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coraudis_11

Instituição Tribunal da Comarca de Coimbra
Ano 2017
Tipo de crime Abuso de Confiança
Data 2017-03-07

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Edição





ID enunciado

Parte 1
J
00.00
0 \ (( )) , não é? O sotor já disse que sim.
DA1
00.01
É nesse sentido, 0sim!
J
00.03
0Queria (.) > Querem fazer exposições introdutórias, 0é isso?
DA1
00.06
0Sim! (.) 0Nesse sentido!
J
00.07
0O sotor {dirige-se a DA1} sotora {dirige-se a DA2}
DA2
00.08
Sim, 0 (( ))
J
00.09
0 (( )) 0Só o sotor?
DA2
00.10
0Sim, sim!
J
00.11
Doutor, faça favor! Exposições introdutórias. Têm que gravar! {ruídos}

Parte 2
?
00.00
(( )) {ruídos}
DA1
00.03
Os 0arguidos / 0
J
00.04
0Podem sentar-se, entretanto! Não precisam estar de pé.
DA1
00.08
0 \ Os arguidos eh:: > eh:: confessam ou > ou > ou > ou prete > eh:: pretendem (.) confessar integralmente, (.) espontânea {ruídos} e sem reservas os factos de que vêm pronunciados, (..) {vozes} relativamente (.) à prática (..) dum crime continuado, atinente à > à > à falta de entrega das prestações à Segurança Social (.) de janeiro de dois mil e dez a outubro de dois mil e onze. (..) Todavia, uma vez que já foram > e que resulta da contestação e da própria pronúncia > (.) foram (.) condenados, os dois, pela prática do mesmo crime, (.) relativamente tamém à falta de entrega das prestações da Segurança Social entre outubro de dois mil e nove e dezembro de dois mil dez, (.) no processo NÚMERO DE PROCESSO1, que d > já transitou em julgado, importaria, apesar disso e apesar da confissão integral sem reservas, que s’ inquerisse sic asic sic testemunhas da acusação, relativamente > eh:: que tiveram contacto direto com a instrução deste processo, para se apurar se, efetivamente, à data em que foi eh:: > eh:: plo > eh:: em que os mesmos foram condenados no processo súbdito, já havia «conhecimento» e se já havia eh:: > eh:: tramitação do processo que est > deu origem ao > ao atual processo.
?
01.43
(( ))
X
01.45
(.)
DA1
01.47
Doutor, claro que não! Vamos ver, então, sotor (( )) {alguém suspira} (..) É isso sotor!
J
01.53
É tudo, sotores? (( )) não pretendem fazer exposições introdutórias? 0Os restantes?
DA?
01.55
0Não!
J
01.56
Sim senhores! {dirige-se aos arguidos} Os senhores façam o favor, então, de se levantar! As perguntas que eu lhes vou fazer sobre a vossas identifica //

Parte 3
J
00.00
0 \ responder com verdade, sob pena de incorrer em responsabilidade criminal. Quanto aos factos pelos quais se encontram a responder, os senhores só falam se quiserem, sendo certo que o vosso silêncio em nada vos pode prejudicar, {ruídos} podendo, porém, prestar declarações em qualquer momento da audiência de julgamento, desde que tais declarações, naturalmente, se refiram àquilo que está em discussão e, eh:: naturalmente, também enveredar pela via confessória, {conversas paralelas} se assim o entenderem. Vamos começar pla ordem da acusação. A senhora! Diga-me, então, o seu nome completo!
A1
00.28
NOME APELIDO1.
X
00.31
(..) {ruídos}
J
00.35
O seu estado civil
A1
00.36
Vivo em união de facto. =
J
00.37
= Não consigo ouvir! {ruídos}
A1
00.39
«Vivo» em união de facto. =
J
00.40
= E isso, é solteira, casada, viúva ou 0divorciada?
A1
00.42
0Divorciada! Divorciada!
X
00.44
(.) {ruídos}
J
00.46
A sua profissão
A1
00.47
eh:: Sou engenheira alimentar.
X
00.49
(..) {ruídos}
J
00.52
O nome do seu pai e da sua mãe? =
A1
00.53
NOME APELIDO2, NOME 0APE- / 0
J
00.56
0Tem que falar um bocadinho mais alto! bem? 0Qu’ eu não / 0
A1
00.58
0NOME APELIDO3 / 0
J
01.01
0 | Sim | 0
A1
01.01
0 \ e NOME APELIDO2.
J
01.03
A sua data de nascimento
A1
01.05
DATA.
J
01.07
A sua «naturalidade»
A1
01.10
A minha? 0Desculpe, não percebi!
J
01.11
0«Naturalidade»! 0De onde é natural!
A1
01.12
0Ah! 0 (( )) / 0
J
01.13
00 \ Freguesia e município!
A1
01.15
FREGUESIA1, CONCELHO1.
J
01.16
E a sua morada completa?
A1
01.18
eh:: RUA1, NÚMERO1, ANDAR1
J
01.22
Perdão?
A1
01.23
RUA1 / 0
J
01.26
0RU / 0
A1
01.26
0RUA1, (.) NÚMERO1, ANDAR1 / 0
J
01.32
0 | Sim | 0 =
A1
01.32
= eh:: CONCELHO2. (..) {conversas paralelas} Não sei de cor o código postal.
X
01.38
(..)
J
01.41
Sim senhora! A senhora pode «sentar-se»! {dirige-se a A2} (.) O senhor diga-me o seu nome completo, se faz favor!
A2
01.47
NOME APELIDO4.
J
01.49
O seu estado civil
A2
01.50
Casado.
J
01.52
E a sua profissão?
A2
01.53
Engenheiro mecânico.
X
01.54
(..)
J
01.58
O nome do seu pai e da sua mãe?
A2
01.59
NOME APELIDO5, NOME APELIDO6.
J
02.03
NOME6
A2
02.05
APELIDO6!
J
02.07
Sim. (..) A sua data de nascimento8
A2
02.12
0DATA.
J
02.14
A sua «naturalidade»
A2
02.16
eh:: FREGUESIA2, CONCELHO3.
J
02.18
A sua mo > morada completa =
A2
02.20
= RUA2, NÚMERO2, ANDAR2, CONCELHO3.
J
02.26
Sim senhor! Diz aqui > Pode sentar-se! (.) {suspiro} Diz-se aqui que a EMPRESA, (..) com sede na RUA3, NÚMERO3, ANDAR3, LOCALIDADE tinha por objeto a comercialização e montagem de centrais térmicas a vapor, água quente e sobreaquecida, termofluido, biomassa e de coge > geração, (.) incluindo caldeiras industriais e sua manutenção, fabrico de equipamentos periféricos para centrais térmicas e instalação de sistemas de «gestão» de energia e medição de emissão gasosas em centrais, montagem de redes de fluidos e fornecimento e montagem de equipamentos para a indústria «alimentar». (.) À data dos factos > ORA, «administradora» desta sociedade, a arguida « 1» e, suponho que administrador único, o arguido NOME APELIDO4 > eram os arguidos que exerciam, de facto, e em conjunto a gerência da empresa. (.) Gerência, (.) aqui, no sentido de «administração», «gestão». (.) Cabendo > Porqu’ a gerência, naturalmente, é das sociedades por quotas; a administração, das sociedades anónimas. Aqui, está no sentido de «gestão», (.) «administração» (.) > do qu’ o seu sentido «corrente». Cabendo aos mesmos pagar vencimentos, a si e aos seus trabalhadores, e deles fazer os respetivos descontos para a «Segurança» Social. (.) A sociedade, tendo tido trabalhadores a seu cargo, encontrava-se obrigada, «através» dos «arguidos», (.) a deduzir das remunerações base pagas aos trabalhadores e aos membros d’ órgãos estatutários a quantia d’ onze por cento para os trabalhadores em regime geral, quantia de sete vírgula oito por cento para os pensionistas por «velhice» e de oito vírgula três por cento «para» os pensionistas por invalidez, (.) sendo que o correspondente a essas deduções deveria ser entregue ao Instituto de Gestão Financeira (.) da Segurança Social {alguém tosse} até ao quin > décimo quinto dia do mês seguinte àquele a que sic dissessemsic sic respeito. A sociedade, representada e administrada plos arguidos, não entregou à Segurança Social em tal prazo, NEM nos noventa dias seguintes, as seguintes quantias efetivamente deduzidas nas remunerações pagas aos seus trabalhadores (.) e > aos montantes d’ órgãos estatutários no período de janeiro de dois mil e dez a outubro de dois mil e onze, no valor global de sessenta e cinco mil cento e trinta e seis (.) euros e d > seis cêntimos. (.) {folhear de página} Ora, o período está aqui indicado. Tomaram contacto com a acusação, co’ a pronúncia, c’ os valores todos (.) Vou escusar-me, naturalmente, de estar a re > (.) a ditar aqui cada um dos valores sob pena de ser fastidioso. Os senhores têm aqui presentes quais foram os valores Tão > Tão bem cientes disso. Foram notificados para efetuarem o pagamento à Segurança Social das quantias supramencionadas no prazo de trinta dias, acrescidas dos respetivos juros legais, valor da coima aplicável, e não o fizeram. (.) Sabiam que estes montantes não pertenciam à sociedade, devendo ser entregues a essa entidade (.) e que, não o fazendo, estavam a defraudar a confiança neles depositada enquanto substitutos dos verdadeiros contribuintes. Agindo conjunta e concertadamente no seu interesse e no da EMPRESA, diluíram as referidas quantias nos meios financeiros da sociedade, integran > «integrando-as» no seu património e delas dispondo como se fossem da «sociedade». Atuaram de forma livre, (.) voluntária, conscientemente em representação da sociedade, sabendo que aquele dinheiro pertencia à Segurança Social (.) e que a esta deviam fazer chegar, com o propósito d’ alcançarem, para a tal sociedade, um benefício a que sabiam não ter direito, causando, naturalmente, uma diminuição das receitas de montante idêntico ao benefício «alcançado». (.) Atuaram de forma homogénea, aprojeitando a opor > aproveitando a oportunidade favorável à prática dos ilícitos descritos, dado que após a prática dos primeiros factos, não foram alvo de qualquer «fiscalização» ou «penalização», tendo verificado persistir as «possibilidades» de repetir a conduta delituosa. Sabiam que as suas condutas eram proibidas e punidas pla lei penal e, assim, é-lhes «imputada» a prática, (..) em autoria material (..) de (.) > em autoria material e na forma consumada e continuada, dum crime d’ abuso de confiança em Se > relação à Segurança Social sic punistosic sic > punido nos termos dos artigos sexto, números um e dois; cento e sete, números um e dois; cento e cinco, um, quatro e sete, do Regime Geral das Infrações Tributárias. (.) E artigo trinta, número dois, do Código Penal. Sobre estes factos, os senhores querem prestar declarações?
X
07.04
(..) {conversas paralelas}
A2
07.09
Confessamos?
A1
07.10
Sim, confessamos!
A2
07.11
Confessamos 0 (( )) / 0
J
07.11
0Então o senhor:: > a senhora dona NOME APELIDO1, faça favor de se levantar! E então?
A1
07.18
eh:: Confesso! eh:: 0 (( )) / 0
J
07.20
0A senhora admite toda esta factualidade que está aqui narrada, é isso? Integralmente, sem quaisquer reservas?
A1
07.26
Sim! =
J
07.26
= É de livre e espontânea 0vontade que o f > que o faz?
A1
07.27
0Sim, é! É!
J
07.30
Sim senhora! (..) {ruídos} Sor:: engenheiro é d //

Parte 4
J
00.00
0 \ de se levantar {folhear de páginas} (.) e disse também / 0
A2
00.03
Sim, sim, sotor! É verdade! eh:: Confesso 0 (( )) / 0
J
00.05
0Isto é tu > Admite toda 0esta factualidade / 0
A2
00.06
0É verdade! 0 (( )) / 0
J
00.07
00 \ qu’ está aqui «narrada», qu’ eu lhe expliquei eh:: de forma livre e integral, sem quaisquer reservas5
A2
00.13
0Exatamente! =
J
00.13
= É de livre e espontânea vontade que o faz? Alguém o ouviu a dizer isso?
A2
00.17
Não! (.) É, sim, de livre e espontânea vontade, sotor! {ruídos}
J
00.21
Olhe! eh:: Já agora! Disse-me qu’ era > Quanto às condições «pessoais» e «económicas», disse-me qu’ era casado
A2
00.31
Sim!
J
00.32
Vive com a sua mulher?
A2
00.34
Sim!
J
00.37
E disse-me que trabalhava como «engenheiro» 0mecânico / 0
A2
00.40
0Mecânico!
J
00.41
0 \ é isso? =
A2
00.41
= Sim! =
J
00.42
= Por conta própria, por conta de outrem
A2
00.43
É por conta própria, neste momento, sotor!
J
00.46
Por conta própria. Quanto ganha mensalmente?
A2
00.49
Sotor, é variável! Eu tou a trabalhar c’ uma 0empresa / 0
J
00.51
0Em MÉDIA, mais ou menos! Naturalmente, 0quando se trabalha por conta própria (( )) / 0
A2
00.52
0Mil e:: > Mil, mil e cem. Por aí! (..) Tenho duas filhas, sotor! =
J
00.59
= Mil e cem euros por mês. A sua mulher trabalha?
A2
01.02
Trabalha.
X
01.03
(..)
J
01.06
O que faz?
A2
01.07
É psicóloga.
J
01.10
Por conta própria Por conta d’ 0outrem
A2
01.11
0Por conta de outrem. (.) «Conta» de outrem.
J
01.13
Quanto > Quanto ganha mensalmente9?
A2
01.15
0Novecentos e pouco, acho eu, sotor!
J
01.18
Disse-me que tinha que tinha duas filha, 0é isso?
A2
01.19
0Sim!
J
01.20
Qu’ idades têm?
A2
01.21
eh:: Fazem hoje três semanas. (..) Gémeas.
J
01.28
Pois! (.) eh:: Podiam não ser!
A2
01.31
Diga?
J
01.32
Ta > T > Tou a di > Eu disse pois > eh:: sendo > eh:: e o senhor disse gémeas, não é? Eu disse pois, mas podiam não ser, efetivamente! {conversas paralelas} Se fosse > Se fosse uma de cada (( )) {ruídos} pois, naturalmente! Não > Não é inédito, por isso (( )) (.) eh:: Olhe! eh:: (.) Habita casa própria Arrendada
A2
01.50
Arrendada, sotor!
J
01.52
Quanto é que paga de renda?
A2
01.53
Seiscentos!
J
01.55
Seiscentos euros por 0mês?
A2
01.56
0Sim, 0sim!
J
01.56
0Tem mais algum encargo, algum empréstimo significativo ou alguma:: > (.) 0alguma despesa de «vulto» além de > daquelas que (( )) ?
A2
02.00
0Empréstimo da casa, (( )) do carro e as despesas normais 0da casa.
J
02.04
0Sim! De carro? Quanto é que paga do carro?
A2
02.07
Duzentos e quaquer coisa, s’ a memória não me falha!
J
02.09
Quando é que termina o pagamento?
A2
02.11
eh:: Daqui a cinco anos! =
J
02.13
= É crédito, ~leasing~, 0ALD
A2
02.14
0É:: crédito! (.) Daqui a cinco anos.
J
02.17
Perdão? =
A2
02.17
= Daqui a cinco anos, sotor! (.) Foi > O carro foi comprado por causa das miúdas.
J
02.22
Sim senhor! (..) {folhear de páginas} O sor pode sentar-se! > A sora engenheira di > disse-me que //

Parte 5
J
00.00
0 \ vivia em união de facto, 0é isso? {ruídos}
A1
00.01
0Sim!
X
00.02
(...) 0.7 {anotações do juiz}
J
00.09
Que trabalhava como engenheira alimentar6
A1
00.11
0Eu tou desempregada 0neste momento.
J
00.12
0Ah! Está desempregada10?
A1
00.13
0Tou! =
J
00.13
= Recebe subsídio de desemprego?
A1
00.15
Não! Não!
X
00.16
(..) {conversas paralelas}
J
00.20
O seu companheiro o que 0faz?
A1
00.21
0Trabalha.
J
00.22
O que > O que faz?
A1
00.23
Ele é engenheiro de produção.
J
00.26
Por conta própria Por conta 0d’ outrem
A1
00.28
0Não. Por conta d’ outrem.
J
00.29
Quanto ganha mensalmente? =
A1
00.30
= eh:: Ele:: daí, eh:: ptanto, desse trabalho dele, ele tira à volta de mil, mil e cem euros.
X
00.38
(..) {anotações do juiz}
J
00.42
Tem filhos?
A1
00.44
Sim, temos uma filha. Temos uma filha 0com três anos.
J
00.46
0Uma filha. Qu’ idade tem? =
A1
00.48
= Três.
J
00.51
Os senhores habitam casa própria, arrendada
A1
00.53
Sim. Casa própria dele.
X
00.55
(..) {anotações do juiz}
J
00.58
paga?
A1
00.59
eh:: quase, mas ainda falta uns aninhos. eh:: > a ser paga ao banco.
J
01.05
Quanto paga d’ empréstimo, o seu companheiro?
A1
01.07
À volta de trezentos euros.
X
01.09
(..) {anotações do juiz}
J
01.12
Por mês. É isso? =
A1
01.13
= Sim!
J
01.15
Tem mais algum encargo? =
A1
01.16
= Não. =
J
01.16
= Uma despesa 0significativa (( ))
A1
01.18
0 (( )) só mesmo as despesas normais.
J
01.20
{folhear de páginas} Pode sentar! Sora procuradora adjunta, algum esclarecimento dos arguidos?
MP
01.23
(( ))
J
01.24
Para algum esclarecimento dos arguidos, (.) eh:: quem é que representa a arguida NOME APELIDO1? É / 0
DA1
01.30
Sou > Sou eu!
J
01.31
0 \ É o sotor! {dirige-se ao MP} Algum esclarecimento, sotora, desta arguida?
MP
01.35
Não, nada!
J
01.36
Sotor, algum:: 0esclarecimento daquela arguida?
DA1
01.37
0Sotor, só um:: > só um es > um 0 (( )) / 0
J
01.40
0Sim. Pode interrogar diretamente.
DA1
01.41
Posso > Posso?
J
01.42
Ó sotor, 0faça (( )) !
DA1
01.43
0Ó sora engenheira! eh:: > eh:: Já confessou os factos que vêm aqui da acusação. A minha pergunta :: > esta > esta eh:: > a RAZÃO por qu’ é que não fizeram a entrega do > do > dos > do:: > dos valores das prestações à Segurança Social, n’ altura em que deviam ter feito.
A1
02.00
Foi pela falta de liquidez da:: > da empresa.
DA1
02.03
A empresa não tinha dinheiro? =
A1
02.04
= Não tinha dinheiro pa 0pagar.
DA1
02.05
0Ptanto, vocês tinham que optar entre pagar os salários e a fornecedores ou pagar 0esses valores / 0
A1
02.11
0Ou pagar > Sim!
DA1
02.12
0 \ pa manter a empresa a funcionar6?
A1
02.13
0Sim! 0Sim!
DA1
02.13
0Foi essa a razão? =
A1
02.14
= Foi essa a razão!
DA1
02.15
{dirige-se ao juiz} Não desejo mai nada, sotor!
J
02.17
Sotora, algum esclarecimento do outro a > do > do:: > 0do arguido?
DA2
02.20
0 (( )) Sim! (.) {ruídos} A razão será a mesma
A2
02.25
Exatamente (( ))
DA2
02.26
Confirma o:: / 0
A2
02.27
Precisamente! (( )) a empresa não tinha liquidez suficiente para fazer face a todas as despesas.
DA2
02.31
(( ))
X
02.32
(..) {ruídos}
J
02.35
Muito bem!
X
02.36
(..) {folhear de páginas} {ruídos}
DA1
02.39
Ó sotor! Já agora, queria > l > lembrei-me aqui duma situação! (.) Queria pôr à minha > à minha cliente, 0sotor! (( ))
J
02.45
0Sim! Sim, sim, sotor! Faça favor!
DA1
02.48
Sora engenheira, só que > que me recordei agora! {ruídos} eh:: > eh:: fruto destas > destes problemas com as empresas, o seu património pessoal foi eh:: > eh:: penhorado e vendido já pelas finanças5 / 0
A1
03.00
0Sim!
DA1
03.00
0 \ ou que > você continua a ter alguns bens 0pessoais?
A1
03.02
0Não! Neste momento, não tenho nada! eh:: 0Foi tudo vendido!
DA1
03.05
0Ptanto, todos os seus bens pessoais que sic tinhamsic sic foram 0penhorados em execuções fiscais e / 0
A1
03.07
0Tudo! Foram penhorados em execuções fiscais e vendidos!
DA1
03.11
{pigarreio} (.) {dirige-se ao juiz} Era só isso, sotor!
J
03.14
Pode sen > Pode sentar! (..) Ora bem, relativamente àquela questão::, (..) > relati //

Parte 6
X
00.00
{ruídos}
J
00.03
{dita para a ata} Tendo em consideração (.) a confissão (..) livre, (.) integral e sem reservas dos factos por parte dos arguidos (.) e visto o preceituado no artigo trezentos e quarenta e quatro, número (( )) , alínea a) (.) do Código de Processo Penal, (..) há renúncia (..) à restante produção de prova (..) relativa aos factos imputados. (...) 0.25 {anotações} {ruídos} Parágrafo. Todavia, (.) tendo em conta (.) a questão (..) suscitada (.) em sede de contestação (.) quanto à continuação criminosa, (.) {alguém espirra} haverá interesse (...) 0.7 {anotações} {ruídos} de ouvir (..) as testemunhas (...) 0.10 {anotações} {folhear de páginas} com conhecimento (..) do > dos factos (.) atinentes aos termos processuais. (..) (( )) parágrafo. Dessarte, (.) virgula, visto o preceituado / 0
OJ
01.58
(( )) testemunhas processuais / 0
J
02.02
0 \ no número quatro do citado artigo, (..) determino que se proceda (.) à inquirição (...) 0.15 {folhear de páginas} das testemunhas (..) arroladas pela acusação, (...) 0.10 {folhear de páginas} {ruídos} trabalhadoras (..) > funcionárias na > funcionárias (.) do serviço da Segurança Social. (..) {ruídos} Ponto (.) final. (..) As outras «testemunhas» de defesa são apenas quanto à > à:: personalidade dos arguidos, é isso?
DA1
03.06
É! (.) 0A minha é!
?
03.08
0 (( )) / 0
J
03.10
0Vamos (.) prosseguir então?

Parte 7
X
00.00
{passos} {ruídos}
DA1
00.05
Não sei se tem relatório social (( ))
J
00.08
Hã?
DA1
00.09
Não tem relatório social, sotor, no processo?
J
00.11
Pra quê, sotor? =
DA1
00.12
= Eu tou a perguntar, sotor! 0 (( ))
J
00.13
0Não, eu não costumo pedir! Só mesmo:: em caso > Pra já não é > é > é facultativo!
DA1
00.18
Não, não, sotor! Por isso é qu’ eu perguntei 0 (( )) / 0
J
00.20
0É facultativo! Os arguidos prestam 0declarações / 0
DA1
00.21
0Claro!
J
00.21
00 \ quanto às condições pessoais e económicas, vêm > vêm testemunhas falar sobre isso. O relatório social:: (.) é perfeitamente despiciendo. É mais um:: > menos um encargo pos serviços do Estado. (.) E mais celeridade! Porqu’ o tempo que se demora a > a pedir o relatório e ele 0chegar / 0
DA1
00.36
0Tamos d’ acordo, sotor!
J
00.38
Ora, muito bom dia!
T1
00.39
Bom dia! =
J
00.39
= Importa-se de me dizer o seu nome completo, se faz favor?
T1
00.41
NOME APELIDO7.
J
00.44
O estado civil
T1
00.45
Casada.
J
00.47
E a profissão?
T1
00.48
eh:: jurista.
J
00.51
Nos serviços da Segurança 0Social
T1
00.53
0Fiscalização, sim! No Núcleo d’ 0Investigação Criminal.
J
00.55
0Insti > Núcleo d’ Investigação Criminal do / 0
T1
00.58
Da Segurança Social.
J
01.00
0 \ Instituto da Segurança Social, IP – Núcleo de Gestão de Contribuintes de CONCELHO4. É isso?
T1
01.03
Não! 0Núcleo d’ Investigação Criminal.
J
01.04
0 (( )) com’ é que se cha > Núcleo d’ Investigação Criminal, mesmo! Sim senhor! Conhece aqui os arguidos?
T1
01.09
Profissionalmente, 0apenas.
J
01.10
0Do exercício da sua atividade profissional, exclusivamente. eh:: Não é, portanto, da família, 0amiga ou inimiga
T1
01.15
0Não, não! (.) 0Nada!
J
01.17
0Também não! Sabe que está obrigada ao dever de verdade, 0plo que corre / 0
T1
01.19
00 | Sim | 0
J
01.19
00 \ em responsabilidade criminal se faltar a esse dever. Por isso lhe pergunto se jura, por sua honra, dizer toda a 0verdade e só / 0
T1
01.23
0Juro!
J
01.24
00 \ a verdade? Pode sentar-se, então. (.) E «responder» (..) às perguntas da {ruídos} senhora procuradora adjunta. Faça favor!
MP
01.34
(( )) muito bem , sô doutor! doutora NOME APELIDO7, muito bom dia!
T1
01.39
Bom dia! =
MP
01.40
= A sotora até requereu eh:: > eh:: não estar aqui hoje, mas eh:: a ver com’ é a pedra angular disto tudo
T1
01.45
0 (( )) / 0
MP
01.45
0A doutora é que:: > é que instruiu tudo isto?
T1
01.49
eh:: Sim! Fiz a instrução do processo-crime, exatamente!
MP
01.52
Muito bem! E é jurista?
T1
01.53
E sou jurista.
MP
01.54
Muito bem! A doutora::, quando fez esta investigação, {ruídos} teve por perto > teve presente ou sabia da existência doutro inquérito contra os aqui arguidos ou não, sotora?
T1
02.07
eh:: Já tinha havido um enqué > um inquérito «anterior» que fui eu que instruí, eh:: com um período diferente e anterior, não posso precisar em que ano nem m > enfim, não posso mesmo! Mas tinha noção de que tinha havido um inquérito (( )) anterior, sim!
MP
02.20
Ó sotora, não se recorda do número do processo, 0mas s’ eu lho disser / 0
T1
02.22
0Ah! Não! Doutora, não! Não! De todo!
MP
02.25
0NÚME / 0
T1
02.25
0FUI EU QUE INSTRUÍ PORQUE, n’ altura, até era a única instrutora que havia no:: Núcleo d’ Investigação Criminal. Portanto, necessariamente, fui eu qu’ instruí.
MP
02.32
NÚMERO DE PROCESSO1. 0Não sabe
T1
02.34
0Acredito! Não faço ideia! Não > Não tenho mesmo presente! 0Não sei!
MP
02.37
0Mas, ó sotora, e quando fez esta investigação já tinha encerrado o outro?
T1
02.41
eh:: Do meu ponto de vista, o inquérito estava encerrado, sim! Ou seja, pelo menos a instrução estava encerrada. Sim! E este período foi um período comunicado posteriormente e, portanto, não abrangia, digamos assim, o mes0mo:: / 0
MP
02.52
0Os arguidos já tinh > eh:: Os > O:: > No âmbito do > do > do outro processo / 0
T1
02.56
Do primeiro, sim!
MP
02.57
0 \ sic osic sic suspeitos já tinham sido constituídos arguidos?
T1
03.00
Sim, sim! Mas isto será um crime:: diferente! Porque não podemos estar sempre à espera que os indiciados ou que as empresas prevariquem, passo a expressão, para então eh:: > eh:: manter um processo ~sine die~ que nunca mais é concluído.
MP
03.13
Sotora, as prestações, no outro processo, ainda se recorda 0s’ abrangiam / 0
T1
03.16
0Não!
MP
03.17
0 \ só dois mil nove?
T1
03.18
Não, doutora, não! eh:: PREPAREI-ME LIGEIRAMENTE PRA ESTE PROCESSO, DENTRO DO QUE HÁ PRA PREPARAR / 0
MP
03.22
Mas era 0esse o:: (( )) / 0
T1
03.23
00 \ mas não vinha > Pois! Mas não 0vinha:: / 0
MP
03.25
0Portanto, de todo o modo, a doutora, quando fez esta investigação, teve em consideração o > o que já tinha investigado 0e (( )) )?
T1
03.32
0Sim, sim! Aliás, eh:: nós temos eh:: uma base de dados eh:: informática que, de alguma forma, faz eh:: > quando inserimos eh:: o NISS > o número de identificação de Segurança Social > da empresa para constituir um novo processo / 0
MP
03.43
0 | hum-hum | 0
T1
03.44
0 \ aparece, automaticamente, todos os processos com aquele número que possam vir a ter sido investigados ou estão a ser investigados no presente e, portanto, há sempre o cuidado, à partida, plo menos, de (( )) alguma:: sobreposição de valores ou de sic períodosic sic , fundamentalmente.
MP
03.58
Sotora, quando foi instaurado o > o > o:: > portanto, o (.) eh:: > os arguidos quando:: / 0
T1
04.06
O primeiro processo ou o segundo? (.) Este?
MP
04.09
Espere aí, 0 doutora!
T1
04.09
0Ah!
MP
04.10
É assim, quando eles (.) eh:: > (.) quand’ eles foram constituídos arguidos e tiveram conhecimento desta (( )) do anterior, eles resolveram continuar a fazer isto? Ou > Ou > 0Ou:: / 0
T1
04.22
0Sim! (.) 0Ou seja, há uma cont / 0
MP
04.23
00 \ Ou isto é extrapolar do qu’ os factos nos 0 (( )) / 0
T1
04.27
0Não! Há uma continuidade eh:: > eh:: d’ ação! Isso não :: duvida 0nenhuma!
MP
04.30
0Pois há, sotora! Mas partiu-se co’ a investigação. Quando foram investigados7 / 0
T1
04.34
0Necessariamente tem que se partir porque, senão, 0os processos nunca tinham fim!
MP
04.36
00 | Sim | 0
T1
04.37
0p > Há empresas que / 0
MP
04.37
0Não! Mas os > os arguidos! Eles 0foram constituídos / 0
T1
04.39
0Sim, sim!
MP
04.40
00 \ arguidos e eles TIVERAM CONHECIMENTO / 0
T1
04.41
0Foram! E sabiam! Sem dúvida! Sem dúvida!
MP
04.43
0 \ E E RESOLVERAM CONTINUAR!
T1
04.46
Isso não é uma conclusão 0qu’ eu possa tirar, mas eh:: > mas sim!
MP
04.47
0Pronto! Exato! Mas > eh:: Muito bem! doutora! eh:: > eh:: Pronto! Relativamente a estas prestações, estão pagas Não estão O qu’ é que me sabe dizer? =
T1
04.55
= Não sei, porqu’ eu não trato da parte de pagamentos. Eu apenas faço a 0instrução / 0
MP
04.57
0Ah!
T1
04.58
0 \ e a partir do momento em que encerro a instrução e mando para o Ministério Público, neste caso pa doutora, imagino eu, eu perco um bocadinho o fio à meada do processo porque já não me diz respeito doravante e, portanto, não:: > em termos de pagamentos, do que foi pago ou não, 0isso é um núcleo específico do ISS que trata.
MP
05.11
0Pronto, doutora! {dirige-se ao juiz} Eu não quero mais 0nada! doutora NOME APELIDO7, bom dia!
T1
05.13
0 (( )) / 0
DA3
05.16
(( )) Bom dia, sotora NOME7! Olhe! eh:: Portanto, (( )) {ruídos} eh:: (..) (( )) eh:: antes do processo chegar a si / 0
T1
05.28
00 | hum-hum | 0
DA3
05.28
00 \ eh:: sabe > eh:: tem conhecimento do qu’ é qu’ é feito «antes»
T1
05.31
Sim, claro!
DA3
05.32
(( )) eh:: pode (( )) , então, o qu’ é qu’ a conta-corrente fa::z antes do processo chegar a si? =
T1
05.37
= eh:: A «conta-corrente» faz uma análise da dívida, 0das quotizações / 0
DA3
05.41
00 | Sim | 0
T1
05.40
0 \ em concreto que 0estão:: eh:: / 0
DA3
05.41
00 | Sim | 0
T1
05.42
0 \ por pagar 0 eh:: / 0
DA3
05.43
00 | Sim | 0
T1
05.43
0 \ da (( )) daquela empresa e faz o que nós chamamos, erradamente, ainda assim, uma espécie dum pré-inquérito eh:: no sentido de notificar de:: > notificação {alguém tosse} (( )) , pra fazer o:: > a condição de 0 (( )) / 0
?
05.55
0 (( )) / 0
T1
05.56
0 \ reúne alguma prova documental, nomeadamente, certidão de registo comercial, etcétera. Faz as notificações, aguarda os trinta dias da notificação > que a notificação 0manda / 0
DA3
06.04
00 | Sim | 0
T1
06.04
0 \ e, posteriormente, manda o processo pra nós já com uma notícia-crime e com os mapas de dívida correspondentes a essa notícia.
DA3
06.10
Pronto! Então, a > a conta-corrente, para que exista crime, tem que sempre aguardar os noventa dias / 0
T1
06.18
Naturalmente! 0Senão, nem / 0
DA3
06.18
00 \ da última 0 (( )) ) / 0
T1
06.19
0Claro! Senão, nem essa questão se 0coloca, naturalmente!
DA3
06.21
0Sim! eh:: Faz, num certo momento. (.) Se, depois, houver continuidade deste crime / 0
T1
06.27
0 | hum-hum | 0
DA3
06.28
0 \ eh:: > eh:: se houver continuidade {ruídos} deste crime, (.) tem que SEMPRE > que ir verificar, aguardar os noventa 0dias / 0
T1
06.36
0Sempre! Porque, antes dos noventa dias, nem tão-pouco é crime e, portanto, isso são prazos estritamente observados, com’ é evidente! {ruídos}
DA3
06.42
Pronto! {ruídos} Certamente que::, no primeiro processo, esse procedimento foi feito / 0
T1
06.47
Necessariamente!
DA3
06.48
00 \ eh:: investigado, houve o julgamento / 0
T1
06.49
0E no segundo também! (.) 0É feito em todos os processos!
DA3
06.51
00 \ depois, f > eh:: houve eh:: > iniciou-se um segundo processo (.) > eh:: que PROVAVELMENTE a > a dívida é > terá > será contínua (( )) no:: > 0no mês / 0
T1
07.01
0No / 0
DA3
07.02
0 \ que não estava4 / 0
T1
07.02
00 | Sim | 0
DA3
07.02
0 \ que não estaria incluído no primeiro 0crime / 0
T1
07.03
00 | Sim | 0
DA3
07.04
0 \ não é? Fizeram novamente 0as notificações / 0
T1
07.05
00 | hum-hum | 0
DA3
07.07
00 \ mandaram pra vocês / 0
T1
07.07
0Sim! Tudo de novo! Exatamente! Esse:: eh:: > Esse:: eh:: verificar desse prazo de noventa dias > além de ser o que está na lei e, felizmente, vivemos num Estado de Direito e, portanto, se não está na lei não existe > e > é sic estripulosamentesic sic > é > é 0escrupulosamente / 0
DA3
07.19
0Cumprido!
T1
07.19
0 \ cumprido, sim! =
DA3
07.19
= Portanto, eles terão sempre que aguardar os 0noventa dias
T1
07.22
0Necessariamente! 0Necessariamente!
DA3
07.22
0Portanto, imaginemos que há um crime que vai de janeiro a de > a dez > a dezembro / 0
T1
07.26
0 | hum-hum | 0
DA3
07.27
0 \ depois2 eh:: / 0
T1
07.27
0 (( )) a partir de março!
DA3
07.29
0 \ depois, quando mandam:: pa acusação::, o janeiro e o fevereiro já estão em dívida, mas ainda não há crime, porque ainda 0falta aguardar os noventas dias, (.) não é?
T1
07.35
0Exatamente! Exatamente! E, portanto, só a partir de março / 0
DA3
07.39
00 | Sim | 0
T1
07.39
00 \ é que se pode comunicar o dezembro5 e (( )) / 0
DA3
07.40
0Se nós fossemos RÁPIDAS e se (( )) novamente7, não é?
T1
07.42
0E se fosse o único processo que há na Segurança 0Social:: / 0
DA3
07.44
0Social::, não é?
T1
07.44
00 \ e pronto! {riso} 0Todas estas coisas!
DA3
07.45
0Pronto! (.) eh:: {dirige-se ao juiz} Não queria mais nada, doutor!
J
07.50
(( )) {ruídos} (( )) Sotor, faça 0favor!
DA1
07.54
0Sim! Sotora, bom dia!
T1
07.55
Bom dia!
DA1
07.56
eh:: > eh:: (..) Se bem entendi, corrija-me se > s’ eu > s’ eu pecebi mal, ptanto, a investigação inicia-se com conta corrente, não é? 0Em que > Em que se dá um alerta / 0
T1
08.06
0Co’ a notícia-crime que vem da conta-corrente / 0
DA1
08.08
0 \ de que há > existem determinadas prestações da empresa xis 0que (( )) / 0
T1
08.11
0Não! (.) Não!
DA1
08.13
0 (( )) / 0
T1
08.13
0 eh:: > eh:: A notícia que > A > A investigação inicia-se com a notícia-crime
DA1
08.17
0 eh:: Mas antes disso? (( )) / 0
T1
08.17
0 (( )) Antes disso, houve uma investigação feita sic pelasic sic :: Núcleo d’ Investigação > o Núcleo de:: Gestão de Contribuinte! É assim que se 0chama!
DA1
08.24
0Pois! A sotora falou dum pré-inquérito, não foi? =
T1
08.26
= Mas isso é uma coisa > Eu:: 0acrescentei, ERRADAMENTE que eu o chamo, porque é um > é a preparação da notícia-crime que, depois, só aí é que vem / 0
DA1
08.27
0Claro, claro! (.) Pronto! (..) Exatamente! {ruídos} 0Exatamente!
T1
08.33
00 \ porque tem que ser condição de punibilidade prevista 0e > e:: verificada e aquelas vidas todas!
DA1
08.36
0Muito bem! (.) Ptanto, há um alerta ch > vamos ch > chamar assim, de p > ptanto, há um alerta de qu’ existe uma > uma determinada empresa que está com dívidas > (( )) prestações que não foram pagas
T1
08.45
eh:: 0Não sei / 0
DA1
08.45
0Não é?
T1
08.46
0 \ com’ é qu’ eles funcionam nesse aspeto. Sei só, depois, a partir do momento em que me chega. 0Já me chega com essas / 0
DA1
08.49
0Pronto! Mas, quando chega à sotora / 0
T1
08.51
0 | hum-hum | 0
DA1
08.52
0 \ ptanto, já chega, enfim, devida > com alguma instrução > com a relação de > de > de > de > de valores em dívida4 / 0
T1
08.57
0Sim, os meses!
DA1
08.58
0 \ com uma certidão comercial da empresa 0em questão / 0
T1
09.00
0Exatamente!
DA1
09.01
0 \ com a notificação já feita nos termos do cento e cinco para 0que naqueles TRINTA DIAS / 0
T1
09.04
0Ou as tentativas de! Sim!
DA1
09.06
0 \ ou as tentativas 0 (( )) / 0
T1
09.07
00 | Sim | 0
DA1
09.08
0 \ a sora doutora admite que possa chegar à sua mão para, já c’ o auto de notícia, ainda sem ter sido feita aquela notificação 0 sic dossic sic cento e cinco?
T1
09.16
0Admito. Mas também isso faz parte das minhas funções 0enquanto órgão d’ investigação criminal!
DA1
09.18
0Pronto! A pergunta qu’ eu tinha pa fazer o seguinte: a senhora recorda-se, «neste» caso concreto que tamos aqui a discutir / 0
T1
09.24
0 | hum-hum | 0
DA1
09.24
0 \ se, quando lhe chegou às suas mãos, já tinha sido feita essa notificação ou foi a sotora que fez?
T1
09.29
eh:: Eram dois indiciados, quand’ eu peguei no crime: o senhor NOME4, eh:: que era um gerente de facto, creio eu, à data, porque na altura já não era gerente de direito, e a dona NOME APELIDO1. Não me recordo se já vinha! Sei qu’ a doutora NOME APELIDO1 e a empresa foram feitas por mim, eh:: ainda que tenham sido feitas anteriormente. Porqu’ o entendimento dos serviços é que::, pese embora possa ter sido feito por via postal essa notificação, como não é uma notificação «perfeita» porque não está assinada presencialmente, nós repetimos sempre a notificação cento e cinco, 0quatro, presencialmente.
DA1
09.57
0Ah! Então, independentemente d’ haver 0numa primeira fase do (( )) , NUMA SEGUNDA FASE FAZEM SEMPRE, é isso?
T1
09.58
0Sim! Sim! Nós repetimos sempre! Sempre! Por uma 0questão de / 0
DA1
10.01
00 | Sim | 0
T1
10.02
0 \ perfeição processual, 0sim!
DA1
10.03
0Pronto! Então, esta questão já não se coloca! Ptanto, fazer a primeira vez ou não > vocês ao > ao fim ao 0cabo / 0
T1
10.07
00 | Sim | 0
DA1
10.07
0 \ acabam por fazer 0sempre da segunda vez / 0
T1
10.08
00 | Sim | 0
DA1
10.09
0 \ quando chega às mãos da sotora
T1
10.10
Sim, porque é uma questão de perfeição 0notifica > da notificação, ? É mais fácil!
DA1
10.12
0Muito bem! Muito bem! A pergunta é o seguinte: quando chega > a sotora disse, ptanto, que tem acesso à base de dados > quando lhe chega um processo instruído, já com (( )) auto de notícia, a senhora inv > disse, eu plo menos percebi isso, qu’ insere o > o > o NISS (( )) > 0o número / 0
T1
10.25
00 | hum-hum | 0
DA1
10.26
00 \ d’ identificação de segurança social e ao > ao > ace > acede logo, automaticamente, às:: > às dívidas que estão da 0empresa / 0
T1
10.32
0Não!
DA1
10.33
0Não?
T1
10.33
0Acedo aos inquéritos que possam ter estado 0ou que estão!
DA1
10.35
0Aos inquéritos?
T1
10.36
Sim! 0Porqu’ A MINHA:: > a minha aplicação / 0
DA1
10.37
0Ptanto, não tem (( )) / 0
T1
10.38
0 \ informática é 0meramente (( )) !
DA1
10.39
0Só aos inquéritos? =
T1
10.40
= Sim!
DA1
10.41
A sotora não tem eh:: > eh:: > eh:: , ptanto, acesso à > à base de dados em te > 0em termos das prestações / 0
T1
10.45
0Não!
DA1
10.46
0 \ que estão em > 0em dívida naquela data
T1
10.47
0Não! Não, não, não! Não! 0Nem faço essa análise tão-pouco.
DA1
10.48
0Pronto! (.) Mas quem faz, eh:: na Segurança Social, a primeira parte antes de chegar às mãos da 0sotora / 0
T1
10.54
00 | Sim | 0
DA1
10.55
0 \ tem esse > tem esse > 0tem esse / 0
T1
10.56
0Necessariamente!
DA1
10.57
Necessariamente! 0Ptanto, quando manda / 0
T1
10.58
00 | Sim | 0
DA1
10.59
0 \ pa sotora (.) > quando manda pa sotora {alguém tosse} com o auto de notícia, já sabe quando lhe manda aquele auto de notícia se a empresa continua ou não a fazer entregas
T1
11.09
Admito que sim. eh:: Não posso falar plo trabalho dos outros, porque não sei o qu’ é qu’ elas visualizam 0no sistema.
DA1
11.13
0MAS NÃO HÁ NADA QU’ IMPEÇA. A sotora 0diz: Eu não tenho acesso! / 0
T1
11.15
0 (( ))
DA1
11.16
0 \ Ptanto, impedida. Mas quem faz tramitar e chegar às suas mãos, não tem nada que a impeça?
T1
11.23
Não! 0Em princípio, até porqu’ é uma análise de conta-corrente / 0
DA1
11.23
0Não tem.
T1
11.25
0 \ portanto, imagi > imagino que seja uma análise dum todo, não apenas duma parte.
DA1
11.28
A pergunta que eu lhe tinha para perguntar era > era a seguinte: (.) a so > a sotora num > num > num tem presente, mas isso (( )) documentalmente já comprovado no processo / 0
T1
11.38
0 | hum-hum | 0
DA1
11.39
0 \ o processo inicial que já foi julgado 0 (( )) / 0
T1
11.42
0Dois mil e dez.
DA1
11.43
0 \ de dois mil e dez > eh:: não foram julgados em dois mil e dez, foram só 0julgados em dois mil e ONZE (( )) / 0
T1
11.46
0Sim, mas o inquérito é de dois mil e 0dez.
DA1
11.47
0Exatamente! eh:: > eh:: Refere-se ao período d’ outubro de dois mil e nove a «dezembro» de dois mil e nove.
T1
11.53
0 | hum-hum | 0 Admito que sim.
DA1
11.55
E o deste > E o deste:: > deste, 0 (( )) motivo que estamos a discutir hoje / 0
T1
11.57
00 | hum-hum | 0
DA1
11.58
0 \ é de janeiro de dois mil e dez até outubro de dois mil e onze.
T1
12.03
E depois há uma parte qu’ é até dois mil e catorze. 0Certo? Da parte dos (( )) trabalhadores.
DA1
12.05
0 eh:: O que temos aqui > O que temos aqui é até dois mil e onze.
T1
12.09
0Da parte (( )) / 0
DA1
12.09
0Não sei se há outro! Se calhar, haverá 0outro (( )) / 0
T1
12.10
0NÃO, NÃO, NÃO, NÃO! Eu (( )) > Eu até trouxe um parecer fundamentado que tenho no processo, ptanto, se me permitir:: > {dirige-se ao juiz} o sotor se me permitir:: / 0
J
12.16
Pode consultar3 (( )) / 0
T1
12.17
00 \ consultar, porque, como calcula, 0isto já não:: / 0
DA1
12.18
0Força!
T1
12.19
0 \ já não vou pra nova pra saber estas coisas de cor, 0não é?
DA1
12.20
0Claro! Memo nova, sotora!
T1
12.22
{risos} Ora bem! {folhear de páginas} Então, (.) eh:: eu tinha aqui como sendo a dívida de quotizações deste processo em particular. Portanto, do:: eh:: NÚMERO DE PROCESSO2.
DA1
12.33
0 | Sim | 0
T1
12.34
Certo? eh:: Uma dívida de sessenta e cinco mil euros. Da parte do regime dos trabalhadores por conta d’ outrem, de janeiro eh:: de dois mil e dez a outubro de dois mil e onze, efetivamente; depois, dos regimes dos órgãos estatutários, de janeiro de dois mil e dez a março de dois mil e catorze; (.) e, depois, ainda, dos pensionistas por invalidez, de janeiro de dois mil e dez a maio de dois mil e onze. Porque nós dividimos por:: eh:: códigos, em função:: de taxas diferentes que > que são:: dedutíveis, depois, pela empresa. {folhear de páginas}
DA1
12.58
A sotora tem noção de que:: > de qu’ esta empresa foi (( )) insolvente?
T1
13.02
eh:: Creio que sim! 0Sim! {folhear de páginas}
DA1
13.04
0Sabe quand’ é que foi declarada 0insolvente esta empresa?
T1
13.05
0Não! Não!
DA1
13.06
Não sabe?
T1
13.07
Não sei. =
DA1
13.07
= Ptanto, e esses valores de dois mil e catorze foi > eram os valores que tinha lá em dívida?
T1
13.11
Eram os valores que foram eh:: > eh:: , digamos, sic indeclaradossic sic pela empresa e que não foram pagos. Porque todos estes valores que estão aqui em causa são SEMPRE declarados pela empresa.
DA1
13.19
Olhe! eh:: A pergunta eh:: eu tornava a fazer, sotora! «Se» há alguma coisa (.) qu’ a sotora tenha conhecimento / 0
T1
13.27
0 | hum-hum | 0
DA1
13.28
0 \ que possa ter > ptanto, já disse que isto foi uma > uma conduta continuada de não entrega, ptanto, e (( )) nós (( )) reparamos > ptanto, começou o que estávamos aqui a discutir em janeiro de dois mil e dez, 0mas eu tou lh’ a dizer / 0
T1
13.38
00 | hum-hum | 0
DA1
13.39
0 \ que também provado já 0que transitou / 0
T1
13.41
0 (( )) / 0
DA1
13.42
00 \ d’ outubro até dezembro! Ptanto, plo menos d’ outubro até dezembro 0já foram condenados / 0
T1
13.46
00 | hum-hum | 0
DA1
13.47
0 \ e > e > e {alguém tosse} > e transitou em julgado. 0Eu perguntava se / 0
T1
13.49
00 | hum-hum | 0
DA1
13.51
0 \ de dezembro a janeiro de dois mil e dez (.) > 0de trinta e um / 0
T1
13.53
0 | Sim | 0
DA1
13.54
0 \ de dezembro > ou melhor, de dia «vinte», porqu’ a de dezembro > a de dezembro seria paga em > em janeiro de dois mil e dez 0 (( )) , não é?
T1
14.01
0Dia quinze, 0ainda. Em dois mil e dez ainda era paga a do dia quinze.
DA1
14.02
0Exatamente! Eu queria se > se a doutora tem conhecimento de «algum» facto (.) que pudesse alterar o > o > o > o > o:: > a conduta > levar à alteração da conduta de > de > dos arguidos?
T1
14.15
Eu não sei se percebi bem a sua questão! eh:: Mas a verdade eh:: > não sei 0se é (( )) / 0
DA1
14.19
0OU SE ACHA QUE É QUE É HOMOGÉNEA! > que:: > que estão assim > a c > a continuidade eh:: > eh:: > o > o > o > a atitude > a conduta dos arguidos5 FOI A MESMA / 0
T1
14.27
0Sim. Acho que (( )) / 0
DA1
14.28
0 \ em dois mil e > em outubro de dois mil e nove foi a mesma de > de janeiro de dois mil e dez?
T1
14.32
0A partir / 0
DA1
14.32
0A mesma de > de > de > de fevereiro por aí fora?
T1
14.35
A partir do momento em que um arguido, ou um indiciado que constitui uma empresa, sabe que tem obrigações fiscais e obrigações eh:: com o Estado {ruídos} duma maneira geral, eh:: nomeadamente co’ a Segurança Social > portanto, a conduta que faz em dezembro e que, d’ alguma forma, é penalizante sob o ponto de vista penal, passo a expressão, obviamente por continuidade as pessoas sabem > não precisam de ser:: tão-pouco constituídas arguidas para perceber que estão a incorrer num > numa responsabilidade criminal. Se o facto de terem sido constituídas arguidas as continuou > eh:: as fez continuar eh:: a reiterar, digamos assim, a sua ação (.) 0Enfim!
DA1
15.05
0Mas a sotora sabe quando é qu’ elas foram constituídas arguidas nesse processo 0de dois mil e dez?
T1
15.08
0No primeiro processo? Ó doutor, não! Não faço ideia. 0Não (( )) / 0
DA1
15.11
0Pronto! Mas eu posso lhe dizer que foi depois de janeiro de dois mil e onze.
T1
15.13
eh:: Necessariamente4!
DA1
15.13
0«Seguramente»!
T1
15.14
Sim, 0é possível!
DA1
15.15
0A sotora também por aí chega, não é? Portanto, a questão é: em janeiro de dois mil e onze, nem sequer tinham sido constituídos arguidos naquele processo / 0
T1
15.21
0 | hum-hum | 0
DA1
15.21
0 \ ptanto, a questão que eu ponho aqui é s’ a «senhora» doutora tem «conhecimento» > se tem ou se não tem > s’ houve alguma «situação» que lhe passasse 0por si / 0
T1
15.30
00 | hum-hum | 0
DA1
15.30
0 \ que dissesse assim: Não! Efetivamente, há aqui uma situação duma continuidade d’ outubro a > a:: > a dezembro de dois mil e dez. E, depois, aconteceu isto e, depois, voltaram outra vez de janeiro de dois mil e dez até:: > até 0dois mil e catorze (( )) / 0
T1
15.43
0 (( )) não tenho conhecimento nem posso ter! Porque não estava na empresa, não é? {risos}
DA1
15.47
Pronto! Ma não tem conhecimento de nada?
T1
15.48
Não!
DA1
15.49
PRA SI (.) a entrega > a falta d’ entrega foi nos mesmos moldes e memas circunstâncias do que aconteceu eh:: em > em 0outubro?
T1
15.56
0Eu não faço esse tipo de juízo de valores das pessoas que constituo arguidas. Que dizer! Pra mim, é um 0CRIME! Ponto!
DA1
15.59
0Mas daquilo que tem conhecimento! Daquilo qu’ a sotora tem conhecimento5!
T1
16.02
0Se aconteceu alguma coisa que:: pudesse motivar a continuidade da 0ação?
DA1
16.04
0Não! Que > Que > Que:: > Se tem conhecimento d’ alguma alteração, (.) relativamente àquilo que sucedeu a estes arguidos, no período de setembro de dois mil e dez a dezembro de dois mil e dez? =
T1
16.14
= Não estava na empresa, portanto, não. Não tenho conhecimento.
DA1
16.16
Não tem conhecimento de nada. (...) 0.10 {folhear de páginas} {ruídos} {dirige-se ao juiz} Muito obrigada, sotor!
J
16.29
{dirige-se a DA2} Doutora
DA2
16.30
Só uma questãozinha. {ruídos} (.) Bom dia, doutora NOME7! Só aqui uma questão! (.) Quando ouve os arguidos ou constitui ou > ou:: > (.) os arguidos > ptanto, eh:: faz a notificação (( )) os trinta dias
T1
16.43
0 | hum-hum | 0
DA2
16.44
eh:: Não «poderia», eventualmente, «consultar» a conta-corrente pa verificar, efetivamente, qual o período que está em dívida?
T1
16.52
Não! O período que está em dívida foi-me participado aquando a notícia-crime e, (.) salvo outra informação 0divergente, (( )) / 0
DA2
16.58
0MAS NÃO HÁ comunicação de serviços?
T1
17.00
A menos que eu pergunte, não!
DA2
17.02
Mas poderia ter perguntado? =
T1
17.03
= Não fazia mais nada se, cada vez que constituísse um fulano arguido, (( )) : Olhe! E este? Continua? E (( )) ?. Não! Isso é impensável no meu trabalho! A notícia-crime veio, eu notifico as pessoas, elas 0vêm / 0
DA2
17.11
0Mas em > em / 0
T1
17.12
0 \ pouco tempo depois da notícia-crime chegar às minhas mãos. Portanto, estamos a falar de, no máximo dos máximos, dois meses, salvo honradíssimas exceções / 0
DA2
17.19
0 | Sim | 0
T1
17.19
0 \ a probabilidade d’ alguém, em dois meses, sic nãosic sic pagar o que não pagou em não sei quantos anos, convenhamos qu’ é um bocadinho diminuta.
DA2
17.23
Mas seria eventualmente benéfico pos arguidos?
T1
17.26
Seria, mas é humanamente impossível ter esse tipo de controlo!
DA2
17.29
Pronto! (( )) É > É só, sotor!
DA3
17.30
Sotor, só queria > 0mais uma questão
J
17.31
0«Sim», sotora! {alguém tosse} .
DA3
17.33
É que já não tem nada a ver co isto. Tem a ver c’ o pedido de indemnização «civil».
T1
17.36
Ó diabo! Isso 0 (( )) ) {riso}
DA3
17.37
0 eh:: {riso} NÃO, NÃO, NÃO! Não a ver com as quotizações em dívida! =
T1
17.40
= Ok! Muito bem!
DA3
17.41
sic Prontossic sic ! Então, como explicou aqui ao tribunal, eh:: o:: > a «conta-corrente» > o núcleo de contribuições eh:: «remete-lhe» > ptanto, faz ~print~ > eh:: imprime eh:: im > eh:: faz as notificações cento e cinco pas cartas registadas, ?
T1
17.57
Sim. Com aviso de receção. =
DA3
17.58
= Com aviso de receção. 0E, POR UMA QUESTÃO DE CAUTELA, poderão ser assinados / 0
T1
17.59
0 (( )) / 0
DA3
18.02
0 \ plo próprio ou não. Então, depois, repete 0a notificação cento e cinco, por uma questão de PERFEIÇÃO > perfeição (( )) / 0
T1
18.03
0Sim! Por definição, sim. Da notificação.
DA3
18.07
0 \ processual, como aqui explicou:: / 0
T1
18.08
Exatamente!
DA3
18.09
0 \ portanto, ao impri > ao analisar-se a conta-corren::te, ao fazer-se esses ~prints~, gasta-se tinteiro e papel. Certo?
T1
18.15
Sim!
DA3
18.16
eh:: > eh:: E co’ as notificações também? Com as cartas registadas?
T1
18.20
Necessariamente! 0Claro!
DA3
18.21
0Necessariamente. eh:: sic Prontossic sic ! Era só > eh:: > eh:: E, portanto, estas > est > digamos, este pré-inquérito como lhe chamou, entre aspas2 / 0
T1
18.30
00 | Sim | 0
DA3
18.30
0 \ eh:: não foi por ordem de nenhum juiz nem de nenhum procurador 0 (( )) são despesas administrativas anteriores:: / 0
T1
18.34
0 (( )) (.) Do Estado! E que 0hão de ser bastante pesadas!
DA3
18.37
00 \ administrativas an > anteriores até à notícia-crime. 0Certo?
T1
18.40
0Sim, sim! Exatamente!
DA3
18.41
sic Prontossic sic ! {dirige-se ao juiz} Não queria ma > E:: > Não queria mais nada! {ruídos}
J
18.45
Muito bem! Terminou o seu depoimento. Se quiser, pode sentar-se lá atrás ou, então, ir embora à sua vida! 0Conforme (( )) / 0
T1
18.48
0Ok! Muito obrigada! Bom dia! Bom trabalho3!
J
18.50
0Bom dia! 0Até uma próxima!
DA3
18.50
0Bom dia, sotora! {dirige-se ao juiz} 0Vamos à outra testemunha, não é? Ela nem está!
?
18.51
0Prescindo!
DA1
18.54
Podemos chamar a outra.
DA3
18.55
0A ou > Ah! É só as abonatórias. {ruídos}
J
18.55
0Calma!

Parte 8
X
00.00
(...) 0.9 {folhear de páginas} {ruídos}
J
00.09
Ora, muito bom dia! (.) {ruídos} Importa-se de me dizer o seu nome completo, se faz favor?
T2
00.12
NOME APE > NOME APELIDO8.
X
00.18
(..)
J
00.21
O seu estado civil::?
T2
00.22
Divorciado.
J
00.24
E a sua profissão?
T2
00.25
Engenheiro de produção.
J
00.28
E a «sua» «morada»?
T2
00.31
A minha morada é 0RU / 0
J
00.32
0Completa.
T2
00.33
RUA1, NÚMERO1, ANDAR1.
J
00.37
Sim? (.) Isso é?
T2
00.39
Diga?
J
00.40
Ond’ é qu’ é essa rua?
T2
00.41
RUA1! eh:: CÓDIGO POSTAL1, 0CONCELHO2.
J
00.46
0Isso é município
T2
00.48
25.
J
00.48
0 eh:: «2». (.) Conhece a aqui arguida NOME APELIDO1? =
T2
00.55
= Sim!
J
00.56
Conhece porquê? (.) 0Porqu’ é que conhece?
T2
00.59
0Conheço porque tenho uma > uma relação com ela.
J
01.03
Relação de
T2
01.05
eh:: > eh:: Somos um > um casal, não é?
J
01.08
AH! (.) O senhor é companheiro > 0vive como se de marido e mulher PORQUE RELAÇÕES HÁ MUITAS!
T2
01.10
0SIM, SIM! (( )) Exatamente! 0 (( )) / 0
J
01.13
0Desde amizade 0até o > o m > à mera vizinhança!
T2
01.14
0Ok! sic Prontossic sic ! eh:: (( )) Não! Mas eh::
X
01.18
(..) {anotações do juiz}
J
01.21
eh:: Vive com a senhora dona NOME APE > 0 eh:: NOME APELIDO1 / 0
T2
01.24
0Sim, sim!
J
01.25
0 \ como se de marido e mulher se tratassem, é isso? 0Pronto!
T2
01.27
0Sim!
X
01.28
(...) 0.7 {ruídos}
J
01.35
Por esse facto, o sor só presta o seu depoimento se «quiser»! Ou seja, regra geral, as testemunhas estão obrigadas a prestar depoimento, o sor, por «facto» (.) dessa «relação» eh:: (.) que tem com aqui arguida, só presta o seu depoimento se for um ato da sua «vontade». Quer prestar depoimento Não quer
T2
01.53
Sim, sim!
J
01.53
Prestando depoimento está obrigado ao dever de verdade, incorre numa responsabilidade criminal «se» faltar a esse dever. Por isso lhe pergunto se jura, por sua honra, dizer toda a verdade e só a verdade?
T2
02.01
Juro! =
J
02.02
= Pode sentar-se, responder às perguntas do doutor NOME APELIDO9. Faça favor, (( )) !
DA1
02.05
NOME10, sotor! O NOME 0APELIDO9 (( ))
J
02.07
0Ah! É o nome qu’ eu tenho aqui na:: > na capa do processo5.
DA1
02.10
0Tem mal, sotor.
J
02.11
O sotor > Qual é o seu nome?
DA1
02.12
NOME APELIDO10.
J
02.14
Obrigado, sotor! (.) Faça favor!
DA1
02.17
Senhor engenheiro! eh:: > eh:: Ptanto, já disse que conhece a:: > a engenheira NOME eh:: APELIDO1, que vive como um > como um cônjuge, não é? Como marido e mulher, não é?
T2
02.27
Exato! =
DA1
02.27
= Têm uma filha?
T2
02.28
Sim! 0A NOME11!
DA1
02.29
0Em conjunto, não é? (.) eh:: (..) {ruídos} O > O > O > Esse relacionamento eh:: iniciou-se quando?
T2
02.38
Ora bem! Eu conheci a 1:: em do > em dois mil e doze > no início de dois mil e doze. {ruídos} (( )) sic Prontossic sic ! 0E a partir daí / 0
DA1
02.45
0A partir daí (( )) / 0
T2
02.47
0 \ ou seja, a partir daí começámos a ter um:: > uma relação de:: > d’ afetividade que, depois, acabou por se > por::
DA1
02.54
A engenheira eh:: > a partir > ptanto > que > passou a viver consigo, não é? Ela > Ela > Neste momento, ela:: eh:: trabalha? Está a trabalhar Está dese / 0
T2
03.02
Não! A 1:: tem procurado:: muito:: emprego, mas num:: > sic Prontossic sic ! Na área dela não é assim muito fácil / 0
DA1
03.10
Ptanto, é > é dos seus rendimentos que > que fazem 0face à > às despesas / 0
T2
03.12
0Exatamente! Sim!
DA1
03.13
00 \ do > do > do vosso agregado, é isso?
T2
03.13
0Sim! Sim! Sim! Sim, sim, sim, sim!
DA1
03.16
eh:: A NOME1 tem bens pessoais? eh:: Ou os > Ou:: > Sabe O qu’ é qu’ aconteceu aos bens pessoais qu’ ela tinha?
T2
03.22
eh:: > eh:: Eu quando conheci a NOME1, ela:: já tinha alguns problemas com:: > com empresas eh:: do passado dela, não é? Da > Anteriores! eh:: Portanto, e o qu’ eu sei > o > o qu’ eu acompanhei é que, entretanto, isso > foi acabando por perder tudo com:: (( )) > e eu tamém não tou muito bem por dentro destas / 0
DA1
03.40
Mas perdeu 0os bens todos que tinha?
T2
03.40
00 \ destas questões, MAS EU, PELO QU’ EU SEI, ELA NÃO TEM QUALQUER BENSSIC NA NA POSSE DELA.
DA1
03.43
0 (( ))
T2
03.45
eh:: Ptanto, nós vivemos eh:: (.) do t > do trabalho do > do > do > do meu > do meu > do meu rendimento, não é? eh:: E, portanto, com algum apoio tamém da:: > da minha mãe eh:: e > e 0atualmente (( )) / 0
DA1
03.59
Olhe! eh:: Ela é uma pessoa respeitada lá em RUA1, CONCELHO2? =
T2
04.02
= Sim!
DA1
04.03
eh:: é uma pessoa considerada
T2
04.04
Sim. eh:: sic Prontossic sic ! 0 eh:: / 0
DA1
04.06
0 bem inserida socialmente 0 (( ))
T2
04.07
0Exatamente! (( )) É assim, eu tamém eh:: tenho o:: > tenho um:: > um cargo que desempenho na minha freguesia, portanto, de > de responsabilidade eh:: e > e, como tal, tamém eh:: > sic Prontossic sic ! Ela faz parte da:: > da nossa vida eh:: > Ptanto, pa > pa > participamos eh:: ATIVAMENTE NA COMUNIDADE e > e > Portanto, eh:: a NOME1 é:: > é minha companheira e é > é mãe da minha filha e estamos a:: > a viver > sic Prontossic sic ! Estamos no > a > a passar ALGUNS MOMENTOS porqu’ estas situações tamém não:: > são desagradáveis e > e > e > eh:: > eh:: e eu tenho a noção que tamém > a dificuldade dela eh:: de encontrar EMPREGO e não sei quê tamém a 0TRANSTORNA TRANSTORNA e > sic Prontossic sic !
DA1
04.47
0Mexe com ela! Mexe com ela! (.) Mas é uma pessoa que > que é ativa, que busca, na vida, de > 0tentar passar por este sobressalto, não é?
T2
04.52
0Sim, sim, sim, sim, sim, sim, sim!
DA1
04.54
{dirige-se ao juiz} Não desejava mai nada, sotor!
J
04.57
{dirige-se a DA2} Sotora (.) {dirige-se A DA3} (( )) 0Sotora
DA3
04.59
0Não quero mais nada!
J
05.00
Sora procuradora 0adjunta
MP
05.01
0 (( ))
J
05.02
Muito bem! Terminou o seu depoimento. Se quiser, pode sentar-se lá atrás ou, então, ir embora à sua vida. Conforme queira! Muito bom 0dia!
T2
05.06
0Obrigado!

Parte 9
J
00.00
Perdão?
DA1
00.01
{riso} (( )) eu preciso da minha boleia!
J
00.07
Não percebi! =
DA2
00.08
= Precisa da boleia 0pa ir pa CONCELHO2!
DA1
00.09
0Preciso da minha boleia 0 (( ))
J
00.09
0Ah!
DA1
00.11
Aquilo foi um aparte, sotor!
X
00.13
(..) {ruídos}
?
00.18
A sotora prescinde da > da 0 (( )) / 0
DA2
00.19
0 (( )) sim, sim! (( ))
X
00.21
(...) 0.8 {passos} {ruídos}
T3
00.29
Sim, sim!
J
00.30
Ora, muito bom dia!
T3
00.31
Bom 0dia!
J
00.31
0A senhora importa-se de me dizer o seu nome completo, se faz favor?
T3
00.34
NOME APELIDO12.
J
00.37
O seu estado civil::?
T3
00.38
Casada.
J
00.39
E a sua profissão::?
T3
00.41
eh:: Contabilista!
J
00.43
E onde mora?
T3
00.45
URBANIZAÇÃO / 0
J
00.47
0 | Sim | 0
T3
00.48
0 \ RUA3 / 0 {ruídos}
J
00.52
00 | Sim, sim | 0
T3
00.52
00 \ ANDAR3, NÚMERO3.
J
00.55
Isso é?
T3
00.58
CONCELHO4! CÓDIGO POSTAL2, CONCELHO4.
J
01.01
Conhece o aqui arguido? O senhor NOME 45? {alguém tosse}
T3
01.04
0Sim, sim! =
J
01.05
= Conhece porquê::?
T3
01.06
Fui TOC eh:: da > da EMPRESA.
X
01.09
(...) 0.9 {anotações do juiz}
J
01.18
Tem alguma relação especial d’ amizade com > com:: (.) 0o senhor engenheiro?
T3
01.21
0Sim, eu conheço-o há alguns anos! Sim, sim! À parte sic dissosic sic , já!
J
01.25
Acha qu’ isso, d’ algum modo, a pode impedir de dizer a verdade? {ruídos}
T3
01.29
Não! =
J
01.29
= Sabe que a isso, aliás, está obrigada, 0qu’ incorre em responsabilidade criminal se faltar a esse dever
T3
01.31
0Claro! Sim! Claro que sim!
J
01.34
Por isso lhe pergunto se jura, por sua honra, dizer toda a verdade e só a verdade?
T3
01.37
Sim, 0sim!
J
01.37
0Pode sentar-se, então, responder às perguntas da doutora NOME APELIDO13! Faça favor, sotora! {ruídos}
DA2
01.43
Então, bom dia, doutora 122!
T3
01.44
0Bom dia!
DA2
01.45
Aqui não > não está eh:: co > como TOC, mas, eh:: face à relação d’ amizade que tem com o engenheiro NOME4, eh:: sic tem-osic sic como uma pessoa trabalhadora, lutadora?
T3
01.56
Sim, sem dúvida!
DA2
01.57
Sem 0dúvida?
T3
01.57
0Nenhuma!
DA2
01.58
Como? Porquê? Porqu’ é que nos diz isso sem dúvida?
T3
02.00
(( )) do pouco que conheço e do percurso que’ eu acompanho ao longo d’ alguns anos, eh:: ainda por cima a nível profissional, vejo qu’ é um lutador! Quer dizer, nunca teve tempo pra nada, tá sempre a (.) > a mil e:: > e muitos à hora!
DA2
02.12
Sabe s’ ele está a trabalhar neste momento?
T3
02.15
S’ ele está a trabalhar? Sim, penso que sim! Sim!
DA2
02.17
Pronto! E > E diga-me uma coisa! Ele vive «desafogadamente», com algum tipo de rendimento?
T3
02.24
Não posso precisar! (( )) a minha > a minha ideia é que não! (( )) Penso que não! Penso que não!
DA2
02.30
eh:: E sabe que:: > qu’ ele foi pai há pouco tempo?
T3
02.34
Que foi? =
DA2
02.34
= PAI!
T3
02.35
Ah! Não sabia! =
DA2
02.36
= Não? =
T3
02.36
= Ah! Não (( )) ) {riso}
DA2
02.37
(( )) três semanas {risos}
T3
02.39
É complicado! {alguém tosse}
DA2
02.40
Pronto! Mas sic tem-osic sic como boa pessoa Trabalhadora8 E:: / 0
T3
02.41
0Sim! Sem dúvida! 0 (( )) / 0
DA2
02.43
00 \ sabe s’ ele tem algum património pessoal?
T3
02.46
Não sei!
DA2
02.47
Não sabe. (( )) Ó sotor, é só!
J
02.49
{dirige-se a DA3} Sotora
DA3
02.50
Nada.
J
02.51
Sora procuradora adjunta
MP
02.51
(( ))
J
02.52
Muito bem! Terminou o seu depoimento. Se quiser, pode sentar-se lá atrás ou, então, ir embora à sua vida. Conforme queira! =
T3
02.56
= Obrigada6!
J
02.56
0Muito bom dia! {ruídos}

Parte 10
J
00.00
Queremos continuar isto. Vamos ver aqui numa data «próxima» possível. Isto também é 0rápido!
DA3
00.05
0 (( ))
J
00.08
Perdão?
DA3
00.09
Fazer as alegações. {riso} (.) É só se faço a jun0ção:: (( ))
J
00.11
0Ó sotora! Então / 0
?
00.12
doutor //

Parte 11
J
00.00
{dita para ata} Tendo em conta (.) a questão (.) «suscitada» (.) na douta contestação (..) da coarguida (..) (( )) (...) 0.14 {alguém tosse} {ruídos} NOME APELIDO1, (...) 0.8 {conversas paralelas} {ruídos} vírgula, (.) quanto (.) à «continuação» «criminosa» (...) 0.7 abrangendo, vírgula, outrossim, vírgula, (.) os factos (..) já objeto de «decisão» transitada em julgado, (...) 0.11 {ruídos} vírgula, proferida (..) nos autos com o número (.) NÚMERO DE PROCESSO1, (..) vírgula, afigura-se (.) «indispensável» (..) para (..) a boa decisão da causa (...) 0.8 juntar aos presentes autos, (..) dois pontos, (..) alínea a), (.) certidão extraída daqueloutros > (.) {conversas paralelas} certidão extraída daqueloutros, (.) contendo (..) {conversas paralelas} {folhear de páginas} cópia (.) da sentença (...) 0.12 {conversas paralelas} com nota de trânsito em julgado (..) > {dirige-se ao OJ} Perdão! Ponha no plural! Cópias > Cópias da sentença com nota de trânsito em julgado, vírgula, (...) 0.9 dos autos (...) 0.12 d’ interrogatório (..) de arguidos (...) 0.7 e demais «expediente» (.) {folhear de páginas} atinente à sua constituição como tal:: (...) 0.18 dos (..) aqui coarguidos (.) > no outro processo > no outro processo há mais arguidos que não estes > (..) vírgula, {conversas paralelas} bem como (.) do «expediente» (.) «respeitante» (..) à «notificação» dos mesmos (...) 0.14 {folhear de páginas} {conversas paralelas} para pagamento, {ruídos} (...) 0.11 nos termos do artigo cento e cinco, número quatro, alínea b), (..) do Código (..) {folhear de páginas} de Processo Penal, (..) vírgula, (.) o que, (.) vírgula, ao abrigo do disposto (.) no artigo trezentos e quarenta, números um e dois, (.) do Código de Processo Penal se determina. (..) Parágrafo. (..) Consequentemente, vírgula, determino (.) a «suspensão» (.) da presente audiência de julgamento, vírgula, determinando (..) {alguém tosse} > determina-se > eh:: «Designando», perdão! Designando, vírgula, para sua continuação, o dia (..) > Sotores, eu creio qu’ a secção:: {folhear de páginas} «rapidamente» consegue a certidão:: até sexta-feira!
DA2
05.53
Sexta, às duas, não 0posso!
J
05.54
0Se pudesse ser
DA1
05.55
Sotor, temos 0o dia sete que era a segunda data!
DA2
05.55
0 (( )) / 0
J
05.57
N > Não temos, sotor! Têm os sotores. Eu não tenho! {risos}
DA1
06.01
0Ah! {riso}
J
06.01
0Eu aqui te0nho:: / 0
DA3
06.02
0Essas datas sagradas é só no primeiro ju > 0 (( )) no juízo um!
J
06.03
0Não, não! 0Todos nós / 0
DA3
06.05
0No juízo um!
J
06.06
0 \ Todos nós temos maneiras de trabalhar diferentes! 0Eu > As minhas > As minhas segundas datas são um:: > um pressuposto meramente formal / 0
DA3
06.08
0Juízo um! De resto 0 (( )) / 0
J
06.11
00 \ Eu, nas segundas datas, tenho primeiro das datas doutros julgamentos e tenho aqui :: / 0
DA3
06.15
(( )) ) guardar 0as segundas datas (( )) / 0
J
06.16
0Mas, que dizer, este > este:: / 0
DA3
06.17
0 \ ficavam sem 0 (( )) / 0
DA1
06.17
0Ó sotor! Eu estava:: a 0dizer / 0
J
06.19
0Mas espere! eh:: Po > Pode ser que dê! (..) {alguém tosse} Pode ser que dê a segunda data! 0O qu’ é qu’ eu / 0
DA3
06.25
0E vai passar pa quando?
DA1
06.26
0Sete.
DA2
06.26
0Dia sete.
J
06.26
00 \ O qu’ é qu’ eu > Dia sete. (.) Eu tenho > Aqui, na segunda data, tenho um abreviado às nove e trinta, (.) {alguém tosse} depois tenho um cúmulo num sumaríssimo às onze (.) e tenho aqui uma continuação às onze, também, dum processo que eu não me lembro o qu’ é que trata, mas tenho aqui a nota que falta um «documento».
MP
06.46
Eu tenho outro, doutor. Um 0NÚMERO DE PROCE / 0
J
06.50
0 {alguém tosse} Perdão?
MP
06.51
Eu tenho quatro!
J
06.53
«Quatro»?
MP
06.54
0 (( )) / 0
J
06.54
0Não! Deve ter uma segunda data de > d’ alguma coisa. (.) 0Não!
MP
06.58
0 (( )) não anoto segundas datas. Ou, se 0calhar, é 0 (( )) / 0
J
07.00
0Pois! Então não sei! (.) 0Eu só tenho NÚM / 0
MP
07.02
0NÚMERO 0DE PROCE / 0
J
07.03
0Sim, é esse! É esse tal abreviado! NÚMERO DE PROCE / 0
MP
07.08
E o NÚMERO DE PROCESSO3? =
J
07.09
= O NÚMERO DE PROCESSO3 tenho aqui «riscado». Aconteceu quaquer coisa! =
MP
07.12
= Ou então não foi notificado.
J
07.14
Não faço ideia, mas riscado!
MP
07.16
Pronto! Então é isso!
DA3
07.18
Mas não 0poderão dia sete?
J
07.18
0E depois tenho a segunda data > eh:: No dia sete pode ser, pra mim!
DA3
07.21
Ele não pode 0de manhã?
J
07.21
0É! Se encaixarmos aqui isso! Nove e meia > (.) 0Às dez e / 0
DA3
07.25
0 (( )) sexta-feira? Os colegas (( )) sexta-feira de manhã > O sotor não disse que poderia?
J
07.29
Podia! Mas o sotor disse que não podia!
DA3
07.30
{dirige-se a DA1} Não pode? 0 (( )) / 0
DA1
07.31
0 (( )) eu não disse que não podia. Sexta-feira é:: > é dia três, não é?
DA3
07.34
Dia três!
DA1
07.35
(( )) Não, sotor! Por acaso, não posso mesmo!
J
07.39
Perdão?
DA3
07.40
Não 0pode!
DA1
07.41
0Não posso mesmo! =
J
07.41
= Pois! Eu tinha ideia {conversas paralelas} do sotor ter dito que não:: > que não:: > que não podia!
DA1
07.45
Ó sotor! E > E é > é assim, 0nós / 0
J
07.47
0Dia sete podia > Dia sete pode ser, sotor!
DA1
07.49
Dia sete pode! Ó sotor, seria possível > ou o so > ou o Tribunal entenderia > A > A > A doutora NOME APELIDO14 que > que > que foi ouvida > ou melhor, que foi indicada primeiramente / 0
J
08.00
Ó sotor, só ao abrigo do (( )) e quarenta! Mas eu não creio que > que seja indispensável, porqu’ aquilo qu’ a testemunha disse com:: > para prova > a prova toda > eh:: Ó sotor! Neste 0momento, eu confesso uma coisa / 0
DA1
08.08
0 (( )) / 0
J
08.10
0 \ é uma questão de Direito / 0
DA1
08.11
Certo!
J
08.12
0 \ tendo em conta o que resultará daqui! (.) E > E > E o cerne 0da questão, com toda > com toda a franqueza / 0
DA3
08.17
0Ó doutor, mas eu explico! 0 (( )) / 0
J
08.20
00 \ o cerne da questão é: qual é a relevância (.) da > daquele facto da constituição como arguido, 0como:: > da > notificação pa pagamento e de tudo isso!
DA1
08.27
0Exatamente! Da notificação!
J
08.29
Com toda > Com toda 0a (( )) / 0
DA1
08.30
0E do trânsito em julgado dessa sentença6.
J
08.31
00 \ COM TODA A TRANSPARÊNCIA eh:: / 0
DA3
08.33
0Ó doutor! A testemunha > A teste / 0
DA1
08.33
Sim! Ó sotor 0 (( )) / 0
J
08.34
0 aqui! A questão aqui, sotor! 0A > A > A resposta pa essa questão aqui!
DA3
08.36
0Pronto! A dona NOME14 verificou qu’ a empresa tinha dívida, calculou o débito, tudo ficou 0 (( )) / 0
J
08.42
0Eu > Com franqueza, neste momento, 0eu não sei responder! {riso}
DA3
08.43
0MANDOU PO DIRETOR ASSINAR A CERTID A A (( )) / 0
DA2
08.45
0Sim, mas aqui a questão é 0 (( )) / 0
DA3
08.47
0AGORA A DONA 14 IA NÃO IA DOUTORA!
J
08.50
0Bom! Sotores, dia sete pode ser?
DA1
08.52
0Pode, sotor! Nove e meia? A mema hora (( )) / 0
DA2
08.52
0Mas aqui é que 0 (( )) / 0
J
08.54
0Pra todo > Não! Nove e meia 0não dá!
DA3
08.56
0A DOUTORA 7 NÃO TEM CONHECIMENTO PORQUE NÃO TEM ACESSO À CONTA-CORRENTE!
DA2
08.57
0Ah!
J
08.58
Sotores!
DA3
08.59
NÃO TEM 0 (( )) / 0
DA1
08.59
0A sotora pode dia sete? {dirige-se a DA3}
J
09.01
0Sete!
DA3
09.01
0SETE, SIM!
J
09.02
0Todos podem, é?
DA1
09.02
0Qu’ era a segunda data.
DA2
09.03
0Sim! 0 (( )) / 0
J
09.04
0ÀS:: > Ora, nove e meia tenho o tal abreviado::. Dez e trinta?
DA3
09.09
bom!
J
09.10
Pode ser?
DA1
09.11
Pode, sotor! Dez e trinta.
X
09.13
(..)
J
09.17
«Singular» > Ora, NÚMERO DE PROCESSO2 (.) (( )) {conversas paralelas} > eh:: {dita para ata} (( )) designando para a sua continuação o dia sete de «fevereiro» de dois mil e dezasseis, às dez horas e trinta minutos {conversas paralelas} . (..) {ruídos} {dirige-se ao auditório} Vamos, então:: > Quanto aos arguidos vamos susci > solicitar esta certidão a este processo. Já aqui está! Será uma coisa, em princípio, «rápida» (.) e, portanto, (.) dia sete de «fevereiro», às dez e trinta, continuamos o julgamento. Os senhores ficam desde já notificados! Terão de comparecer! (.) {conversas paralelas} Fica, então, suspensa a audiência. Muito bom dia a todos!