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coraudis_09

Instituição Tribunal da Comarca de Coimbra
Ano 2017
Tipo de crime roubo
Data 2017-03-09

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Edição





ID enunciado

Parte 1
J
00.00
A única testemunha eh:: > O único arguido que está cá, senhor NOME APELIDO1 . O senhor está aqui como > como arguido pelos factos qu’ eu irei ler, aos quais fala se quiser. Se não quiser, não fala. É um direito que lhe assi //

Parte 2
J
00.00
0 \ sobe a sua identificação pessoal, a essas tem que responder, e responder com verdade, sob pena de responsabilidade criminal. O seu nome completo, senhor NOME1
A
00.08
NOME APELIDO1.
J
00.09
Nome do seu pai e de sua mãe
A
00.11
NOME APELIDO2 , NOME APELIDO3 .
J
00.14
eh:: (.) {folhear de páginas} Estado civil
A
00.17
Solteiro.
J
00.18
Atualmente, o qu’ é que faz?
A
00.20
Tou a trabalhar em PAÍS .
J
00.22
E só veio pa > pra isto? =
A
00.23
= Sim, sim! =
J
00.23
= (( )) Sim, senhor! E trabalhar em quê?
A
00.26
Na agricultura!
J
00.28
(( )) Agricultura?
A
00.30
Sim!
X
00.31
(..) {ruídos}
J
00.35
eh:: (.) O senhor:: nasceu em que data?
A
00.38
DATA .
X
00.40
(.) {ruídos}
J
00.42
«DATA». (.) E é eh:: > Tirando que está agora em PAÍS, eh:: quando não está eh:: > Residia na RUA1 , LOCALIDADE1 ?
A
00.50
Sim! Tive lá residido durante um tempo, mas agora tou em casa dos meus pais.
J
00.54
Sim. E deu a morada dos seus pais > É a > É a morada onde agora a ser notificado?
A
00.58
Sim, sim!
J
01.00
sic Prontossic sic ! Então já alterou aqui a sua morada {folhear de páginas}
A
01.01
Sim, sim!
J
01.02
Ó senhor NOME1! O senhor sabe porqu’ é que está cá hoje a ser julgado?
A
01.06
Mais ou menos!
J
01.07
Quer qu’ eu > eh:: v > Leu a acusação?
A
01.09
Li! Pla:: > Pla minha advogada! 0Mas já tinha conhecimento, quando fui intercetado pelos:: agentes da GNR.
J
01.11
0Sim! (.) Muito bem! Mas leu? Sabe porqu’ é > O > O > Leu ou quer qu’ eu > qu’ eu leia a acusação? Não é necessário Se já 0leu.
A
01.19
0Não, não é necessário!
J
01.20
Não? O senhor vem a > a > a > imputado aqui em duas situações de roubos. Numa de quatro crimes de roubo consumado e um crime de roubo na forma tentada, tendo em atenção as pessoas que:: > que foram envolvidas nestes dois momentos, momentos esses que eh:: > eh:: > tamos a falar em três de dezembro de dois mil e quinze, entre as três e quarenta e cinco (.) {folhear de páginas} e as quatro e dez, aqui na zona de LOCALIDADE2 . Uma ali ao > ao pé da zona das:: (.) > das sic escadasic sic da > da > d’ ASSOCIAÇÃO (.) e outra junto à > à > à RUA2 > na RUA2, na zona de LOCALIDADE3 . (.) {folhear de páginas} Senhor NOME1, quer falar sobre isto?
A
01.59
Neste momento, não! 0Não pretendo prestar declarações.
J
02.01
0Não? =
A
02.01
= Não!
J
02.02
Agora, então, vamos (..) > Eu quero adverti-lo só duma coisa! Eu d > Eu:: > Eu faço sempres esta advertência. =
A
02.10
= Sim, pode-me advertir.
J
02.12
Querendo falar > (.) Se quer assumir alguma coisa, o assumir é o assumir antes das coisas > de vir testemunhas {ruídos} . Porque, se vierem testemunhas necessariamente a dizer e a imputar-lhe a si, e o sor, confrontado co’ isso, assumir, a relevância não é a mesma. Não sei se tou-m’ a fazer compreender, ? =
A
02.27
= Sim, sim! !
J
02.29
Uma coisa é nós assumirmos as coisas, independentemente das consequências > ou > ou > de se provar ou de não se provar, outra coisa é sic desic sic nós assumirmos aquilo qu’ é uma evidência de 0ter (( )) / 0
A
02.37
0Tou de consciência tranquila!
J
02.39
É só por isso qu’ eu lhe quero alertar. Qu’ o valor não é mesmo {pigarreio} (.) duma coisa e doutra. (.) Ora > Agora falta-nos aqui o:: {ruídos} (..) Ah! E nem precisa > O > O senhor pode-se sentar, 0porque, sotor, vamos começar / 0
A
02.53
0Posso?
J
02.54
0 \ com as videoconferências e:: o senhor vai ficar aqui a ver. (..) Só me falta aqui o:: (.) > Ó NOME4 , vamos, então, às videoconferências!
OJ1
03.07
(( )) pra lá!
J
03.10
Ainda não foi? =
OJ1
03.10
= (( ))
J
03.11
Então, se não foi, vamos t > retirar eh:: > vamos reti //

Parte 3

{ruídos}
J
00.02
Ora, (.) muito:: bom dia! 0Como se chama?
T1
00.05
0Bom dia! NOME APELIDO5 .
X
00.07
(...) 0.7 {ruídos}
J
00.14
NOME5?
T1
00.15
NOME 0APELIDO5.
J
00.16
0NOME APELIDO5, sim. A sua profissão
T1
00.19
Agente da PSP.
J
00.21
No âmbito das suas funções, lembra-se duma situação qu’ envolveu aqui os arguidos? {ruídos} eh:: cá um hoje, eh:: por causa dumas situações qu’ ocorreram aqui nu > numa manh > numa > numa madrugada aqui dum:: (..) > dum dia que nós aqui > tamos aqui a > a tratar. Lembra-se dessa situação? Foi o > o > Tomou conta da ocorrência (..) {ruídos} Jura dizer a verdade?
T1
00.45
Sim, juro!
J
00.47
Ora, sor procurador, faça favor! =
MP
00.49
= (( )) (.) {ruídos} eh:: Senhor agente! (.) O senhor andava > andava na rua de patrulha Foi > eh:: Foi avisado via rádio?
T1
00.59
Sim.
MP
01.00
E qual foi o aviso?
T1
01.01
O aviso foi pa me dirigir:: à:: > junto da MATERNIDADE / 0
MP
01.06
0 | Sim | 0
T1
01.07
0 \ que teria ocorrido um roubo.
MP
01.08
0 | hum-hum | 0
T1
01.09
eh:: Quando lá cheguei, deparei-me com três estudantes que:: me relataram que, momentos antes, tinham sido abordada > abordadas / 0
MP
01.16
Portanto, eram raparigas, 0então?
T1
01.17
0Sim. 0Três raparigas jovens / 0
MP
01.17
00 | Sim | 0
T1
01.19
0 \ eh:: que teriam sido abordadas por quatro indivíduos. (.) eh:: Duas delas acabaram por:: > por ser roubadas por esticão. Uma delas resistiu e, p’ aquilo que consegui apurar, não:: > o indivíduo não conseguiu levar:: > levar qualquer pertence. eh:: Posto isto, após tirar as descrições, c > contactei com o vigilante que se encontrava de serviço / 0
MP
01.41
E diga-me só uma coisa! Desculpe! Elas, n’ altura, eh:: fizeram alguma descrição eh:: física dos > dos indivíduos ou 0não?
T1
01.48
0Sim::. 0Indivíduos / 0
MP
01.49
0Fizeram!
T1
01.50
0 \ jovens, se > salvo erro, na casa dos dezoito, vinte e cinco anos2 / 0
MP
01.53
00 | hum-hum | 0
T1
01.55
0 \ eh:: e:: > e dado o:: espaço temporal, já não me 0recordo de mais nenhuma característica.
MP
01.59
0Sim! (.) O senhor confirma tudo o que relatou no seu auto de notícia2?
T1
02.02
0Sim! Confirmo, sim!
MP
02.03
Exato! Continue, por favor!
T1
02.05
eh:: Contactei com o vigilante de serviço. Foi a primeira pessoa 0a:: > a:: contactar / 0
MP
02.08
00 | hum-hum | 0
T1
02.09
0 \ com elas antes da nossa chegada. eh:: E o qu’ ele me transmitiu foi que momentos antes, aquando:: da ronda qu’ ele teria feito às instalações, teria verificado um carro, qu’ eu só me recordo qu’ era um MARCA1 , que está associado no auto, eh:: no qual viu sair quato indivíduos e ficou um ao > ao volante.
MP
02.26
Mas ele viu a matrícula?
T1
02.28
Sim. Foi > Foi 0 (( )) / 0
MP
05.29
0É a matrícula qu’ o senhor fez constar do auto de notícia?
T1
02.31
Sim. eh:: MATRÍCULA , 0s‘ a memória não me falha.
MP
02.34
0Sim, sim!
T1
02.36
eh:: (..) {folhear de páginas} Posteriormente a isso, o que nós fizemos foi consultar o registo da viatura, para saber d’ onde é que seria oriunda. Apurámos ser de 0LOCALIDADE1 eh:: / 0
MP
02.48
00 | hum-hum | 0
T1
02.50
0 \ e, perante esses factos, demos conhecimento à GNR dessa situação.
MP
02.53
0 | Sim | 0
T1
02.54
Quando estava a elaborar o auto, após esse contacto formal com a GNR, eh:: foi-me indicado sic pelosic sic um elemento deles que, eh:: numa operação de rotina, teriam intercetado a viatura. No entanto, já só se encontravam três indivíduos / 0
MP
03.09
Mas nessa:: noite?
T1
03.10
Nessa 0mesma noite!
MP
03.11
0Nessa mesma noite!
T1
03.12
Eu estava a acabar de elaborar a peça de expediente. Entretanto, recebi a chamada e fiz constar em aditamento eh:: as identificações que me foram fornecidas por eles.
MP
03.23
Portanto é > é o > o:: > (( )) o senhor con > eh:: confirma também o teor deste aditamento? Consta de folhas treze dos autos.
T1
03.28
Sim, 0confirmo.
MP
03.29
0Portanto, ESTAS identificações que constam deste > deste:: aditamento foram-lhe fornecidas {ruídos} pla GNR de LOCALIDADE1, na sequência da identificação duns indivíduos / 0
T1
03.41
Ocupantes da viatura 0 (( )) ) / 0
MP
03.42
0Os ocupantes dessa viatura / 0
T1
03.43
0 | Sim | 0
MP
03.44
0 \ QUE vocês tinham fornecido a identificação?
T1
03.46
Exatamente!
MP
03.48
E a matrícula! {folhear de páginas} (..) Muito bem! eh:: (.) Depois, os senhores eh:: > eh:: fizeram a > o > a > a ligação entre esta situação de que tomou eh:: conta eh:: > desta ocorrência com a outra situação eh:: acontecida nessa mesma noite? Ou já não foi > isto já não foi consigo?
T1
04.08
Não. Eu:: 0sou interveniente / 0
MP
04.09
00 | Não | 0
T1
04.09
0 \ no NÚMERO DE 0PROCESSO1 .
MP
04.11
0Sim! Portanto, 0na que / 0
T1
04.12
0No outro 0 (( )) / 0
MP
04.13
00 \ que tem a ver com as três eh:: 0estudantes
T1
04.14
0 (( )) as três jovens, sim.
MP
04.15
Três 0jovens.
T1
04.15
0O outro presumo que tenha sido através duma denúncia formalizada, na esquadra. =
MP
04.19
= Pronto! E depois é que s > Foi depois na:: > em termos d’ 0investigação que se fez a ligação entre uma situação e outra.
T1
04.21
0Sim! (( ))
MP
04.26
eh:: Muito bem! Ptanto, a sua intervenção terminou aí?
T1
04.29
Sim. =
MP
04.30
= A elaboração do expediente, 0quer dos auto quer do aditamento Correto? {ruídos}
T1
04.31
0 (( )) / 0
MP
04.34
Não quero mai nada, (( )) ! {dirige-se ao juiz}
J
04.36
Então, antes de passar (( )) > eh:: Relativamente àquela in > àquela:: informação de terem saído quatro indivíduos do > do MARCA1, eh:: isso (( )) era o segurança da > da própria:: 0 eh:: / 0
T1
04.49
0Maternidade, sim.
J
04.50
0 \ da maternidade que tinha dito. ? (.) Quando ele disse isso eh:: ficou > eh:: qual é a perceção que teve ou qu’ ele lhe disse, em termos do tempo que tinha ocorri > entre o tempo qu’ ocorreu esta situação com as raparigas e essa situação d’ eles saírem do carro? E O LOCAL ONDE CADA UM DELES ESTARIA! Era o mesmo local e:: estava ma > digamos mais > mais ou menos coincidente o tempo? Qua > 0Qual era a sua
T1
05.11
0Est > Está. Na minha:: > Na minha perceção, coincidia com o tempo e sic pelosic sic trajeto qu’ elas vinham tomando. Elas vinham da PRAÇA , estavam-se a dirigir pas > para as camaratas da FACULDADE . E::, o local onde estaria o carro, qu’ era:: na RUA2, qu’ é:: > qu’ é um anexo à maternidade eh:: , fazia, entre aspas, todo o sentido o trajeto que viriam a tomar e:: o 0local / 0
J
05.36
0E foi m > E foi na mesma sequência, ou seja, o memo tempo > ou seja, o > o > os factos ocorreram eh:: > eh:: > eh:: diz-se aqui que f > ocorreram e > e > do seu auto de notícia qu’ a > eh:: qu’ aqui diz que confirma, eh:: que con > foi por volta das quato da manhã, {folhear de páginas} não é? E esta situação de ter visto eles a saírem do carro foi exatamente nessa > ne > ne > nessa al > nessa hora
T1
05.55
Nesse espaço temporal, 0sim.
J
05.56
0O que > Não estava lá ninguém. Àquela hora, quatro > Tamém eram (( )) eh:: > Não está > Não era um > um dia onde sic tivessemsic sic a passar muita gente naquele / 0
T1
06.02
Naquela zona é uma zona de passagem. Os:: estudantes a virem da PRAÇA 0para sic ossic sic / 0
J
06.05
00 | Sim | 0
T1
06.06
0 \ respetivas casas e:: > e:: {ruídos} > e locais onde residem. Mas, àquela hora, enquanto eu estive no local a tomar conta da ocorrência, não me:: > 0não me:: recordo de ter passado ninguém / 0
J
06.13
0Ou seja, se saírem quatro pessoas dum carro, não é uma coisa:: > 0ali / 0
T1
06.17
0Sim. Presumo que tenha, tamém, chamado atenção do 0vigilante pa esse facto, dada a hora.
J
06.21
0O facto de > (.) E > Exatamente! (.) «As» raparigas eh:: > eh:: > questionadas > Elas não disseram eh:: com’ é qu’ eles saíam? Se:: fo eh:: > apanharam um ca > ou se (( )) saíram no carro, se > se foram pra
T1
06.35
P’ a > P’ aquilo que me foi transmitido e qu’ eu me recordo, eles qua > aquando da abordagem a elas, estariam todo > os quatro apeados. Ou seja, presumo qu’ o carro es > tenha sido deixado nessa RUA23.
J
06.45
0E depois se > dirigiram-se > A sua ideia é que, depois de terem os > os bens, dirigiram-se pa essa zona onde estaria o carro?
T1
06.51
0 (( )) / 0
J
06.51
0Ou seja, o > por onde eles se > saíram, digamos, e > e > e fugiram foi em direção sic aondesic sic o > essa 0viatura também estaria
T1
06.58
0Estava a viatura e::, pl’ aquilo que me trans > transmitiram, estaria o indivíduo 0que nunca saiu do::
J
07.03
0 eh:: No lado do condutor já para 0poder
T1
07.04
0Exatamente!
J
07.05
Pois! Mas eles, digamos, fugiram em direção sic aondesic sic estaria essa viatura
T1
07.09
Exatamente!
J
07.10
Sim senhor! Ora, sotores, façam favor! (..) 0É > É indistinto, sotora. Mas não quer nada?
DA1
07.15
0Eu não quero nada, sotor. 0Não.
J
07.17
0Sotora, alguma questão?
DA2
07.19
eh:: (.) Eu tamém não quero nada, sotor!
J
07.23
0Sotor, alguma questão?
DA3
07.23
0 (( )) {pigarreio} Sim sotor, mas eh:: diretamente?
J
07.27
Sim, sim. Faça favor, sotor!
DA3
07.28
(( )) {ruídos} eh:: Ó sor agente, eh:: sabe-nos dizer quando:: o > os tais indivíduos foram intercetados, depois, pela:: > pela GNR eh:: se na > «encontraram» na posse deles algum:: > alguma coisa? O qu’ é que > O qu’ é que eles levavam com eles Se foram apreendidos alguns bens
T1
07.49
Não. Mediante o que me foi transmitido, não foi (( )) qualquer tipo d’ apreensão. No entanto, segundo ele explicou, eh:: consumo excessivo d’ álcool > eh:: agora não foi:: > pl’ aquilo que me transmitiram, não foi 0 sic efetuadosic sic nenhuma formalidade / 0
J
08.03
0Sim, sotor! Tá nos autos. Sim!
T1
08.06
0 \ não foi sic efetuadosic sic nenhuma formalidade, nomeadamente, de revista ou:: qualquer tipo de:: diligência.
DA3
08.11
Ok! 0 (( )) / 0
J
08.12
0Mais nada, sotor?
DA3
08.13
0 (( )) / 0
J
08.14
0Senhor NOME5, muito obrigado pela sua comparência. Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigado! {pigarreio}

Parte 4
?
00.00
(( ))
J
00.01
Ora::, muito:: bom dia! O senhor como se chama?
T2
00.05
NOME APELIDO6 .
J
00.06
eh:: NOME APELIDO6, a sua profissão?
T2
00.08
Vigilante.
X
00.09
(.) {anotações do juiz}
J
00.11
Vigilante. E > E > E:: ond’ é que exercia, à > à data dos factos, qu’ é essas que nos interessa > eh:: interessa > no dia:: três de dezembro de dois mil e quinze Ond’ é que exercia as suas funções3?
T2
00.21
0Na MATERNIDADE.
X
00.23
(..) {ruídos}
J
00.26
Nada impede de dizer a verdade? Não conhece os arguidos?
T2
00.28
Não!
J
00.29
Não! Jura dizer a verdade
T2
00.31
Sim!
J
00.33
Sotora, faça favor! =
MP
00.34
= Obrigada, sotor! {folhear de páginas} (.) eh:: Sor NOME6, na > na:: > «naquele» dia, {ruídos} (..) o senhor recorda-se das horas, mais ou menos qu’ isto aconteceu? {suspiro} (.) Já era bem noite, 0não era?
T2
00.48
0Já era bem noite, sim! 0Já era bem noite. Já era bem noite. (( )) / 0
MP
00.49
0Já era bem noite. Olhe! E o senhor estava > estava:: em que local?
T2
00.54
Eu estava a fazer:: > tava a fazer uma ronda, na altura, dentro do:: > dento > dento das instalações da MATERNIDADE > junto à transversal da MATERNIDADE.
MP
01.03
Cá em baixo, mesmo? =
T2
01.04
= Na parte de baixo, sim. =
MP
01.05
= Na parte de baixo! Ptanto, na RU > perto da RUA23, é isso?
T2
01.09
0Na RUA2! 0Exatamente!
MP
01.10
0Sim! E o qu’ é o sor viu, nessa altura, que lhe tenha chamado a atenção?
T2
01.15
Vi parar um carro. Vi sair um > uns indivíduos dentro do carro. Deixam as ja > as portas do carro sic abertasic sic e saíram:: a correr rua acima. Na rua da:: > RUA3 . E 0chamou-me a aten / 0
MP
01.26
0Na RUA3?
T2
01.27
0 \ eh:: RUA3! Chamou-me a atenção, fui espreitar à esquina e vi:: os indivíduos a abordar umas miúdas / 0
MP
01.33
Olhe! E diga-m’ uma coisa! Esse carro > O sor, na altura, tirou a matrícula? =
T2
01.37
= Sim!
MP
01.39
(( )) eh:: Quantos indivíduos eram?
T2
01.40
eh:: Não sei precisar. Uns quatro, (.) possivelmente11.
MP
01.44
0Reparou > Reparou se saíram to > E deixaram as portas abertas? =
T2
01.48
= Deixaram as portas abertas e ficou um indivíduo dentro do carro2.
MP
01.50
0Ficou UM dento do carro! Não se lembra quantos saíram?
T2
01.54
Não sei! Não consigo precisar3.
MP
01.56
0Mas era mais que > eram mais que dois? =
T2
01.57
= Sim! 0Sim.
MP
01.58
0Pronto! Eram 0mais que dois
T2
01.59
0Sim! Sim. =
MP
01.59
= Não se recorda s’ eram três, s’ eram quatro? 0Não se recorda
T2
02.02
0 eh:: (( )) uns três, quatro pelo men > uns três 0pelo menos!
MP
02.04
0 (( )) (.) Ficou um / 0
T2
02.07
Dento do carro.
MP
02.08
0 \ dento do carro! Recorda-se > Recorda-se:: eh:: em que sítio estava esse, dento do carro? Se tava atrás, 0se tava à frente
T2
02.15
0Tava atrás!
MP
02.16
Tava atrás! Ptanto, o que ficou dento do carro estava atrás! (..) {pigarreio} {ruídos} E diz o senhor que deixaram as portas «abertas». (..) {ruídos} (( )) e dirigiram-se para a RUA3?
T2
02.32
Exatamente! {ruídos}
MP
02.35
E o sor foi ainda dentro das instalações
T2
02.38
Espreitar à esquina. {alguém tosse} Vi-os a > a abordar as 0miúdas / 0
MP
02.40
0Pronto! Portanto, foi espreitar à esquina e eram quantas miúdas?
T2
02.44
Eram:: umas três miúdas.
MP
02.45
Três? (..) O qu’ é qu’ o senhor viu em concreto?
T2
02.54
Vi eles a abordarem as miúdas. Elas eh:: ficaram um bocado > assim um bocado aflitas. Entretanto, entrei em contacto c’ o meu colega que tava na portaria, em cima / 0
MP
03.01
00 | Sim | 0
T2
03.01
00 \ mais perto onde elas estavam4 / 0
MP
03.02
0Dentro da maternidade
T2
03.03
Exato! O meu colega foi > foi à rua, mandou um:: > um grito e eles começaram a subir a > a rua acima, em direção à LOCALIDADE3. E depois deram a volta da LOCALIDADE3, depois desceram a RUA4 , em direção ao carro que estava na parte de baixo.
MP
03.19
Portanto, o senhor eh:: vai à esquina e vê-os a abordarem as > as três raparigas. (.) {ruídos} {pigarreio} > Viu:: > V > Conseguiu ver::, concretamente, com’ é que foram abordadas:: eh:: 0Ou não viu Viu-os todos juntos
T2
03.34
0Não. Não, não! Vi:: só eles de volta delas.
MP
03.37
De volta delas! Mas apercebeu-se qu’ elas tavam:: aflitas? =
T2
03.41
= Sim! =
MP
03.41
= Apercebeu-se disso? E foi quando o senhor:: ligou po seu colega2?
T2
03.45
0Po meu colega que tava na portaria de cima.
MP
03.48
E o senhor ficou sempre a ver o que se estava a passar?
T2
03.51
Sim! Depois voltei atrás. Voltei > Tirei a matrícula do 0carro / 0
MP
03.53
0Ah! Depois voltou atrás 0e tirou a matricula do carro / 0
T2
03.54
0 eh:: Voltei atrás, tirei a matrícula do carro e:: pronto! E depois passei:: > passei ao meu colega. Disse ao meu colega pa ele ir à rua pa:: > pa ver o qu’ é que se tava a passar::. Ele chegou, eh:: mandou um:: > um grito e não sei quê e eles f > subiram a rua a > 0a correr.
MP
04.08
0O seu colega «não» s’ aproximou deles?
T2
04.10
0N::ão!
MP
04.10
0Não! Gritou4 / 0
T2
04.12
0Não. Gritou, junto da:: > 0da entrada / 0
MP
04.14
0Ou seja, para mostrar que estava 0ali uma pessoa / 0
T2
04.16
0Que estava ali gente
MP
04.17
eh:: E o senhor viu-os fugir rua acima, 0então
T2
04.20
0Rua acima, sim. Em direção à LOCALIDADE3. Depois foram dar a volta e depois 0vi-os / 0
MP
04.24
0O senhor apercebeu-se quando eles chegaram outra vez ao carro2 / 0
T2
04.26
0Ao carro. Exatamente8!
MP
04.27
0Mas aí já o sor tinha tirado a matrícula4?
T2
04.29
0Já! Já!
MP
04.30
Consegue identificar alguém?
T2
04.33
Não. =
MP
04.33
= Não. eh:: E depois? Foram-se embora, meteram-se no carro2 / 0
T2
04.36
0Sim. E arrancaram.
MP
04.38
0 \ e arrancaram. (.) Então, o senhor não tem dúvida de que foram os indivíduos que saíram desse carro que foram ter com > com > com as raparigas? (.) Nenhuma? (..) {ruídos} O senhor depois falou com elas ou não?
T2
04.56
Sim, tive! E, entretanto, depois cham > chegou a PSP > chamámos a PSP. A PSP, entretanto, chegou:: (.) eh:: e tivemos ali um bocado, uns:: cinco minutos, dez minutos. Até chegar a polícia, mais ou menos.
MP
05.06
Muito bem! {dirige-se ao juiz} Não quero mai nada, sotor!
J
05.09
Doutores, façam favor!
X
05.10
(.) {pigarreio}
DA1
05.12
0Não quero nada.
J
05.12
0Não? Sotor, nada? (..) eh:: Sotores, ninguém > ninguém quer?
DA3
05.18
Não! 0Nada. Não.
DA2
05.19
0Não! Não, sotor!
J2
05.20
(( )) estava na MATERNIDADE, não é?
T2
05.23
Sim!
J2
05.24
(( )) na RUA5 ?
T2
05.28
RUA > RUA4! {ruídos} A RUA4 é a que > ptanto, é a que:: v > quando vem de LOCA > ptanto, só tem um sentido, que vem em direção à LOCALIDADE3. E a outra é a RUA3. A que desce.
J2
05.39
(( )) e eu não tava a perceber 0 (( )) / 0
T2
05.44
0RUA > RU > RUA4! =
J2
05.47
= RUA4. E, então, a outra / 0
T2
05.49
A que sobe em direção à LOCALIDADE3!
J2
05.51
bem! 0bem!
J
05.52
0 (( )) =
J2
05.52
= bem! bem! =
T2
05.53
= A outra é RU > eh:: RUA3!
X
05.55
{conversa paralela entre os magistrados}
J2
05.58
bem! 0 (( ))
J
05.58
0 (( )) eles deram a volta e voltaram / 0
?
06.00
O:: > O 0 (( )) / 0
T2
06.01
0Exatamente! Exatamente!
J2
06.03
(( )) tudo, mais ou menos, nessa zona, foi?
T2
06.04
Sim!
J2
06.05
bem!
T2
06.06
Eu vi-os na parte de baixo, na > na:: > na transversal!
J
06.09
E eles, depois, deram lá 0a volta e voltaram (( )) / 0
T2
06.10
0Na transversal! Depois, deram a volta à LOCALIDADE3 / 0
J2
06.12
bem! Ok!
J
06.13
Ele foram 0por cima, mas depois deram a volta e voltaram outra vez!
J2
06.13
0 bem! (( )) / 0
T2
06.16
0Exatamente!
J2
06.16
0 (( )) / 0
J
06.17
0Eles não fugiram 0imediatamente pla (( )) . Deram a volta / 0
J2
06.18
0 (( )) Certo!
J
06.20
0 \ pa despistar um pouco a:: (.) > Sim, sim! Muito obrigado por sua comparência! Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigado! {ruídos}

Parte 5

{ruídos} {conversas paralelas}
J
00.09
Ora, muito:: > (.) muito bom dia! ESTÁ-ME A OUVIR?
T3
00.13
0Bom dia! Sim, sim, sim! 0 (( )) / 0
J
00.16
0 (( )) > pra nós confirmarmos! O SENHOR ESTÁ ESTÁ eh:: > eh:: > {dirige-se ao Oficial de Justiça 1} eh:: a ligar ali p > eh:: ligue ali pa > pa eu ver o > o arguido! {dirige-se a T3} O > NÓS NÃO O ESTAMOS A VER > EH ISTO ESTÁ A SER EU NÃO O ESTOU A VER, por isso é qu’ es > tamém está aí uma funcionária pa garantir qu’ é o senhor e não outra pessoa. Mas nós vamos colocar a imagem da pessoa que está cá presente, do > porque não tão cá os três arguidos, só um arguido! Porque pode ser necessário eu perguntar-lhe alguma coisa. Se:: > Se:: reconhece esta pessoa ou não E é b > E é bom o s > o senhor estar a ver, mas eh:: quero assegurar é que é o senhor qu’ o está a ver. Nós não o estamos a ver. a perceber?

{ruídos} {conversas paralelas}
T3
00.55
Sim, sim, sim! (( )) ! =
J
00.56
= sic Prontossic sic !

{conversas paralelas}
OJ2
00.58
(( )) 0consegue ver bem?
J
01.00
0 / 0
OJ2
01.02
(( )) não consegue ver bem? 0 (( )) / 0
J
01.05
0 eh:: Va > {dirige-se ao Oficial de Justiça 1} eh:: Fazer o ~zoom~, não? Consegue fazer o ~zoom~ aí? (.) {ruídos} 0Tão faça aí o ~zoom~ dele! Faça aí o ~zoom~ {pigarreio} pa ficar mais > mais / 0
OJ2
01.09
0 (( )) é por causa da 0 (( )) / 0
J
01.20
0? sic Prontossic sic ! {conversas paralelas} (..) 0 eh::
OJ2
01.25
0 (( ))
J
01.26
Vamos, então, {conversas paralelas} > eh:: Se depois tamém > (( )) não falamos {conversas paralelas} > eh:: DIGA-ME O SEU !
T3
01.33
7 .
J
01.35
eh:: T > assim a falar um bocadinho > talvez longe 0da:: / 0
T3
01.39
0 7 > 7.
X
01.42
(..) {ruídos} {conversas paralelas}
J
01.45
O senhor:: (.) {conversas paralelas} NOME APELIDO7 está aqui como:: eh:: testemunha porque eh:: parece > diz a acusação qu’ o senhor foi alvo aqui du > duma situação, no dia (.) eh:: > numa > num > num > num dia que nós agora vamos falar > mas relativamente a uma situação que envolve a:: > a subtração de > de bens::, com violência. Lembra-se desta SITUAÇÃO?
T3
02.10
Sim, sim! Recordo!
J
02.12
O senhor não tem > não > eh:: tirando esta situação, não conhecia os arguidos, poi não?
T3
02.17
Não!
J
02.18
O senhor está obrigado a dizer a verdade! Jura dizer a verdade?
T3
02.21
Sim, sim! Juro!
J
02.22
Senhor eh:: NOME7, então conte-nos lá o qu’ é > É > É > o qu’ é que aconteceu. O dia A hora E o qu’ é qu’ aconteceu qu’ o senhor se lembre
T3
02.30
eh:: Eu não me lembro completamente, porque já foi há um > :: um ano, mais > mais ou menos. {ruídos} Mas nós estávamos:: eh:: na PRAÇA (( )) e:: (.) esse:: > (.) esse senhor e mais {ruídos} dois senhores, se não me engano, eh:: come > começaram-nos a levar pa um canto, a fazer perguntas e:: acabaram por nos assaltar ao pé da:: (..) {ruídos} eh:: > ao pé da PRAÇA.
J
03.06
eh:: Diz-se aqui > não sei o sor conhece > Diz-se aqui, na RUA6. A RUA6 é aquela que vai > passa pela ASSOCIAÇÃO e vai pra > pa:: > pa UNIVERSIDADE. Foi nessa rua 0ou não foi nessa rua?
T3
03.19
0 (( )) Foi. Foi precisamente nessa rua.
J
03.22
Os senhores tavam já depois da ASSOCIAÇÃO > da ASSOCIAÇÃO? 0Antes > Na ASSOCIAÇÃO > On > Ond’ é qu’ os senhores estariam?
T3
03.26
0Sim! (..) eh:: távamos ao pé da ASSOCIAÇÃO, um pouco mais à frente.
J
03.32
Sim! Mais perto > Onde está aquele café?
T3
03.36
eh:: Sim, sim! Precisamente7 nesse café!
J
03.37
0Ou seja, na curva, não é?
T3
03.40
Sim!
J
03.42
E foi nessa altura que foram abordados > Lembra-se se as pessoas que vos:: abordaram «vinham» eh:: > (( )) é só pa nós situarmos a data, o senhor não v > não se situa > mas, depois disto acontecer, o senhor fez queixa à PSP, não fez?
T3
03.56
Sim, sim! No próprio dia.
J
03.58
No próprio > NA PRÓPRIA NOITE
T3
03.59
Sim, sim!
J
04.00
Isto já foi depois da meia-noite, não já?
T3
04.03
eh:: Penso que sim!
J
04.05
Sim. Nós temos aqui > Nós temos aqui o > o auto de denúncia, em que se refere que foi no dia três de dezembro {folhear de páginas} , às três e:: > (.) três e um qua > três e quarenta e cinco! Foi a hora em qu’ eles registaram {alguém tosse} qu’ os senhores disseram o que tinha acontecido!
X
04.20
(.) {ruídos} {folhear de páginas}
T3
04.22
Sim. eh:: Eu lembro-me de ser já bastante tarde, 0sim!
J
04.24
0Sim! E, então, o sor ia à > ia nesta rua juntamente com quem?
T3
04.30
eh:: Com um amigo meu.
J
04.31
Com’ é que se chama o seu amigo?
J
04.33
NOME APELIDO8 .
J
04.36
eh:: E o senhor disse que foi abordado por três pessoas. Eu t > queria > eh:: tava-lh’ a perguntar s’ as pessoas vinham apeadas ou > ou:: > ou reparou qu’ elas:: eh:: saíram dum «carro» ou > ou doutra situação que o 0senhor reparasse
T3
04.49
0 (( )) elas estavam > elas estavam na PRAÇA e viram-nos e vieram ter connosco.
J
04.55
Ah! eh:: Estavam apeados.
T3
04.58
Sim!
J
05.00
E então, digamos, aco > eh:: fizeram:: um > eh:: digamos, um > um acompanhamento até (.) a essa zona onde, depois, o > 0os / 0
T3
05.08
00 | Sim | 0
J
05.10
0 \ interpelaram. Diga uma coisa! eh:: Os três > O senhor disse qu’ eram três, não é?
T3
05.17
(( )) !
J
05.18
eh:: O senhor conseguiu ver bem a cara deles A fisionomia
T3
05.25
eh:: Pode repetir, se faz favor?
J
05.27
Eu tou a perguntar s’ o senhor conseguiu ver bem (.) a cara deles eh:: A forma como eles eram Ou 0se / 0
T3
05.32
0Sim, sim! 0 (( )) / 0
J
05.33
0Diga?
T3
05.35
Consegui, sim!
J
05.36
Conseguiu?
T3
05.38
Sim!
J
05.39
0 eh::
T3
05.40
0Eu consegui:: / 0
J
05.41
0Diga, por favor!
T3
05.41
00 \ eu, na altura, até disse, mais ou menos, à polícia com’ é que eram / 0
J
05.45
00 | Sim | 0
T3
05.45
00 \ (( ))
J
05.46
Mas o senhor:: > o senho > eh:: Sim! O senhor até > até eh:: > Depois, foi-lhe pedido pa ver se reconhecia alguém! {folhear de páginas} Não foi?
T3
05.55
Sim! Certo! 0Certo!
J
05.56
0E o se > o sor lembra-se de, na altura, quando lhe eh:: > tentaram ver s’ o senhor reconhecia alguém, s’ o senhor teve:: > eh:: s’ o senhor conseguiu reconhecer alguém
T3
06.05
Sim, eu reconheci (.) uma pessoa. A outra fiquei em dúvida. E a terceira não:: > não reconheci.
J
06.15
Ou seja > Então > Quer dizer > o senhor > a pessoa que reconheceu > (.) eh:: não tem dúvidas nenhumas, independentemente do qu’ é que lhe mostraram, qu’ era exat > era essa pessoa de certeza
T3
06.27
eh:: Sim! Na altura, tinha! Agora não tenho a certeza, porque já passou muito tempo. Mas, na altura, tinha a certeza, sim!
J
06.33
Sim, senhor! Depois, o senhor diz QUE HÁ OUTRA PESSOA (.) que:: não reconheceu? Ou teve dúvidas, 0é isso?
T3
06.41
0 (( )) (.) eh:: Sim, sim! Houve uma que tive dúvidas.
J
06.47
eh:: E outra que não reconheceu! eh:: {ruídos} Veja > Esta > A > A pessoa qu’ agora o senhor está a ver (.) {ruídos} eh:: é uma das pessoas qu’ o senhor não reconheceu, {conversas paralelas} teve dúvidas ou reconheceu? Lembra-se? Se lhe foi mostrada aque > 0Esta pessoa / 0
T3
07.03
0 eh::
J
07.04
0 \ se a cara desta pessoa lhe é est > lhe foi mostrada, se o senhor se lembra de terem:: dito s’ esta pessoa {pigarreio} esteve envolvida ou não no:: > nos factos
T3
07.13
eh:: Não tenho a certeza se:: > se é. Não:: > Não (( )) , mas não tenho a certeza. Não lhe sei dizer.
J
07.21
Não sabe dizer. sic Prontossic sic ! Mas a pessoa qu’ o senhor reconheceu, essa sim, o senhor {ruídos} tem a certeza que era a pessoa > uma das envolvidas?
T3
07.28
Sim, sim! Com certeza!
J
07.30
Ou seja > Porqu’ às vezes é:: por semelhança: Ah! É a pessoa mais > mais parecida!. Este caso (( )) eh:: não foi tanto tempo > o > o senhor fez este:: > lembra-se quando é que fez este reconhecimento? {pigarreio} Ou lhe mostraram as 0fotografias, sic melhorsic sic dito
T3
07.43
0 eh:: (.) N::ão! Não me lembro. Sei que foi uma semana depois. Tive que ir:: (.) a:: > ao LOCALIDADE4 . Há uma:: > Há uma (( )) aí no LOCALIDADE4. E foi onde eu reconheci as pessoas. (.) Mas não me lembro (( )) .
J
08.02
E, na altura > Lembra-se, na altura, o qu’ é qu’ eles eh:: > eh:: o qu’ é que lhe fize > a polícia o qu’ é que fez? Mostrou-lhe várias fotografias? O qu’ é qu’ ela lhe fez 0po senhor / 0
T3
08.10
0Não, não, não! eh:: A polícia:: meteu várias pessoas eh:: pra eu ver co > e eh:: tinham lá qual é que era (.) a certa. To > Qual das pessoas é que tinha feito o crime.
J
08.25
0 | hum-hum | 00E o senhor / 0
T3
08.26
0Através de um espelho para ver.
J
08.28
Sim, senhor! E o senhor:: teve > Por isso, o senhor não teve dúvidas numa das pessoas, nas outras eh:: > eh:: > nós temos aqui a indicação que o senhor não reconheceu as outras duas. Ou seja, mesmo a outra qu’ o senhor teve dúvidas, levantou dúvidas de tal forma {ruídos} que eh:: > eh:: em bom rigor, o senhor não a reconheceu. É isso?
T3
08.45
Sim. Certo!
J
08.47
Ó > Ó senhor:: > senhor:: (.) APELIDO7! O > O senhor (.) lembra-se do qu’ é que lhe retiraram a si e ao seu a > ao seu:: amigo? 0Se lhe retiraram alguma coisa, claro!
T3
08.57
0Sim! (.) Foi! A:: > A mim foi o telemóvel. E ao meu amigo foi o telemóvel dele e:: dinheiro.
J
09.05
eh:: (.) Então, a > a si tiraram o telemóvel. Que telemóvel? {ruídos}
T3
09.13
Era MARCA2 . Uma marca 0chinesa.
J
09.16
0Sim, sim! Eu sei! E qual era o preço?
T3
09.20
eh:: Cerca de:: duzentos e cinquenta, trezentos.
J
09.24
Sim! {folhear de páginas} Era novo?
T3
09.28
Era. Só tinha uns meses.
J
09.30
Quantos meses?
T3
09.32
eh:: Não sei dizer ao certo.
J
09.34
Mas não tinha um ano? =
T3
09.35
= Meio ano, se calhar!
J
09.36
0Meio ano
T3
09.36
0Não, não, não! Meio ano!
J
09.39
O senhor tinha comprado por:: > por in > pela internet? {folhear de páginas}
T3
09.44
Sim!
X
09.45
(.)
J
09.47
E > E > E, já agora, por onde? sic Aondesic sic é qu’ o senhor adquiriu? Lembra-se se > 0s’ o > s’ o ~site~ > foi no ~site~ / 0
T3
09.51
0 eh:: (.) Foi memo / 0

{conversas paralelas}
J
09.54
Sim
T3
09.54
0 \ Foi mesmo no ~site~ da empresa. Porque a empresa só vende ~online~, não vende em 0loja.
J
09.59
0Exatamente! Sim! (.) Sim, exatamente! eh:: Não! Podia haver:: > eh:: não > no > na altura não sabia se > não sei se tinha algum distrib > eh:: algum distribuidor na Europa que pudesse, d’ alguma forma, fazer o:: reencaminhamento pra > pa > a questão da > da > dos > das taxas alfandegárias. Qu’ às vezes eles utilizam5, porqu’ isto é uma > é uma empresa:: chinesa.
T3
10.15
0Sim, sim, sim! (..) Exato! =
J
10.20
= Não é? E às vezes têm problemas de ser chinês. Eles fazem uma:: > um (.) {folhear de páginas} > um > um > um tipo de > de tratamento alfandegário diferente. eh:: E o seu colega, disse, (.) um telemóvel > Lembra-se do telemóvel do seu colega? {pigarreio}
T3
10.37
eh:: Sim. Era um telemóvel:: já antigo. E não:: > E não era moderno. Não tinha (( )) muitas funcionalidades.
J
10.44
Lembra-se qual era a marca dele?
T3
10.46
eh:: MARCA3 , se não me engano.
J
10.49
Sim! (..) E antigo, é? (.) E lembra-0se > O seu / 0
T3
10.55
0Sim!
J
10.56
0 \ colega eh:: > O seu colega lhe ter dito quanto é qu’ eles lhe tiraram em termos de dinheiro?
T3
11.02
eh:: Foi:: dez euros ou vinte. (.) Dez, se não me engano.
J
11.10
Dez euros! É > É que nós aqui / 0
T3
11.12
0 | Sim | 0
J
11.13
0 \ Então, quer dizer, eh:: foi ao seu colega que tiraram? Porqu’ a > a acusação > eh:: aqui o > o > a acusação refere que foi a si que lhe tiraram os dez euros! Não! Os dez euros foram retirados 0ao seu colega?
T3
11.23
0Não, não, não! (.) Sim, 0foi!
J
11.25
0Ah! Pode haver aqui um lapso na > na > n’ ac > um lapso de > de > de interpretação dos factos, não de > de (.) > E, então, o senhor, só foi o MARCA2 e o seu colega é que foi o MARCA3 e um > e um > dez euros. Mas o seu colega tamém está aí, não está?
T3
11.41
Sim, !
J
11.42
eh:: Depois disso > de > eh:: disso acontecer, o senhor viu por onde é qu’ eles se dirigiram? Se eles entraram em algum carro Se:: > Se fizeram alguma coisa
T3
11.53
eh:: Não, porqu’ eles (( )) > eles disseram para:: nós fugirmos. E:: nós fugimos diretamente pra polícia. Pa:: > Fizemos logo uma queixa! (..) (( ))
X
12.07
(..) {ruídos}
J
12.11
Em conclusão, senhor NOME7, aqui a > a pessoa qu’ o senhor está a ver, o senhor não reconhece?
T3
12.16
eh:: Não posso dizer com certeza, 0mas / 0
J
12.19
00 | pois | 0
T3
12.20
0 \ não > não conheço a cara mas não posso dar certeza. =
J
12.24
= sic Prontossic sic ! Ou seja, não descarta a possibilidade de ser ele, mas não tem a capacidade:: eh:: segura, digamos, não > não é segura a sua identificação. Não consegue identificar. Agora, aquela pessoa 0qu’ o senhor / 0
T3
12.34
00 | Sim | 0
J
12.35
0 \ na > na > na polícia identificou, essa é que não tem dúvidas nenhumas que esteve presente?
T3
12.39
Sim! Sim, com certeza! Essa não tenho dúvidas4!
J
12.42
0Essa não tem dúvidas? Independentemente das pessoas que lhe mostrassem, não tinha dúvidas? Não foi, digamos, 0por semelhança?
T3
12.49
0Sim! (.) Não! {conversas paralelas}
J
12.51
Sim senhor! Sotora, faça favor! {pigarreio} Sotores, alguma questão? {dirige-se ao Oficial de Justiça 1} (( )) pôr aqui isto. {ruídos}
DA3
12.57
Não, sotor!
J
12.58
Nada, sotores? Nada? {ruídos}
DA?
12.59
NADA, sotor! {ruídos}
J
13.01
eh:: Então, (.) eh:: (..) {conversa paralelas} > À NOME9 ? {Dirige-se ao Oficial de Justiça 2} NOME9! Faça-me o favor de > de pôr aí o > o > então, o:: > o senhor NOME APELIDO8!
OJ2
13.11
bem, sotor! Vou já chamá-lo! bem, 0sotor?
J
13.13
0! Ok! Obrigado! {folhear de páginas}

Parte 6
X
00.00
(...) 0.18 {ruídos} {folhear de páginas}
OJ2
00.18
Já está, sotor!
J
00.23
Ora::, o senhor NOME8 está-me:: a ouvir?
T4
00.27
Sim, sim!
J
00.28
Senhor NOME8, eh:: o senhor está aqui como testemunha, quero-lhe dizer s > e como já disse ao seu colega, eh:: qu’ o senhor está a ver uma pessoa que é para poder ou não eh:: > eh:: falar sobre ela, mas nós não o estamos a ver. Nós não temos qualquer indicação (.) {ruídos} eh:: de:: > do senhor, c > como está, como não está, quem é. Percebeu? (( )) seguro 0que a sua imagem não está aqui a passar. Ó senhor > Diga-me o seu nome completo!
T4
00.49
0Sim. (( )) (.) NOME8 / 0
J
00.57
0 | Sim | 0
T4
00.59
0 \ APELIDO8.
J
01.02
Senhor NOME APELIDO8, o senhor está aqui eh:: > eh:: como testemunha! O senhor lembra-se duma situação em que foi envolvido O senhor e, parece, tamém o senho > o seu colega, o NOME APELIDO7. Lembra-se disso?
T4
01.11
Sim, sim!
J
01.13
O senhor não conhece os arguidos? Ou seja, não era conhecido das pessoas que:: alegadamente 0praticaram os factos
T4
01.18
0Não, não! (.) Não! Não:: > Não conhecia.
J
01.22
O senhor está obrigado a dizer a verdade. Jura dizer a verdade?
T4
01.26
Sim, sim! Claro!
J
01.28
Senhor:: NOME8, eh:: (.) diga uma coisa! O qu’ é que aconteceu? Exp > eh:: > eh:: Relate-nos mais ou menos, de forma sucinta, o qu’ é que aconteceu. {conversas paralelas} A data, as horas, o local
T4
01.41
eh:: Eu já não me lembro da:: > da data, mas já passava da meia-noite, provavelmente. Era de > de noite e:: eh:: (( )) da PRAÇA (( )) e:: sermos abordados (( )) três sujeitos.
J
02.04
Sim! 0Ó senhor NOME8! eh:: Só para eh:: > eh:: / 0
T4
02.05
0 (( )) / 0
J
02.07
0 \ ajudá-lo tamém, porque eu s > percebe-se qu’ às vezes a memória já não nos ajuda / 0
T3
02.10
Sim, claro! Claro!
J
02.11
eh:: (.) O senhor > e o seu > e o seu:: > e o seu colega, logo qu’ isto aconteceu, fizeram queixa à PSP, não fizeram?
T4
02.20
Sim, (( ))
J
02.21
Na queixa qu’ apresentaram, e nós temos aqui os autos > Na queixa qu’ apresentaram eh:: diz-se que foi no dia três de dezembro, às três e quarenta e cinco
T4
02.32
eh:: Já era noite! 0 (( ))
J
02.34
0Sim, da manhã! Sim, da ma > da > da > da madrugada! =
T4
02.36
= (( ))
J
02.37
E que:: isto teria sido perto eh:: da ASSOCIAÇÃO, na RUA6
T4
02.44
Sim, tivemos aí.
J
02.45
Foi! E, então, os senhores tavam lá e o qu’ é qu’ aconteceu?
X
02.50
(.) {ruídos}
T4
02.52
eh:: (( )) não me recordo mesmo, mas houve um sujeito eh:: que vira-se a nós e começa a:: (.) > a encurralar-nos 0 (( )) / 0
J
03.07
0Agarraram-vos e empurraram-vos? Digamos, 0 eh:: > Diga / 0
T4
03.10
0Não, não! (( )) em direção assim a um:: a um (( )) ) mais / 0
J
03.20
Sim, mais > 0ma- / 0
T4
03.21
00 \ a > abrigado 0 (( )) / 0
J
03.22
00 | Sim | 0
T4
03.22
0 \ mais eh:: > menos eh:: 0 (( )) / 0
J
03.24
0Exposto! Menos exposto! 0Sim
T4
03.25
00 \ eh:: Então, aí > eh:: 0Diga? Como?
J
03.29
0 eh:: Foram pra um local eh:: > eh:: > levaram-vos pa um local menos exposto, ou seja, que era mais 0fácil / 0
T4
03.33
0Exato! 0Exatamente!
J
03.34
0Sim! E quando chegaram aí, eles d’ algu > 0eles:: / 0
T4
03.36
0 (( )) / 0
J
03.38
0Sim, diga!
T4
03.38
00 \ (( )) então, pediram-nos para:: eh:: lhes darmos o > os valores que tínhamos connosco.
J
03.45
E agarraram? Empurraram? Fizeram ali alguma pressão? eh:: sic Empurrámossic sic contra:: > contra alguma coisa? eh:: Qual foi a:: > o:: > digamos, o qu’ é qu’ eles fizeram pos senhores 0 (( ))
T4
03.54
0 (( )) Eu já não me recordo > não > não > se fizeram (( )) violência. :: (( )) encurralados entre a parede e 0eles (( )) / 0
J
04.04
0Sim! Só deram:: aquela > aquela pressão pros senhores perceberem qu’ eles não estavam a > a > estavam / 0
T4
04.09
0A brincar.
J
04.09
00 \ a brincar. É isso, sim!
T4
04.11
Exato! =
J
04.11
= Ou seja, em tom sério pediram o quê?
T4
04.16
eh:: (( )) telemóveis, eh:: dinheiro
J
04.19
E o qu’ é que o senhor e o seu colega lhe d > lhes deram? Quer dizer, deram no sentido de > de:: > obedecendo ao qu’ eles tinham > estavam a > a fazer. O qu’ é 0que lhes deram?
T4
04.28
0 eh:: {ruídos} Eu > Eu dei-lhe o meu > o meu telemóvel, eh:: era um MARCA3 (( )) . eh:: E o meu colega NOME7 foi também o telemóvel e (( )) dez > dez euros (.) 0 (( )) / 0
J
04.48
0Mas foi ele > o senhor que ficou sem os dez euros ou foi ele que ficou sem os dez euros?
T4
04.53
Eu > Eu já nem me > já nem me recordo!
J
04.57
eh:: O seu colega diz que foi o senhor que ficou sem um MARCA3 e dez euros!
T4
05.02
Sim, pois foi. (( )) o MARCA3 0 (( )) / 0
J
05.09
0 (( )) Pode ter sido o senhor a > a ficar sem o > os dez euros. É isso?
T4
05.13
(( )) sim 0 (( )) / 0
J
05.15
0O seu MARCA3 era um MARCA3 0quê?
T4
05.15
0Mas eu > eu até tenho (( )) telemóvel 0 (( )) / 0
J
05.19
0Que MARCA3 era? Sabe?
T4
05.21
Era um MARCA3 daqueles antigos eh:: / 0
J
05.24
Diz-se aqui que > tamém é um MARCA3 antigo > que era um MARCA3, MODELO .
T4
05.29
eh:: É provável eu agora não:: > 0não:: > não me recordo muito bem / 0
J
05.31
0Mas este MARCA3 já tinha > Que valor é qu’ ele tinha? Já era um > Já era um valor muito residual ou não?
T4
05.37
Sim, sim, sim! 0 (( )) / 0
J
05.42
0Quantos anos tinha?
T4
05.43
0 \ do valor. (( )) ? Quantos anos?
J
05.45
Quanto:: > Quantos anos tinha, sim, na sua posse, este MARCA3, MODELO?
T4
05.51
eh:: Não sei, mas eh:: uns:: (..) 0 (( )) / 0
J
05.59
0 bem, mas dois, três anos? Podia ter sido dois, três 0anos?
T4
06.02
0Provavelmente! (( ))
J
06.05
0Então / 0
T4
06.05
0 (( )) / 0
J
06.06
00 \ pra e / 0
T4
06.06
00 \ (( )) / 0
J
06.07
0 \ se fizermos as contas a um MARCA3 destes, qu’ é um MARCA3 > Não era um ~smartphone~? Isto:: (.) > Não é? 0Não tinha escapa > eh:: / 0
T4
06.12
0Não!
J
06.13
0 \ isto já > eh:: > diria que já valor de mercado quase não tem! Isto só quase valor 0de retoma / 0
T4
06.18
0E diz muito bem!
J
06.20
0 \ se tiver outro telemóvel, ?
T4
06.22
Exato! Exato!
J
06.23
Ou seja, o senhor não consegue vender este:: > é > na > dificilmente vai conseguir vende > eh:: ou conseguiria vender este > este:: > {ruídos} este > este telemóvel. O máximo que podia fazer é lhe darem 0algum valor, quando fosse comprar um novo, não é?
T4
06.33
0Exatamente! (..) Exato! Uma entrega > entrega 0de:: (( )) / 0
J
06.38
0Sim! Pois! Não > Não tem > Não tem valor > Não tem valor comercial já!
T4
06.43
Exato!
J
06.44
Até porque já não é um ~smartphone~. Lembra-se, depois disto acontecer, por onde é qu’ eles foram?
T4
06.51
eh:: Não me > Não me recordo, até porque nós depois eh:: demos fuga e não:: > não me recordo bem por onde é que:: > por onde é qu’ os sujeitos se dirigiram.
J
07.04
Só uma questão. Não os viu a entrar pa nenhum carro nem para outra si > eh:: nem pra outro::, sei lá! Pa um local, pa uma casa, 0pra / 0
T4
07.10
0Não, não! =
J
07.11
= Não
T4
07.12
Não, não!
J
07.13
Sim senhor! (..) {ruídos} Sotora, alguma questão? Sotores, alguma questão?
DA1
07.20
Nada.
DA2
07.21
0Nada, sotor!
J
07.21
0Nada, 0sotor? Tem?
DA3
07.21
0Sotor!
J
07.25
Ah! eh:: > Sotor, só > É verdade! Ó > Ó senhor NOME8! Só > pra nós eh:: tamém aqui falarmos duma coisa. O senhor, entretanto, lembra-se de passado algum tempo eh:: lhe foi eh:: > o senhor foi à > à:: (.) > à polícia > à PSP pra ver se reconhecia alguém? Lembra-se disso?
T4
07.42
Sim, sim!
J
07.44
E o senhor foi lá e com’ é que foi? eh:: Foi pra uma sala2
T4
07.48
0 eh:: (.) Eu fui lá eh:: pra uma sala com aquele vidro / 0
J
07.54
0 | Sim | 0
T4
07.56
0 \ eh:: / 0
J
07.57
0 | Sim | 0
T4
07.57
0 \ Eu > Eu tinha que assinar e depois eh:: reconheci, então, um dos > dos (( )) três sujeitos {folhear de páginas} (( )) / 0
J
08.08
eh:: Eu > O > eh:: Nós sabemos qu’ o senhor reconheceu! O qu’ eu lhe vou perguntar é assim: a pessoa qu’ o senhor reconheceu foi porque t > eh:: > eh:: tinha c > eh:: TEVE A CERTEZA ABSOLUTA QUE ESSA PESSOA FOI UM DOS INTERVENIENTES {folhear de páginas} OU EH ERA A PESSOA QUE PODIA SER PARECIDA E, POR ACASO, TAVAM ALI AS TRÊS ERA A MAIS PARECIDA DOS TRÊS E O SENHOR EH DISSE QUE SERIA AQUELA? Veja lá se se lembra! Quando o senhor reconheceu > eh:: nós sabemos qu’ o senhor reconheceu uma pessoa, não 0reconheceu as outras!
T4
08.34
0 (( )) (.) Exato! 0Exato!
J
08.37
0Reconheceu duas, ? {folhear de páginas} O sor conheceu duas pessoas? 0Sim! O outro é que só conheceu uma. {folhear de páginas} (.) Não foi?
T4
08.39
0 eh:: Sim. (..) {folhear de páginas} eh:: Sim. (( ))
J
08.50
ORA, O SENHOR RECONHECEU // {folhear de páginas}
MP
08.53
Folhas noventa e nove, cento e dois.
J
08.55
eh:: Sim. Noventa e nove, cento e (( )) . {conversas paralelas} Sim, exatamente! O SENHOR RE RECONHECEU DIZ-SE AQUI, RECONHECEU DUAS PESSOAS. E AS PESSOAS QU’ O SENHOR RECONHECEU FOI PORQUE, NA ALTURA, NÃO TEVE DÚVIDAS NENHUMAS QUE ERAM AS PESSOAS QUE TINHAM A QUE TINHAM ESTADO CONSIGO?
T4
09.11
Sim, claro! (( )) / 0
J
09.18
00 | Sim | 0
T4
09.18
00 \ (( )) / 0 {conversas paralelas}
J
09.23
0Sim, claro! (.) Por isso é que nós faze > Por isso é que se fazem os reconhecimentos an > logo após os factos porque nós sabemos qu’ as pessoas depois não se l > podem não se lembrar das feições e 0mesmo os arguidos / 0
T4
09.33
0Sim. Claro! Claro!
J
09.35
0 \ os arguidos podem mudar de feições de tal forma que, depois, é > é difícil de serem reconhecidos.
T4
09.40
Exato3!
J
09.40
0Agora a pe > a outa pergunta qu’ eu quero-lhe fazer é: {conversas paralelas} o senhor, (.) relativamente a um grupo de pessoas > o senhor > nós temos aqui qu’ o senhor não reconheceu ninguém! (.) eh:: Isso quer dizer qu’ o senhor > aquelas pessoas qu’ o senhor não reconheceu > Houve um grupo de três pessoas qu’ o senhor não reconheceu nenhuma! Nós temos aqui essa indicação. eh:: / 0
T4
10.03
0 | Sim | 0
J
10.04
0 \ Porque, de certeza absoluta, nenhuma daquelas três pessoas (.) {folhear de páginas} estava (.) {folhear de páginas} no local ou porqu’ o senhor não 0tinha / 0
T4
10.11
00 | Sim | 0
J
10.12
0 \ a certeza {folhear de páginas} s’ alguma delas estava no local? Ou seja, não tinha co > não tinha 0a mesma certeza / 0
T4
10.16
0Eu não / 0
J
10.17
00 \ não tinha a mesma certeza qu’ as outras?
T4
10.17
00 \ Eu não tinha a certeza. (( )) Não tinha a certeza! Não > Não conhecia 0 (( )) / 0
J
10.25
0Es > Está > Está > Mas está a perceber 0a minha pergunta?
T4
10.27
0 (( )) / 0
J
10.27
0Uma coisa é eu dizer: De certeza absoluta esta pessoa não pode ter estado lá!. Outra coisa é dizer: “Olhe, eu não tenho a certeza eh:: de que 0nenhuma delas possa / 0
T4
10.34
0 (( )) certeza (( ))
J
10.36
Ao contrário, as outras duas o senhor tinha absoluta certeza qu’ aquelas pessoas estavam (.) eh:: no local?
T4
10.42
Sim, exatamente! {conversa paralela}
J
10.45
Sim senhor! (.) Ora, o sotor agora > (.) {pigarreio} (( )) daqui. Não? Ó sotor, terá que fazer o favor de chegar ali perto da > da sora procuradora, porque (( )) / 0
X
10.55
(...) 0.13 {ruídos} {conversas paralelas}
DA3
11.18
Obrigado! Bom dia!
T4
11.21
Bom dia!
DA3
11.22
Olhe! A > A primeira pergunta qu’ eu lhe queria colocar era sic osic sic seguinte: eh:: não obstante eh:: ter referido agora aqui que:: > que > qu’ identificou perfeitamente a pessoa no reconhecimento, recorda-se eh:: (.) da fisionomia e:: idade das pessoas que o beiraram na:: rua, nesse dia? (.) Qu’ idade é que tinham2?
T4
11.43
0 eh:: / 0
DA3
11.45
Mais ou menos.
T4
11.45
0 \ Eu > Eu não > Eu não tenho bem a certeza, por causa do:: (( )) um menor (( )) ) a dar-lhe uma idade m > m > mais > maior porque:: (( )) , mas deviam ter eh:: (.) vinte cinco, trinta anos. Não sei. Vinte cinco, trinta. 0Sim.
DA3
12.07
0Ok! Olhe 0e / 0
T4
12.10
0 (( )) mais / 0
DA3
12.11
00 \ e eram:: / 0
T4
12.11
00 \ (( )) / 0
DA3
12.12
0 \ eram > eram > eram magros, gordos, altos, baixos
T4
12.17
eh:: Eu só me lembro que havia um alto. (.) Agora (( )) estatura média. Do que me recordo, seria assim.
DA3
12.29
Ok! (.) Olhe! O > O senhor, quando foi fazer o:: > o reconhecimento > foi à PSP, não foi? Fazer o reconhecimento.
T4
12.37
Sim, sim!
DA3
12.38
eh:: Quantas pessoas é que estavam lá no:: > (.) atrás do vidro? Quantas pessoas é que lá estavam?
T4
12.48
eh:: Não > Não sei.
DA3
12.52
eh:: Qu’ o senhor tava a ver! Quantas pessoas é que lhes apresentaram, de cada vez, po senhor reconhecer?
T4
12.58
Penso que seriam quatro
DA3
13.02
Quato 0pessoas?
T4
13.02
0Não sei. Três vezes > Três vezes quatro pessoas Não? (.) 0 (( )) / 0
DA3
13.07
0Eu não sei! Eu não tava lá! (.) 0Pronto!
T4
13.09
0Pois! Não (( )) .
DA3
13.11
Tudo bem! Olhe!
T4
13.12
Eu via quatro pessoas. De cada vez. =
DA3
13.14
= Sim. O senhor recorda-se > Portanto, o senhor > o senhor disse que reconheceu eh:: dois arguidos. eh:: Nesse > Nesse ato do reconhecimento pode-nos descrever eh:: (.) se se lembra da fisionomia das outras duas pessoas que estavam ao lado dos arguidos?
T4
13.33
Não! Não me lembro! Não me > Não me lembro.
DA3
13.36
Não se lembra?
T4
13.39
eh:: (( )) (..) {suspiro}
DA3
13.48
eh:: > eh:: Se tinham idades semelhantes Se não tinham:: Altura idêntica Não se lembra nada disso?
T4
13.56
Não. Eu não me recordo mesmo.
DA3
14.00
0 | hum | 0 eh:: As roupas eram semelhantes? Então tamém não se lembra
T4
14.04
Não > Não > Não sei! (( )) ) quando fui reconhecer as > as pessoas.
DA3
14.15
Ok! (.) bem! (.) Obrigado! {conversas paralelas}
J
14.18
(( )) ?
T4
14.20
De nada! De nada!
J
14.21
eh:: Está s > {conversa paralela} (.) Ora, {pigarreio} > (.) Ora, muito obrigado pla sua comparência, senhor NOME8! Pode ir embora juntamente c’ o seu colega. Muito obrigado! dispensado!
T4
14.32
Ok! Agradeço. Bom dia!
J
14.34
Bom dia! eh:: {dirige-se ao Oficial de Justiça 1} Agora temos quantas testemunhas? {conversas paralelas} (.) Três? Há uma que:: não cá? Não! Então, aqui não !
OJ1
14.40
(( )) {conversas paralelas}
J
14.45
Quem é essa?
MP
14.46
É > É:: a (( ))
J
14.48
Ah! O (( )) Pois! Pois! E > E não temos cá, por acaso, o > o > o > os (( ))
OJ1
14.48
(( ))
X
14.56
(..) {ruídos} {conversas paralelas}
J
15.01
Então, vamos fazer assim > Ó > Ó //

Parte 7
J
00.01
Ora, sotores! Tendo em atenção a > a informação que foi prestada ao > ao tribunal, a > as ofendidas sentem-se inibidas de falar perante o > o:: > o arguido aqui presente > o único > e, por isso, o tribunal, nos termos do artigo trezentos e cinquenta e dois, número um, alínea a), determina eh:: o afastamento do arguido. Para o > economia processual, o arguido está numa sala eh:: anexa aqui com {conversas paralelas} > a > a ver a nossa a > plo menos a ouvir a nossa > a > a > a:: audiência de julgamento e, por isso, depois, quando regressar, poderá haver aqui só uma pequena > (.) um pequeno apontamento, se ele en > entender que não ouviu tudo ou não ouviu em condições. De resto, eh:: não será feita essa > essa:: > esse relato tão (.) minucioso do > do qu’ é que se passou aqui porqu’ ele vai ouvir.
?
00.51
Obrigado!
J
00.53
eh:: (.) Ora, muito bom dia! Como se chama?
T5?
00.57
(( )) //

Parte 8
T5
00.00
NOME APELIDO10 .
J
00.04
Quantos anos tem?
T5
00.05
Dezanove!
J
00.08
eh:: Quero-lhe dizer que está sic ouversic sic > a ver o > aquela pessoa que está ali? É um dos arguidos. Ele es > Está a vê-lo, mas ele n > não nos está a ver a nós. só a «ouvir»! sic Prontossic sic ! Qu’ é pra sic segurar-sesic sic que não tenha problemas nenhuns de falar (.) eh:: livremente. eh:: A NOME10 sabe porqu’ é que estamos cá hoje > eh:: > eh:: O qu’ é qu’ hoje tamos a tratar?
T5
00.27
Sim!
J
00.28
Sabe, não sabe? Quer-nos contar o qu’ é que se passou?
T5
00.34
eh:: > eh:: Nós estávamos a ir pra casa eh:: na RU > a subir a RUA2 eh:: e fomos, eh:: então, abordadas por três rapazes. eh:: Um deles puxou a minha carteira e eu disse eh:: que podia tirar eh:: o dinheiro eh:: e devolver-me a > a carteira e tiraram eh:: cerca de:: dois euros ou três. Não tinha muito! eh:: Entretanto, eles viram2 / 0
J
01.04
0Quant’ é que eles t > tiraram?
T5
01.05
Dois euros ou três.
J
01.07
{ruídos} (.) Ou seja, eles tiraram a carteira, a senhora pediu devolvam-m’ a carteira, levem o 0dinheiro / 0
T5
01.12
00 | Sim | 0
J
01.13
0 \ e eles eh:: fizeram isso?
T5
01.14
Sim, sim!
X
01.15
(.) {ruídos}
J
01.17
Sim
T5
01.18
eh:: Entretanto eh:: (.) os:: > os outros dois começaram a ir:: eh:: ter co’ a minha colega, a NOME11 , e:: eu mal:: avistei o segurança da maternidade, lá em baixo, comecei a correr e ele mal olhou pra cima, eles fugiram.
J
01.36
Ah! Então, só viu eles t > irem ter co’ a NOME11?
T5
01.39
Sim! =
J
01.40
= Não viu o qu’ é qu’ eles fizeram porque, entretanto, f > veio 0pra b > pra baixo?
T5
01.42
0Sim, eu comecei a correr pra baixo mal 0vi o segurança.
J
01.44
0Sim! (.) eh:: Quando eles chegaram ao pé de si, f > chegaram lá > começaram logo a puxar-lhe a carteira ou disseram alguma coisa: Dá-me a carteira 0s- / 0
T5
01.52
0Não! eh:: Nós tavamos a andar. Pronto! 0Sentimos / 0
J
01.54
00 | Sim | 0
T5
01.54
0 \ algumas pessoas atrás de nós / 0
J
01.56
Eles vinham ATRÁS 0a correr?
T5
01.57
0Sim! 0Sim!
J
01.58
0A andar?
T5
01.59
A subir, 0sim.
J
02.00
0A subir. =
T5
02.00
= eh:: E puxaram a minha carteira.
J
02.04
eh:: > eh:: Passando por si, 0quase?
T5
02.05
0Sim!
J
02.06
Sim E aí é que:: g > gritou > ficou logo sem a carteira, mas gritou3
T5
02.10
0Sim, eu > eu olhei pra trás 0e disse:: / 0
J
02.12
00 | Sim | 0
T5
02.13
0 \ devolvam-me a carteira 0 (( )) / 0
J
02.14
0Fiquem c’ o dinheiro, 0devolvam a carteira! / 0
T5
02.15
0Sim!
?
02.16
E eles devolveram-vos 0 (( )) / 0
J
02.17
0E eh:: devolveram a carteira, 0ficaram / 0
T5
02.19
00 | Sim | 0
J
02.19
0 \ c’ os dois ou três euros 0qu’ a senhora teria / 0
T5
02.20
00 | Sim, sim | 0
J
02.21
0 \ eh:: E depois eh:: voltaram pa tra > voltaram, (.) pararam pelo menos, 0porque:: foram ter / 0
T5
02.26
00 | Sim, sim | 0
J
02.27
0 \ co’ a NOME11. Porque tava a > tava a NOME10, a NOME11 / 0
T5
02.30
E a NOME12 .
J
02.31
0 \ e a NOME12?
T5
02.32
Sim.
J
02.32
E, então, eles d’ alguma forma > primeiro era cons > só consigo > foi só consigo, a primeira 0pessoa / 0
T5
02.36
00 | Sim | 0
J
02.37
0 \ que foi ata > digamos eh:: assaltada, foi a senhora? E > Mas eles, depois, pararam o suficiente para continuar com a NOME11 e a NOME12 e a senhora é que fugiu? 0Desceu / 0
T5
02.46
0 (( )) Sim!
J
02.47
0 \ para:: > porque viu o segurança e era pa alertar o segurança 0pra:: / 0
T5
02.49
0Sim! Sim! 0 (( )) Exato!
J
02.50
0Sim senhor! Sora procuradora Faça favor!
MP
02.54
eh:: Obrigada, sotor! Diga-me só uma coisa! O segurança estava mais abaixo?
T5
02.59
Sim, sim! {conversas paralelas}
MP
03.00
{conversas paralelas} E a senhora ouvi > eh:: apercebeu-se dum s > doutro segurança que estava mais acima, junto à > à MATERNIDADE mesmo?
T5
03.06
eh:: «Não»!
MP
03.07
Não
T5
03.08
«Não»! eh:: > eh:: Este segurança que esteve 0aqui, nós não:: / 0
MP
03.11
00 | Sim | 0
T5
03.12
0 \ nós não:: tivemos > não f > não era esse senhor / 0
MP
03.14
0 | Sim | 0
T5
03.14
0 \ eh:: Era eh:: de lá, da MATERNIDADE / 0
MP
03.17
0da MATERNIDADE
T5
03.18
0Sim! Pronto!
MP
03.19
Vocês estavam em que zona da rua?
T5
03.20
Mesmo quase no cimo 0da rua.
MP
03.22
0Mesmo quase no cimo! Ou seja, quando diz que desceu até ao segurança, era o segurança que estava mesmo à p > à porta da MATERNIDADE?
T5
03.33
Não da parte:: da frente. Do lado, continua a ser 0de lado.
MP
03.36
0Sim, do lado! Continua a ser de lado! Mas na > na MATERNIDADE 0mesmo?
T5
03.39
0Sim, sim! Mas f > foi na 0porta da MATERNIDADE / 0
MP
03.40
0Ptanto, não era este senhor 0que es / 0
T5
03.41
0Não! 0Não!
MP
03.42
0«Pronto»! Este senhor es > É > Este senhor é que estava mais abaixo? =
T5
03.45
= Sim, 0é isso!
MP
03.45
0Ou seja, vocês já estavam mais perto da LOCALIDADE3?
T5
03.48
Sim, sim! {ruídos} Foi mesmo:: n > 0quase no final da rua.
MP
03.49
0E quando > «Pronto»! E quando diz que desceu foi até à s > àquela entrada 0lateral da:: / 0
T5
03.53
0Sim, sim!
MP
03.54
0 \ da MATERNIDADE? Olhe! A senhora, na altura, eh:: (.) {ruídos} não conseguiu reconhecer ninguém? Depois quando foi à PSP e > 0e:: / 0
T5
04.02
0Não!
MP
04.03
0 \ lhe mostraram várias pessoas, não conseguiu eh:: > eh:: reconhecer?
T5
04.07
Não! =
MP
04.08
= eh:: E diga-m’ uma coisa! O > Os:: eh:: > Ptanto, eram três ou quatro indivíduos2?
T5
04.12
0Eram três!
MP
04.13
Eram três! E > E a senhora não teve dúvidas de que eles tavam > ptanto, estavam ali os três juntos? 0 eh:: Era uma atuação conjunta, digamos?
T5
04.20
0S > (.) Sim!
MP
04.23
Não teve dúvidas disso?
T5
04.24
Não!
MP
04.28
Depois, o que se passou concretamente com a NOME12 e co’ a NOME11, viu-a > VIU UM DELES aproximar-se da NOME11, mas depois desceu 0e já não viu mai nada?
T5
04.35
0Sim, assim qu’ eu comecei a correr.
MP
04.38
bem! {dirige-se ao juiz} Não quero mai nada, sotor!
J
04.41
Ora, sotores, há alguma questão?
DA1
04.42
Nada, 0sotor!
J
04.43
0Sotora, alguma questão?
DA2
04.43
Nada, sotor!
DA3
04.44
Não. =
J
04.45
= 0Nada?
DA3
04.45
0Nada, sotor! Não!
J
04.46
eh:: S > Muito obrigado por sua comparência. Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigado!

Parte 9
X
00.00
(..) {conversas paralelas}
J
00.03
Ora, (.) muito:: bom dia! Como se chama?
T6
00.08
NOME11.
J
00.10
0APELIDO11
T6
00.10
0APELIDO11.
J
00.12
eh:: Está aqui como testemunha por causa duma situação que envolveu a:: NOME11, a NOME10 e a NOME12, não é? eh:: Eu só tou > só para lhe dizer que à vontade, porque nós temos a > o arguido está ali e eh:: > eh:: > eh:: nós estamos a vê-lo, mas ele não nos está a ver. Só nos está a ouvir! Que é pra assegurar que não consegue reconhecê-la. Por isso, teja à vontade a falar, porqu’ ele não está a ver. eh:: Não conhece os arguidos?
T6
00.36
Não, não! =
J
00.36
= Não. Jura dizer a verdade?
T6
00.38
Sim!
J
00.39
Então conte-nos lá o qu’ é qu’ aconteceu. eh:: Já agora, eh:: {folhear de páginas} quand’ isto aconteceu > depois disto acontecer fizeram logo queixa, não foi?
T6
00.46
Foi na hora, 0sim.
J
00.47
0Foi na hora. Pois! Nós temos aqui que isto aconteceu no dia três de dezembro. Era o au > é > é a queixa > digamos, a vossa queixa foi no dia tr > qu’ isto tinha acontecido no dia três de dezembro, às quatro da manhã
T6
00.58
0Sim!
J
00.58
0Quatro, quatro e dez. {conversas paralelas} (.) Sim! (.) eh:: (.) Conte-nos lá o qu’ é qu’ aconteceu. {ruídos}
T6
01.06
eh:: Nós távamos a subir a RUA2 eh:: e ouvimos pessoas atrás de nós, mas não ligámos. E, de repente::, começam a correr:: e começam a falar connosco. (.) Até que, certa altura, puxam a:: > a carteira da NOME10. Depois, nós tentamos / 0
J
01.25
Quando eles estão a falar com vocês, tão a falar > a dizer alguma coisa ou só tão a:: dizer coisas que não percebem? Qua > eh:: O qu’ é que eles tavam a falar, quando tavam a falar?
T6
01.33
eh:: Perguntaram-nos se tínhamos cigarros e:: / 0
J
01.36
Iam a correr e já tavam a perguntar se tinham cigarros, é isso?
T6
01.38
eh:: Correram eh:: até nos apanhar / 0
J
01.41
00 | Sim | 0
T6
01.41
00 \ depois, aí, começaram a meter-se connosco6 / 0
J
01.44
0Ah! Se tinham cigarros4
T6
01.45
0Sim.
J
01.46
0Pronto! Sim! (.) 0Sim
T6
01.47
0E, depois, a certa altura, puxaram a carteira da:: > da NOME10.
J
01.50
Sim
T6
01.51
Depois, nós:: tentámos:: qu’ eles nos dessem a carteira. Pedimos pra tirarem o dinheiro, mas de > darem-nos a carteira6 / 0
J
01.59
00 | Sim | 0
T6
01.59
0 \ eh:: Entretanto, de repente, eh:: eu acho que s’ aperceberam qu’ eu também tinha uma carteira e, então::, vieram ter comigo e puxaram-m’ a carteira. Só que / 0
J
02.08
0 | hum-hum | 0
T6
02.09
0 \ eu ofereci um bocado de resistência. (.) eh:: Entretanto, tivemos algum tempo (.) ele a tentar tirar-m’ a carteira e eu:: a resistir. E a NOME10 conseguiu eh:: avistar um segurança da MATERNIDADE e foi falar com ele. E, entretanto5 / 0
J
02.25
0Então, ele não conseguiu tirar a sua
T6
02.27
Não, não! {riso}
J
02.28
Sim senhor! E ele tirou > ele ou eles, neste caso > E tiraram > Já vimos que tirou > tiraram a:: > a carteira da NOME10, tentaram a sua e à NOME12, o qu’ é que fizeram?
T6
02.37
eh:: Tavam a tentar tirar o telemóvel. S > Ela não levava carteira, tinha tudo nos bolsos.
J
02.41
E sabe se «tiraram» ou se só tentaram?
T6
02.43
Não, só tentaram. Acho qu’ ela não:: > Acho que não chegaram a conseguir. =
J
02.46
= Ah! Pronto, mas ela > a NOME12 aí, não ? (.) {ruídos} ! Então, (( )) , nós ouvimos a NOME12. A ideia é que tentaram e que não conseguiram ficar c’ o telemóvel?
T6
02.54
Sim!
X
02.55
(.) {ruídos}
J
02.57
Sim senhor! (..) O > No seu > Na sua:: > Na sua carteira tinha alguma coisa assim valiosa?
T6
03.04
eh:: Era o telemóvel e tinha também dinheiro e:: os cartões.
J
03.08
Mas:: (.) teria lá quê? Em termos de valor. Na sua carteira. Só pa nós 0percebermos.
T6
03.12
0 (( )) Ó! Tendo o telemóvel já era um preço 0elevado.
J
03.15
0Pois, mas eu não sei qual é o telemóvel. 0O telemóvel era / 0
T6
03.16
0Provavelmente:: cento cinquenta euros
J
03.19
0 | hum-hum | 0 Tudo o que tinha lá 0valeria isso
T6
03.21
0Sim.
X
03.22
(..) {ruídos}
J
03.27
E depois? Viu eles a > a fugirem
T6
03.30
Sim! Quando:: o segurança s’ apercebeu, eh:: chamou a atenção e eles começaram a correr pra rua de cima.
J
03.39
Não viu eles a entrar em nenhum carro nem nada?
T6
03.42
Não! Nós, depois, távamos com:: > Quando távamos já com os outros seguranças, eh:: eles avistaram o carro e nós também vimos um carro a:: > a sair, mas:: não 0vimos (( )) / 0
J
03.53
0Mas lá em > eh:: já em baixo na > na > na:: > na > no final da > da > da > da rua? 0Naquela tran > transversal
T6
03.57
0Sim! No final > n > na > de > dessa rua, nós conseguimos ver outra rua, onde o carro passou. =
J
04.02
= 0 | hum | 0 Sim senhor! (.) Sora procuradora, alguma 0questão?
MP
04.07
0Nada, sotor. =
J
04.07
= Sotores, alguma questão?
DA1
04.08
0 (( ))
DA3
04.08
0Não!
J
04.09
Nada, sotores? =
DA3
04.09
= 0Não!
DA2
04.09
0Nada, sotor!
J
04.10
Muito obrigado por sua comparência. Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigada!

Parte 10
X
00.00
(...) 0.14 {conversas paralelas}
J
00.14
Ora, muito bom dia! eh:: Bom dia? Sim! Bom dia! {conversa paralela} (.) Ora eh:: «Como» > Como se chama?
T7
00.21
12.
J
00.25
eh:: (.) Sim, sim! (.) {folhear de páginas} {conversas paralelas} eh:: Está aqui como > como testemunha, no processo que eh:: > eh:: envolveu a NOME11, a NOME10 Lembra-se dessa situação, não se lembra? eh:: Quero-lhe advertir que ali aquela pessoa > está > está:: (.) > eh:: é um dos arguidos > ele > eh:: nós vemos, mas ele não nos está a ver. Ou seja, isto > a > a nossa:: > a nossa:: ligação não existe. Por isso, nós > ele só nos está a ouvir, mas não está-nos a ver. Por isso, tamos à vontade > a senhora está à vontade, porque nós estamos sempe à vontade > eh:: para:: > para:: falar. Jura dizer a verdade? 0Jura?
T7
01.02
0Sim!
J
01.03
Então, (.) conte-nos lá > nós já sabemos qu’ isto foi no dia:: (.) três de dezembro, às «quatro» e dez. Conte-nos lá o qu’ é qu’ aconteceu!
T7
01.13
eh:: {conversas paralelas} Eu lembro-me que nós estávamos a subir a 0rua > eu não sei > a RUA2
J
01.18
012. {dirige-se à MP} (.) 0 | hum | 0 (.) Sim!
T7
01.19
eh:: E, de repente, vejo assim, pela minha visão periférica, um > uns três gajos a aproximarem-se de 0nós / 0
J
01.24
00 | hum | 0
T7
01.26
0 \ e eu ve > e digo às:: minhas amigas: Ó meninas, vamos começar a andar mais rápido!. eh:: E nós começámos a andar mais rápido. eh:: Mal começámos a andar, eles encostam-se a nós, começam a fazer assim {faz gesto} e não sei quê. (.) De repente, só vemos um deles a puxar a mala à NOME10. E a NOME10: Dá! Dá-me a mala! Podes tirar o dinheiro! Podes tirar o dinheiro! eh:: / 0
J
01.47
Eles tiraram o dinheiro e deram-lhe a mala?
T7
01.49
eh:: Sim!
J
01.50
Sim. (.) 0E depois?
T7
01.51
0Pelo o qu’ eu me lembro, acho que sim. Já foi há algum tempo. eh:: Pronto! Entretanto, d > ele deu-lhe a mala. {ruídos} Depois, a NOME10 acho que s’ afastou um bocado pra baixo.
J
01.58
0 | hum-hum | 0 =
T7
01.59
= Veio um:: > Um deles veio ter comigo. Tava-m’ a pedir dinheiro e ele tava > elas tavam as duas com carteira. Eu acho qu’ era a única que tava sem carteira, por isso, tamém, o que veio ter comigo perguntou-me: Ah! N > Tens dinheiros?. E eu fui aos bolsos > olhe > di > já não me lembro. Acho que disse que não tenho nada. Ele pediu-me pa ver outra vez e eu a > depois acho que j > lá dei uma moeda. Não tenho a certeza! Já não me lembro muito bem! Pronto! De > Lá lhe dei o dinheiro e ele fugiu / 0
J
02.21
Mas tem a certeza se lhe deu o dinheiro ou > ou > 0ou não tem a certeza? {folhear de páginas}
T7
02.24
0Eu acho que sim! Eu acho que sim! Porque:: > Ou > Ou então eu disse-lhe que não tenho dinheiro e ele fugiu logo porqu’ 0ele / 0
J
02.29
0 | Sim | 0
T7
02.29
0 \ foi logo pra cima ou 0 (( )) / 0
J
02.31
0Aqui diz qu’ a senhora tinha dois euros
T7
02.33
Sim. Acho que foi. Eu dei-lhe 0o dinheiro.
J
02.34
0Foi isso? =
T7
02.34
= Sim! Já não me > Já não me lembro muito bem.
J
02.36
0 | hum-hum | 0
T7
02.36
0 \ E f > E fugiu. Entretanto, leva > o:: > tava > a NOME10 tava a fugir papra baixo e:: co > e o > o > o que tava comigo foi embora. Quando olho po lado, o outro eh:: a agarrar a NOME11 por trás (.) eh:: e a NOME11 tipo a agarrar a carteira com toda a força e eu tou ali a tentar ajudar. Tava a tentar tipo a puxá-la, mas tamém não queria que ele me > me magoasse4 / 0
J
02.56
00 | Sim | 0
T7
02.57
0 \ ele já estava tipo a ameaçar: Sai daqui! Sai daqui!. O que tava a tentar puxar-lhe a carteira. (.) E aquilo parecia que já estava a ficar um bocado feio. E, entretanto, eh:: quando vimos, tipo a vir o segurança eh:: co’ a NOME11 lá em b > lá de baixo, acho eu, e:: ele largou a NOME11 e:: foi 0embora. Foi o qu’ eu > foi o qu’ eu me lembro / 0
J
03.14
0 (( )) Não conseguiu fazer nada em > relativamente à NOME11, a si ficou c’ os dois euros e à > e à:: sua colega eh:: / 0
T7
03.22
Eu acho qu’ ele > 0acho que lhe chegou a tirar dinheiro / 0
J
03.23
00 \ à NOME10 ficou:: > 0ficou c’ o dinheiro.
T7
03.24
00 \ da carteira. Sim. =
J
03.25
= Sim senhor!
T7
03.26
É o qu’ eu me lembro. Já não me lembro muito bem.
J
03.29
Sim senhor! (.) Sim! eh:: Não sabe, depois, p’ onde > Eles foram embora. Não viu eh:: s’ eles entraram em algum carro?
T7
03.37
Não! Pelo que nos disseram, eles seguiram, depois deram a volta e foram outra vez / 0
J
03.43
0Sim senhor!
T7
03.43
00 \ po carro. (.) Eu já não me lembro muito bem.
J
03.45
Sim. Sora procuradora, alguma questão?
MP
03.47
Sim, sim!
J
03.48
Faça favor!
MP
03.48
Olá, NOME12! eh:: Lembra-se que, depois, foi à PSP (.) 0fazer um reconhecimento pessoal
T7
03.54
0Quando fomos (( )) testemunho. (.) Sim.
MP
03.57
E reconheceu um > um dos indivíduos. (.) Esse reconhecimento, quando o fez, {pigarreio} {folhear de páginas} não teve dúvidas que era aquela pessoa que tinha estado no local? {ruídos}
T7
04.09
(( )) {ruídos}
MP
04.11
eh:: E:: reconheceu eh:: aquele porquê? {folhear de páginas} É o (( )) > Ele teve alguma intervenção particular? (.) (( )) Conseguiu ver a cara em que circunstâncias?
T7
04.22
Eu reconheci, já não sei se foi (( )) {ruídos} co’ a NOME11 ou com > co’ a NOME10 (( )) {ruídos} passou muito rápido. Nós, na altura, (( )) passou muito rápido, não conseguimos ver muito bem.
MP
04.32
Mas lembra-se > Lembra-se de que > se era o que > o que a agarrou a si 0S’ era o que agarrou a NOME11
T7
04.37
0 (( )) (.) Na > Na altura, não sei se me lembro, agora não (( )) .
MP
04.40
Na altura, lembrava-se! (.) Sim, mas eu estou-lh’ a perguntar agora. 0Não se recorda se o agarr > se a agarrou a si S’ agarrou a NOME11
T7
04.44
0Não, agora não me lembro! (..) Eu acho que foi o da NOME11!
MP
04.52
F > Acha que foi o da 0NOME11?
T7
04.53
0Sim!
MP
04.54
Portanto, era o que estava a agarrar m > a > a NOME11?
T7
04.56
Sim!
MP
04.58
Que a senhora foi tentar ajudar? {folhear de páginas} {pigarreio}
T7
05.00
Não tenho a certeza, mas:: / 0
MP
05.02
Pronto! Sim! eh:: 0Mas, na altura, {pigarreio} reconheceu e reconheceu sem dúvidas?
T7
05.03
0Acho que, na altura, (( )) Sim!
MP
05.07
Muito bem! {dirige-se ao juiz} Não quero mai nada, sotor!
J
05.12
eh:: Faço esta pergunta só pra a > a pessoa que reconheceu > eh:: quando nós dizemos não teve dúvidas, é > não era a pessoa mais parecida daquelas que lhe mostraram, era efetivamente uma das pessoas que esteve naquele local. 0A senhora não teve dúvidas nenhumas?
T7
05.23
0Sim! Sim, sim!
J
05.25
É nesse sentido que não tem dúvidas. Sim
T7
05.27
0 (( ))
J
05.27
0 eh:: Sim! Sotores, alguma questão?
DA1
05.31
0Não!
J
05.31
0Nada?
DA3
05.31
0Sotor, Sim! sim! =
J
05.31
= Faça favor, sotor!
DA3
05.32
Muito obrigado! (.) Bom dia! Ó NOME12, eh:: diga-me uma coisa! Recorda-se > S’ eu lhe pedisse pa descrever a:: > a fisionomia da pessoa que:: > que reconheceu, consegue? Recorda-se:: (.) qu’ idade é que teria? S’ era alto S’ era baixo
T7
05.48
Sim, era alto. E:: acho qu’ era assim moreno, (.) de cabelo escuro, (.) não me (( )) bem se tinha bigode, barba Isso não me lembro.
DA3
05.57
Isso não se lembra.
T7
05.58
eh:: (.) Assim, a roupa não sei. A idade eh:: (.) > A idade, sei lá! Uns:: vinte cinco
DA3
06.08
Era novo?
T7
06.10
Sim, era novo.
DA3
06.10
0Sim?
T7
06.10
0Acho que sim.
DA3
06.11
Olhe! (.) No:: > Quando > Quando fo > Quando teve lá na PSP, as outras pessoas que estavam :: {conversas paralelas} conjuntamente com o indivíduo, (( )) já os tinha visto antes?
X
06.21
(.) {conversas paralelas}
T7
06.23
(( ))
DA3
06.25
Sim. Ptanto, quantas pessoas > quant > atrás do vidro, quantas pessoas é que estavam?
T7
06.30
eh:: Já não me lembro. Eram p’ (( ))
DA3
06.32
(( )) E a > dessas pessoas que estavam atrás do vidro, a se > eh:: já tinha visto algu > alguma dessas pessoas antes?
T7
06.38
eh:: Foi só no momento do assalto.
DA3
06.41
Só no momento 0do assalto
T7
06.41
0Sim, sim! Os outros não.
DA
06.42
Os outros não 0tinha visto
T7
06.43
0Não!
DA3
06.44
eh:: As outras pessoas que estavam lá, junto a esse indivíduo que reconheceu, {ruídos} eh:: recorda-se da fisionomia dessas pessoas? S’ eram altos, baixos / 0
T7
06.53
Não! 0 (( )) / 0
DA3
06.54
00 \ gordos, magros?
T7
06.55
Não! =
DA3
06.55
= Não se recorda. Não se recorda.
T7
06.57
0 (( )) / 0
DA3
06.57
0 eh:: Mas sabe se tinha uma fisionomia idêntica Não tinha
T7
07.02
Sim. Eu, na altura, tava assim um bocado indecisa. eh:: Mas:: > (.) Sim, havia > acho qu’ havia dois qu’ eu tava indecisa porqu’ eram > eram parecidos, em termos de (.) altura e assim (.) de cabelos. Sim. {ruídos}
DA3
07.18
Ok! (.) Obrigado!
J
07.20
Nada, sotor? (.) Mai nada?
DA3
07.21
Não!
J
07.22
Muito obrigado por sua comparência! Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigado! Pode ir embora!

Parte 11
X
00.00
{ruídos} {folhear de páginas}

Parte 12
J
00.00
0 eh:: / 0
?
00.00
01.
J
00.01
Senhor:: NOME1! O sor ouviu?
A
00.04
Ouvi, sim! =
J
00.04
= Ouviu! Não teve problemas? Não preciso de tar-lh’ a dizer 0o qu’ é qu’ aconteceu?
A
00.06
0Não!
J
00.07
0 sic Prontossic sic !
A
00.07
0Por mim, tudo bem! =
J
00.007
= Era só > Ist’ é:: > é memo pa facilitar. {conversas paralelas} {dirige-se ao Oficial de Justiça 1} Ponha essa indicação! eh:: Que foi o mesmo que referiu que teve conheci > eh:: ouviu toda a > todas as > a > as testemunhas e, por isso, não > não carece de ser:: (.) informado do qu’ é qu’ aconteceu na sua ausência, uma vez que estava presente (.) por videoconferência. {ruídos} Ora, sotores! Temos:: > Falta uma testemunha, não é? Qu’ é o :: APELIDO13 , não é? (.) Sora procuradora! (.) Tem a palavra!
MP
00.36
Obrigada, sotor!
J
00.37
Pode sentar!

Parte 13
J
00.00
Ah! Ó > NOME1, quer falar?
A
00.02
Não, não! 0Não é necessário! (( )) / 0
J
00.03
0Não! sic Prontossic4 sic ! (.) Se necessário, tem que dizer. (.) (( )) / 0
MP
00.03
0 eh:: Relativamente à > à testemunha NOME APELIDO13, o Ministério Publico não prescindo:: de > não prescinde da sua:: inquirição. {folhear de páginas} Por outro lado > (.) Por outro lado, eh:: entende ser:: eh:: imprescindível (.) à descoberta da verdade e ao esclarecimento dos factos em julgamento, a identificação e inquirição eh:: do elemento da GNR de LOCALIDADE1 que tomou conta da ocorrência no dia em causa, na noite em causa. Sendo certo que este elemento, pr’ além de constar do aditamento, o:: eh:: > de folhas treze > mas resultou basicamente e melhor explicado do depoimento da > da > da testemunha eh:: (.) NOME APELIDO14 . eh:: Entendo, portanto, como disse, que será útil, plo menos, à descoberta da verdade material e requeiro a sua > que se diligencie no sentido da sua identificação eh:: junto da GNR de LOCALIDADE1, c’ os elementos > com conhecimento {ruídos} dos elementos necessários, eh:: e a sua audição na > na sessão seguinte, já que, efetivamente, não prescindirmos (( )) testemunha NOME APELIDO13, o > o julgamento não > não:: > não deverá terminar hoje. Este requerimento faz-se, naturalmente, ao abrigo do disposto no artigo quaren > eh:: trezentos e quarenta do Código do Processo Penal.
J
01.30
Senhora //

Parte 14
J
00.00
Sotores, (.) querem-se pronunciar sobre este requerimento do Ministério Público?
DA2
00.05
Nada. =
DA3
00.05
= Não!
J
00.06
Nada?
DA3
00.07
Nada.
J
00.08
Ora:: eu tinha aqui uma > uma informação. Não sei se é da GNR {folhear de páginas} {conversas paralelas} (...) 0.8 Não, mas há aqui uma > há aqui > Ó sotores, vamos aqui ver só se eu consigo! {dirige-se ao Oficial de Justiça 1} Ó > Desligue aí! Desligue aí só pra > um minu //

Parte 15
MP
00.00
Em c > Em complemento do {ruídos} que acabei de > de:: requerer, eh:: requeiro também que a testemunha faltosa, porque devidamente notificada, eh:: seja condenada em multa e sejam emitidos os > os respetivos mandados de detenção, para assegurar a sua comparência na próxima eh:: sessão. {folhear de páginas}

Parte 16
J
00.00
Nada, então, sotores, a > a (( )) ? eh:: Relativamente à testemunha faltosa, a multa é de duas UCs e > e:: os competentes mandados de detenção, eh:: nos termos o artigo cento e dezassete do Código de Processo Penal. Relativamente à audição da > da testemunha, resulta efetivamente de folhas vinte cinco a vinte sete eh:: o aditamento ao auto de notícia, onde está identificado eh:: o:: > o Cabo Infant > o > o Cabo de Infantaria NOME APELIDO15 , pelo qu’ o Tribunal e porque esta > a audição desta testemunha pode ser relevante pra boa decisão da causa, nos termos do artigo trezentos e quarenta eh:: > eh:: determina a sua notificação para comparecer. Sotores, eu tenho aqui > isto difícil agora arranjar assim muitos dias. Eu tenho o dia vinte e um (.) de março, às onze horas. Pode ser, sotores? (...) 0.7 {folhear de páginas} eh:: Vinte e um é uma terça!
DA3
00.54
Por mim, pode!
J
00.55
Pode ser, 0sotores?
DA3
00.55
0Por mim, pode!
J
00.57
É qu’ eu tenho aqui uma coisa às nove e meia. Pra não:: > 0 (( )) / 0
DA2
01.00
0Sotor, tou em julgamento em LOCALIDADE5 ! {riso}
J
01.02
A que horas, 0sotora?
DA2
01.02
0Nesse dia de manhã! Começa às dez!
J
01.05
Ai, começa às dez? Pois, isso é qu’ é pior! (.) Ora::, {dirige-se ao Oficial de Justiça 1} naquele NÚMERO DE PROCESSO2 , o qu’ é que nós temos ainda? Pa depois pra isto. Era quê? Qu’ é que > Ai, não! Isto é da > da //

Parte 17
J
00.00
Pode ser?
DA3
00.01
Por mim, pode.
DA1
00.03
Sim, sim!
J
00.04
Às catorze horas. (.) sic Prontossic sic ! Ponho aqui (.) > É a leitura à uma e meia, depois às duas e depois às duas e meia 0 (( )) / 0
DA2
00.11
0Sotor! Eu queria requerer que:: f > eh:: fosse entendido pelo Tribunal, uma vez que o arguido se encontra a trabalhar em PAÍS e com contrato de trabalho que protesto, desde já, juntar aos autos, eh:: que seja prescindida a sua presença no próxima > na próxima sessão.
J
00.26
Ah! Quer a dispen > dispensa > (.) Pois! Ó sotora, eh:: sim! Mas repare bem, eh:: o arguido não quer falar agora, mas vem o > vem aqui s > um agente da GNR que vai coloca-lo lá (.) num > num > num > num carro juntamente com > mais dois indivíduos. Não sei se ele não terá interesse, nessa altura, de querer ju > explicar o qu’ é que estava lá! {ruídos}
DA2
00.48
Ó! Ó 0sotor eh:: > eh:: / 0
J
00.49
0? É > É qu’ agora ele até > tamém pode quere > antecipando isso, pode querer explicar > eh:: pode não querer. Mas é só ne > a perceber o qu’ eu tou a dizer? É qu’ até agora eh:: este senhor não foi > no > o:: nome dele não foi:: aventado, não > não foi colocado, etecetera, etecetera. {ruídos} Mas, na testemunha que nós vamos colocar, eh:: > eh:: o > o agente > e de acordo c’ o auto que está aqui, o senhor foi encontrado às cinco da manhã, juntamente com os outros dois arguidos, em LOCALIDADE5, naquela viatura.
DA2
01.14
Em LOCALIDADE1, sim.
J
01.16
0 (( )) / 0
DA2
01.16
0Consta dos autos, sotor! E ele consciente! Agora a questão é eh:: v > já teve de ter dispensa do trabalho por estes três 0dias / 0
J
01.22
0 sic Prontossic sic ! {ruídos} Mas se quer falar sobre isso, é o qu’ eu tou a dizer! «Se», com essa possibilidade > se ele quer antecipar alguma coisa que sic querisessesic sic dizer nessa altura > e agora eh:: antecipava para evitar isso.
DA2
01.32
Ó sotor, não me parece! Portanto / 0
J
01.33
NÃO? =
?
01.33
= Não? Pronto!
DA2
01.35
Mantém a 0dispensa. (( )) a dispensa!
J
01.36
0 sic Prontossic sic ! É consigo, sic sotoressic sic ! Então, isso > eh:: O sotor vai p > vai juntar o > o:: > o elemento do contrato de trabalho, não é?
DA2
01.43
O contrato 0de trabalho e:: / 0
J
01.44
0 (( )) juntar depois!
DA2
01.45
0 \ e também o cumprimento da pena relativamente 0a outro processo / 0
J
01.48
0O requerimento faz essa junção, ? 0Então, sora procuradora algo ::
DA2
01.49
00 \ em processo anterior.
MP
01.51
Nada a opor.
J
01.51
Nada a opor? 0Tem / 0
DA3
01.52
0Ó sotor! eh:: > eh:: Já agora! Peço desculpa! Tamém aproveito pra ju > ir pra ata tamém a justificação da falta do:: > do arguido NOME16e vou requerer tamém a dispensa de:: / 0
J
02.01
Ó sotor, mas eu > esse aí > nós > esse > eh:: esse nós > eh:: e > este > em 0dispensas > cá! Esse cá! E dispensa-se o que está cá! O > Esse não > nem > nem cá > nem cá está, sotor!
DA3
02.05
0 (( )) (..) Mas (( )) tem como justificar a falta, não é? A não ser que (( )) não for condenado em multa, nem sequer justifico a falta! {riso}
J
02.18
A dele ainda não foi!
DA3
02.19
Não? Então não justifico! (.) (( )) {ruídos}
X
00.22
(.) {conversas paralelas}
J
02.24
Sotora! A > O sotor não consegue até lá cheg > que > juntar um requerimento assinado por ele eh:: {conversas paralelas} {ruídos}

Parte 18
J
00.00
(( )) que não, porqu’ ele nem aparece. Claro! {riso} Tem > Só assinado por ele! Quer dizer, só co’ a assinatura dele, sotor! É só isso que nós 0queremos! Não pode ser > É só isso! Ele que / 0
DA3
00.04
0Sim, sim, sim, sim, sim sim! Em princípio, será possível!
J
00.07
0 \ Ele que faça um > um r > uma declaração, mande por eh:: s > por:: > por ~mail~ / 0
DA3
00.12
00 | Sim | 0
J
00.13
00 \ com o ~scanner~ > faça o > e depois / 0
DA3
00.14
Sim! 0É enviar pra si próprio!
J
00.15
00 \ junta-se aqui. (.) sic Prontossic sic ! Então, senhor:: {conversas paralelas} > dispensado, senhor NOME APELIDO1! Vamos, então, no dia vinte e um de março, para acabar o julgamento. Depois, as alegações. bem? {conversas paralelas} {ruídos}
DA2
00.26
Catorze e trinta, sotor! Eu entendi 0bem?
J
00.27
0Catorze! Catorze! =
DA1
00.28
= Catorze! =
J
00.28
= Não, às catorze e trinta tenho outra coisa! 0 (( )) / 0
DA1
00.30
0Catorze! Catorze!
J
00.31
0Às duas da tarde, sotora!
DA2
00.31
0Foi o qu’ eu disse! =
DA1
00.32
= Não é catorze e trinta! É às catorze!
DA2
00.33
Ai, às catorze!
DA1
00.35
0SIM!
J
00.35
0Às duas da tarde, 0sotora!
DA2
00.36
0Ah! 0Ok!
J
00.36
0Tem de ser mesmo às duas! Temos de começar às duas, 0porqu’ às duas e meia (( )) / 0
DA2
00.38
0Eu já estava catorze 0e (( )) / 0
DA1
00.38
0Por isso é que eu tava a dizer! Às catorze!
DA2
00.40
Ok!