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coraudis_12

Instituição Tribunal da Comarca de Coimbra
Ano 201?
Tipo de crime ?
Data ?

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Edição





ID enunciado

Parte 1
J
00.00
0Não! Eu ando sempe com / 0
OJ
00.00
0 (( )) / 0
J
00.03
0Qual é?
OJ
00.03
0 (( )) cursos técnicos. Daqueles cursos técnicos.
J
00.05
Do quê? Do:: / 0
MP
00.05
Da ESCOLA PROFISSIONAL 0 (( )) / 0
J
00.06
0ESCOLA PROFISSIONAL?
?
00.08
ESCOLA PROFISSIONAL.
J
00.10
ESCOLA PROFISSIONAL, ? sic Proissic sic ! É que, normalmente, vêm eh:: > nós temos sempre dois. Temos as ESCOLA PROFISSIONAL e, depois, temos tamém sic osic sic cursos de Direito qu’ às vezes vêm cá. (.) E só quero dizer que podiam aqui ser (.) alunos do Direito, ? E:: que, por isso, Então vamos > eh:: pros senhores tamém compreenderem, nós vamos fazer um julgamento de:: > de incêndio florestal, (.) onde se coloca aqui a questão s’ a pessoa é ou não é > eh:: tem capacidade para > para se auto::determinar pa discernir o qu’ é:: > o que é licito e o qu’ é ilícito. (.) É nesse sentido que nós estávamos aqui a conversar co’ a:: ilustre mandatária do > do arguido. (.) Ora, vamos! Senhor NOME APELIDO1! Faça favor de se levantar! (..) {ruídos} Sotores! Exposições (( )) ? Prescindem, 0não prescindem?
MP
00.49
0Sim.
DA
00.50
Sim, sim. Prescindo.
J
00.51
Então, vamos começar o julgamento. (.) {ruídos} (( )) (..) {ruídos} Ora, senhor NOME1! (.) O sor diri > diz-me o seu nome?
A
01.03
NOME APELIDO1.
J
01.06
Quero adverti-lo que estas perguntas qu’ eu lhe fizer sobe a sua identificação pessoal > estas > têm a > tem a obrigação de falar e c > e falar com verdade! Depois é os factos, que fala na medida em que quiser falar e o tribunal não o pode obrigar a falar. Aqui é que tem de falar e com verdade. Compreendeu senhor:: NOME1?
A
01.20
Sim, sim.
J
01.22
O seu nome completo já disse. eh:: Estado civil?
A
01.25
Solteiro.
J
01.26
Profissão?
A
01.28
eh:: Cultura biológica.
J
01.30
Sim, agricultor. Não é?
A
01.31
Sim! =
J
01.31
= aqui agricultor! (.) O nome do seu pai e de sua mãe?
A
01.36
eh:: A minha mãe, NOME APELIDO2.
J
01.40
E o seu pai?
A
01.41
NOME3.
J
01.42
NOME APELIDO3, 0?
A
01.43
0Sim!
J
01.45
O senhor está:: eh:: atualmente detido, em prisão preventiva, no estabelecimento prisional d’ LOCALIDADE1, não é?
A
01.50
Sim!
J
01.52
Antes, residia no BECO, NÚMERO, LOCALIDADE2. Não é isso? =
A
01.56
= Sim!
J
01.58
Sor NOME1, sabe porqu’ é que está cá hoje a ser julgado?
A
02.01
sic Prosic sic sic casosic sic do problema qu’ eu tive dum incêndio. {riso}
J
02.03
Do incêndio do isqueiro?
A
02.05
0Sim.
J
02.05
0Não preciso de ler a acusação, poi não? (.) O sor tem conhecimento dos factos ou não?
A
02.08
Sim, sim!
J
02.09
Quer qu’ eu sic lesic sic leia ou:: > ou não preciso?
A
02.11
Não é preciso!
J
02.12
Não é preciso? (..) {ruídos} sic Prontossic sic ! O senhor vem aqui ac / 0

Parte 2
J
00.00
0 \ de incêndio agravado, (.) em síntese, (.) por ter, {folhear de páginas} no > no dia v > doze d’ agosto de dois mil e dezasseis, ateado um fogo, com um isqueiro MARCA, (.) lá numa zona de eucaliptal e pinhal (.) e, pois, até saiu > foi o senhor > e até pois > até foi o senhor > diz aqui a acusação que foi senhor qu’ até avisou um indivíduo, qu’ ia a passar, que havia um incêndio (.) e que eh:: este incêndio eh:: foi um incêndio eh:: > eh:: com perigo de alastrar porque tava muito calor, tavam trinta e cinco graus de temperatura, a humidade rondava trinta por cento e:: > e:: essa:: > e > e > e essa situação levou logo a > a que as > e tamém havia vento, na altura > se direcionasse pras:: > (.) pas explorações agrícolas qu’ havia ali perto, designadamente do NOME APELIDO4 e do NOME APELIDO5. (.) O senhor sabia que estava a atear o fogo naquela zona e que isso, necessariamente, iria criar esse perigo pra essas > pra essas:: eh:: (.) {folhear de páginas} explorações agrícolas e po que > e pa > e para tamém > pra a > (.) a floresta que estava > que estava a circundar aquela zona (.) de eucaliptal > designadamente, euca > eucaliptal. (.) Isto foi, pois, apagado co’ a intervenção dos bombeiros, cerca de duas horas e catorze (.) depois, apoia > apoiado por ci > cam > camiões-cisternas e:: > e meios aéreos. Tamém houve aqui meios aéreos a trabalhar. (...) 0.8 {ruídos} Sor:: NOME1, quer falar sobre isto? (.) {folhear de páginas} Ist’ é verdade o que aqui?
A
01.35
É, sim!
J
01.36
Porqu’ é qu’ o sor fez isto? (..) Hum? Tava chateado Não tava chateado (.) Hum? {folhear de páginas}
A
01.45
Não!
J
01.47
Diga?
A
01.48
Não!
J
01.49
Tão, mas o senhor chegou naquele di > neste dia > eh:: O senhor mora lá perto, não mora? (.) 0Ou não?
A
01.53
0Um bocado.
J
01.54
Hum? =
A
01.54
= Um bocado.
J
01.56
Então, o senhor chegou :: > eh:: Que horas eram, mais ou menos, sabia? É > Diz-se aqui qu’ era pa > perto da hora do almoço. {alguém tosse} É verdade? =
A
02.01
= Foi, sim!
J
02.03
E o sor chegou lá c’ o isqueiro MARCA (.) e:: {folhear de páginas} ateou o fogo, (.) lá àquela zona! Mas aquilo:: > naquele dia tava calor! (.) O senhor sabia que > qu’ eu > ali até havia ex > explorações agrícolas. Mais longe, mas havia! E havia eucaliptal! (.) Se nada > ninguém fizesse nada, co’ aquele calor, co’ aquela humidade que era reduzida a trinta graus e com o vento que havia na > nesse > aquilo era capaz de > de se ter ali um problema Que f > Que foi um problema! Mas podia ser muito pior do que > do que foi! (.) O senhor não:: > (.) Gosta de ver o fogo? Qual é o > Qual era a:: > Qual era a sua intenção? (.) Era > Tinha sido a primeira > Foi a primeira vez qu’ o sor fez isto?
A
02.40
Foi, sim. =
J
02.41
= Então, porqu’ é que lhe deu na cabeça, naquele dia, Olha! Agora vou:: atear aqui um fogo!? Queria ir ver os > os bombeiros a irem lá apagar::? eh:: Nunca tinha incendiado alguma coisa e queria ver com’ é que era o incêndio a progredir? Co > eh:: Veja lá se > se explica ao tribunal o porqu’ é que fez aquilo! (.) Hum?
A
03.00
Não perguntas.
J
03.02
Passou-lhe > Passou-lhe pela cabeça? Mas o sor sabia que estava a fazer mal?
A
03.05
Sim.
J
03.07
E sabia qu’ aquilo podia ter, ali, problemas pas outras pessoas? Podia ter sido uma coisa grave! Podia (( )) > O sor sabia qu’ havia ali explorações agrícolas? Ou não sabia? (.) Ali do:: > do NOME APELIDO4 e do NOME5! Sabia?
A
03.17
Sim, sim.
J
03.19
E se ninguém tivesse feito nada > é o s > o fogo co’ aquele > co’ aquele vento e co’ aquele:: calor e co’ aquela humidade, era capaz de chegar lá sem problemas, não era?
A
03.28
0Sim.
J
03.28
0E o eucaliptal tamém ardia rapidamente! O eucaliptal é coisa pa arder bem! Havia lá eucaliptal, não havia? =
A
03.33
= Havia.
J
03.34
E o sor até pôs nessa zona, não foi? 0De eucaliptal e de pinhal?
A
03.36
0Sim.
J
03.37
{folhear de páginas} E, depois, o senhor até f > foi-se embora de bicicleta?
A
03.41
Sim, sim.
J
03.42
E, a dada altura, (.) eh:: (.) o senhor ainda ficou lá um bocadinho pa ver s’ aquilo:: não s’ apagava! E, depois, só quando aquilo tava já forte é que foi-se embora, ? O sor até ficou ali:: um bocadinho à espera Podia ter sido > Podia ser qu’ o fogo apagasse por si:: e o sor não queria isso! Ficou lá um bocadinho! Só quando o fogo já estava robusto, é qu’ o senhor foi-se embora, é isso? (.) É?
A
04.02
Sim!
J
04.03
E quando o senhor até ia:: > eh:: > eh:: de regresso, até:: se cruzou com uma pessoa e que lhe disse: Olhe! :: > a haver ali um incêndio!. Foi o senhor que disse a essa pessoa, não foi?
A
04.11
Sim.
J
04.14
E depois foi pra casa? (..) E foi essa pessoa que, diz-se aqui > que foi alertar os bombeiros qu’ havia o incêndio. Ou seja, o senhor até alertou essa pessoa, dizendo: Olha! Há > Há ali um incêndio!. Depois, foi pra casa à von > (.) calmamente e foi essa pessoa qu’ alertou os bombeiros. (..) {folhear de páginas} E, pois, o senhor nem nunca mais apareceu lá perto? (.) Nem sabe o qu’ é qu’ aconteceu e não aconteceu depois? Depois, aí, já não quis saber, ? (..) Sim «senhora»! (...) 0.7 {folhear de páginas} Ó sotores! Eu:: > O tribunal entende qu’ aqui há > há confissão integral e sem reserva dos factos, RESSALVANDO, necessariamente > porqu’ isso tem que ser ressalvado, não é? > a avaliação, à posteriori, que se possa fazer da sua capacidade ou:: > ou incapacidade de > de > de:: / 0
MP?
05.02
Claro!
J
05.03
0 \ discernir o > o ilícito, 0?
DA
05.04
0Exatamente!
J
05.05
eh:: Eu ponho esta sa > essa salvaguarda porqu’ hoje ainda não sabemos. 0Se ele tiver essa capacidade / 0
DA
05.07
0Claro!
J
05.08
0 \ é confissão integral e sem reservas / 0
DA
05.10
Claro!
J
05.10
0 \ se não tiver, eh:: esta in > esta:: > esta confissão é:: dos o > dos factos objetivos, 0não é?
DA
05.15
0Exatamente!
J
05.16
0Se bem que o senhor percebe o qu’ é que estava a fazer. Tava a fazer mal! Mas isso (.) {conversas paralelas} já é uma avaliação (.) que:: > que nos transcende. {pigarreio} S > procuradora, (.) alguma questão? =
MP
05.25
= É só a questão do > do:: > (.) do:: > do sic esqueirosic sic ! 0 (( )) / 0
J
05.29
0Tá! Faça favor, sotora! 0Diretamente!
MP
05.30
00 \ com o:: > Foi c’ um sic esqueirosic sic 0não foi?
A
05.32
0Sim, sim! =
MP
05.32
= E o qu’ é que fez, depois, ao sic esqueirosic sic ?
A
05.35
Joguei-o fora!
MP
05.36
Na > Na zo > No:: > Na zona onde ateou? {ruídos} 0Na própria zona / 0
A
05.39
0Sim.
MP
05.40
0 \ onde ateou, dei > deitou pra lá o sic esqueirosic sic ?
A
05.42
Sim, sim.
MP
05.43
É? (.) Olhe! O senhor tinha telemóvel consigo?
A
05.46
Não.
MP
05.47
Não. Na altura, não tinha. =
A
05.48
= Tava em:: casa. (.) O > Os dois até! Desligados. (.) Que tinha acabado bateria de manhã e > e:: deixei-os a > pa carregar e > e até esqueci-me e > e > dizer ao meu irmão pa pô-lo à carga.
MP
06.00
E o senhor percebeu, na altura, s’ o outro senhor, com quem se cruzou > se ele estava a telefonar:: a avisar do incêndio ou não se apercebeu disso? 0Não > Não sabe?
A
06.06
0Não percebi. 0Não, não!
MP
06.08
0Não s’ apercebeu, na altura. (..) E o sor conhecia bem aquela zona, não era?
A
06.13
Sim! (.) eh:: Eu passava lá dantes, (.) sempre de bicicleta, pra ir lá pa vacaria da minha > quinta da minha prima.
MP
06.23
Olhe! E o senhor escolheu aquele sítio por algum motivo em particular:: Onde foi atear fogo::
A
06.29
Não, não!
MP
06.30
Não? (..) {ruídos} (( )) (.) Mas sabia o qu’ é que havia ali à volta, não é?
A
06.37
Sim. =
MP
06.37
= As vacari::as, as ca::sas (..) Não quero mai nada, sotor!
J
06.44
{dirige-se a DA} Sotora, alguma questão?
DA
06.45
Pra já, nada, sotor! =
J
06.46
= Nada? (.) É! {dirige-se ao OJ} Nós tamém não temos o relatório, ? Os relatórios > O relatório social? =
OJ
06.50
= Sim, sim!
J
06.50
> 0apareceu?
MP
06.51
0Já, já chegou3!
J
06.52
0Hoje? =
OJ
06.52
= Tá aqui! =
J
06.52
= Ah! É qu’ ele ontem ainda não tinha chegado!
OJ
06.53
0Não chegou.
MP
06.53
0Não chegou.
J
06.54
Ah! É qu’ eu ontem > eu tava a ver isto. Ó sotores, eu, se calhar, tendo em atenção a > a admissão do > do arguido, há aqui dois aspetos que:: > que, talvez, tamém rapidamente se > possamos fazer essa questão, porqu’ o arguido não tem, necessariamente, conhecimento disso. sic Umasic sic é os valores daquelas duas explorações {folhear de páginas} agrícolas do NOME4 e do NOME5 / 0
DA
07.11
0 | hum-hum | 0
J
07.12
0 \ porqu’ aqui diz, na acusação, que tem um valor:: (( )) e o arguido pode admitir qu’ assim seja, ma não sabe, não é? 0E, pois, se há alguém que:: / 0
MP
07.14
0 (( )) / 0
J
07.21
0 \ tenha conhecimentos de que > a forma de progressão daquele:: fogo > o qu’ é que poderia
MP
07.26
Se resolvermos isso com > com > com a > co’ a inquirição do NOME4 / 0
J
07.30
00 | Sim | 0
MP
07.30
00 \ não é preciso 0mai ninguém. Se não, ou > ou a seis a sete.
J
07.31
0 (( )) (.) E temos aqui o NOME5?
OJ
07.34
(( )) =
J
07.35
= Então, te > temos o NOME4 e o NOME5, ? (.) Então, vamos começar 0pelo NOME4.
OJ
07.39
0Temos o G > 0o GNR (( )) / 0
MP
07.39
0 (( ))
J
07.41
Quem é o GNR?
OJ
07.41
O GNR é o NOME6 0 (( )) / 0
J
07.43
0 (( )) / 0
MP
07.43
0 (( )) saber com’ é que correm estas 0 (( )) / 0
J
07.45
0 sic Atãosic sic , vamos ao NOME4, primeiro, e ao NOME5. Diga às pessoas que, primeiro, vamos ouvir o NOME4 e o:: NOME5 e, pois, pode até ser:: > serem sic necessáriosic sic > não serem mais necessários. (.) {ruídos} O NOME APELIDO7 é que, se calhar, não é necessário já, poi não? (.) 0 (( )) / 0
DA
07.57
0Não! (( )) cruzou com ele (( )) {ruídos} o arguido 0 (( )) / 0
J
07.59
0Já admitiu isso! Então, o > o NOME7 pode ir já embora!
MP
08.02
Eu prescindo desde já! Esse prescindo desde já! 0 (( )) / 0
J
08.04
0O NOME8? Quem é o NOME8?
MP
08.05
É > Tamém é proprietário!
J
08.07
É?
MP
08.08
Ali da zona! =
J
08.08
= Tão, vá! sic Atãosic sic , vamos ao NOME4!
OJ
08.11
(( )) à testemunha? 0 (( )) / 0
MP
08.13
0Ah! Essa também > também > Sim! 0Essa também:: eh:: prescindo!
J
08.14
0Sim! (.) Sim! (.) Pode prescindir 0já!
MP
08.17
0Porqu’ a senhora 0 (( )) !
J
08.18
0Sim! (.) Vamos começar c’ o NOME4 rapidamente e ele diz-nos! {ruídos}

Parte 3
J
00.00
(( )) muito:: boa tarde! O sor como se chama?
T1
00.03
eh:: Eu chamo-me NOME APELIDO4.
J
00.05
NOME 43, é isso?
T1
00.07
0APELIDO4. Exatamente!
J
00.08
Sor NOME4, o sor está aqui como testemunha. Está obrigado a dizer a verdade. Jura dizer a verdade?
T1
00.12
Juro!
J
00.13
Faça favor de se sentar! (.) Senhor NOME4, o:: > (.) {ruídos} (( )) explicar porqu’ é que vai ser tamém inquirido de pouca coisa! O arguido admitiu os factos todos. Só que nós, na acusação, «temos» a indicação qu’ o senhor tinha lá uma exploração:: agrícola perto
T1
00.29
eh:: É verdade3!
J
00.30
0É verdade! E o arguido necessá > Nós temos aqui um «valor» de qual seria a sua exploração. O qu’ é que tinha lá? S’ ardesse tudo, qual era o seu prejuízo? (.) E:: havia um risco, (.) ou não, de > disso acontecer. O arguido não sabe qual era o valor. E, por isso, nós tamos aqui a pre > o que nós só queremos saber (.) é:: relativamente ao:: > (.) à sua exploração. A sua exploração estava perto do incêndio?
T1
00.50
Tava sic asic sic relativamente perto, sim. =
J
00.51
= Se não tivesse sido apagado o incêndio, a sua exploração era consumida?
T1
00.55
eh:: / 0
J
00.56
Havia risco? Ou não?
T1
00.57
Havia pouco. Eu já fiz um > 0um / 0
J
00.58
00 | hum | 0
T1
00.59
0 / 0já fiz uma exposição por escrito.
J
01.00
0 | Sim | 0
T1
01.01
É assim! eh:: Eu::, todos os anos, acautelo sempre. Tanto, tinha uma zona bastante 0grande de tampão / 0
J
01.05
0Ah! De > De > De segurança?
T1
01.07
0 \ de seguran::ça, tinha uma cisterna cheia d’ água, já pra acudir ao fogo, tinha poucos animais, na altura, porqu’ os meus pais estão a ficar velhos e eu estava a ajudá-los. Portanto, o risco:: > eu fiz > > escrito! 0 > :: / 0
J
01.17
00 | hum-hum | 0
T1
01.18
0 \ T > Eu apresentei isso por escrito. Portanto, o risco era pequeno! Considerando s’ a mata fosse muito densa, que houvesse grandes gases que pudessem 0intoxicá-los / 0
J
01.25
0 (( )) nesse dia havia vento, não havia? 0 (( )) / 0
T1
01.28
0Não! Nesse dia, não 0havia vento.
J
01.29
0Não? Mas dizia-se aqui > havia aqui a indicação do vento!
T1
01.33
À hora qu’ sic acorreusic sic o fogo não havia grande vento.
J
01.37
eh:: aqui (( )) sentido do vento que se fazia sentir. Nós temos aqui {folhear de páginas} a indicação do vento. (..) {folhear de páginas} O senhor acha que, então::, eh:: dificilmente a sua exploração seria > seria:: (.) {folhear de páginas} 0prejudicada, digamos, seria atingida?
T1
01.49
0 (( )) Sim! Eu > Tal como escrevi::, é > eh:: em último extremo, se fosse uma mata muito densa, (( )) eventualmente, os animais podiam morrer intoxicados, porque aquilo 0é alvenaria / 0
J
01.58
0Ah! Sim, sim! Claro!
T1
02.00
0 \ o telhado é de:: > é de zinco, o > eu > 0todas / 0
J
02.03
0Se (( )) fizesse muito calor, eles podiam tamém s::entir nisso? É isso? =
T1
02.06
= Sim! 0Mas / 0
J
02.07
0E o > E o fogo?
T1
02.08
0 \ Mas isso hipoteticamente, porque 0nós (( )) / 0
J
02.09
0E a sua exploração, nessa altura e nesse dia / 0
T1
02.11
0 | Sim | 0
J
02.12
0 \ qual era o valar da:: > eh:: sendo certo qu’ o senhor diz que podia pôr em causa era os animais, não tanto a:: / 0
T1
02.18
Sim, sim!
J
02.18
0 \ o:: > o próprio imóvel > a (( )) própria exploração / 0
MP
02.21
(( )) máquinas 0 (( )) / 0
J
02.21
00 \ as ma > as máquinas! Essas coisas não seriam postas em causa, é isso? 0Dificilmente?
T1
02.25
0Não, porque nós deslocamo-las pra sítios > sic Prontossic sic ! > Nós, todos os verões > > Já são 0várias vezes que vivemos essa situação.
J
02.30
0Trocam isso de sítio! Claro!
T1
02.32
sic Prontossic sic ! 0Nós estamos cercados por mata / 0
J
02.32
0E naquela altura?
T1
02.33
0 \ mas temos uma zona > porque, eh:: à volta da quinta, é:: > são terras de cultivo.
J
02.38
0 | hum-hum | 0 =
T1
02.38
= Pronto! E é assim: na:: > (.) {suspiro} as máquinas tavam mais ou menos acauteladas. Claro que nunca se sabe o que é um > um fogo, não é? Mas, em princípio, não:: / 0
J
02.48
Então, (.) aquilo que podia ser afetado na sua exploração agrícola, qual era o valor? (.) O sor > D > Mai > O > O máximo dos máximos que podia ser exp > eh:: ser afetado era a > era os animais? 0Podiam sofrer alguma coisa
T1
02.56
0Sim, no máximo dos máximos, era os animais. Eu tinha:: um > uns dez vitelos e tinha, no máximo, dezoito vacas, se não me engano, na altura. Portanto::, a exploração estava em baixo.
J
03.07
0 | Sim | 0
T1
03.07
0Pronto!
J
03.07
0Seria quanto? Esse valor seria quanto, no máximo2?
T1
03.09
0Ó Sotor! Não:: > {suspiro} É tão difícil que / 0
J
03.11
Um valor:: > Um valor máximo! Ou seja, nunca seria mais qu’ aquele valor! Pa nós percebermos, (.) aquele valor daquelas > daqueles animais > se acontecesse alguma coisa àqueles animais, no máximo dos máximos, o senhor tinha que prejuízo?
T1
03.23
Sotor, eu > eu escrevi, na altura. Fiz a pesquisa no mercado, escrito! (( )) 0depoimento qu’ eu prestei. eh:: / 0
J
03.28
0Sim, sim! Eu sei! Eu sei! {riso}
T1
03.29
0 \ Mas pronto! É assim! Os animais > 0 eh:: Só quem > > Só quem {riso} trabalha co’ animais é que sabe!
MP
03.31
0 (( )) / 0
J
03.32
0 (( )) / 0
MP
03.33
00 \ (( )) diga-me uma coisa! O senhor aqui refere, {folhear de páginas} ne > no tal documento / 0
T1
03.37
0 | hum-hum | 0
MP
03.37
0 \ que::, (.) {ruídos} muito provavelmente, não > não (( )) qualquer prejuízo. MAS, numa «tentativa» d’ avaliar os danos da «perda» total dos animais e de máquinas, julgamos que os prejuízos rondariam, no máximo, trinta mil euros.
T1
03.52
Sim, mas é > é > na > eh:: pronto! Lá está! eh:: Hipoteticamente13, se ardesse tudo / 0
MP
03.56
0Exatamente! Se ardesse 0tudo / 0
T1
03.59
00 \ tudo. 0Mas, pra arder tudo, tinha mesmo que ter / 0
MP
04.00
00 \ (( )) máquinas e aos animais
T1
04.02
Pois! {ruídos} Seria esse o 0valor:: / 0
MP
04.04
0Seria o valor máximo4, não é?
T1
04.04
00 \ máximo! Máximo! Máximo! Mas tinha qu’ arder mesmo 0tudo!
MP
04.08
0Tudo! 0Si::m!
T1
04.09
0E tendo em atenção que há muitas máquinas que estão todas ferrosas que em princípio > Prontos! > Acabaria por não:: (.) Isto foi > É qu’ eu fui confrontado com o ter qu’ avaliar uma 0situação > qu’ eu estou ajudar os meus pais!
MP
04.17
0Pois! 0 (( )) / 0
J
04.18
0É difícil, mas podia acontecer!
T1
04.20
A quinta não é minha! É dos meus pais! E eu estou lá, porqu’ o meu pai teve um AVC! eh:: E sic prontossic sic ! Fui > F::ui obrigado a:: fazer uma avaliação de perfil empírica. Não:: > sic Prontossic sic ! Mas é {riso} 0pa responder.
J
04.29
0Pois! (( )) a calamidade qu’ o sor:: > dificilmente até aconteceria, dad’ às situaçõ > 0 eh:: dad’ à > os cuidados que teve.
T1
04.34
0Sim, sim, sim! Porque nós acautelamos! Sim, sim! 0Portanto, nós acautelamos e eu tentei deixar isso bem expresso no documento!
MP
04.36
0 (( )) / 0
J
04.38
0Sim, sotora! Faça favor!
MP
04.40
Olhe! (( )) diga-me uma coisa! O > O > O senhor conhe > conhece a zona? Conhece bem a zona?
T1
04.44
É assim, eu conheço a zona, sim! Eu vivo em LOCALIDADE3 e, claro, ultimamente tenho ido trabalhar pra zona, sim!
MP
04.50
O senhor apercebeu-se, na altura, ond’ é que começou o incêndio? {ruídos}
T1
04.53
É assim, não! 0Não m’ apercebi / 0
?
04.54
0Não?
T1
04.55
0 \ porqu’ é assim: eu estava nu::ma > numa várzea (.) eh:: e durante o:: > essa semana tinha havido vários focos de incêndio à volta. E:: eh:: vê-se as colunas de fumo, mas é muito 0difícil (.) de > Pronto!
MP
05.05
0Não s’ apercebeu eh::
T1
05.07
Eu estava a trabalhar e apercebo-me de ver uma coluna fininha de f > de > de 0fogo / 0
MP
05.11
00 | Sim | 0
T1
05.12
0 \ e disse ao meu pai: Olha! É pos nossos lados, mas não é > não é percetível!. Não temos a noção de:: > de exatamente qual é 0a distância.
MP
05.18
0Olhe! E diga-me uma coisa! O senhor sabe ond’ é que é o terreno duma senhora que se chama NOME 95?
T1
05.24
0Ah! Não!
MP
05.25
Não sabe
T1
05.26
Não! É assim, eu tive dois tumores. Estive afastado do campo durante:: vinte e muitos 0anos. eh:: Portanto / 0
MP
05.21
0 (( )) / 0
T1
05.33
0 \ agora sou um turista que vive na cidade e vou trabalhar ao campo. {riso} E não:: > não conheço!
J
05.39
Mai nada, sotora?
MP
05.40
Mai nada, sotor! =
J
05.40
= Sotora, alguma questão?
DA
05.41
Sim, 0doutor!
J
05.42
0Faça favor, 0sotora!
DA
05.42
0Não tem nada a ver c’ os prejuízos, mas:: > eh:: Conhece o NOME1?
T1
05.45
Conheço, sim 0senhora!
DA
05.46
0 eh:: No > Nos primei > No primeiro depoimento que fez, folhas noventa e seis a noventa e oito, disse que desconhecia quem tinha provocado o incêndio, eh:: mas que, se fosse o NOME1, teria sido de forma inocente, porqu’ ele não mede as consequências. O qu’ é que queria dizer com isto?
T1
05.59
eh:: É assim, eh:: (.) isso também foi daquelas perguntas que se > no > nos colocam, 0não é?
DA
06.03
0Claro!
T1
06.04
eh:: Que nos colocam assim e uma pessoa, na altura, diz! eh:: > eh:: Eu > É assim, > > não posso dizer > sic quesic sic maneira nenhuma > não assisti qu’ o NOME1 tenha posto o incêndio. O NOME1 teve num programa de inserção com os meus pais, quando eu estive com:: > (.) quand’ eu tive com os tumores, eh:: a trabalhar na quinta e:: é um amigo da:: > da família! Ou seja, ele aparece por lá, eh:: é um excelente contador de histórias, mas nunca (( )) lhe vi maldade::, no sentido de prejudicar, de roubar fosse o que fosse. Portanto, 0eu / 0
DA
06.33
0Ptanto, se o provocou, não foi com intenção 0de:: > de vos prejudicar
T1
06.35
0 sic Prontossic sic ! Eu ao dizer se foi o NOME1 > eh:: > eh:: e, ao dizer, é me > é o meu juízo pessoal dos valores dele! (( )) ele, se o fez, foi talvez (.) por > por alguma coisa, mas não com o > de maneira nenhuma, porque a aflição com qu’ ele chegou pa nos ajudar a apagar o fogo, eh:: é d’ alguém que, realmente, estava preocupado.
DA
06.53
Mas ele chegou > Ah! E, portanto, ele chegou junto a vós, quand’ inda estava:: o:: > 0o:: / 0
T1
06.57
0Pronto! E foi ele que nos foi chamar! Ele e o NOME APELIDO7. Foram os dois que nos foram chamar à terra, pa virmos tamém ajudar:: a:: combater o:: > o fo > o incêndio e salvaguardar o nosso espaço!
DA
07.08
Muito bem! Mais nada, sotor!
J
07.11
eh:: S > Diga-me uma coisa! Então, na > pra concretizar! Aqui dizia-se que:: era a sua residência habitual. Não era! Não era a > Num:: > Num habitava lá, 0naquela altura?
T1
07.18
0Não, não! Não, 0não!
J
07.20
0Nem o senhor, nem a sua esposa, nem a sua sogra (.) que se encontrava acamada? (.) Aqui dizia-se isso! Não sei se foi o senhor que disse, na altura
T1
07.26
eh:: Não! É assim, eh:: os meus pais têm casa na aldeia, (.) eh:: mas gostam pouco de estar lá e passam muitas horas > eles, às vezes, até > às > às vezes, pernoitam até na própria quinta, mas não é a 0residência / 0
J
07.37
0Sim! Mas, nesta altura, não era a residência habitada por si, pela sua esposa e pela sua sogra que se encontra 0acamada?
T1
07.42
0Não! Eu e a minha esposa residimos em LOCALIDADE3.
J
07.45
sic Prontossic sic ! =
T1
07.45
= 0Os meus pais > Os meus pais e a minha «avó» / 0
J
07.45
0 (( )) é > é que é / 0
T1
07.48
0 \ não é a minha sogra, é a minha «avó»! 0É que > É > Tão > Tão > Tão em casa / 0
J
07.50
0 (( )) ) casa (( )) (.) Pronto!
T1
07.52
0 \ na > na > e vão à quinta e:: sic elesic sic costumam levar a minha avó p’ ela não ficar 0sozinha.
J
07.55
0E, nessa altura, não tavam?
T1
07.57
«Estavam»! Nessa altura, estava a minha mãe e a minha avó na «quinta». E estava eu e o meu pai, a:: procedermos à rega, 0no campo.
J
08.03
0Sim! Mas ficariam lá se > se:: > a dormir ou não? Não era / 0
T1
08.08
É assim, eh:: 0um:: dia por outro! Conforme se despacham ou não despacham. Pronto! Não:: > Não é::
J
08.09
0É:: conforme se dava! (( )) Ok! Percebi! Sim senhor! {dirige-se a DA} Mai nada, poi não?
DA
08.15
Mais nada, sotor!
J
08.16
Muito obrigado por sua comparência! Pode sair! Pode ir embora! 0Muito obrigado!
T1
08.19
0! Muito obrigado, sot //

Parte 4
J
00.00
Ora, muito:: boa tarde! O senhor como se chama3?
T2
00.02
0Boa tarde!
J
00.04
Como se chama?
T2
00.05
NOME APELIDO8.
X
00.07
(.) {ruídos}
J
00.09
Senhor:: NOME8, o sor conhece a pessoa que aqui a ser julgada? O senhor NOME1?
T2
00.13
CONHEÇO OS PAIS, MAS ELE NUM CONHECIA!
J
00.15
Não? =
T2
00.16
= Não!
J
00.17
Mas é de lá da zona, não é?
T2
00.18
Sou lá da zona, sim!
J
00.19
E os pais tamém? Os pais dele! (.) OS PAIS DO DO 1! =
T2
00.24
= Eu desde sempe os conheci dali! Ai! A mãe é de LOCALIDADE4!
J
00.27
Sim, sim. (.) O sor não tem nada contra ele, pois não? =
T2
00.30
= NÃO! Não tenho nada!
J
00.31
JURA DIZER A VERDADE? JURA DIZER A VERDADE, SENHOR 8?
T2
00.34
0JURO! JURO, JURO!
J
00.36
Ó sor NOME8, diga-me só uma coisa! O senhor:: > O senhor:: (.) {alguém tosse} lembra-se, lá, dum incêndio que houve > lá na > perto da sua:: > lá na sua terra? (.) Lembra-se? {alguém tosse}
T2
00.47
EU PASSADO UNS DIAS!
J
00.49
O senhor não tava lá?
T2
00.50
Eu não estava lá, não!
J
00.52
Mas o senhor não tem lá uma exploração agríco > Uma exploração agrícola! > Não tem lá uns terrenos?
T2
00.57
Tenho lá um terreno, mas «depois» (.) da > eh:: > eh:: > eh:: > eh:: > eh:: depois d’ eu saber qu’ havi > qu’ houve lá um fogo, fui «ver» o meu terreno e:: > e o terre > e o fogo foi numa ponta e ele foi noutra > (.) e eu > e eu estou noutra! =
J
01.11
= E o senhor tinha um terreno de quê? O qu’ é que tinha lá 0no terreno?
T2
01.13
0Eucaliptos! É igual àquele! Qu’ é da mema > da me > do mesmo!
J
01.17
Mas o qu’ é que tem lá?
?
01.18
Eucaliptos. =
J
01.19
= Eucaliptos? =
T2
01.19
= Eucaliptos::!
J
01.22
Mas o fogo acabou antes de chegar lá aos seus, ? 0Tava na ponta / 0
T2
01.24
0MUITO ANTES! MUITO ANTES!
J
01.26
0Sim! (.) Sim senhor! (( )) um terreno (( )) (.) Quant’ é que:: vale o seu terreno lá o:: > c’ os eucaliptos? Já agora, pa nós percebermos!
T2
01.36
EU CORTEI-O HÁ QUATRO ANOS! AQUILO VALE POUCO!
J
01.40
Onde estava eh:: com > c’ o:: > (.) com o:: > (.) o desenvolvimento qu’ o eucalipto tinha à data, não é? Porque o desenv > não sei qual era a > a > a:: > a (( )) dele! Mas qual era o valor da > da:: > (.) daquele > daqueles eucaliptos todos?
T2
01.55
OLHE, Ó SO SOTOR! EU NÃO POSSO DIZER ISSO! ENTÃO!
J
01.57
0Quant’ é qu’ o sor lhe:: > A última vez que cortou, quant’ é que lhe deu aquilo?
T2
02.01
Deu-me setecentos euros!
J
02.03
Então seria, mais ou menos, (.) por volta > no mínimo seria isso, ? (.) E cortou tudo, na altura?
T2
02.10
Talvez já há quatro anos que cortei aquilo!
X
02.12
(..) {ruídos}
J
02.16
Setecentos euros. (.) E quand’ o sor cortou::, os eucaliptos estavam mai > eh:: tavam > tavam maiores do qu’ agora? (.) Quanto tempo é 0que > (( )) o senhor cortou com quanto tempo?
T2
02.23
0Tudo maior! Estava > (.) Estavam a (( )) eh:: tinham uns oito anos!
J
02.27
Ah! bem! Tinham o dobro! Então, tinha metade da > da:: > pelo menos:: > Sim senhor! (.) Então, valeria muito menos! (.) Sim senhor! (.) Sotora, faça favor!
MP
02.36
O > O > Obrigada! Ó > Ó senhor NOME8, o > esse seu terreno é no luga::r que se > conhecido por LOCALIDADE5, 0não é?
T2
02.43
0LOCALIDA > LOCALIDADE5, sim! =
MP
02.44
= LOCALIDADE5. LOCALIDADE6
T2
02.46
LOCALIDADE6! =
MP
02.46
= É! Olhe! E o senhor conhece, lá perto do seu, um terreno duma senhora:: NOME APELIDO9? =
T2
02.53
= É minha prima! =
MP
02.54
= É sua 0prima?
T2
02.54
0É d > É da > É > Foi o > A > sic Daquilosic sic FOI DIVIDIDO POR SETE!
MP
02.59
Então, o terreno desta NOME APELIDO9, que se fa > que se fala aqui, eh:: é ao lado do seu?
T2
03.06
É na «ponta»! É numa 0ponta!
MP
03.07
0Numa 0ponta!
T2
03.07
0E eu é, mais ou menos, no meio!
MP
03.09
E o seu mais o > Ptanto, é uma ÁREA / 0
T2
03.11
Uma 0área!
MP
03.11
00 \ que foi dividida em SETE
T2
03.13
0Isso!
MP
03.13
0 (( )) (.) Olhe! E o > E o terreno desta NOME APELIDO9 também:: é > é:: d’ eucalip > é com eucaliptos? Tem eucaliptos? (.) {folhear de páginas} 0Não sabe?
T2
03.21
0Os eucaliptos eram, mais ou menos, idênticos aos 0meus! (.) (( )) / 0
MP
03.23
0Idênticos aos seus. Ptanto, o valor seria mais ou menos > Sabe s’ ela > s’ e ela os cortou há pouco tempo? Se tão maiores qu’ os seus?
T2
03.31
eh:: O > Os eucaliptos não eram sic melhoressic sic qu’ os meus, 0não!
MP
03.32
0Não?
T2
03.33
Não!
MP
03.34
Portanto, o valor seria mais ou menos:: / 0
T2
03.36
0 | Sim | 0
MP
03.36
0 \ parecido. É 0isso?
T2
03.37
0Mais ou menos.
MP
03.37
0Mas o dela > sabe s’ o dela chegou a arder também? Ou não?
T2
03.41
Eu fui lá ver e ardeu um «cantito»!
MP
03.43
Ai, o > na > nel > no dela ardeu um bocadito, 0foi isso?
T2
03.45
0Um bocadinho!
X
03.46
(.) {ruídos}
MP
03.48
:: bem! (..) Mas no seu não ardeu nada?
T2
03.53
NADA! Nada, de todo! Nem sequer lá chegou! =
J
03.56
= Mas, ó > ó > ó senhor:: NOME8! Mas diga uma coisa! Quando ardeu > Os eucaliptos da > da > 0da:: / 0
MP
04.01
09.
J
04.02
0 \ da NOME APE / 0
MP
04.04
95!
J
04.04
00 \ APELIDO9 tinham tamém sido cortados? Tamém tinham só quatro anitos ou > ou já eram:: eucaliptos mais > mais velhos? Os dela! Na altura qu’ aquilo ardeu! {ruídos}
T2
04.14
Eles eram eucaliptos assim pequeninos, {ruídos} sic prontossic sic ! Tamém! Eu fui lá ver e eram > 0eram:: / 0
J
04.18
0Tinham, mais ou menos, o mesmo tempo 0d’ ida > Tinham a mesma idade que:: os seus?
T2
04.20
0O mesmo tempo dos > O mesmo dos meus!
J
04.23
Ainda não eram > Ainda não estavam feitos po corte? =
T2
04.24
= NÃO, NÃO, NÃO! Nem lá > Nem lá perto!
J
04.27
Nem lá perto. Pois! Se fosse para > pros oito anos também iam (( )) ! (.) Sim senhor! (.) {dirige-se a DA} Sotora?
DA
04.32
0Nada!
J
04.32
0Nada? Senhor NOME8, muito obrigado por sua comparência! Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigado!

Parte 5
J
00.00
Ora, (.) muito:: boa tarde! O sor como se 0chama?
T3
00.03
0 eh:: NOME APELIDO5. =
J
00.05
= Sor NOME APELIDO5, o sor conhece aqui o sor NOME1 que a ser julgado?
T3
00.09
Não, não!
J
00.10
Não. (.) O sor NOME5 tem uma exploração agrícola, não tem? Numa zona onde houve um incêndio
T3
00.15
Sim! =
J
00.15
= Nós estamos a tratar desse incêndio. O sor não:: > (.) {folhear de páginas} está obrigado a dizer a verdade. Jura dizer a verdade?
T3
00.21
Sim!
J
00.22
Faça favor de se sentar! (..) eh:: (..) procuradora, faça favor! =
MP
00.33
= (( )) (.) eh:: sor NOME5, o senhor soube:: deste incêndio quando?
T3
00.39
Lá, o encarregado da exploração telefonou-me > qu’ andava lá o fogo lá perto, mas 0 (( )) / 0
MP
00.42
0O senhor não estava lá, na altura? =
T3
00.43
= ::o, não, não, não! Eu não sou de cá.
MP
00.45
Mas costuma lá estar ou não? =
T3
00.47
= ::o, não, não, não! (.) Vou lá uma vez por semana ou de quinze em quinze dias, por aí.
MP
00.52
eh:: (.) sic Refeusic sic > O > O > O senhor::, (.) na altura, (.) referiu à polícia > eh:: da > deu um determinado valor
T3
01.02
Sim! =
MP
01.02
= Da sua exploração
T3
01.03
Exatamente3!
MP
01.04
0Ptanto, o fogo não a atingiu?
T3
01.05
::o, não, 0não, não!
MP
01.06
0O fogo não a atingiu. (.) eh:: Daquilo qu’ o senhor s’ apercebeu > O sor foi lá, na altura?
T3
01.11
::o, não, não, 0não!
MP
01.11
0Não foi? =
T3
01.12
= Não! =
MP
01.12
= Foi depois. (.) Depois, quando lá foi, conseguiu «aperceber-se» (.) se a sua exploração esteve em risco?
T3
01.20
Na faço ideia!
MP
01.21
Não faz ideia4
T3
01.21
0Não!
MP
01.22
Olhe! Então, o:: > foi o senhor que:: eh:: deu o valor de > de:: > da exploração? O valor > O:: prejuízo que poderia / 0
T3
01.29
Sim, sim, sim, 0sim, sim!
MP
01.30
00 \ ocorrer, se tivesse sido:: (.) atingida (.) 0 (( ))
T3
01.35
0Eu, na altura, disse que tinha seguro. sic Prontossic sic ! E disse, mais ou menos, 0os valores / 0
MP
01.37
0 | Sim | 0
T3
01.38
0 \ de > mais ou menos dos animais e sic prontossic sic ! eh:: (( )) valores (( )) / 0
MP
01.41
Chegou-se aqui a um > a um valor total de dois milhões trezentos e cinquenta mil euros
T3
01.46
Sim, sim! =
MP
01.46
= E isto incluía o quê?
T3
01.49
Os animais todos e:: a exploração! Os equipamentos da 0exploração!
MP
01.52
0Os equipamentos, o imó0vel:: / 0
T3
01.54
0Sim, o imóvel da exploração!
MP
01.56
Tudo isso. (.) {conversas paralelas} Ptanto, o sor confirma este:: > 0este:: / 0
T3
02.00
0Sim, sim, sim!
MP
02.01
0 \ valor, ma não nos sabe esclarecer se:: esteve em perigo ou 0não?
T3
02.04
0Não faço 0ideia!
MP
02.05
0Não sabe. bem! {dirige-se ao juiz} Não quero mai nada, sotor!
J
02.08
{dirige-se a DA} Ó:: sotora, alguma questão? =
DA
02.09
= Nada, sotor!
J
02.10
Mas diga uma coisa! O sor > Era > Era uma:: > (.) Aquilo era uma suinicultura, ?
T3
02.15
É uma suinicultura!
J
02.16
E é > Mas estava a ex > a ser explo > tava a ser explorada por si ou:: > porque tava > eh:: diz-se aqui: (.) habitada por pessoas de nacionalidade ucraniana
T3
02.26
Não!
J
02.27
Hum?
T3
02.28
Simplesmente sic trabalhamsic sic :: (.) u::ma rapariga que é ucraniana! O resto é tudo pessoas portuguesas que lá trabalham!
J
02.34
Mas vive lá tamém na > na ex > perto da exploração?
T3
02.36
Eu? Não, não! 0Eu vivo em LOCALIDA / 0
J
02.37
0Não! Não! Essa:: > Essa > Essa senhora ucraniana? =
T3
02.40
= Vive :: uma rapariga e:: > (.) uma rapariga com dois filhos e mais outo funcionário. Que é lá funcionária essa ucraniana.
J
02.49
Ela e os filhos?
T3
02.50
Sim, 0sim!
J
02.50
0E esse funcionário! (.) Que vive mesmo na exploração?
T3
02.53
0Vive, vive, vive!
J
02.53
0É lá 0 (( )) / 0
T3
02.54
0À entrada da exploração! Tem lá uma > uma > uma casa, mesmo à entrada 0da exploração!
J
02.57
0Uma casa. Sim senhor! E por isso > e > e o > o sor > a sua exploração eh:: tinha lá > é este o valor que dá por tudo? Mesmo tamém com essa questão 0da casa (( ))
T3
03.05
0Sim, sim, sim, sim! E os eucaliptos e isso tudo!
J
03.08
E::xatamente! Sim senhora! Muito obrigado pla sua comparência! Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigado!
T3
03.12
//

Parte 6
J
00.00
Como se chama?
T4
00.01
NOME APELIDO10.
J
00.04
Sor NOME APELIDO10, qu > a sua profissão?
T4
00.06
eh:: Militar da GNR.
J
00.08
Cabo da GNR, ? 0O seu posto
T4
00.09
0Cabo. {ruídos}
J
00.10
eh:: O sor lembra-se > eh:: > eh:: conhece aqui o arguido::, o > o NOME1?
T4
00.14
Conheço daquele dia.
J
00.15
Daquele dia. (.) O > O senhor:: eh:: nada tem contra esta pessoa, poi não? =
T4
00.19
= Não! =
J
00.19
= Jura dizer a verdade?
T4
00.20
Juro!
J
00.21
Sor NOME APELIDO10, pode-se sentar!
T4
00.22
Com 0licença!
J
00.23
0Diga-me só uma coisa! O senhor > Foi o senhor que:: tomou conta da ocorrência, foi? (.) 0Pode sentar!
T4
00.27
0 (( )) inicialmente, sim!
X
00.29
(.) {ruídos}
J
00.31
Diga-me só, antes de passar po (( )) , só pa nós percebermos, quando chegou lá, ainda o incêndio estava a ser:: combatido ou já estava 0 (( ))
T4
00.37
0Não! Já estava extinto e não estava :: nem sequer os bombeiros. :: não estava lá ninguém!
J
00.41
(( )) Sô procuradora (( ))
MP
00.43
Obrigada, sotor! Diga-me uma coisa! O senhor (.) foi ao local, conseguiu aperceber-se > (.) conseguiu aperceber-se eh:: (.) da zona envolvente > 0o qu’ é que existia / 0
T4
00.56
0S / 0
MP
00.57
0 \ na zona envolvente (.) eh:: do sítio onde > onde deflagrou o incêndio {ruídos} Até onde é qu’ ele foi > Até onde é que s’ alastrou (.) E, caso não tivesse tido intervenção (.) dos bombeiros no momento em que ocorreu, (.) o qu’ é que poderia ter ardido mais? (.) Consegue dar-nos 0 (( )) / 0
T4
01.16
0Vários hectares (.) 0de pinhei / 0
MP
01.19
0Vários hectares5
T4
01.20
0De pinheiro e eucalipto.
MP
01.23
E diga uma coisa! O incêndio:: eh:: su > eh:: ficou:: «circunscrito» à área só de > de:: eh:: pinheiro e de eucalipto?
T4
01.33
Sim. Naquela área, sim.
MP
01.35
Naquela área, sim. Mas havia ali, na zona, umas explorações agrícolas
T4
01.39
Sim, logo > logo a seguir. A cerca de duzentos metros. =
MP
01.41
= A cerca de duzentos metros. E sabe qual é qu’ é > qual delas é a cerca de duzentos metros? Se é a do senhor NOME APELIDO4 ou do senhor NOME APELIDO5?
T4
01.50
Penso que:: > Eu, há pouco, tive a ver isso > eh:: Volta de cento e oitenta metros, cento e noventa é do senhor NOME4. (.) 0Do (( )) / 0
MP
01.58
0 (( )) senhor NOME4?
T4
01.59
Sim!
J
02.00
E a su > suinicultura?
MP
02.02
O out > 0A outra!
T4
02.03
0 (( )) deve ser um pouco mais > Penso qu’ é mais afastado.
J
02.06
Mas é > tem 0contíguo / 0
T4
02.07
0 eh:: > eh:: Tem 0s / 0
J
02.08
00 \ eucaliptal e pinhal até chegar lá? Ou seja, entre:: o início do:: > do fogo, podia haver ali o > o:: > ligação por eucaliptos, por:: pinhai > eh:: pinheiros até lá?
T4
02.18
0Sim. Sim.
J
02.18
0Ou não havia:: / 0
T4
02.19
Podia, mas, como estava naquele dia o vento, ele progrediu para:: > para oeste.
J
02.24
Sentido contrário?
T4
02.25
0Sim!
J
02.25
0Às explorações? =
T4
02.26
= À exploração de > dos suínos. {conversas paralelas}
J
02.28
Hum? =
T4
02.28
= Dos suínos! {conversas paralelas} Ia bater:: > eh:: > eh:: Ia bater c’ a vacaria e > e outras coisas 0qu’ há lá mais atrás.
MP
02.34
0Ou seja, (( )) progrediu PO LADO DA DO SENHOR 4?
T4
02.37
Exatamente5!
J
02.37
0Sim! Mas se, entretanto, o vento mudasse, 0como é muito (( )) > é muito frequente / 0
T4
02.39
0Sim! Podia haver qualquer projeção:: / 0
J
02.42
0 \ na > na > na altura do verão que mude vento. eh:: Havia capacidade de chegar 0à eh:: / 0
T4
02.46
0Sim, sim! Basta > Bastava o 0incêndio ter / 0
J
02.48
0Porqu’ havia muito terreno com 0 eh:: (( )) muito eucaliptal e muito pinhal ali! Era contíguo? Ou seja, não havia / 0
T4
02.49
00 \ Bastava > (.) Bast > Sim! Sim, sim! Bastava o:: incêndio:: estar um bocado mais forte (.) e co’ as colunas de convecção criar:: 0ali / 0
J
02.59
0Pois, exatamente!
MP
03.00
E voltar 0po:: / 0
T4
03.00
00 \ projeções po > pa vários lados!
MP
03.03
{ruídos} E diga uma coisa! Ali:: > Ali:: (.) perto havia alguma casa d’ habitação?
T4
03.11
{suspiro} Não me recordo.
MP
03.12
Não se recorda.
T4
03.13
Penso que > Penso que não.
MP
03.15
eh:: (.) Pronto! Mas > eh:: Ptanto, daquilo qu’ o senhor s’ apercebeu e, atendendo às caraterísticas da > da zona, ptanto, de pinhal e eucaliptal, (.) eh:: (.) era possível, como o senhor diz, eh:: centenas d’ hectares? (.) Alastrar-se!
T4
03.32
Sim. Várias! Não digo centenas, mas várias!
MP
03.35
0Alastrar-se / 0
T4
03.35
0E, depois, tem a estrada > (.) tem a estrada que separa a outa do outo lado. Mas, po lado:: > po lado norte, é > é mui > é contínuo. É uma mancha muito grande!
MP
03.43
É uma mancha muito grande po lado norte (.) Ptanto, se pra um lado tem a estra0da:: / 0
T4
03.48
0E po lado oeste tamém! Só que tem a estrada a delimitar.
MP
03.51
Pronto! Portanto, é uma mancha grande, sobretudo po lado norte, sem descontinuidade
T4
03.55
Exatamente8!
MP
03.56
0É isso que quer 0dizer?
T4
03.56
0Exatamente!
X
03.58
(..) {ruídos}
J
04.02
, sotora? =
MP
04.02
= Já!
J
04.03
Sotora, alguma questão? =
DA
04.03
= Sim! (( )) uma questãozita! eh:: Quando chegou ao local, estava por lá o NOME1?
T4
04.08
Nós chegámos ao local, não sabíamos ond’ é que tinha sido. E perguntámos a um senhor que passava de trator::, que:: > qu’ era o senhor NOME4, (.) que, por coincidência ou não, disse que:: > eh:: que:: > qu’ o senhor que nós suspeitávamos trabalhava > fazia alguns serviços pra ele. E (( )) já não me recordo s’ ele disse que estaria lá ou não, mas nós fomos lá ver e ele estava lá. (.) E, a partir daí, (( )) ele foi-nos levar, foi na sua sic bicicletesic sic , pelo caminho, (.) a::té lá 0 (( )) / 0
DA
04.35
0Portanto, colaborou desde o início? =
T4
04.36
= Sim, sim! E depois, ::, a gente: Ó NOME1, (.) a gente sabe de pessoas que suspeitam de:: > foste tu! (( )) foste tu ou não foste?. Ele confessou logo. 0Foi muito convincente / 0
DA
04.44
0Confessou
T4
04.46
0 \ e, a partir daí, chamei a Polícia Judiciária d’ LOCALIDADE1.
DA
04.48
Mais nada, sotor!
MP
04.50
Ó sotor! Só > 0uma questão!
J
04.51
0 (( )) =
MP
04.51
= Ptanto, a > eh:: o:: sor chamou a > a > a > a Polícia Judiciária d’ LOCALIDADE1. Ou seja, eh:: > eh:: os sores inspetores só foram lá, se calhar, no dia seguinte? Ou não? 0Ou não / 0
T4
05.01
0Não! Foram pa0ssa > Não sei a que horas é que chegaram (( )) / 0
MP
05.02
00 \ Ainda foram no > Mas ainda foram 0no mesmo dia?
T4
05.04
00 \ foi depois das duas horas, de certeza! =
MP
05.05
= Pronto! {ruídos} Mas j > já lá não estavam bombei::ros, 0 (( )) / 0
T4
05.08
0Não, não, não! 0Não!
MP
05.09
0Quand’ o senhor chegou, tamém já não 0estavam, não é?
T4
05.10
0Eu penso q’ a hora inicial do (( )) terá sido por volta de:: > das doze horas 0e qualquer coisa.
MP
05.13
0Pronto! bem! bem! Obrigada!
J
05.15
Mas, ali::, ainda houve necessidade de utilizarem meio > o meio aéreo?
T4
05.19
{suspiro} Não me reco > eh:: É assim! 0Eu não:: > não v > não sei! Só vendo no registo!
J
05.21
0Não sabe? Não tem ideia? (( )) Nós temos aqui a indicação de que sim! Que (( )) foi utilizado um meio aéreo, (.) eh:: (.) porqu’ havia sempre o risco de propagar-se. Porqu’ aquilo > havia co > eh:: um terreno contíguo! Aquilo, propagando-se, era contíguo3? Não havia ali (.) eh:: / 0
T4
05.34
0Sim, sim!
MP
05.36
Sobretudo {conversas paralelas} a norte, como 0diz a testemunha!
J
05.37
0Sim! S > Não havia capacidade de:: estancar o fogo naturalmente. Tanto, um fogo daquela dimensão.
DA
05.42
(( ))
T4
05.43
Naturalmente, como::? (.) C’ os bombeiros só?
J
05.47
Não! Se 0na > Se > Se não HOUVESSE O COMBATE!
MP
05.48
0Não, não! Se não (( )) / 0
T4
05.50
0Ah! Não!
J
05.50
0Ou seja, se não houvesse > se não houvesse combate, ele não ia morrer por ele 0próprio!
T4
05.52
0Ah! Pois não! Isso não!
J
05.54
Não! É qu’, às vezes, há terrenos e há > e há circunstâncias do terreno que nós dizemos assim: Ele só chega até àquele ponto, porque, depois, não tem mais por onde progredir! Vai morrer ali!. (.) Naquele caso, com’ a f > a > a > a:: > aquilo era contíguo, iria sempre progredir, aumentando, aumentando!
T4
06.06
Exatamente! =
J
06.07
= Pronto! É nesse sentido que nós estamos a falar! {ruídos} 0Sim senhor!
T4
06.09
0Poderia apenas diminuir quando chegasse à autoestrada! Mas, até 0::
J
06.12
0Pois! Mas até à autoestrada, facilmente poderia saltar pa 0outo lado, ?
T4
06.15
0Sim, sim, 0sim!
J
06.16
0A autoestrada 0não é suficiente!
T4
06.16
0Depois de ganhar uma grande dimensão, as > as colunas de convecção fazem projeções a quilómetros!
J
06.20
Sim, sim, 0sim! (( )) / 0
T4
06.21
0 (( )) ia pra VÁRIOS LADOS!
J
06.22
Sim! A partir duma dimensão, eles próprios criam um micro > um:: microclima, ali, não é? O próprio fogo cria o seu microclima. (.) Muito obrigado por sua comparência! Pode sair! Pode ir embora! Muito obrigado! 0Então, temos ago //
T4
06.32
0 (( )) //

Parte 7
J
00.00
Ora! (( )) {conversas paralelas} > Ora::, (.) muito:: (.) boa tarde! O sor como se chama?
T5
00.09
Boa tarde! NOME APELIDO11.
J
00.14
NOME11
T5
00.15
«11».
J
00.18
Sor NOME11, conhece aqui o:: > o > o sor NOME1?
T5
00.21
Conheço!
J
00.22
Tem alguma relação familiar co’ ele?
T5
00.24
Não, não! Familiar, não.
J
00.26
Conhece os pais Conhece-o a ele É isso? =
T5
00.27
= Exato!
J
00.29
E:: é > é (.) {ruídos} conhecido Amigo 0 (( )) / 0
T5
00.31
0Era vizinho 0do:: / 0
J
00.32
0Vizinho!
T5
00.33
0 \ dos meus pais e:: foi:: criado por ali. Ia lá muitas vezes 0a casa!
J
00.36
0 (( )) conhece-se. Sim senhor! (.) O sor está obrigado a dizer a verdade. Jura dizer a verdade?
T5
00.41
Exatamente. Sim!
J
00.42
Faça favor de se sentar e responder às perguntas da ilustre mandatária. Sotora, faça favor!
DA
00.45
Co’ a devida vénia, sotor! (..) {ruídos} {pigarreio} Boa tarde! Já disse que conhecia o NOME1 e 0a família / 0
T5
00.51
0Boa tarde!
DA
00.52
0 \ eh:: Em primeiro lugar, eh:: os > o NOME1 vivia c’ os pais?
T5
00.56
Sim! =
DA
00.56
= Até à data dos fac0tos::?
T5
00.57
0Exato! Exato!
DA
00.59
Os pais alguma vez foram emigrantes?
T5
01.00
NÃO!
DA
01.01
PAÍS
T5
01.01
Não, não!
DA
01.02
0 eh:: / 0
T5
01.02
0Os pais nunca saíram penso que do distrito de LOCALIDADE3, se sic calhassesic sic ! {riso}
DA
01.06
0 \ eh:: Ex > Foram, alguma vez, proprietários duma vacaria?
T5
01.09
Não! =
DA
01.09
= Também não. eh:: E o NO > a mãe do NOME1, atualmente, está na > nalgum lar::?
T5
01.14
Não! 0NÃO!
DA
01.14
0Também não. eh:: (.) Relativamente:: à vida do NOME1, com’ é que foi a vida do NOME1 até:: aos últimos tempos?
T5
01.24
Ah! > Ah! É um miúdo até dócil::, (.) na > na maneira > na maneira de trato. Se > que:: um indivíduo que:: > acho que é:: muito sic efabuladorsic sic ! Gosta de fazer histórias! Inventa histórias e:: conta aquilo como se fosse sic realidadessic sic . Pronto! É a realidade dele::! Eu num / 0
DA
01.41
Tem o seu mundo?
T5
01.42
Exato! É um mundo muito à > muito:: > muito à parte do nosso. Mas também está connosco muitas das vezes! Não é? Mas só que, de vez em quando
DA
01.50
eh:: Conhece-o desde pequeno? =
T5
01.51
= Sim!
DA
01.52
Acha que é uma pessoa perfeitamente normal ou tem algumas limitações? Na convivência que tem com > com o NO > 0com o NOME1
T5
01.57
0 (( )) Ora, bem! Eu num:: > num sou:: propriamente técnico pra poder av > fazer essa sic avaliãosic sic , mas > a::valiação, mas dá-me a impressão qu’ ele que:: terá::, provavelmente, um défice sic desic sic cognitivo bastante:: acentuado 0 (( )) / 0
DA
02.12
0Sabe s’ ele estudou::? {ruídos}
T5
02.14
Ele andou na escola::!
DA
02.16
Mas não sabe a escolaridade?
T5
02.17
Mas o qu’ é qu’ ele fez tamém não sei! eh:: / 0
DA
02.19
Muito bem! {ruídos} eh:: Lá, na terra, costuma haver queixas do NOME1? D’ alguns comportamentos:: 0menos corretos / 0
T5
02.26
0Não! Acho que não! Não! 0Não!
DA
02.27
00 \ at > até acontecer o qu’ aconteceu e, por isso mesmo, é qu’ ele a 0ser julgado
T5
02.30
0Não! Não! Porqu’ ele até:: > ele era:: muito voluntarioso! Se visse alguma pessoa:: a:: precisar d’ ajuda, ele:: > ele voluntariava-se para ajudar:: e:: ia com:: > com qualquer pessoa fazer qualquer coisa! Inclusivamente, comigo! Sempre que lá > qu’ eu lá aparecia, ele perguntava se podia ir comigo pra > pr’ aqui ou pr’ ali. Ia de carro::, vinha-o trazer e ele andava satisfeito!
DA
02.50
Muito bem! Mais nada, sotor! (.) 0É só!
J
02.52
0Sotora, alguma questão? =
MP
02.53
= Não! =
J
02.54
= Nada? Muito obrigado por sua comparência! Pode sair! {ruídos} {conversas paralelas} 0Agora, nós temos (( )) //
T5
02.57
0Boa tarde!

Parte 8
J
00.00
0 \ (( )) boa tarde! Como se chama?
T6
00.02
NOME APELIDO12.
J
00.04
Sor NOME APELIDO12, o sor conhece aqui a pessoa que está a ser julgada? O senhor NOME1?
T6
00.08
Sim, senhor doutor juiz!
J
00.10
eh:: É da família?
T6
00.12
Não, não, não!
J
00.13
É lá da:: > da zona?
T6
00.14
Sim. Sou da:: terra vizinha!
J
00.16
Sim senhor! E, por isso, conhece-o desde > 0desde jo / 0
T6
00.18
0Sim, sim! Desde pequenino.
J
00.19
0 \ desde jovem, ? (.) eh:: Nada o impede de dizer a verdade? Jura dizer a verdade?
T6
00.23
Certo! =
J
00.23
= Faça favor de se sentar, então, e responder às perguntas da:: ilustre mandatária do senhor NOME1!
DA
00.27
{ruídos} Co’ a devida vénia! (.) Boa tarde!
T6
00.30
Boa 0tarde!
DA
00.30
0 eh:: Já disse que conhece o arguido. eh:: (..) Em termos de família, eh:: conhece as condições ond’ ele habita, a família O qu’ é que sabe sobre isso?
T6
00.42
Sim, pronto! eh:: (.) {pigarreio} Desde pequenino qu’ eu conheço a família. Eu:: sou duma terra vizinha, onde nós sic sesic sic damos todos muito bem. (.) É > É uma família, pá, pobre! Digamos que vive > (.) {ruídos} que vive numas condições:: (.) {ruídos} de vida um bocadinho reduzidas. eh:: {pigarreio} Habita muita gente numa casa muito pequena. eh:: (.) Pronto! E:: têm uma criança que pro > provavelmente, não! > de certeza tem alguma > tem alguns problemas (.) eh:: do foro:: mental e que de > não foi acompanhada desde sic pequeninosic sic , sic devidamentesic sic às condições qu’ eles apresentam.
DA
01.17
eh:: Portanto, eh:: na sua convivência, acha qu’ há uma limitação (.) 0 eh:: do NOME1?
T6
01.21
0Sim! Eu acho que:: > Eu, no meu entender, é:: > é notório! eh:: (.) Como tamém pertenço lá ao:: executivo da:: > da junta de freguesia, nós, de vez em quando, temos que passar certos documentos, nomeadamente para a família, e nota-se qu’ a própria família é, toda ela, eh:: limitada. (.) eh:: E:: > E ele, (.) quando:: > quando nasceu, já vinha com alguma > ó pá! > algum:: > sei lá! > algum problema:: (.) de foro mental, como eu digo, e > que devia ter sido acompanhado, ptanto, por uma família2 que tivesse algumas posses / 0
J
01.51
0E a limitação foi agravando-se! A limitação foi-se agravando, não foi desenvolvido 0as capacidades / 0
T6
01.56
0Como > Como as próprias instituições deviam ter:: acompanhado, tamém, a > a pessoa em causa!
DA
02.01
Muito bem! Relativamente:: só aqui a três aspetos, eh:: (.) os pais alguma vez eh:: foram emigrantes? Sabe?
T6
02.07
Não! Nunca foram emigrantes! 0 (( )) / 0
DA
02.09
0E proprietários duma vacaria? Também:: sabe se foram? 0Ago::ra ou no passado
T6
02.13
0 eh:: «Não»!
DA
02.14
Não. Muito bem! Mais nada, sotor!
J
02.17
{dirige-se ao MP} Nada, sotora? {dirige-se a T6} Muito obrigado por sua comparência! Pode sair! Pode ir embora!

Parte 9
J
00.00
{ruídos} Ora, mui::to boa tarde! 0O sor como se chama?
T7
00.01
0Boa t > NOME APELIDO13.
J
00.03
Senhor NOME APELIDO13, o sor conhece aqui o sor NOME1 que está a ser julgado?
T7
00.07
Sim, conheço!
J
00.08
É da família?
T7
00.09
Não, não, não!
J
00.10
Mas é :: > conhece-o lá da terra?
T7
00.11
Sim!
J
00.12
É amigo:: dele, dos pais
T7
00.14
Dos pais! =
J
00.14
= Dos pais. O senhor está obrigado a dizer a verdade. Jura dizer a verdade, senhor NOME APELIDO13? =
T7
00.18
= Sim! =
J
00.18
= Faça favor de se sentar (.) e responder às perguntas da ilustre mandatária! 0Faça favor, sotora!
DA
00.22
0Co’ a devida > Co’ a devida vénia! {ruídos} (( )) , senhor NOME13! eh:: Muito rapidamente! eh:: Conhece a família? =
T7
00.29
= Sim! 0Conheço a família (( )) / 0
DA
00.29
0 eh:: (.) Com’ é que é o > o > digamos, o ambiente familiar eh:: do NOME1?
T7
00.36
Eh ::! O ambiente dele > (.) Ele, em geral, era raro estar em casa. Andava pra uns e pra outros. eh:: Eh pá! (.) 0E era / 0
DA
00.43
0Mas eh:: é uma família:: com origens humildes:: eh::
T7
00.47
Sim, sim! Não tem > Num:: > Nunca andaram em conflitos com ninguém.
DA
00.51
eh:: Os pais alguma vez foram emigrantes::? =
T7
00.54
= Não! =
DA
00.54
= PAÍS Alguma vez tiveram no PAÍS? E alguma vez foram proprietários duma vacaria? =
T7
00.58
= Não senhor! =
DA
00.59
= E a mãe, atualmente, está nalgum lar::?
T7
01.01
Não! 0 (( )) / 0
DA
01.02
0Não. (.) Muito bem! eh:: Na sua convivência com o NOME1, eh:: acha qu’ ele é uma pessoa normal ou que tem, aqui, al > algumas limitações?
T7
01.10
Tem limitações. De vez em quando > Eh pá! Pronto::! O > O > (.) Talvez a maneira d’ ele:: > do ambiente de CASA ou:: (.) pra > Pronto! De vez > Quando mudava de tom, às vezes até a falar pas pessoas e:: > Eh pá!
DA
01.23
eh:: Até estes factos, pelos quais ele está a ser hoje:: eh:: julgado::, eh:: havia queixas lá pela terra2?
T7
01.29
0Não! 0Não (( )) nada.
DA
01.30
0Tinha comportamentos menos corretos? =
T7
01.32
= Eh pá! Mas, nessa parte, eu penso que não!
DA
01.34
Foi a primeira vez? =
T7
01.35
= Foi a primeira vez.
DA
01.37
Sotor, mais nada!
J
01.38
{dirige-se ao MP} Sotora, nada? (.) {ruídos} Muito obrigado, senhor NOME APELI //

Parte 10
X
00.00
(..) {ruídos}
J
00.05
Tendo em atenção (.) que, não obstante existir, nos autos, relatório sobre (.) as capacidades intelectuais do arguido, (.) {ruídos} a verdade é que o mesmo, confrontado c’ o elemento ora junto pela ilustre mandatária do arguido > (.) relatório médico elaborado plo HOSPITAL, (.) no âmbito (.) do processo NÚMERO DE PROCESSO, ONDE (.) {folhear de páginas} se conclui (.) que o mesmo deve ser considerado inimputável para os factos em análise. E sendo certo que os factos aqui referidos e que estiveram no > na > na base deste relatório não são exatamente os mesm > da mema natureza que os que estão aqui em > em j > julgamento, entende, todavia, o tribunal, uma vez que estamos perante dois relatórios médicos com valor:: eh:: {alguém tosse} (.) idêntico ou, pelo menos, valor que:: {folhear de páginas} carece de ser:: eh:: {folhear de páginas} confrontado > (.) entende o tribunal ser necessário qu’ o Instituto de Medicina Legal (.) faça a reponderação do seu relatório (.) com:: este novo elemento, a fim de saber, designadamente, se o arguido, para o crime em apreço, e estamos a falar dum crime de incêndio fl > florestal, pode ser ou não considerado inimputável. Sendo considerado inimputável, se o mesmo é ou não perigoso pa efeitos de aplicação da medida de segurança adequada. (.) Tendo em atenção que estamos perante um arguido que está em > co’ a medida de coação de prisão preventiva e tendo-se iniciado o julgamento, (.) solicito tal revisão (.) e reponderação com caráter d’ urgência, designando-se para continuação de julgamento > Ó sotor! Dia três:: > (..) {conversas paralelas} eh:: (.) Dia três de:: (.) {ruídos} abril! Pode ser, sotores?
DA
02.00
0Pode 0ser!
J
02.01
0Para o mês:: > (.) Ora::, {suspiro} {folhear de páginas} v::amos só aqui ver uma coisa!
DA?
02.06
0 (( )) / 0
J
02.07
0Não, isso é pa outro!
MP?
02.09
Mas é melhor mandar cópia deste / 0
J
02.10
Sim, sim! (.) eh:: Sim! {dirige-se ao OJ} Ó::! (.) Mande cópia! (..) Faça-me um favor! Ó! {dirige-se a DA} Dia três pode ser, não pode sotora?
DA
02.20
0Sim, sim, sotor!
J
02.22
Então, fa > ficará > eh:: > eh:: Três é > É três, não é? Três d’ abril é uma > é uma segunda.
?
02.26
Segunda-feira!
DA
02.27
0Segunda-feira!
J
02.27
0É uma segunda-feira! sic Prontossic sic ! (.) À uma e meia? Pode ser, sotora?
DA
02.30
Pode ser, sotor!
J
02.33
Treze e trinta. (.) (( )) (.) {dirige-se ao OJ} Ó NOME14, faça-me um favor! Envie (.) cópia do relatório > de todos os relatórios médicos que > eh:: deles, do In > Instituto de Medicina Legal, do relató > da acusação > (.) qu’ eles devem ter lá, porqu’ eles têm lá o processo, mas sic prontossic sic ! > da acusa > desta acusação, do relatório qu’ a sotora juntou E, TAMÉM, eh:: da «sentença» > (.) da sentença proferida > este processo já foi:: julgado, não já?
DA
03.00
A:: sentença é na:: > na próxima quinta-feira {conversas paralelas} > é agora na terça-feira, 0desculpe!
J
03.03
0Ah! Então, da acusação! É suficiente!
DA
03.05
Sim, 0sim!
J
03.05
0Não! É pa eles perceberem qual é::, 0porqu’ eles podem dizer assim / 0
DA
03.07
0Claro!
J
03.08
0 \ pra este tipo de > de crime, ele é imputável / 0
DA
03.10
Exatamente5!
J
03.11
00 \ pr’ aquele não seria” / 0
DA
03.12
Exatamente5!
J
03.12
00 \ porque > porque tem a ver com questões > Ah! Este aqui tem mais a ver c’ o quê, sotora? Tem a ver com:: > com questões 0de:: / 0
DA
03.18
0 eh:: Foi um:: > Foi um furto que, entretanto, 0foi arquivado.
J
03.20
00 | Pois | 0
DA
03.21
A::gora, é só por habilitação > eh:: por con > por condução sem 0habilitação legal.
J
03.25
0AH! sic Prontossic sic !
DA
03.25
É! =
J
03.26
= sic Prontossic sic ! Pode ser aí sic u::mosic sic > pode isso:: ter > fazer re > eh:: fazer alguma:: / 0
DA
03.30
Diferença7!
J
03.30
00 \ diferença, ? (..) {conversas paralelas} eh:: / 0
MP
03.35
(( ))
J
03.38
Sim! De acusação! A acusação > o > proferida na > neste processo! bem? (.) Sim, mas ele > eles > eles vêm dizer que > que > a natureza deste crime é inimputável. É > eh:: A natureza é este! 0Condução sem habilitação legal!
MP
03.48
0 (( )) / 0
J
03.50
0Pois! Por isso, ponham a acusação deste:: > deste:: > deste processo! bem? (..) E ficamos po dia três do > E:: ponha lá com:: > (.) com sic ~bolt~sic sic : caráter d’ urgência, três do qua > três d’ abril para continuação. SENHOR 1! > (.) Ora, última revisão > Ah! Não! Próxima revisão é dia dezanove. Tamém não há problema! > (.) SOR 1! NÓS NÃO ACABAMOS HOJE O JULGAMENTO, PORQUE VAMOS PEDIR AO INSTITUTO SU AO INSTITUTO DE MEDICINA LEGAL QUE AVALIE SE, EFETIVAMENTE, o sor, pra este incêndio > o sor na > na > na condução sem carta, eh:: > eh:: o relatório médico foi > foi junto, considera qu’ o senhor não tem capacidade pa perceber qu’ aquilo era > era ilícito, ou seja, qu’ aquilo era contrário à lei. (.) Mas é condução sem carta! É uma coisa! O que nós vamos perguntar é se, pra o incêndio, o sor tamém tem essa > tem ou não tem essa capacidade de perceber qu’ aquilo era contrário à lei. (.) O TRIBUNAL, HOJE, AO FALAR CONSIGO, PARECE-ME QU’ O SENHOR TEM A MÍNIMA CAPACIDADE DE PERCEBER ISSO! (.) Mas o tribunal, e a lei assim o obriga > a que estas > estes > esta valoração não seja feita pelo tribunal! Seja feita por um médico ou por um > um grupo de médicos que têm essas capacidades e essas valências pa avaliar! E eles vão fazer! O sor já teve > Até, no âmbito deste processo, já foi f > sujeito a > já foi lá ao Instituto de Medicina Legal, não já? Fazer uns:: > uns:: tes0tes::
A
05.05
0Sim, sim! 0 > Já la fui duas vezes.
J
05.05
0 sic Prontossic sic ! (.) Pois! Por isso, isto é > vai ser muito {ruídos} rápido porqu’ eles já fizeram os testes todos! {conversas paralelas} Digamos que, aí, eh:: nós só vamos obrigá-los / 0
DA
05.14
0Claro!
J
05.14
00 \ a dizer, efetivamente, s’ ele é capaz ou incapaz, {conversas paralelas} s’ é diminuído ou não é diminuído, pra eles não terem problemas. Por isso, no dia três d’ abril, o senhor virá cá! É memo pa alegações e::, depois::, marcamos o:: > a leitura do acórdão. bem?
A
05.26
Sim senhor! =
J
05.27
= encerrada a sessão! {ruídos}