse a ser identificada plos senhores agentes?
T3
09.05
Não. Eu fui logo lá pra dentro e identifiquei-me. E eu não cheguei a ver:: 0ninguém.
MP
09.10
0Não viu ninguém? =
T3
09.11
= Não!
MP
09.12
E, quando foi para a esquadra, estava alguém?
T3
09.15
Estava. =
?
09.15
= Se tivesse 0 (( )) / 0
MP
09.16
0Quantas pessoas estavam?
T3
09.17
Estava muita gente. Eu não entrei pela porta principal. {conversas paralelas}
MP
09.21
00 | Sim | 0
T3
09.21
0E tava muita gente cá fora. (.) E eu não entrei pela porta principal.
MP
09.27
Pronto! A senhora, portanto, não se conf > não se defrontou co’ as pessoas que, presumivelmente, poderiam ser ou não os autores desses factos, não é? Não voltou a ver essa tal senhora do automóvel? (.) Não
T3
09.38
Não.
MP
09.39
Nem as outras pessoas que viu no corredor? No HIPERMERCADO2. (..) {ruídos} Olhe! Outra coisa! Houve dificuldade em lhe:: > em lhe:: {conversas paralelas} eh:: (.) reporem o valor do plafom do cartão? =
T3
09.54
= Não!
MP
09.55
Não tiveram dúvidas os eh:: > lá as pessoas do:: > do:: > 0do HIPERMERCADO1?
T3
09.59
0 (( )) foram muito:: > Por acaso foram > foram:: > acho que foram excecionais nesse termo. Porqu’ eles disseram logo que:: se:: > assim qu’ os senhores agentes eh:: conseguissem eh:: reaver os artigos, que faziam a devolução.
MP
10.14
Pois. Então, e o qu’ é que foi re > eh:: {conversas paralelas} o qu’ é que foi readquirido por eh:: > plos agentes Ou o qu’ é que foi recuperado 0E o que lhe foi entregue?
T3
10.21
0Foi quase tudo! Houve só diferença lá > acho que > não sei se foi dum pacote de bolachas ou dum > ou dum pacote de batatas fritas. Foi assim uma coisa porque:: era uma coisa qu’ era consumível. Tudo o resto era:: roupas e coisas do género.
MP
10.33
Mais caras?
T3
10.34
Sim.
MP
10.35
Então e foi tudo eh:: novamente creditado no seu cartão, 0esses valores
T3
10.38
0Sim.
MP
10.40
E relativamente aos objetos que lhe foram devolvidos? Há aqui um termo d’ entrega. A carteira
T3
10.44
Sim. 0(()) / 0
MP
10.45
0O cartão 0próprio HIPERMERCADO1
T3
10.48
0Sim. (.) 0Sim.
MP
10.48
0E es > conta {alguém tosse} aqui tamém o cartão de cidadão.
T3
10.50
0 | Sim | 0
MP
10.51
Seu? =
T3
10.51
= Sim.
MP
10.52
E, já agora, e o:: > o tal código?
T3
10.54
Não.
MP
10.55
Pois! (...) 0.8
T3
11.03
Não me lembro de lá ter o código.
MP
11.06
O papelinho c’ o código não estava dentro da carteira, 0não?
T3
11.09
0Eu não me lembro! Mas eu acho que não.
MP
11.11
00 | Sim | 0
T3
11.11
0Eu lembro-me de ver os cartões todos e:: (..) > Isso foi logo tudo dito::! Aí foi tudo:: {folhear de páginas} (...) 0.8
MP
11.29
Pronto! {dirige-se ao juiz} Não pretendo mais nada.
DA1
11.31
Nada, sotor!
J
11.32
Doutor!
DA2
11.33
Sotor, co’ a devida vénia. Ó dona NOME14, eu vou-lhe pedir que faça um esforço mental d’ algum rigor! (.) Em relação ao tem > à sua hora d’ almoço, (.) a senhora disse {alguém tosse} que geralmente > qu’ a sua hora d’ almoço é entre as três e as quatro
T3
11.47
Depende do horário que esteja a fazer.
DA2
11.49
Pronto! MAS, NESTE DIA > no dia qu’ a gente sic estamossic sic a falar, que «realmente» a sua carteira desapareceu > {ruídos} a senhora fez a hora d’ almoço das três às quatro?
T3
11.58
(( )) mais ou menos!
DA2
12.00
Não! Mas é qu’ o mais ou menos (( )) > É > É importante o rigor! Eu vou-lhe explicar porquê!
J
12.04
Ó sotor! O sotor sabe a que horas comeu ontem?
DA2
12.06
Diga?
J
12.06
O sotor sabe a que horas comeu ontem?
DA2
12.07
0Não, ::o é isso! Não é isso, sotor!
J
12.08
0 (( )) / 0
DA2
12.09
Não é isso! (( )) isso é claro qu’ a pessoa não sabe! (( )) eu só quero saber é se > SE PASSA um bocadinho > porqu’ é assim, disse aqui que «viu» os indivíduos d’ etnia cigana no corredor. (.) Ond’ a senhora estava a fazer compras. Foi ou não foi o 0qu’ a senhora disse?
T3
12.22
0Foi! =
DA2
12.22
= PRONTO! E disse TAMBÉM qu’ a sua hora d’ almoço era entre as três e as quatro.
T3
12.26
Mais ou 0menos.
DA2
12.27
0Mais ou menos. Pronto! Mas é que pra mim era 0importante / 0
T3
12.29
0Até pode ter sido um bocadinho mais! Eu até posso ter saído às duas e meia! Eu n > Eu > sic mesic sic passou tanto tempo! sic Ossic sic minhas horas d’ almoço diferem sempre! Eu há dias qu’ até vou comer às nove e meia!
DA2
12.38
Pois, eu acredito nisso! Acredito! (( )) qu’ a senhora a dizer. AGORA, eh:: o importante aqui era saber o > digamos, o período {alguém tosse} correto, para saber «realmente» eh:: > eh:: 0para nós conseguirmos com / 0
T3
12.48
0Foram levantadas imagens 0e viram-me lá a comer / 0
DA2
12.49
0Exatamente3!
J
12.49
0Ó sotor! O sotor > O sotor 0é tão exigente / 0
DA2
12.51
0 (( )) 0e vi / 0
T3
12.52
00 \ (( )) Olhe! Eu tou cheia de dores porqu’ arranquei 0dois sisos!
J
12.54
0Sotor!
DA2
12.54
Pronto! 0Ó > Ó dona NOME14!
J
12.55
0O sotor é tão exigente com a testemunha que é lesada:: e os ar > os ar > os arguidos estão-se «borrifando» 0pra isto! Que nem seque cá põem os pés, ó sotor!
DA2
12.59
0CLARO! (( )) ISSO EU SEI DISSO! Tem > Tem razão, sotor! Tem razão! Mas é > Mas é assim > 0É que / 0
T3
13.03
0EU NÃO VENHO PEDIR NADA! SÓ QUERO QUE SEJA FEITA JUSTIÇA!
DA2
13.05
0Sim, (( )) dona NOME14! Tudo bem! Eu > Eu Já percebi! A senhora já foi sic reinssarcidasic sic da > da > dos > 0de > duma parte dos danos.
?
13.10
0Ressarcida.
DA2
13.11
Pronto! Por isso, não é por aí! 0A única coisa qu’ eu queria, com’ a / 0
?
13.13
0Ressarcida?
DA2
13.13
0 \ com’ a senhora disse agora, foi das duas e m > até podia ter ser das duas e meia às três e meia, com’ a senhora ainda agora acabou de dizer. Pronto! É que > É que:: a > 0a nível / 0
T3
13.21
0JÁ PASSOU MUITO TEMPO! EU NÃO ME LEMBRO! OS MEUS HORÁRIOS ESTÃO SEMPE A MUDAR!
DA2
13.23
0Certo! (.) «Pronto»! Eu não digo que não, ó dona NOME14! 0Eu só quero é qu’ a senhora diga / 0
T3
13.26
0 (( )) POR FAVOR!
DA2
13.27
«Certo»! Eu só quero é que a senhora > Ainda agora acabou de dizer qu’ até podia ter sido das duas e meia às três e meia! 0Pronto!
J
13.31
0Se se lembrar > Se se lembrar, diga-0lhe!
DA2
13.33
0Exatamente5!
J
13.33
0Se não se conseguir lembrar, 0não faz ma > Não consigo! (.) Não consigo!
T3
13.34
0NÃO SEI, MAS POSSO LIGAR PA LOJA E POSSO PEDIR PA IREM VER O HORÁRIO D’ HÁ NÃO SEI QUANTO TEMPO::!
DA2
13.38
0Não, não! 0Eu não queria isso! Eu / 0
T3
13.39
0S’ É ESSA A DÚVIDA!
DA2
13.40
00 \ Eu vou-lhe explicar! Eu vou-lhe explicar o qu’ é qu’ eu queria! S’ a senhora, por exemplo, {ruídos} é > é uma pessoa que entra sempre a HORAS e s’ a senhora tivesse a certeza: Olhe! Eu, a minha hora d’ almoço é sempre das duas às 0três! Eu entro sempre às três! / 0
J
13.48
0Ó sotor! 0É sempre > É sempre / 0
T3
13.49
0NÃO É!
J
13.50
0Não há ninguém que consiga 0ser (benemérito)!
DA2
13.51
0 (( )) Não! (( )) Há pessoas > Há pessoas que são > são pontuais! Pronto! 0Podia se > Podia ser o caso!
MP?
13.53
0Mas 0 (( )) / 0
J
13.54
0Não há regra sem exceção, sotor!
T3
13.54
0EU SOU PONTUAL, MAS A MINHA HORA DO ALMOÇO NÃO É SEMPRE A MESMA! É O QU’ EU LHE ESTOU A DIZER::!
DA2
13.58
0Ce::rto! E a senhora ainda agora dize > acabou de dizer que podia ser das duas e meia às três e meia! Ainda agora > Ainda agora disse! Pronto! E era precisamente isso qu’ eu queria saber! Só queria saber isso! Não queria saber 0mais nada!
T3
14.06
0E ATÉ PODIA SER DESDE A UMA! E ATÉ PODIA SER ÀS DEZ!
DA2
14.08
0POIS PODIA! =
T3
14.09
= TÃO! =
DA2
14.09
= POIS! POIS PODIA! É > É exatamente aí qu’ eu quero chegar! É exatamente aí, com’ a senhora está a dizer! Pronto! E com’ a senhora diz que VIU!
T3
14.15
Mas se acha que não foi, liga po meu trabalho e 0eles DIZEM-LHE!
DA2
14.18
0Ou::ça! Eu não acho nem não deixo d’ achar! =
T3
14.19
= 0TÃO!
DA2
14.19
0Eu estou > Ó:: > Ó dona 0NOME14! Eu > Eu só lhe perguntei / 0
T3
14.21
0TÁ AÍ COM DÚVIDAS!
DA2
14.22
A senhora não precisa de > de > 0de ficar / 0
T3
14.23
0OUÇA! EU NÃO VENHO AQUI PEDIR NADA! EU SÓ VIM AQUI PORQUE ME CHAMARAM!
DA2
14.26
0Dona NOME14! Eu > 0Eu lhe pergun / 0
T3
14.27
0E É ASSIM!
DA2
14.28
0Dona NOME14! {alguém tosse}
T3
14.29
0E EU SÓ QUERO QUE SEJA FEITA JUSTIÇA, NÃO QUERO QUE TEJA AÍ COM / 0
DA2
14.31
0TÁ BEM! É > E é > 0E é exatamente (( )) / 0
T3
14.33
00 \ CO’ ESSAS COISAS!
DA2
14.33
0 \ eh:: > eh:: {ruídos} Aquilo qu’ a senhora quer é aquilo qu’ eu tamém quero! É que seja feita justiça! {ruídos}
T3
14.36
Não 0parece!
?
14.37
0 (( )) / 0
DA2
14.37
0Pronto! Pois, mas a senhora não tem que:: parecer nem deixar de parecer! Se me permite e salvo o devido respeito. Pronto! Eu só lhe perguntei m (.) > perentoriamente SE a senhora sabia ou não sabia. Pronto! Foi isso qu’ eu perguntei, não perguntei mais nada! Pronto! E tamém lhe perguntei s’ a senhora tinha visto no seu corredor, onde tava a fazer as compras, os indivíduos de etnia cigana
T3
14.56
00 | Sim | 0
DA2
14.56
0Certo? E a senhora disse que sim. Certo? =
T3
14.57
= Sim! =
DA2
14.58
= Pronto! A pergunta a seguir qu’ eu lhe vou fazer: na porta do HIPERMERCADO1, qu’ a senhora diz que trabalha lá
T3
15.03
Num trabalho na porta 0do HIPERMERCADO1.
DA2
15.05
0Na porta do HIPERMERCADO1! Peço desculpa! Na porta do HIPERMERCADO2, qu’ a senhora diz que trabalha lá
T3
15.08
Sim!
DA2
15.09
Só existe aquela porta principal, 0certo?
T3
15.10
0Mai nada!
DA2
15.11
Mai nada?
T3
15.12
Sim! =
DA2
15.12
= Não há ninguém que possa ter entrado doutra 0forma?
T3
15.13
0Sim!
DA2
15.14
Pronto! eh:: Diga-me só eh:: > pronto, eu agora > eh:: (( )) eu não sei se posso fazer essa pergunta, mas o sotor > eh:: Vá! eh:: O > O tal segurança está arrolado aqui como testemunha ou não, sotor? Eu > Eu não sei s > s’ é a pessoa qu’ aqui está
MP
15.23
Ó sotor, aí identificado quem está arrolado como testemunha5!
DA2
15.26
0Isso eu sei sotora! Ma não sei é se corresponde ao > ao segurança?

{agitação na sala} {conversas paralelas} {ruídos}
MP
15.28
Mas deve > eh:: na identificação consegue-se ver! eh:: Que folha está, sotor? Aí, na identificação?
DA2
15.34
Eu não consegui. Eu tive aqui a ver! =
DA1
15.36
= Não é, sotor. O APELIDO8 é do:: 0 (( )) / 0
DA2
15.37
0Não. Pois! É o NOME8. 0Não! Pronto! Então, pronto! Tudo bem! Não está! eh:: Pronto! Não tenho mais perguntas, sotor.
MP
15.38
0Ah!
J
15.43
Doutor
DA3
15.44
Não (( )) {alguém tosse}
J
15.45
Doutora
DA4
15.46
Senhora dona NOME14! Peço desculpa, porque eu já sei qu’ a senhora está, de facto, aí com alguma dificuldade, mas eu > eu não vou questioná-la muito. Apenas saber > :: > Já explicou que a sua hora d’ almoço (( )) > nesse dia, provavelmente, teria sido entre as quinze e as dezasseis. Descreva-me, sucintamente, a sua hora de almoço. (.) O qu’ é qu’ a senhora faz? Quando tem hora d’ almoço, a senhora sai do:: > do:: > do HIPERMERCADO2? 0Vem cá fo::ra, vem come::r::
T3
16.10
0Costumo sair, mas > Eu costumo sair, mas eu 0cos / 0
DA4
16.13
0Nesse dia? =
T3
16.14
= Nesse dia, eu precisava fazer compras.
DA4
16.16
Mas a senhora almoça? Nesse dia 0almoçou?
T3
16.18
0SIM! ALMOCEI!
DA4
16.19
E, quando almoçou, foi dentro do estabelecimento ou foi fora do estabelecimento? 0No bar (( )) / 0
T3
16.24
0Foi dentro do estabelecimento.
DA4
16.25
Foi dentro do 0estabelecimento
T3
16.25
0Nós temos uma sala pessoal, sim.
DA4
16.27
Almoçou na sala (do) pessoal. «Saiu» > Durante o tempo da hora d’ almoço, porventura, a senhora saiu para vir cá fora tomar café::
T3
16.36
Não. =
DA4
16.36
= Fumar um cigarro, apanhar ar, qualquer coisa?
T3
16.39
Não. =
DA4
16.39
= 0Não
T3
16.40
0Só vim cá fora buscar o carrinho pa fazer as compras.
DA4
16.42
A senhora «veio» cá fora buscar 0 (( )) / 0
J
16.45
0Ó doutora, deu conta do desaparecimento da carteira imediatamente! 0Depois de falar co’ a pessoa!
T3
16.48
0Pois dei! Foi logo!
DA4
16.50
Pois, é isso qu’ eu quero questionar a seguir 0 (( )) / 0
J
16.51
0E ela já o disse! {riso}
DA4
16.52
Então, 0a senhora / 0
J
16.53
0(Mas pode) fazer! {riso}
DA4
16.54
Que cart > A carteira > Descreva-me a carteira!
J
16.56
Era uma carteira da MARCA, preta.
DA4
16.59
Era uma carteira de tiracolo
T3
17.01
Não! Um porta-moedas.
DA4
17.03
Ah::! Era um «porta-moedas»! E a senhora já disse que dentro não tinha dinheiro 0A única coisa / 0
T3
17.10
0Não.
DA4
17.11
0 \ que tinha / 0
T3
17.12
Cartões.
DA4
17.12
Cartões de multibanco:: 0E este precisamente
T3
17.15
0Sim. (.) Sim.
DA4
17.16
Então, era uma carteira pequenina?
T3
17.18
Sim.
DA4
17.19
E a senhora tem certeza que a carteira ESTAVA / 0
T3
17.23
Tenho!
DA4
17.24
0 \ nesse sítio?
T3
17.25
Tenho!
DA4
17.26
eh:: Mas diga-me! É uma carteira que (passa) 0 (( )) / 0
T3
17.29
0Uma carteira assim! {faz gesto}
DA4
17.30
A0ss / 0
T3
17.31
0Se quiser, eu tenho ali e 0posso-lhe mostrar a carteira.
J
17.32
0A sotora está a ver está ver! Estas carteiras de senhora!
DA4
17.34
Pois! Não sei, sotor! Há muitas! Eu tenho uma 0«assim» {mostra}
J
17.37
0Pois, mas esta é assim! {riso}

{riso coletivo}
DA4
17.40
Eu acho que é relevante! {riso}
J
17.41
É mais visível, ó sotora!
?
17.43
Tem pouco dinheiro! Tem pouco dinheiro (( ))
J
17.45
Claro! Tá-se > > Eu já o tinha visto sem que me mostrassem {alguém tosse} > Já o tinha visto sem me mostrarem! E vi logo que era dessas carteiras! {ruídos}
DA4
17.51
Pronto, sotor! Muito bem!
J
17.53
Desse tamanho. {ruídos} Isso tem cerca de vinte e > vinte e dois, vinte e 0três centímetros, não é?
DA4
17.56
0Pronto! E essa carteira, a senhora depositou-a «onde»? Não a trazia na mão!
T3
18.00
Não.
J
18.01
0Ó sotora, na > na parte do carrinho!
T3
18.01
0Ela falou comigo, eu meti ass > Eu tinha assim em cima {faz gesto} e, depois, ela falou comigo e eu virei-me. E, foi nesse instante, qu’ eu virei-me. E, depois, tive lá a ver umas coisas qu’ eu lhe tinha pedido pa fazer, antes d’ ir almoçar.
DA4
18.12
E ela era a senhora em questão, d’ etnia cigana, que es / 0
T3
18.15
Não. É > É a minha f > colaboradora.
DA4
18.17
A sua colaboradora é que > E a senhora afastou-se muito do carro?
T3
18.20
F > O carro ficou um bocado pa trás.
DA4
18.24
0Olhe!
T3
18.24
0Um bocadinho pa trás 0 (( )) / 0
DA4
18.25
0Muito bem! A senhora disse, a certa altura no seu depoimento, que:: o segurança estava também eh:: , diga-se, «alerta» PARA VER o que é que eles andavam a fazer ali no 0corredor, porque > e porque não s’ aproximou da senhora / 0
T3
18.36
0Sim, mas estava no / 0
DA4
18.39
0 \ porque estava > estava convicto que, estando a senhora ali, a sua zona estaria acautelada
T3
18.43
Exatamente3!
DA4
18.43
0Estava com atenção a uma outra zona
T3
18.45
Sim.
DA4
18.46
Então e o segurança? Estava com atenção aos indivíduos? Não se ap > Nesse mesmo corredor, não se «apercebeu» do que se estava a passar, junto do seu carrinho2?
T3
18.54
0Não, porqu’ eles estavam espalhados pela loja. E eles estavam na zona {ruídos} de > que nós chamamos zona de ~non-food~.
J
18.59
A sotora sabe o tempo que demora a tirar uma carteira? {bater de mesa}
T3
19.01
E a zona de ~non-0food~ é das zonas mais caras que nós temos ali na loja!
J
19.03
0Milésimos de segundo! É (( )) (.) Já foi!
T3
19.06
E eles estavam dispersos por essa zona. E ele tava com atenção e, como sabia qu’ eu tava ali naquele corredor, ficou um bocado 0à vontade.
DA4
19.12
0E nesse corredor estava, então, a senhora 0 (( )) / 0
J
19.14
0Ó sotora! E eles estão atentos não é aos carrinhos, ó sotora! Eles estão é atentos aos > às prateleiras, COMO É EVIDENTE! Aos carrinhos são os próprios, 0que os levam, que estão atentos!
DA4
19.23
0 (( )) eu não percebi! Aqui fiquei co’ a ideia de que o senhor estaria no início do corredor, quando 0a senhora tentava / 0
J
19.25
0Sim! Ó > Ó sotora, mas 0neste tipo de situações / 0
DA4
19.27
0 a ver?
J
19.28
0 \ eles tão a > tão a ver é o > as pessoas estão sic assic sic tirar alguma coisa das prateleiras {alguém tosse} e de que forma o fazem!
DA4
19.32
Pois, acredito que sim!
T3
19.33
Ele tava no corredor 0central (( )) / 0
J
19.34
0Dos ca > Dos carrinhos!
T3
19.35
0 \ a olhar 0pa (( )) / 0
DA4
19.35
0Fiquei co’ a ideia de que o senhor segurança estaria:: poucos metros da senhora. 0Foi isso qu’ (eu entendi).
T3
19.39
0Como eu disse, não! Não tava.
DA4
19.41
Muito bem!
DA5
19.42
Co’ a devida vénia! Não desejo mai nada!
J
19.44
Olhe! Quero saber o dia
T3
19.47
O dia de?
J
19.48
Disto!
T3
19.49
Já não me lembro.
J
19.50
{riso} A queixa foi apresentada no próprio dia?
T3
19.53
Foi. =
J
19.53
= Foi.

(...) 0.10 {ruídos} {folhear de páginas}
J
20.02
Dezanove d’ agosto!
T3
20.04
Quando? =
J
20.04
= Dezanove d’ agosto 0de dois mil e quinze.
T3
20.05
0 eh:: (( )) f > passou mais d’ um ano e tal!
J
20.10
eh:: Outra coisa! O valor da carteira?
T3
20.13
Desta carteira? (.) Ela n’ altura rondou::, mais ou menos, os cem euros.
J
20.19
Oiten::ta 0Tamém estava mais / 0
T3
20.20
0Oitenta, sim. Mais ou menos.
X
20.22
(..)
J
20.26
E:: ond’ era o HIPERMERCADO2?
T3
20.28
HIPERMERCADO2 de LOCALIDADE1.
X
20.30
(..) {pigarreio}
J
20.33
Portanto, (..) {pigarreio} Estava :: a fazer compras? Ou estava > Ou estava mesmo em trabalho?
T3
20.39
Eu tava a fazer compras. =
J
20.40
= Estava mesmo a fazer compras3.
T3
20.41
0Tava desfardada!
J
20.43
Ok! (.) Muito obrigado! Pode sentar lá atrás!
T3
20.46
!

Parte 5

{ruídos}

{A oficial de Justiça faz a chamada da próxima testemunha}
OJ
00.06
Senhor NOME APELIDO8! {pigarreio}
X
00.08
(...) {ruídos} {vozes} {passos}
OJ
00.19
Quando quiser, sotor (( )) !
J
00.21
Nome completo
T4
00.22
NOME APELIDO8.
J
00.26
O senhor NOME8 pertence {folhear de páginas} , presumo, lá ao HIPERMERCADO2
T4
00.33
Não. 0 (( ))
J
00.34
0Ao HIPERMERCADO1! =
T4
00.34
= Ao HIPERMERCADO1. Do GRUPO EMPRESARIAL.
J
00.38
{riso} Ok! E {folhear de páginas} tem alguma relação pessoal, familiar ou profissional com qualquer dos participantes?
T4
00.41
Não. =
J
00.42
= Não. Jura, por sua honra, dizer toda a verdade e só a verdade
T4
00.44
Sim, juro!
J
00.46
Sabe que, se faltar à verdade, comete um crime de falso depoimento. Faz favor de se sentar! Vai responder à sotora procuradora adjunta!
MP
00.52
Co’ a devida vénia! Então, senhor NOME APELIDO8! O senhor NOME APELIDO8 trabalha na > no HIPERMERCADO1. Diz-se aqui na sua identificação, não é? 0Trabalha?
T4
00.59
0Exatamente! Sim.
MP
01.01
Pronto! E o senhor eh:: > eh:: > eh:: não sei se sabe o qu’ é que está aqui em causa > a razão de ser > ter sido chamado, se tem conhecimen > se se recorda da situação
T4
01.11
Sim. Eu presumo que seja uma situação dum furto:: d > duma carteira {ruídos} que não ocorreu no HIPERMERCADO1, (.) {ruídos} mas que > depois quem logrou o {alguém tosse} > o > obter o produto do fruto > do furto, acabou por usar o cartão HIPERMERCADO1 (.) {alguém tosse} eh:: que não > que não era seu! Portanto, eu 0presumo / 0
MP
01.32
00 | Sim | 0
T4
01.32
0 \ que seja essa a situação. =
MP
01.33
= Sim. O senhor recorda-se {ruídos} daquela senhora que está lá atrás, que seria > que foi a o > que foi a ofendida / 0
T4
01.39
0Sim. Exatamente!
MP
01.40
00 \ aqui, neste processo? 0Lembra-se dela?
T4
01.41
0Era a proprietária:: do:: cartão HIPERMERCADO1.
MP
01.43
Era a 0propriet- / 0
T4
01.44
0A titular.
MP
01.44
00 | Sim | 0
T4
01.44
0Do cartão HIPERMERCADO1.
MP
01.45
Olhe! eh:: A titular do cartão HIPERMERCADO1. E o senhor, então > Foi o s > O senhor deu porquê? O qu’ é que > Qual > Qual f > O qu’ é qu’ o senhor viu? O qu’ é que pode contar, com relevo, pr’ aqui > pra explicar o que se passou?
T4
01.57
Ptanto, eh:: (.) > eh:: > o qu’ aconteceu foi que três eh:: indivíduos (.) eh:: deslocaram-se:: ao espaço SECÇÃO DE TECNOLOGIA, eh:: do HIPERMERCADO1 de LOCALIDADE3 e procuraram comprar:: três telemóveis. (.) Acabaram por desistir da compra, mas:: essa situação levantou algumas suspeitas, na medida em que::, quem atendeu os clientes, (.) apercebeu-se qu’ o cartão eh:: tinha como titular uma senhora. (.) eh:: 0Depois de / 0
MP
02.30
0E eles eram três indivíduos do sexo masculino
T4
02.33
Do sexo masculino, sim. (.) eh:: Nessa altura, quem atendeu o > o:: > esses clientes eh:: reteve o nome da:: > da titular (.) 0do cartão / 0
MP
02.45
0Do cartão?
T4
02.47
0 \ e procurou-se entrar em contato com:: a pessoa titular do cartão, (.) para perceber s’ aquela compra ou > ou se quem estava na posse do cartão > se tava autorizado.

{alguém tosse}
MP
02.59
Sim.
T4
03.01
eh:: Mais tarde, esse contacto fo > conseguiu-se fazer. (.) {ruídos} A titular do cartão referiu que lhe tinham furtado a carteira (.) eh:: no > no seu local de trabalho, no HIPERMERCADO2 de LOCALIDADE1, se não 0m’ engano / 0
MP
03.15
00 | Sim | 0
T4
03.17
0 \ eh:: E, n’ altura, eh:: pediu-se para:: a titular comparecer no > no HIPERMERCADO1, porque os > a > a > as pessoas, que tavam na posse do cartão, continuavam a fazer compras.
MP
03.30
E as pessoas que estavam > que estavam a continuar a fazer compras, quantas pessoas eram? Adultos.
T4
03.36
Eram eh:: três indivíduos do sexo masculino, duas eh:: > eh:: do sexo ma > feminino e, se não m’ engano, três crianças, eh:: uma delas de colo.
MP
03.41
Portanto, eram três do sexo masculino e duas do sexo feminino, diz o senhor {alguém tosse}
T4
03.57
Sim. Se bem me recordo, penso 0que:: / 0
MP
04.00
0E quand’ o senhor diz eh:: > Eram eh:: > Portanto, também havia crianças! Havia algum adolescente, havia alguma > algum:: adolescente do sexo masculino ou feminino que pudesse, sic poriventurasic sic , na sua perceção, ter mais de dezasseis anos? (.) E qu’ o senhor não tenha eh:: metido nesse grupo dos cinco que::
T4
04.22
Não consigo precisar porque, n’ altura em que foram:: chamadas as autoridades, inclusive eh:: as pessoas não sabiam as datas de nascimento delas próprias. eh:: Ptanto, eu não consigo:: / 0
MP
04.33
0 | Sim | 0
T4
04.34
0 \ eh:: (.) não consigo dizer mais sobre isso.
MP
04.37
Quer dizer, no senhor no > eh:: > eh:: Enfim, (.) os que viu, a > a > a sua p > perceção imediata é que seriam três homens e duas senhoras, não 0é?
T4
04.46
0Exatamente!
MP
04.46
Agora poderia, eventualmente, lá estar ou não alguém que também fosse já maior de dezasseis anos, porventura, ou > ou que tivesse dezoito e qu’ o senhor entendesse qu’ até era mais jovem? (..) 0Ou elas só tinham pessoas / 0
T4
05.01
0Sim, havia > havia (.) {pigarreio} //
MP
05.02
0 \ q > Ou só tinham bebés de colo com eles?
T4
05.06
Não! Havia:: > Havia:: 0 eh:: / 0
J
05.08
0Adolescentes!
T4
05.09
0 \ Havia adolescentes, parece-me. 0 eh:: / 0
MP
05.11
0Havia
T4
05.12
Sim. Agora não consigo precisar 0a idade, mas / 0
MP
05.13
0Não consegue.
T4
05.13
0 \ pela 0aparência / 0
MP
05.14
0Muito 0bem!
T4
05.14
00 \ sim.
MP
05.15
Outra pergunta: o senhor viu essas pessoas a fazerem consecutivamente compras Não viu Com’ é que foi?
T4
05.22
Sim, vi! eh:: (.) Um > Uma das situações5 / 0
MP
05.26
0Portanto, plo qu’ o senhor relatou, uma coisa é a SECÇÃO DE TECNOLOGIA, outra coisa é o supermercado em si
T4
05.32
Sim, exatamente! =
MP
05.34
= As lojas tão > eh:: são simultâneas. Ou antes, estão pegadas uma à outra, 0não é?
T4
05.39
0Exatamente! O proprietário é o mesmo 0 eh:: / 0
MP
05.40
0Claro!
T4
05.41
0 \ O:: > Os artigos vendidos é que são 0diferentes.
MP
05.44
0É que são diferentes! sic Ossic sic telemóvel está num espaço e, depois, as > eh:: o:: > os têxteis sic estásic sic noutro
T4
05.49
E::xatamente! =
MP
05.50
= Aqui havia tamém têxteis, não havia? =
T4
05.51
= eh:: Sim. eh:: (.) Depois dessa primeira tentativa de compra, na SECÇÃO DE TECNOLOGIA, eh:: esses clientes deslocaram-se eh:: à loja HIPERMERCADO1, onde efetuaram, por «três» vezes, compras 0 eh:: (( )) / 0
MP
06.07
0O senhor está a olhar pros talões, é isso?
T4
06.09
eh:: Sim, eu tenho aqui um resumo do > do > das compras que foram feitas. (.) Foi uma compra às dezoito e catorze {folhear de páginas} , outra às dezanove e onze e outra às dezanove e vinte. (.) eh:: No total de:: seiscentos e dezassete ponto noventa e seis euros.
MP
06.24
Sim. O senhor > Outra coisa! Isso entregou à polícia, não entregou? 0Eu creio que tamém / 0
T4
06.28
0Exatamente!
MP
06.28
0 \ está no processo, 0não está sotor?
J
06.30
0 (( )) / 0
MP
06.30
0Está?
T4
06.30
0Sim!
J
06.31
Tão aqui os talões! {ruídos}
MP
06.32
Sim.
T4
06.33
No dia trinta e um de agosto foi enviado para:: 0a PSP / 0
MP
06.38
0Sim, sim, sim! (.) 0Pronto!
J
06.39
0Temos aqui plo menos dois! Três! Tão aqui os três! {alguém tosse} (( ))
MP
06.42
Olhe! Outra coisa! E as coisas que:: > eh:: Os valores, (.) consoante as horas, eram sucessivamente mais elevados Ou eram mais baixos Com’ é que eram?
T4
06.51
(( )) (.) eh:: Se me der um momento. {consulta os seus documentos}
X
06.56
(...) 0.10
MP
07.06
E a primeira compra? A primeira tentativa foi, então, no SECÇÃO DE TECNOLOGIA, não é?
T4
07.11
Sim. Foi uma tentativa não 0consu / 0
MP
07.13
0Dos telemóveis6.
T4
07.13
00 \ não consumada. 0Não > Acabaram / 0
MP
07.14
00 | Sim | 0
T4
07.16
0 \ por não fazer:: a > a compra.
MP
07.18
Então e os coleg > o colega do > do senhor:: > O senhor:: eh:: recorda-se do nome desse colega que teve essa suspeita?
T4
07.26
eh:: Não consigo precisar. Não fiquei com:: / 0
MP
07.30
Não ficou com 0registo.
T4
07.31
00 \ co’ esse registo.
MP
07.32
Pois! É que, vamos lá ver, plo qu’ eu depreendo do que:: > do que foi dito, eh:: houve mais qualquer coisa pr’ além de serem três pessoas, que não uma senhora, a fazerem as compras. Porque sic sempresic sic essa senhora podia ter autorizado (.) > Três indivíduos > Houve mais qualquer coisa que suscitou dúvida, não é?
T4
07.51
Sim. eh:: > eh:: Tamos a falar de clientes eh:: (.) que nos pareceram duma etnia eh:: / 0
MP
08.00
Qu’ infelizmente associamos > porque, enfim, eles teimam em dar-nos razões pra isso, não é? (.) Infelizmente, 0não é?
T4
08.07
0Infelizmente, a minha experiência diz-m’ isso e, portanto::, penso que o colega que atendeu também:: foi levado a pensar o mesmo.
MP
08.15
Pois. (.) Acaba por haver esse sic pré-conceitosic sic , não é? Porque também as pessoas, enfim / 0
J
08.21
E, se calhar > talvez também pla (superioridade) das compras, não?
T4
08.24
Sim, porque:: digamos que:: a:: > a aparência dos clientes não era consonante com o volume de compras que tavam a:: / 0
MP
08.35
Bem, mas isso no segundo momento! Agora, no primeiro, qu’ o senhor fala dos telemóveis, que dificuldade houve? O qu’ é qu’ era preciso para eles concretizarem essa:: compra?
T4
08.43
Sim. Eu não sei exatamente o qu’ é que levou:: os clientes a desistirem, mas, seja como for, aquele cartão só com utilização do:: > do código pessoal é que pode ser usado.
MP
08.54
Pois! Mas s’ eles tivessem o código, não é?
T4
08.57
Pois! Tendo o código, 0 eh:: / 0
MP
08.59
0Porque > O senhor repare, sic nasic sic outro lado > na loja ao lado, foram feitas compras! =
T4
09.03
= Exatamente! =
MP
09.03
= É porque havia código
T4
09.05
Exatamente!
MP
09.07
Aí não teria que ser dado algum outro elemento identificativo de quem comprasse os telemóveis?
T4
09.14
Pois! É assim, eh:: eu julgo que terá que se fazer um registo, onde fi > onde consta depois o nome::. Mas isso eu não consigo precisar3.
MP
09.24
0Não sabe. 0Pronto!
T4
09.25
0Não. Não consigo0precisar.
MP
09.25
0 bem!
J
09.26
Era preciso outras credenciais. {riso}
MP
09.27
Olhe! Senhor:: eh:: > Portanto, o senhor, relativamente à > a ver pessoas de etnia cigana que > que passassem várias vezes na caixa, isso viu?
T4
09.37
Sim. Vi::, eh:: porque, depois, a partir de determinada altura, eu fui informado > pelo > pela equipa de > de vigilantes e eu passei a acompanhar a situação eh:: a partir da central 0de segurança.
MP
09.49
0Então e, já agora, a partir da central de segurança, os senhores veem em direto e a cores o que se está a passar lá em baixo
T4
09.55
Sim =
MP
09.55
= Foi lá pra cima e viu? =
T4
09.56
= Sim =
MP
09.57
= E o qu’ é que via?
T4
09.58
Ptanto, o que nós eh:: > o que se tava a ver eram compras eh:: de um:: > um número grande d’ artigos de têxtil > peças de roupa (.) eh:: (.) aos magotes! Pronto! Era muita quantidade, eh:: o que não costuma ser normal. 0Ptanto:: / 0
MP
10.17
0Mas o senhor acabou por ver isso, na central de segurança, em direto, 0digamos assim?
T4
10.20
0Sim! (.) 0Sim!
MP
10.21
0Viu?
T4
10.22
Sim.
MP
10.23
Então chamaram-no logo lá acima? Pro senhor ver, não é?
T4
10.26
Sim. A partir de determinada altura, eu:: desloquei-me pa central. {alguém tosse} Não consigo precisar em que momento das compras, mas:: lembro-me d’ acompanhar, até porque:: houve uma > houve 0uma / 0
MP
10.37
0E que pe > E que tipo de pessoas é qu’ o senhor lá via? Via essas que, entretanto, tinha visto:: Ou qu’ o seu colega tinha identif > tinha visto cá em baixo, que tinham entrado na SECÇÃO DE TECNOLOGIA
T4
10.46
As pessoas qu’ eu vi eh:: eram os três indivíduos que, inicialmente, tentaram fazer a compra na SECÇÃO DE TECNOLOGIA, duas senhoras, uma delas mais jovem, (.) e:: eh:: > e as crianças.
MP
10.58
E as crianças. Duas senhoras «e» uma delas mais jovem ou duas senhoras, uma delas mais jovem?
T4
11.05
Duas senhoras, (.) sendo qu’ uma delas era mais jovem.
MP
11.09
Então eram cinco pessoas?
T4
11.12
No total, do que me recordo, sim.
MP
11.14
Aqui fo > {alguém tosse} Entretanto, foram identificados seis
T4
11.18
0Pois! eh:: / 0
MP
11.18
0Isso o senhor tem a noção, não tem? Sabe que foram identificados seis? Detidos não foram! Porque, às vezes, são detidos e aparecem logo mais, não é? Aqui não foram detidos.
T4
11.30
É assim, 0eu não me / 0
MP
11.31
0Deviam ter sido!
T4
11.32
0 \ não me > Eu sei que, depois, chamámos as autoridade que tiveram 0presentes, identificaram (as pessoas) / 0
MP
11.35
0Pronto! Olhe! Outra coisa! O senhor teve dif > dificuldade > Os senhores creditaram, novamente, esse montante na conta da cliente, não foi? (..) Devolveram-lhe 0esse > esse vol > VALOR
T4
11.47
0 eh:: / 0
MP
11.48
Que tinha sido gasto
T4
11.51
É assim, eu agora num:: > num me recordo bem, mas eu sei que:: a totalidade das compras foram recuperadas
MP
11.59
A senhora disse aqui que::, eh:: excess > excecionando um bem perecível ou consumível, foi tudo
T4
12.07
Sim, o > as compras foram todas recuperadas, com exceção:: 0dum / 0
MP
12.10
0Umas bolachas ou qualquer coisa assim
T4
12.11
0 \ e > e duma bebida que 0as crianças tinham consumido / 0
MP
12.13
00 | Sim | 0
T4
12.14
0 \ eh:: no valor de dois euros e:: > e vinte cinco.
MP
12.17
0Pronto!
T4
12.17
0Isso foi pago pelos clientes, o restante foi recuperado
MP
12.21
0Pronto!
T4
12.21
0 eh::
MP
12.21
0Olhe! Outra coisa! Essas pessoas que entregaram esses bens, quem eram? {ruídos}
X
12.25
(..)
T4
12.28
As pessoas que / 0
MP
12.28
0Eram esses cinco:: 0 eh:: / 0
T4
12.29
0Sim!
MP
12.30
0 \ adultos?
T4
12.31
Sim, eu julgo que sim. 0 (( )) / 0
MP
12.33
0Tavam todos juntos?
T4
12.35
Estavam!
MP
12.36
E entregaram espontaneamen > espontaneamente ou fizeram-lhes revistas? O senhor não sabe
T4
12.41
= Não sei.
MP
12.42
Ou buscas? Não sabe
T4
12.44
Não sei.
MP
12.45
Mas as coisas foram recuperadas? 0Esses objetos
T4
12.47
0As coisas foram re > Sim!
MP
12.50
E nessa medida é qu’ os senhores creditaram, então, na conta da cliente 0esse valor?
T4
12.53
0Sim, é feita:: uma devolução. eh:: No caso, julgo, terá sido sic feitosic sic uma devolução no próprio:: cartão. Porque, 0depois, o cartão esgotou / 0
MP
13.02
00 | Pois | 0
T4
13.03
0 \ o plafom de::
MP
13.05
Mas não foi preciso acionar nenhum seguro, pois não?
T4
13.08
Que seja do meu conhecimento, 0não.
MP
13.10
0Não! Porque senão tamém não era de imediato, não é?
T4
13.12
Sim.
MP
13.15
Não pretendo mais nada. {dirige-se ao juiz} {folhear de páginas}
DA1
13.17
Co’ a devida vénia! eh:: Senhor sic osic sic NOME8, em perceção do qu’ eu entendi, (( )) {alguém tosse} teve de fazê-la dentro de:: > do HIPERMERCADO1 ou do espaço 0CENTRO COMERCIAL / 0
T4
15.25
0Não, não, não. 0Isso / 0
DA1
13.26
0(Foram) as autoridades?
T4
13.28
eh:: E > Numa primeira fase, foram interpelados pelos vigilantes e, posteriormente, as autoridades chegaram 0e:: / 0
DA1
13.35
0E, quando foram interpelados pelos ge > pelos vigilantes, foram identificados?
T4
13.38
Pelos vigilantes, não! 0A:: identificação foi feita:: pela:: / 0
DA1
13.40
0 (( )) (.) pelas autoridades.
T4
13.43
0 \ pelas autoridades.
DA1
13.44
sic Atãosic sic não sabe o qu’ é que se passou fora do:: > do espaço CENTRO COMERCIAL? Pois, CENTRO COMERCIAL! =
T4
13.48
= CENTRO COMERCIAL. Não.
DA1
13.49
Não sabe Nada mais, sotor.
DA2
13.51
Sotor, co’ a devida vénia! Ó senhor NOME8, diga-me só aqui duas coisinhas muito rapidamente! Quando disse qu’ o conhecimento que teve foi de três indivíduos do sexo masculino e sic duassic sic do sexo feminino, onde uma delas mais nova, essa mais nova poderia ter mais ou menos quê::? Era adolescente::?
T4
14.09
Pela aparência6 parecia-me / 0
DA2
14.09
00 | Sim | 0
T4
14.10
0 \ adolescente9.
DA2
14.11
0Sim. Pronto! Ou seja, era uma senhora de MAIS IDADE, supostamente, e um > e uma (( )) que parecia, pela aparência, adolescente, não é?
T4
14.18
0Exatamente!
DA2
14.18
0Pronto! eh:: mai > eh:: Diga-me só outra coisa! eh:: Tamém o qu’ eu percebi agora de > de > digamos, das «compras» «todas» que essas pessoas fizeram, certo? eh:: Foi tudo devolvido, digamos, por eles, entregaram tudo voluntariamente, exceto os tais dois euros do autoconsumo. 0Certo?
T4
14.38
0Sim.
DA2
14.39
Pronto! Mais nada! Não houve:: mais nada pra além disso? {alguém tosse} Por isso, vocês, no fundo, fizeram o crédito (( )) se num houve, digamos, a transação. Se > Se vocês não ficaram lesados de nada, eh:: vocês devolveram pura e simplesmente. eh:: E diga-me outra coisa! Chegou a VER, l > lá, quando foi pa > p’ aquela parte::, digamos, que só > > só a vocês (vos) diz respeito, digamos > chegou a ver as imagens de > de > de videovigilância?
T4
15.04
Sim! =
DA2
15.04
= Chegou a ver? =
T4
15.05
= Sim.
DA2
15.06
Pronto! eh:: E as imagens de videovigilância para aquilo > E chegou a ver os indivíduos fisicamente, certo? =
T4
15.12
= Sim, sim, sim!
DA2
15.13
«Nas» imagens de videovigilância via-se claramente a qu > a quem correspondia os indivíduos, certo? Não tinha dúvidas nenhumas? Ou teve?
T4
15.19
Não! 0 (( )) / 0
DA2
15.20
0Não. Ou seja, quando viu as imagens: Ah! Eu vi as pessoas ali!. Era parecido, não era? 0O que estava a ver?
T4
15.23
0Sim! Sim, sim. =
DA2
15.24
= Pronto! E não havia > Ou seja, eh:: QUER FI- > FISICAMENTE QUER ATRAVÉS da > da IMAGEM se via bem qu’ eram indivíduos de etnia cigana? {alguém tosse}
T4
15.33
Sim! =
DA2
15.33
= Sim? 0Pronto!
T4
15.34
0Aparentemente, sim.
J
15.35
0Tamos a perder tempo co’ as imagens, ó sotor!
DA2
15.35
0Pronto! Muito bem, sotor!
J
15.37
Tamos a perder tempo co’ as imagens porque, «quando» a polícia chegou lá, eles ainda lá estavam!
T4
15.42
Sim, sim, 0sim, sim! (( ))
J
15.42
0Eles foram apresentados à polícia4!
T4
15.43
0E::xatamente! =
J
15.44
= Os > To > Todos eles!
T4
15.45
«Todos» eles! =
J
15.46
= As imagens (( ))
DA2
15.47
Sim! Não, tou a dizer pra este! Pra caso, sim!
J
15.49
É (evidente)!
DA2
15.50
Pra > Pra > Pra > No:: > No HIPERMERCADO1 0 (( )) / 0
J
15.52
0Doutor
DA3
15.52
0Não quero nada, sotor.
DA4
15.53
Uma pergunta, sotor! Co’ a devida vénia! O senhor ag > O senhor NOME8 eh:: falou aí que, em relação ao valor total, seriam seiscentos e dezassete euros e noventa e três, correspondente às três compras, das quais a totalidade dos bens, tendo sido sic revertidossic sic para a loja, o p > o:: > o valor foi entregue, depois, ou (( )) > ou creditado no > ou creditado novamente na conta da:: > da senhora NOME14, cliente do HIPERMERCADO1 > à exceção dum pequeno valor que referiu serem dois euros e qualquer coisa cêntimos {alguém tosse} (( )) um sumo ou uma água que disse?
T4
16.24
eh:: > eh:: N’ altura > Era uma bebida 0de lata:: e:: / 0
DA4
16.26
0Uma bebida! E > E o senhor, a certa altura, disse que foi pago pelos (( )) > que foi pago pelos «clientes». eh:: Foi pago pelos > ou reembolsado pelos clientes. Que clientes?
T4
16.38
Os clientes que haviam sido:: eh:: (.) > Os clientes que tavam na posse do cartão 0que não lhes pertencia:: / 0
DA4
16.44
0Ptanto, os senhores pagaram os dois euros sic atinentesic sic à bebida e tudo ficou sanado, é isso?
T4
16.50
0Foi / 0
DA4
16.50
0Não foi a senhora NOME14 que ficou com esses dois euros a pagar? sic Foisic sic os senhores em questão > os tais senhores de etnia cigana > que 0pagaram esses dois euros?
T4
16.57
0Sim! Esses > Esses eh:: > Porqu’ e > esses artigos não estavam registados nas compras que haviam sido pagas pelo cartão.
DA4
17.03
Exatamente3!
T4
17.03
0Iriam sair:: eh:: sem pagamento. E::, n’ altura, o:: > o valor que > o único valor que não tava em registo no cartão era estes dois euros e vinte cinco e, ptanto, 0eles predispuseram-se / 0
DA4
17.16
0Que foram pagos!
T4
17.17
0 \ a pagar:: 0 (( )) / 0
J
17.18
0 (( )) Agora não tou > eh:: sou eu que não estou a perceber! (.) As bolachas e a bebida foram pagas com o cartão ou não?
T4
17.24
Não! =
J
17.24
= Então não interessa! {riso} Fo > Fo > Os artigos foram «todos» devolvidos?
T4
17.29
Exatamente3!
J
17.29
0Pronto!
DA4
17.30
(()) Não quero mais nada, sotor. {pigarreio}
DA5
17.34
Não desejo mai nada, sotor!
J
17.34
Muito obrigado! Pode sentar lá atrás!

Parte 6
MP
00.00
Excelentíssimo senhor juiz, aos ilustres defensores dos arguidos, à senhora escrivã adjunta e demais presentes. Afigura-se-me que não podem restar dúvidas da prática, pelos arguidos, dos crimes que lhes são aqui imputados na acusação. (.) eh:: Face à prova aqui produzida:: > à conjugação de todos os elementos que constam do processo, das apreensões e dos visionamentos > todos estes elementos em conjugação crítica entre si permitem, efetivamente, imputar a:: > a estes arguidos aqui identificados > e:: que foi explicada a forma como foram identificados > a prática destes crimes, sendo notório que, efetivamente, andariam todos juntos com esse propósito ou aproveitaram aquela distração da proprietária da carteira para se:: apoderarem eh:: {alguém tosse} do que lá estivesse dentro, eh:: alegando, posteriormente, uma das pessoas que tinham encontrado. eh:: > eh:: Claro que, eh:: > eh:: juntamente, foi aqui esclarecido pela ofendida que tamém estava o código que permitia este acesso ilegítimo e, assim, eh:: {alguém tosse} far-se-á justiça, sendo os arguidos condenados pelos crimes que lhes são imputados. Peço Justiça!
DA1
01.17
Meritíssimo juiz, se //

Parte 7
J
00.00
A sentença (.) será proferida no dia seis de fevereiro, às dezasseis e cinco.
DA5
00.07
Três de fevereiro?
J
00.08
Este 0fevereiro.
DA5
00.08
0Seis e
J
00.09
Este fevereiro! {risos}
DA1
00.11
Sim, sim! Mas às dezasseis e
J
00.12
Dezasseis e > e > e:: cinco!
DA4
00.15
Três ou seis? (( )) seis!
J
00.16
0Seis!
DA1
00.16
0 (( )) seis!
J
00.18
D’ hoje a > D’ hoje a dez dias!
DA4
00.20
Três de fevereiro!
DA?
00.21
Três > 0Três de fevereiro, sotor!
J?
00.22
0Seis!
DA?
00.23
Seis? =
DA1
00.23
= Seis!
DA5
00.24
Seis 0 (( ))
DA4
00.24
0Pois! 0 (( )) eu tava a ver do princípio / 0
DA5
00.26
0Eu perguntei três!
DA4
00.26
00 \ aqui do tribunal! =
DA1
00.27
= (( )) tava a dizer três!
DA2
00.28
Às dezasseis 0e (( ))
DA5
00.29
0Tava a dizer três! 0Por isso é que o sotor
DA2
00.30
0Dezasseis e cinco?
DA5
00.31
É seis! (( ))
DA2
00.32
Dezasseis 0e
J
00.32
0É uma segunda-feira!
DA5
00.34
Uma segunda-feira. 0 (( )) / 0
J
00.34
0É os meus de > São os meus dez 0dias. Ptanto, os dez dias acabam no domingo.
DA?
00.35
0É!
DA5
00.38
Às dezasseis e quinze4!
J
00.39
0(Passamos) pa segunda!
DA4
00.40
E cinco, sotor!
DA1
00.40
0Dezasseis e cinco!
J
00.40
0Dezasseis e cinco! Sim.
DA1
00.42
Ó sotor, 0 (( )) / 0
J
00.42
0O sotor a trocar os números todos! {risos}
DA5
00.44
(( )) é da idade, sotor!

{conversas paralelas}
DA4
00.45
(( ))
J
00.46
Solicito o relat > 0o relatório habitual, relativamente a todos os arguidos. bem?
DA5
00.47
0 (( )) isto é da idade, sotor!

{conversas paralelas}
DA4
00.51
0E há a condenação.
DA1
00.51
0A uma segunda-feira?
J
00.52
Hã? eh:: Todos são > São todos condenados em duas UCs. Na p > No anterior, foram condenados em duas!
DA4
00.58
É! =
J
00.58
= Hoje e três! (.) Em três UCs cada um, por falta injustificada.
?
01.02
(( ))

{conversas paralelas} {ruídos}
J
01.06
encerrada a audiência! Podem sair!

{ruídos}
?
01.09
Bom dia!
J
01.10
Bom dia! E obrigado!

{conversas paralelas} {ruídos}

{a gravação mantém-se ligada e o juiz aproveita para conversar com os defensores}
J
01.28
Os sotores também têm que ter > Isto que vou fazer não é uma crítica! (( )) Não é mesmo! Mas é > é > é:: > No fundo, é um aviso pedagógico! Que é: os sotores, como auxiliares da Justiça / 0
DA5
01.37
0 | Sim | 0
J
01.37
0 \ não é só o que têm no código! É que têm que o ser, não é? Embora defendam, como a lei diz, os > as pessoas para as quais estão sic nomeadassic sic ou > ou têm patrocínio, têm necessariamente que, na forma como transmitem aquilo que achem que > que > que é a forma de fazer Justiça, «REVELAR» à > à > às pessoas que estão lá atrás QUE (ISSO) TAMBÉM É JUSTIÇA! Porque quem OUVE as alegações e sai daqui, diz assim: EU NÃO M’ ACREDITO QUE QUE QUE ESTIVE NESTE JULGAMENTO! / 0
DA?
02.08
0 (( ))
J
02.09
00 \ sic Atãosic sic , AS PESSOAS SÃO IDENTIFICADAS! SAEM TODAS ABSOLVIDAS?

{risos}
J
02.15
Já viram? TAMÉM TÊM QUE PENSAR NI- //